Salmo 267 Textos Bíblicos
Deitei na minha cama, coloquei minha cabeça sob o travesseiro e pela primeira vez em muito tempo, meu primeiro pensamento não foi você. Pode ter sido o terceiro, ou o quarto, mas não foi o primeiro. Pela primeira vez em muito tempo, meu coração não ficou inquieto, não ficou agitado. Não teve alvoroço, ficou em paz. Sinceramente não sei dizer quantos dias ou meses já se passaram, só sei que chegou um momento em que percebi, que ficar contando e relembrando não era saudável para mim. Ficar relembrando me incomodava, me machucava. Mas não pense que foi fácil, não foi nem um pouco. Foi duro, foi difícil, parecia até impossível. Achei que a dor não fosse embora, achei que ela ficaria ali, remoendo o meu peito e me impedindo de esquecer. Por um bom tempo quase desisti, cheguei a pensar que não era forte o suficiente e que não iria suportar. Mas suportei, e suportei demais. Engoli muito choro, suportei muita dor e respirei fundo. até conseguir disfarçar e controlar o quanto tudo me afetava. Fui disfarçando, evitando, fugindo e fingindo que tudo havia passado, até agora, que me toquei que realmente passou. Já não me afeta mais, não como antes. Já não é mais a prioridade dos meus pensamentos e nem do meu coração. Aquela angústia, aquele aperto no peito, se dissolveram. Ainda restam sentimentos, na verdade já não sei nem dizer se são sentimentos ou sensações, lembranças que ainda restaram. Aquela sensação dos bons momentos que passaram e principalmente aquela sensação de dever cumprido. Tentei, fiz o meu máximo. Passei até dos meus limites, mas a vida me deu uns tapinhas na cara e me fez ver que não era para ser, não tinha como dar certo. Aquela sensação de passou o que tinha que passar, foi só mais um capítulo da minha vida, um capítulo que já se encerrou.
Às vezes, somos conflitantes. Vamos embora querendo ficar, ficamos quieto querendo falar, nos distanciamos querendo nos jogar. Somos assim, quem é que vai culpar? Dois lados duelando o tempo todo. Cabeça e coração. Sim e não. Até quando a gente aguentar. Às vezes pra sempre, às vezes de uma hora pra outra. Não importa. Uma hora decidimos. Tarde demais ou cedo demais. Seja com a cabeça. Seja com o coração. Você decide ou a vida decide por você.
Não sou forte. Nem um pouquinho. Por mais que esteja doendo, não consigo jogar tudo para o alto e deixar a vida segue em frente. Não consigo fingir que não me importo. Me importo sim, e muito! E talvez esse seja o problema: meus exageros. Me importo exageradamente, me preocupo exageradamente, me esforço exageradamente e amo exageradamente. Queria optar por não sentir tanto e por não ser tão exagerada, mas não consigo. Não consigo simplesmente deixar de lado, já se tornou importante demais para simplesmente deixar para trás. Se tornou parte essencial, só de imaginar sem, parece que falta um pedaço, fica incompleto. Todo esse amor me deixou vulnerável. Bem lá no fundo admitiu que sei com quase certeza que estaria muito melhor seguindo em frente, mas tenho essa coisa de tentar e tentar até o final. Não consigo deixar inacabado. Não consigo deixar se ainda tiver esperança. Não sou forte o suficiente para deixar tudo para trás e simplesmente esquecer. Acredito em segunda chances, pelo menos no nosso caso.
Não estou aqui para te dizer mais palavras de amor, estou aqui para te dizer adeus. E não, eu não estou desistindo, pelo contrário, eu fiz o possível, e o impossível também. Eu tentei de todas as formas aguentar, segurar e continuar, mas o meu limite estourou. Engoli meu orgulho, guardei minha razão, esqueci meus princípios, mas agora não dá mais. É realmente uma pena saber que acabou por aqui, logo nós que tínhamos tudo para dar certo, mas demos errado. Não sei dizer ao certo em qual parte do caminho nossas vidas começaram a se desentender, o que eu posso afirmar hoje é que nossos caminhos já não estão mais lado a lado. E assim, sem caminhar lado a lado, sem permanecer na mesma frequência não tem como dar certo. Percebi que já esperei tempo demais. Tentei por muito tempo, fui empurrando com a barriga, com a esperança de um dia mudar, de voltar a ser como era antes ou melhorar, mas está esgotado. Eu estou esgotada. Amei por nós dois, esforcei por nós dois. Juro que fiz de tudo para não deixar chegar a esse ponto. Dói muito sentir que a pessoa que você ama está escapando entre os seus dedos e que você não pode fazer mais nada, apenas deixá-la ir. Éramos para ter dado certo, éramos para ter ido mais além, não precisava ser perfeito, só precisava dar certo e podia ter dado certo. Por um tempo eu achei que fosse dar. Não sei aonde erramos, aonde nos afastamos ou aonde nos distanciamos, pode ter sido por conta das minhas tentativas excessivas, ou meu complexo por continuar sempre tentando. É pode ter sido. Acho que fiz muita questão. Porque mesmo depois de todo o meu excesso de tentativas para salvar nossa relação, você insistia em dizer que você também fazia muito por nós. Mas o seu muito, para mim, nunca passou de muito pouco. Não estou desistindo, estou apenas dizendo adeus. Estou abrindo mão. Fiz tudo o que podia, e por mais que o meu coração esteja pesado, minha consciência está tranquila. Eu lutei por você, mudei por você, esforcei por você, amei você. Só é uma pena que não tenha retribuído. E pensando bem, não tinha mesmo como dar certo, se fosse para ser certo nossos caminhos não teriam tomado rumos diferentes. Eu não estaria aqui, sem você. E você não estaria ai, sem mim.
