Salmo 267 Textos Bíblicos
Mãe, minha melhor amiga. Parceira para todos os momentos. A pessoa que mais me apoia e a que mais torce por mim. Uma grande guerreira. Mulher trabalhadora. Minha confidente. Aquela que me conhece até do avesso. Dona do melhor colo, dos melhores conselhos e do maior coração do mundo inteirinho.
Mãe, eu tenho tanto orgulho de você! Espero um dia poder te dar tanto orgulho quanto você me dá! E agradeço todos os dias pelo privilégio de ter uma mãe como você. Tudo, absolutamente tudo que sou eu devo a você, minha rainha. Te amo até o infinito e além, mãe!
Mãezinha, feliz Dia das Mães! Não sei o que seria de mim sem você. Bem, eu não existiria, né? 😂 Brincadeiras à parte, somos tão grudadas e temos uma conexão tão forte que eu não consigo mesmo imaginar uma vida sem você. Seria tão sem graça viver sem suas implicâncias, seus conselhos, seus abraços, sua companhia, sua risada, suas mensagens.
Você é muito especial, mãe! Não canso de dizer que sou sua fã número um. Você torna a minha vida muito mais feliz e colorida. Obrigada por existir e por ser minha mãe. Te amo demais!
Hoje é o dia da melhor mãe do mundo: a minha! Mãe, como começar a te descrever, a falar de você? Com um alfabeto de 26 letras é missão impossível. Tudo em você é amor, é potência, é doação. Dentro de você cabem sentimentos que palavra nenhuma consegue representar.
Mãe, você é além. Além do amor, dos significados, até da própria vida. Dentro de mim você é infinita e sempre será. E o meu amor por você é eterno. Aliás, eterno é pouco. É além. Além da eternidade. E se isso não existir, tenho certeza que o nosso amor é capaz de criar.
Mãe, às vezes a gente recorre às palavras para tentar expressar tudo que estamos sentindo. E é tão difícil falar de você. Você é uma mulher maravilhosa, bem-sucedida, um exemplo e uma inspiração de pessoa pra mim. Sei que você se cobra muito e sei que tem defeitos, mas quero que saiba que, pra mim, você é perfeita.
Eu não poderia ter uma mãe melhor. Que me compreende muitas vezes só com uma troca de olhares. Que sabe como estou me sentindo mesmo quando tento esconder. Ou até mesmo quando nem eu sei o que estou sentindo. Você é única, mãe! E foi feita unicamente pra mim! Sorte a minha. Te amo!
As partes boas da vida
Sabe aquela prova que gabaritou?!
Aquela comida boa que provou?!
Aquela menina linda que beijou?!
Essas e outras são as partes boas da vida
A vida é feita de altos e baixos
Brigas e reconciliações
Textos e contextos
Certezas e confusões
Mas sempre tem algo bom
Sempre tem algo que te faz gostar de viver
E no meu caso...
Esse algo é você
Eu sinto falta das risadas
Eu sinto falta de jogar papo fora
Eu sinto falta do carinho
Eu sinto falta do seu jeito
Eu sinto falta de conversar na madrugada
Eu sinto falta de sorrir ao ler sua mensagem
Eu sinto falta da sua motivação
Eu sinto falta do seu humor
Eu sinto falta do seu timbre rouco
Eu sinto a sua falta
Sinto lá no peito
Forte e dolorosamente
Constante e repetidamente
Como essa poesia
Que já não tem mais sentimentos
Que como a brisa do vento
E tudo que vivemos e sentimos
Passou
Rápido demais para ser seguido
Mas lento demais para ser esquecido
Durante anos, a imagem de 'Deus' foi deturpada por inúmeras crenças/filosofias, nos fazendo pensar que 'Deus' se limita a uma imagem, ou aparência, física carnal.
'Deus' é somente uma palavra que nós homens criamos para designar algo chamado Amor.
O verdadeiro Amor, é compaixão; é admiração; é respeito; é consideração; é compreensão.
O Verdadeiro Amor abrange muitas outras coisas, é quase impossível designar o que é o Amor, em palavras, mas o Amor, acima de tudo, faz você sentir um afago na mente, no coração, na consciência; na alma; no espirito.
