Salto
UM SALTO NO ESCURO
(Sobre as recentes descobertas de mortos não descobertos.
Publicado no Recanto das Letras, em 05/12/2013)
Mãos para trás,
pulsos apertados em algemas de gesso.
Frio estomacal,
qual paraquedista neófito.
. . .
Impelido sem oferecer resistência,
flutuei no ar.
Torturante giro no escurejar das trevas.
. . .
Enfim, sós !
Eu, em descenso na vertical,
e o meu algoz,
que seguiu planeando na horizontal.
Formaram uma cruz nossas coordenadas.
. . .
Ninguém escutou meu derradeiro grito,
disperso no silêncio do infinito:
. . .“Independência ou Morte ! . . .”
. . .
Morte?
Indolência. . . Languidez. . . Talvez ! . . .
Corpo e alma na última descida da vida.
. . .
Foi o meu pensar
no ligeiro instante
antes
do mergulhar profundo
num ondeado e gélido mar bravio.
. . .
A escuridão das águas,
a mesma do noturno céu nublado,
a mesma dos pensares militares,
subordinados.
. . .
Imaginei-me sobrenadando
em lágrimas derramadas
de tantas mães e irmãos
em esperas vãs.
. . .
Por certo,
meu corpo leve, a uma peso atado,
não ousou vaguear
nas vagas do revoltoso mar.
. . .
Fato consumado
? ! . . .
Virei marisco,
que ainda agoniza
entre ideológicas forças antagônicas.
Eu uso cada tantinho de luz para o riso,cada fresta de sol para o caminhar.
Salto as poças de tristezas e sigo as trilhas da esperança.
Assim entre flores,amigos e sonhos.
Sigo;
Sendo alma em evolução angariando motivos e abrigando o bem nos espaços vazios que por hora eu encontrar.
07 de novembro
Entre tantas noites
Entre tantas danças
Um copo, gelo, álcool
Sorrisos, ousadia
Um salto alto
Um vestido que delineia
Suas curvas
Ruas, vento, lento
E lá está ela
Leve, pouco sóbria
De alegria ambiciosa
Encanta de longe
Conquista de perto
Entre poucas entregas
Seu Amor próprio
É sua festa
E ela se completa
Se embriaga em suas asas
Mais um gole
Mais um brinde
Cansada
Ressaca de tanto faz
Copo esvazia
Noite esfria
E ela amanhece
Em prece
Entre tantos dias
Entre tantas horas
Ela viaja, desarruma
Sua bagunça
Ela e sua calca rasgada
Remendada
Não se renda
Se ausenta
Ela e seus tantos planos
Caminhos
Na praia
Sempre um sorriso
Na volta pra casa
De saia curta
Longa, rodada
Vestidos
Sorrisos Largos
Ela se completa
O proximo grande salto da humanidade é desdobrir que cooperar é melhor que competir. Não o mais capacitado em calcular as variáveis econômicas com alto grau de acertividade ou o autor dos mais célebres tratados envolvendo os diversos aspectos do desenvolvimento humano.
Não o maior físico, astrônomo ou geólogo.
Não o melhor médico, engenheiro ou músico.
Não o mais rico, mais poderoso ou eloquente.
Mas sim os de coração aberto, os que dão as mãos e se colocam ombro a ombro, aqueles com habilidade de unir competências em prol do bem maior sem a sombra da vaidade, cooperando com a consciência de que somos todos essencialmente interdependentes e que um mundo de Paz só se ergue com as mãos de todos envolvidas na construção, com equidade, cada um em sua especialidade.
Eis os grandes sábios, dignos líderes, seres humanos capazes de transformar os povos e conduzir a humanidade a degraus mais altos.
Para adquirir sabedoria, é necessário desprover-se do orgulho.
Dê um salto na evolução e na maturidade. Você vai conseguir fazer as coisas sem se apegar as suas dores e sem sentir pena de si mesma.
Achar que está se humilhando é pura perda de tempo... Depois você cura as feridas e as dores.
Agora, foco!
Do amor
Amor é coração aos saltos.
é salto no escuro
é admirar com cérebro e coração
é companhia
é solidão
é coração apertado
é frio na barriga
é a mais inexplicável explicação
é pregos na estrada
é duelo de espadas
é começo, meio, fim
é solução.
Salto Alto
Nada na vida é fácil, até mesmo o equilibrar-se sobre um salto alto.
Isso requer habilidade, controle e muita determinação para vencer cada passo.
Nada na vida é tão tranquilo como uma tarde sentada a beira-mar, apenas observando o vai e vem das ondas do mar.
Nada na vida é só felicidades.