Não estou aqui para te dizer mais palavras de amor, estou aqui para te dizer adeus. E não, eu não estou desistindo, pelo contrário, eu fiz o possível, e o impossível também. Eu tentei de todas as formas aguentar, segurar e continuar, mas o meu limite estourou. Engoli meu orgulho, guardei minha razão, esqueci meus princípios, mas agora não dá mais. É realmente uma pena saber que acabou por aqui, logo nós que tínhamos tudo para dar certo, mas demos errado. Não sei dizer ao certo em qual parte do caminho nossas vidas começaram a se desentender, o que eu posso afirmar hoje é que nossos caminhos já não estão mais lado a lado. E assim, sem caminhar lado a lado, sem permanecer na mesma frequência não tem como dar certo. Percebi que já esperei tempo demais. Tentei por muito tempo, fui empurrando com a barriga, com a esperança de um dia mudar, de voltar a ser como era antes ou melhorar, mas está esgotado. Eu estou esgotada. Amei por nós dois, esforcei por nós dois. Juro que fiz de tudo para não deixar chegar a esse ponto. Dói muito sentir que a pessoa que você ama está escapando entre os seus dedos e que você não pode fazer mais nada, apenas deixá-la ir. Éramos para ter dado certo, éramos para ter ido mais além, não precisava ser perfeito, só precisava dar certo e podia ter dado certo. Por um tempo eu achei que fosse dar. Não sei aonde erramos, aonde nos afastamos ou aonde nos distanciamos, pode ter sido por conta das minhas tentativas excessivas, ou meu complexo por continuar sempre tentando. É pode ter sido. Acho que fiz muita questão. Porque mesmo depois de todo o meu excesso de tentativas para salvar nossa relação, você insistia em dizer que você também fazia muito por nós. Mas o seu muito, para mim, nunca passou de muito pouco. Não estou desistindo, estou apenas dizendo adeus. Estou abrindo mão. Fiz tudo o que podia, e por mais que o meu coração esteja pesado, minha consciência está tranquila. Eu lutei por você, mudei por você, esforcei por você, amei você. Só é uma pena que não tenha retribuído. E pensando bem, não tinha mesmo como dar certo, se fosse para ser certo nossos caminhos não teriam tomado rumos diferentes. Eu não estaria aqui, sem você. E você não estaria ai, sem mim.
Respirei fundo e continuei em frente. Tudo ainda me abalava muito, mas eu sabia que ficar parada ali, esperando que algo mudasse ou que você mudasse, não adiantaria. Inúmeras vezes senti aquele aperto no peito que dizia "volta que vai dar certo, dessa vez será diferente". Mas lembrei de todas às vezes que voltei. Lembrei de todas as chances que eu te dei. Por fim lembrei que em nenhuma você mudou, melhorou ou valorizou. E no meio de todas essas lembranças percebi que ninguém muda, ou seja, percebi que você não vai mudar. O que aliás é uma pena, me deixa triste saber que gastei tanto tempo em vão com uma pessoa que no fim, não tinha nada para me oferecer. O coração ainda dói, o peito ainda aperta, mas já não é por saudades ou por vontade de voltar atrás. Dói e aperta, por saber que um sentimento tão lindo que poderia ter acontecido, não aconteceu por bobeira sua, por orgulho seu, por ignorância sua, por descaso seu. O caminho que escolhi é o do amor. O do amor recíproco, companheiro. Escolhi deixar na minha vida somente o que for verdadeiro, o que for correspondido. Agora para ser parte da minha vida, o abraço dado precisa ser apertado, o sorriso precisa ser sincero e o beijo precisa ser com amor. Por isso, não estranhe essa minha mania de querer apenas sorrir e de apesar de tudo, ainda te desejar o bem. Desejo que siga seu caminho e encontre outro alguém. É que agora é só assim que eu vou passar a enxergar a vida: com simplicidade e boa vontade, para permanecer só aquilo que me trás felicidade. É assim que eu acredito que valha a pena viver.