O Amor é a cura que liberta um coração imerso em dor, em feridas.
Dê uma chance para você conhecer e vivenciar no dia a dia o Amor pela existência. Aos poucos, "isso" vai crescendo dentro de você, de tão maravilhoso, que chegará um dia que caíra dos seus olhos lágrimas de felicidade, de contemplação, você tentará explicar o que sente, e isso será impossível, você sentirá uma vontade absurda de segurar nas mãos das pessoas para que elas venham sentir o que você sente, mas será impossível, pois não haverá palavras para designar verdadeiramente o que você sente. Mas isso é Amor, sem grandes explicações.
“Todo coração grande é também bagunçado.
Acostume-se.
É igual a casa da mãe joana.
Sempre cabe mais um sem parecer lotado.
E de batida em batida esse coração vai colecionando histórias, sorrisos e cacos.
É gente de coração grande coleciona desses cacarecos aí sabe;
Que a gente guarda só porque acha lindo...
E no fim forma uma bela colcha de retalhos!
Ou um ladrilho espelhado de pequenas emoções coladinhas lado a lado.
Essa gente de coração grande também doa um bocado.
E o mais engraçado é que sempre recebe dobrado.
Portanto não se acanhe;
É bagunçado, mas entre mesmo assim!
No final você percebe que aqui tem mais de você do que de mim”
Ah, e como tem tanta gente bonita nesse mundo.
Engana-se quem pensa que elas se escondem, é preciso ter olhos para encontra-las. Costumam frequentar lugares tão comuns que se perdem em meio à multidão socializada.
Acho tão simples encontrar gente bonita, elas florescem fácil, fácil e reproduzem-se em mudinhas sabe.
Você pega um sorriso aqui, um olhar ali, uma palavra ou um gesto delicado e planta na alma. Rega com muito cuidado e depois sai por aí desabrochando pra vida também.
Tem gente bonita em estações de trem, gente bonita nas calçadas, gente bonita varrendo sua cidade!
Elas emitem sinais dessa beleza através de uma pequena gentileza, de palavras de conforto, um sorriso meio torto ou alguma ideia maluca na cabeça.
Gente bonita não liga para oque os outros pensam e saem por aí vestidas de pessoas normais falando bem da vida.
Mas é uma fala cadenciada, elas não tentam impor nem provar nada, simplesmente tem uma gratidão tão grande pelo mundo que suas palavras te deixam mudo.
Gente bonita não é bonita porque quer.
Elas são bonitas pelo que dizem e fazem.
Elas não estão no mundo para competir em um desfile de belezuras.
Não!
Elas nem sequer sabem que poderiam ser miss universo estrelado.
Gente bonita anda por aí fazendo o mundo mais bonito.
E quem for esperto vai tomar essa gente por amigo.
"Eu me alegro quando abro a janela.
Era inverno e o frio tudo consumia, na vidraça somente o cinza do céu se via.
Tudo era seco, galhos, folhas e flores e até os animais se escondiam.
Fazia frio, diziam.
Pra mim era só inverno.
Era tempo de secar algumas dores, cicatrizar algumas feridas.
A paisagem gelada condizia com o estado da minha alma.
Por isso me alegrava quando a janela abria.
Sentia-me parte daquele cenário.
E a solidão, por incrível que pareça, diminuía"
"A última lembrança que tenho é do campo de amoras.
Depois sei que num bater de cílios eu estava apaixonada.
O tempo era mais rápido que a ampulheta.
E o amor mais complicado que areia movediça.
Outro bater de cílios e mudou o século.
Acordei atordoada com idade cronológica de trinta.
Com um peso nas costas de noventa.
Com contas para pagar quase infinitas.
E com cabeça de poeta.
A casa era alugada, o amor era novo, o gato dormia nas minhas pernas.
Na xícara um café frio repousava.
E a montanha de papéis me contava coisas que eu não entendia.
Pousei os cílios demoradamente tentando mudar de década.
Afinal de contas:
Onde foram parar minhas amoras?"
"Quem me conhece sabe o quanto uma montanha me alegra.
Um gatinho perdido me comove e uma árvore no caminho é minha modelo predileta.
Sou feita dessas emoções.
Daquilo que vejo e sinto.
Do galo que canta e da cerejeira em flor na minha janela.