Os momentos difíceis vão surgir, mas para você aprender a valorizar uma grande conquista.
Nada na vida são só flores.
É preciso ter espinhos, para lembrar que somos humanos e também sentimos dores.
Nada na vida é para sempre.
Tudo tem um fim um dia, mas o bom é que podemos sempre recomeçar.
Nada na vida é só amores.
Vão surgir as desilusões, mas para te fortalecer para a vida.
Nada na vida é perfeito.
Todos temos defeitos e somos imperfeitos, mas carregamos um coração carente que deseja sempre um amor mais que perfeito.
Nada na vida é tão complicado, que não possa ser solucionado.
Nada na vida é tão certo como esse momento, daqui a um segundo, ele deixa de ser eterno e cai no profundo esquecimento.
maldita seja
a arrogância
quem a veste
anda descalça
nem mesmo
um belo salto
cobre os pés
de quem a calça
Eu ando entendendo de blush, gloss, rímel, depilação, brincos, cores de esmalte, e até salto agulha. Ando conhecendo quase tudo do universo feminino e tô ficando bom nisso, apesar de às vezes, me sentir meio patético e desengonçado. Tenho andando tão ocupado que aprendi até o que é um Scarpin, e o que é mais bacana; aprendi a falar “Scarpin” do jeito mais fresco possível, e olha, o negócio é poderoso, viu! Não se assuste não, eu não me androginei, continuo hétero do mesmo jeito de antes. Ainda gosto de futebol, de falar sobre mulher numa roda de amigos, apenas aprendi a ouvir o mundo dela e tudo que a cerca faz diferença pra mim. Eu não me importo dela falar da cor do batom, desde que seja eu que sempre o retire. Sabe, o bicho mulher tem um mundo lindo, são tantas pequenas coisas que adornam tudo aquilo e que a gente não para pra observar, mas elas estão lá, sendo construídas ponto a ponto, e quando tudo aquilo aparece pronto na sua frente.. ah não tem poesia mais linda!
Ricardo F.
Para de esperar que alguém crie seu caminho para o sucesso!
Toma o salto da FÉ
e crie seu próprio sucesso!
Conhecer a si próprio, nos proporciona uma evolução quântica, como um salto, começamos a cuidar melhor de nós mesmos, percebemos nossas habilidades, a capacidade que temos de executar de forma plena tudo o que quisermos, e iremos querer o que nos faz bem, saiba que todos nós temos habilidades e defeitos, contudo temos a habilidade de melhorar nossos defeitos, temos facilidades pra certas coisas peculiarmentes individuais, quando nos conhecemos melhor, desenvolvemos a clareza na visão, percepção e compreensão das coisas como são, temos habilidade que possibilita-nos criarmos e inventários, decidirmos, agirmos, e controlarmos nosso corpo e alma, excluindo o indesejado, e potencializando sentimentos, potencializando em si nosso psiquismo, chegando a um estado libertador, onde não dependemos de nada e fazemos acontecer, falando como aluno de psicologia.
Agora falando como ser humano com boas intenções, buscando melhorar, descobri que existem certas coisas, quais forem, seja profissional, pessoal, social, no momento em que nós descobrimos e usufruímos nossos pontos fortes, percebemos que em certas vivências e experiências, produzimos mais com menos desgaste físico e mental, enquanto outras ações nos exigem muito, desgastando nossa energia, e produzindo menos fazendo mais. O que resulta a certo prazo, em ações e decisões impulsivas. Ou seja, descubra e faça o que te faz bem, com bondade a respeito a si e ao próximo, a evolução é nítida e rápida.
Aprendemos que na vida o único objetivo de andar para trás é para pegarmos impulso para um salto ainda maior para que possamos ter um futuro grandioso, nunca olhe para traz, a menos que for para dar risada, arrependimentos temos quando não tentamos e nunca quando deixamos de acreditar em nos mesmo, valorize seus sonhos e olhe sempre adiante para ele.
Nesta noite, iremos dar um salto bem alto e viajaremos até a lua. Quando chegarmos lá, recolheremos todas as estrelas do céu e iremos construir sonhos brilhantes. Sonhos que durarão uma vida inteira. Depois, voltaremos pra casa e reconstruiremos juntos os mesmos sonhos brilhantes, com todas as estrelas do céu. Para que um dia, eles possam ser concretizados.
O silêncio é um espaço a ser preenchido, é um salto para enfeitar o momento, alicerçando frases e versos que irão nascer. No silêncio, há uma cumplicidade e paquera pela vida, onde não há pressa, apenas palavras contidas de um sentimento bonito e infinito.Acolhendo a beleza do universo, faço-te um verso.
