Salto
DESCRIÇÃO
O salto deixa o chão delicadamente
E volta a tocá-lo
Como um cetim caindo sobre a pele
O chão ganha desenhos imaginários
De círculos imperfeitos
Mas que ficam em harmonia
Com os outros muitos
Que há pouco foram desenhados
Segundo as regras dadas pelo ar
Ar pesado de ritmo.
Círculos perfeitos roubam a cena,
A atenção e tudo mais
Olhos atentos aos olhos alheios
-Nossa primeira dança-
Eu deixei-me estar a contemplá-la. Súbito, deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: - decifra-me ou devoro-te.
Porque é a vida de tentar, e não de conseguir. Tudo é salto no escuro, sem ver o chão onde haveremos de pisar. A certeza do incerto. E, nesses dias arriscados, somos a soma das tentativas. Somos o resultado desses pequenos suicídios. Pois só reconheceremos o abismo ao pular. Porque, para saber se a erva é daninha, é preciso provar.
O auto é simplesmente o salto que se dá dentro dos próprios conceitos, imperfeitos aos olhos de todo sujeito que só nos viu como imagem projetada por uma visão ofuscada pelas falsas conspirações.
'Do salto ela não desce, nem atende à minha prece. Profana aos pés da cama, me olha de cima, sente o clima, curte a fama.'
O SALTO.
No trampolim da vida, podemos dar grande salto para o sucesso ou uma queda para o fracasso.Tudo vai depender do tamanho da nossa confiança e da nossa ambição.
Crônica
A água escorre pelo cabelo e mergulha num salto finito, percorre uma extensão antes de explodir no chão sem retumbar, apenas talvez a contemplar o silêncio da espuma que desce ao sabor da gravidade dispersa por um ensaboar quase insano de alguém que busca se confundir com esse sintoma a deixar atemorizado . Algo esquisito como tentando decifrar uma metamorfose quase ambulante, uma andante a deixar sinais em cada lado de um corpo já sofrido a buscar descanso merecido, a vertigem ainda persiste, mente tenta acompanhar uma silhueta que se forma no encontro da espuma com a água que à pouco foi dosada pelo misturador, fazendo deslumbrar que tudo está relacionado a essa velha metamorfose ambulante.
Condenação
Autor: LCF
Novamente, eu corro, eu salto, salto para as árvores mais altas e observo, e percebo o quanto a vida é mais bela vista de cima. Mas recuemos ao tempo em que a minha felicidade era limitada…
Antes não tinha sonhos, aliás, só pensava em como os ter. Não seguia o meu coração, era-me indiferente o que sentia, o que pensava ou o que pensavam de mim. (Se me pedissem para descrever o meu percurso até aos dias de hoje, eu diria duas simples palavras: “guerra fria”. Um conflito com o meu interior nos momentos do agora, porém a existência de uma insensibilidade poderosa do passado.) De mim posso esperar o tudo e o nada, pois é isso o que fui, o que sou. E o que serei também. Não o tudo, mas o nada.
Escrevo então e agora para demonstrar, para libertar o fogo intenso que possuo dentro da minha alma. Essa chama, é, também, contudo, efémera. Não mais forte do que um fio do meu cabelo, que cai com o tempo. Num dia do mês, a lua esconde-se da humanidade. Nesse dia, a minha fraqueza também é revelada. Tão instantâneos são os momentos em que a vida me traz algo de infeliz.
A nossa viagem não termina com a morte: apenas o físico fica para trás. Sei disso, porque a minha alma nem sempre pertenceu a estes olhos, a estas mãos e pernas, a esta pele, a esta mente. Sou um resto eternamente vivo de sensações passadas que nunca relembrarei. No olhar distante dos meus conhecidos inocentes, eu vejo a verdade nas suas faces, enquanto que a mentira sai levemente das suas bocas, dos seus atos. Talvez seja inocente pensar que o que são. Essa dúvida não é minha: só a eles pertence. Cada um resolve a sua vida. Ninguém se sacrifica por um copo de água, todos querem o garrafão preenchido. Somos seres insaciáveis. Isano é refletir sobre o contrário. Por tudo isto, considero-me isso mesmo, um pobre demente, incapaz de controlar as suas capacidades mentais. Estou destinado a sê-lo.
De momento, eis-me não preso ao passado ou limitado ao presente, mas condenado ao futuro, um futuro próximo, incerto, inacessível…
Eu transbordo e falto
Eu prendo e solto
Gosto de salto alto
Gosto de andar descalço no asfalto
Penso alto
Ouço no mudo
De vez em quando eu surto
Todos os dias comigo mesmo eu reluto
Mas sem mim, não consigo viver um minuto.
Então tudo estava quebrado
Os planos,
As promessas,
E até o salto do sapato.
As esperanças,
O coração
E a moldura velha
na sua foto do meu porta-retrato.
(texto:cacos/ autoria: Gabriela Noel)
O SALTO
Com ele, o maratonista ganha a prova
A mulher caminha com charme
O suicida perde a sua vida
O predador consegue a seu alimento
A corda do bungee jumping se estica
O caçador atravessa o córrego
A bailarina ganha glamour
O governo consegue desenvolvimento.
Para o bem da humanidade
A tecnologia dá um salto
Para o mal da humanidade
O ladrão realiza um assalto.
É a sobrevivência do sapo
Que atravessa o asfalto
É a alegria expressada em um desabafo
E um salto no pescoço
Para um forte e grande abraço
É o ódio extravasado
Que guia um assassinato
É um passo pro abismo
Ou um voo para o alto.
Em um conselho eu ressalto
Que escolhas a direção do teu salto.
Não gosto de páginas frontais
Prefiro os versos
Pulo, inverto,
Salto do avesso,
Viro, reviro
Me viro inverso
Declamo. É o começo!
to atraz de um sonho to afim de voa um herdeiro do sol mais um filho do mar dei um salto do sol e cai bem no ceu viajando nais nulvens vi seus olhos de mel acordei boladao com uma lambida na cara minha cachorra disendo ta na hora da farra eu abri a janela di cara a mulherada gritando silmar coe da parada dei um salto do sol e cai bem no ceu
Sorrio pois estou vivo , salto de felicidade por ter conhecimento , canto pois vivi sem arrependimento porem choro quando vejo , um Mestre sendo oprimido por mentes fracas .