Filmo a chuva, observo o vento e fotografo a flor.
Saio de casa só para isso:
Ver através da pele aquilo que o universo me preparou.
São coisas tão extraordinárias, é uma felicidade que não se compara.
A flor, a pedra, o pássaro, o rio com barquinhos na margem...
As nuvens emoldurando tudo e o sol dando aquele toque de pintor.
Mas quando falo sobre essa minha felicidade parece coisa do outro mundo.
Uns dizem que são coisas banais.
Outros ainda dizem que não possuem tempo pra isso.
Eu, no entanto sei que é somente preciso saber olhar para vê-las e assim fazer um dia feliz."
"Quando você começa a aceitar o inaceitável torna-se parte integrante do mecanismo.
Se você se acostumar com uma injustiça torna-se injusto demais.
Se você se acostumar com a mentira torna-se falso.
Se você se acostumar com o abuso, já não é mais a vítima, tornar-se o opressor.
Então minha revolução será por uma reação incansável, constante, teimosa; talvez eu não posso mudar o mundo, mas posso impedir que o mundo me mude"
"Bonito mesmo é viver, fazer história, errar e aprender.
Bonito mesmo é fazer acontecer, rir e chorar.
Bonito mesmo é ser honesto mesmo com quem não é.
É optar pelo certo.
É ser original fugindo do que é padrão social.
Porque hoje em dia anda tudo tão falado, tão dito, tão usado, tão fotografado.
Tudo vira moda, tudo é momentâneo, tudo é status.
O bonito mesmo anda maquiado, escondido e regrado.
Então ouça:
Bonito é viver sua vida e dar exemplo para outras.
Bonito é estender a mão mesmo tendo caído mais de mil vezes.
Bonito é indicar, oferecer, receitar aquilo que já deu certo com você.
Bonito é fazer amizade por simples simpatia.
Bonito é quando ouvir fofoca optar por ficar calado.
Bonito é doar um sorriso ao abandonado junto com a comida, o agasalho e uns trocados.
Bonito é pegar pela mão e ir atrás resolver o problema junto.
Bonito é salvar um animal maltratado.
Bonito é abraçar quando você sabe que a dor do outro é muito grande.
Bonito é insistir mais um pouco, dar chance e ensinar outra vez.
Bonito é adotar, é dar espaço, é esperar, é respeitar, é fazer uma gentileza.
Bonito é exigir menos e fazer mais, reclamar menos e fazer mais, mostrar-se menos e fazer mais.
Bonito é ser a mudança que a gente deseja ver no mundo"
"Você aprende
que um verso não faz um poema
que a vida não é cinema
que o choro é de verdade
que a dor é só sua
que os finais não são sempre felizes
que na novela tudo parece tão fácil
que ser feliz dá trabalho
e que escrever sua própria história
é que faz a diferença"
Crescemos
Quando crescemos o que menos ligamos é a idade, vivemos sem números, apenas com a correria do dia a dia, vivemos tumultuados de problemas, o que menos desejamos é mais um problema.
Quando percebemos que nós tornamos adultos, não é diante do primeiro boleto, ou da primeira compra, É diante das complicações e da coragem de seguir diante de tantas preocupações.
Crescemos cedo quando somos a solidão do caminho, não nós tornamos dependentes de nossos pais, muitas vezes sentiremos falta de não ter com quem brigar.
Crescemos quando percebemos que nós tornamos parte dos dragões que derrotavamos, não somos cheios de razões ainda.
Somos parte da vida complicada e ilesa de paz, somos adultos, crescemos na esperança de envelhecer logo.
Ou melhor dizendo, a boa parte da população faz isso, cresce, envelhece e morre.
Há a outra parte, que vive com a alma jovem, e não deixa que as memorias sejam só memorias, a parte que luta para ser um pouco mais do que apenas uma imagem, a parte que não segue o esperado, a parte que obdece a alma e segue instruções do que acredita do que é certo, corrigindo os erros com o coração.
Essa parte ja nasce adulta, já cresce sem nem saber o que foi juventude.
O encontro.