COTIDIANO URBANO
Uma mulher elegante rasga a multidão de transeuntes a passos largos com seu salto agulha.
A tranquilidade do velhinho sentado no banco da praça incomoda alguns com sua conversa fiada e afiada.
O vendedor com voz de locutor grita na porta da loja as promoções do dia.
Uma criança sardenta chora por um picolé de chocolate do Bené, e a mãe impaciente grita com o filho: - picolé no frio não pode senão inflama a garganta.
Do outro lado da rua vendedoras bem maquiadas trocam ideias animadas na porta da loja deserta.
O barbudo ambulante vende goiabas e peras gigantes na esquina jurando que as frutas são orgânicas.
Ao seu lado um homem grisalho oferece produtos importados com o slogan “bom e barato”.
As adolescentes mal saídas das fraldas comentam animadas no ponto de ônibus sobre a beleza do funcionário da padaria.
Um rapaz “vida loka” compartilha seu funk “bombadão” com todos pelo celular barulhento enquanto observa as “novinha” passarem com seus micro shorts.
Entremeio os carros ziguezagueia um ciclista aventureiro (ou inconsequente) pendurado numa roda só.
Uma senhora de idade avançada para na faixa de pedestre, tenta atravessar a rua sem sucesso, pois os motoristas a ignoram.
Já a mulher marombeira atravessa facilmente fora da faixa, pois para o trânsito com sua roupa de academia dois números a menos, destacando suas curvas, celulites e culotes.
Uma moça em seu vestido esvoaçante atravessa a rua falando ao celular, quase é atropelada, é buzinada e nem percebe.
Já sua amiga distraída segue no mesmo caminho colocando em perigo a vida do seu poodle encardido.
E a senhora de idade ainda esta lá tentando atravessar na faixa de pedestre sem sucesso.
Um jovem oriental com camiseta de super-homem ajuda o deficiente físico com suas sacolas até o ponto do ônibus.
Aqui uma estátua viva finge-se de morta para sobreviver.
Acolá artistas de rua também se esforçam para agradar e esmolar uns trocados.
Meninos e meninas saem animados da escola, tagarelas, brincalhões com uniformes surrados e imundos depois de uma tarde de aprendizado diverso.
Um homem calvo fala ao celular, gesticula, anda pra lá e pra cá, esbraveja como se quisesse que a pessoa se materializasse na sua frente para que pudesse apertar o pescoço do infeliz.
Pessoas se acotovelam, se empurram e se espremem para entrar no coletivo lotado “soltando elogios” para todos os lados, lei do mais forte, do mais esperto ou do menos educado?
É o cotidiano urbano.
Vida que vai e vem, vem e vai.
Pulsante desafio diário, sofrível, recompensador, aprendizado.
Olhe à sua volta...
Qual o sentido da vida quando se vive uma vida de gado confinado?
Pensou na mesmice desse mosaico vivo?
E o mendigo indigente a tudo observa em silêncio tragando sua bituca de cigarro.
Rosto cadavérico, raquítico, cabelo encruado, mãos calejadas, homem vivido.
Ele é como uma sombra que quase ninguém vê, o qual a maioria prefere apenas desviar o olhar e o corpo para nele não roçar.
Ele observava a tudo e esboçava um sorriso de canto de boca por não entender a natureza humana, tanta aflição, agitação, tanta correria pra que.
Ele vive como “Carpe Diem”. Aproveita ao máximo o agora, vive dia a dia, só se preocupa com o que matar a sua fome e matar o vício antes que morra.
Sentado no chão em meio à multidão, aspira a fumaça dos veículos, a poeira dos calçados frenéticos, o odor alheio, em silêncio.
Ouvem-se as portas dos estabelecimentos baixando causando um frenesi imediato.
Ansiedade latente, a agitação toma conta do ambiente, pressa pra voltar pra casa ou ir seja lá pra onde for.
De repente a rua se esvazia de gente.
Restam carros transitando e lixo parado nos cantos da rua.
Mais um trago no cigarro, mais um gole de cachaça, mais um papelão para passar mais uma noite.
E amanhã recomeçar novamente a vida de gado de cada dia, de cada um, de quase todos nós...
A Bailarina
De Um Passo Para O Outro A Bailarina Nasceu.
Dava Pulo Dava Salto e Tudo oque aprendeu.
Ainda Era Pequena Mas Tinha Talendo
Sempre pulando e sorrindo
Não parava em nenhum momento.
Até que Resolveu Contar Uma História
A mesma Que Conto Agora,
Sobre uma garota
Na Ponta Dos Pés.