Em um desses dias despretensiosos eu o avistei na parada de ônibus, aquela cena nunca saiu da minha mente. Ele tinha uma distração interessante, as pessoas, o movimento que elas faziam ao seu redor, o meu olhar fixado e obsessivo não chamavam sua atenção. Eu fiquei ali, a observar, percebi que estava com a concentração voltada para um livro, Kafka, ótima escolha, certamente não era um leitor iniciante. Permaneci alguns minutos no mesmo local e ele também, nossas visões não se modificaram nesse meio tempo, a minha para ele, e a dele para o livro. Quando finalmente um ônibus de cor escura se aproximou, isso foi o bastante para rouba-lhe atenção, guardou o livro que estava em mãos dentro de uma mochila ao lado de sua perna esquerda e seguiu em direção ao ônibus, foi quando percebeu que o olhava, me lançou um olhar atento e um sorriso no canto da boca e foi-se. Ele nunca saiu da minha mente, dediquei alguns textos a ele, como este agora, voltei ao ponto de ônibus por alguns dias na tentativa incansável de reencontra-lo, mas nada foi possível.
Numa manhã de segunda-feira o despertador tocou às sete horas, o corpo me pedia mais cama, mas as obrigações me forçavam a sair da lá, por fim consegui levantar-me com a sensação de pesar cem quilos. Encaminhei-me para o banheiro, tomei um banho que durou menos do que eu esperava, tomei um café rápido e parti para a Universidade onde trabalhava, era professora do curso de Letras, especificamente de Literatura. Ao chegar lá nada me denunciou novidade, mais um dia normal, como durante aqueles últimos dois, foi quando avistei aquela figura que durante muito tempo se manteve viva em minha memória, fraca agora, mas viva, era o homem que um dia fitou meu olhar, não sei se ele havia me reconhecido, mas algo o deixou um pouco desequilibrado diante a minha presença.
- Olá professora Julia. É um prazer conhece-la pessoalmente, durante muito tempo acompanho seu trabalho e me sinto fascinado com tanta criatividade com a sua escrita.
Além de professora eu me dedicava à escrita, havia publicado dois livros, “Três contos de pura solidão” e “Cem anos de amor & dor”, romances clássicos.
- Olá, obrigada por acompanhar meu trabalho. Perdoe-me, embora me conheça devo dizer que não reconheço ou não me recordo do seu nome e/ou de você. – Além de uma boa escritora eu também era uma boa mentirosa, ele permaneceu presente em minha memória por longos dois anos.
- Não, claro. Que tolo! Não nos conhecemos, me chamo Gustavo, sou professor também, agora professor substituto aqui na Universidade. Irei substituir o professor Fernando na disciplina de Literatura Brasileira. É uma honra conhece-la.
- Que legal, um companheiro para discutir sobre literatura. Isso não pode ser melhor.
- Enfim, preciso ir para a aula, posso pagar uma cerveja hoje à noite para você enquanto conversamos um pouco?
- Sim, claro. – Aquela certamente seria uma oportunidade de contar-lhe tudo que havia acontecido há dois anos atrás no ponto de ônibus.
Logo depois das seis horas da tarde eu o reencontrei na sala dos professores, curiosamente da mesma maneira que teria visto há dois anos, cabeça baixa, lendo, a movimentação e presença de outras pessoas não chamavam sua atenção, nem que por um instante. Aproximei-me e o toquei, só assim pude roubar um pouco daquela atenção para mim. – Vamos?
Ele não conhecia a cidade, como presumi. Entramos no meu carro e levei-o a um restaurante famoso, mas calmo da cidade. Algo me dizia que o conhecia há muito tempo, não sei se pelo fato de muito tempo imaginar aquele momento ou se pelo fato de ele ter se mostrado à vontade demais, embora que ainda assim estivesse um pouco nervoso, percebi pela maneira que batia nas pernas com as pontas dos dedos. Ao chegarmos ao restaurante ele pareceu um pouco quanto curioso, mas não o julgo, senti a mesma sensação quando estive ali pela primeira vez, era um lugar um tanto quanto casual, demonstrava um pouco de cultura em sua decoração.
Quando sentamos em uma mesa próxima da varanda com vista para a cidade eu iniciei a conversa.
- Sinceramente eu não sei como dizer isso, mas hoje pela manhã eu não fui honesta com você, não uma foi mentira absoluta, mas uma meia mentira, se por assim posso classificar. Já conhecia você, mesmo que só de vista, uma breve vista. Há dois anos eu o encontrei no ponto de ônibus dessa mesma cidade, eu estava chegando para ensinar na Universidade e encontrei você em um dos bancos, com a cabeça baixa, lendo um livro de Kafka, nada tomava sua atenção, mas você me tomou muita, na chegada do seu ônibus você me lançou um olhar penetrante e um sorriso de canto da boca, aquela imagem ficou viva durante dois anos em minha mente, desejei encontra-lo por muito tempo e agora você “cai em minhas mãos” se por assim posso dizer, é estranho e ao mesmo tempo reconfortante. - Sem me dizer nada, apenas a me observar eu continuei. – Você permaneceu presente em meus pensamentos até o presente momento e hoje eu reencontro você, está comigo agora, existe destino maior que esse? – Por um instante eu só queria que ele me calasse com um beijo e/ou abraço, e assim fez, em um movimento minucioso ele me beijou, o seu beijo foi tão intenso, tão penetrante que por um instante ali eu desejei morrer, havia imaginado aquele instante por muito tempo, mas nunca havia chegado nem perto do que realmente aconteceu.
Por um instante ficamos ali, calados, apenas refletindo o que acabara de acontecer, mas o silêncio em alguns momentos se torna agressivo e nada confortante, então retornei a falar.
- Eu não peço que me entenda, nem muito menos que faça esforço para recordar de algum momento. Por favor, não. Só não me ache estranha e isso será de grande importância para mim.
Ele me olhou agora com um olhar diferente, um pouco assustado, mas com leveza. – Não seja boba, acho que eu esperava por esse momento tanto quanto você, sempre fui um grande admirador do seu trabalho e agora eu descubro que você sempre manteve em sigilo um interesse por mim. Enquanto eu, pouco me recordo daquele momento na parada de ônibus, sempre soube tanto de você. Você por outro lado recorda-se perfeitamente do momento, mas pouco me conhece, o destino parece brincar com nós dois, mas finalmente nos uniu.
Destino. Nunca acreditei nisso, sabe? Mas agora, percebendo que ele nos deu outra chance, que nos proporcionou outro encontro, agora eu percebo o quanto foi generoso conosco. Se assim posso dizer, o destino está ao nosso lado, e agora do seu lado não quero mais sair.
Os olhos de Van Gogh ainda pairam sobre a terra, pincelando as luzes do firmamento de uma maneira inédita, como se só aqueles olhos fossem capazes de enxergar a beleza soterrada pela escuridão desse mundo, lugar onde a sensibilidade e a insanidade andam de mãos dadas, onde quem é diferente nomeia-se de louco, e quem não se encaixa vive sua vida acreditando em seu fracasso.
Como disse Don McLean, "Eu poderia ter te falado, vicent. Este mundo nunca foi feito pra alguém tão bonito como você."
É admirável como cada momento de sua vida era especial, convertia sua solidão em alegres e lindos amarelos girassois, almejava provar ao mundo que era um homem de verdade, o mais sensível dos homens.
Quantos Vicents Van Goghs andam por aí, oprimidos pelo mundo sem o reconhecimento merecido, acreditando que o erro é um fardo carregado por eles quando na verdade o erro está neste mundo cruel, continuem de olhos abertos vendo "noites estreladas" mesmo em dias nublados.
Na beleza de todos os trajetos
na ternura de jamais sermos sozinhos
na confiança que são, todos os passos,
adiante, precisos, e certos ...
o que lhe compreende a confiança de se estar certo?
A vida, tão imprecisa e incerta, mas ela é sem margem à qualquer dúvida: viva, certa... e nela, tudo é "certo"!
E lá vamos nós nesse barco, entre traços, linhas, letras, vagas, versos, além das entrelinhas e "entreversos". E talvez há tanto a se ampliar, "entretextos", "entresilêncios" e outros tantos "entres" nesse mar infinito. Mas, vamos... eu, você e eles, nós quem sabe ou ninguém, mas estamos indo ou ficando, sentindo e deixando o fluir acontecer ...
Que venham então, os ares que se abrem entre céus sem mais horizontes e algumas nuvens a dissipar-se!