Não consigo encontrar palavras para descrever como a dor era horrível. Ela corroía dentro do meu peito, ardia. Chegava a ser quase insuportável. Não conseguia pensar em mais nada além de que o tempo passasse rápido e levasse pelo menos um pouco daquela angústia junto com ele. Já perdi muitas pessoas. Muitas pessoas passaram pela minha vida, entraram, ficaram por um tempo e depois partiram, mas nenhuma dor foi tão grande quanto a sua despedida. Tudo bem, eu já sentia há algum que não estava tudo tão certo como antes. Eu não sei ao certo, mas talvez já sentia o fim chegando. Mas de alguma forma ainda restava um pouco de esperança. De alguma forma um pequeno pedacinho de mim lutava com todos os outros que insistiam em não dar certo. Um pequeno pedacinho de mim não queria deixar tudo se desfazer, tudo se perder. Um pedacinho de mim ainda lutava pela ilusão de ficarmos bem, de ficarmos juntos, de voltar a ser como era antes. Mas não voltou a ser como era antes, e nem vai voltar. Tudo o que estava ao meu alcance eu fiz, eu tentei de todas as formas possíveis. Mesmo com toda a dor, com toda a angústia, eu ainda lutava por um pouco de esperança. Mas você conseguiu destruir todo a esperança que eu ainda sentia. Você preferiu se entregar a bobeira, ao orgulho, a ignorância, enquanto eu preferi me entregar ao amor. E talvez o problema tenha sido esse, eu amei de mais, amei por nós dois. Eu quis que desse certo por nós dois, eu quis muito e fiz muito para que desse certo, é uma pena que você não tenha feito o mesmo. Apesar de tudo não sinto ódio ou raiva, sinto pena, porque você nunca mais vai encontrar alguém que estivesse disposto a estar do seu lado mesmo quando você não merecia. Mas mesmo assim, quem saiu perdendo não fui eu. Eu apenas gastei amor demais com quem não era forte o suficiente para receber.
Às vezes eu paro pra pensar nos casos que eu já tive e fico rindo sozinho, lembrando dos momentos que se foram. Uma vez eu li que quando é verdadeiro, não acaba. E antes de ter lido isso, eu me perguntava o porque de tantas idas e vindas na minha vida. Sou da tribo que deseja, pede e vive à base de energia positiva. Se estou conhecendo alguém, minha mente automaticamente começa torcer à favor da causa. É isso o que eu quero pra mim. Quero que dê certo. Dentro de mim tudo é muito limpo. Muito organizado. E talvez seja esse o motivo de eu sentir longe o cheiro de sujeira. Meu coração alerta. Acho que sou meio neurótico com tudo isso às vezes mas ao mesmo tempo me conformo porque tenho meus motivos. Adoro balada mas não suporto sair beijando na boca do primeiro bonitinho que me joga uma cantada tosca. Não sou obrigado a ter que lidar com a falta de personalidade própria nos dias de hoje. Poderia muito bem me entregar pro primeiro que me pede em namoro como muitas fazem. Mas prefiro ser mais seletivo. Prefiro conhecer antes de tomar qualquer decisão. É engraçado mas hoje em dia o que mais tem por ai é homem dizendo te amar, dizendo ser diferente dos outros, fazendo a linha principe encantado. Só que uma hora o encanto acaba. Não sou garoto de encantos, muito menos contos de fadas. Não faço da minha vida um filme da Disney. Sou mais que isso. Sou carne e osso. Sou pele, sou amor. Amor de verdade, entende? Amor sem metades. Sem rótulos. Não nasci pra viver pulando de relacionamento em relacionamento pra achar o cara certo. Vai que o cara certo resolve aparecer quando eu estiver iludido com o errado? Por isso eu prefiro ficar na minha, pois de tanto me perguntar o porque de todos os relacionamentos nunca derem certo, a vida me mostrou batendo dos dois lados da minha cara que quando é pra ser, é pra ser, e quando não é pra ser, não é pra ser. Não tem como alterar o que já foi escrito. E é por isso, meu amor, que tirei a simples e breve conclusão, que meu coração não é bagunça. Não bate aqui se não pretende entrar. Não entra aqui se pretende sair. Por favor.
Se hoje tudo que minha mente pensa não condiz, mera verdade vinda lá de fora, e assim escrevo nas folhas já utilizadas, certos padrões vivenciam espécies lógicas, folhas estocam paradigmas, representações nunca antes vistas, questões fisiológicas raras e continuas, raramente se prosseguem ao passar dos dias..porque na verdade, ir além da imaginação consciente e inconsciente, valorizam a todo modo o propósito.
Não deixe sua vida nas mãos de alguém, pois elas foram concebidas para lhe roubar. Não espere respeito de quem lhe abandona quando você mais precisa. Esqueça a lealdade, porque até mesmo sua sombra lhe abandona durante a noite. Esqueça honestidade, porque tudo que você precisa fazer é amar primeiro a si mesmo.
As pessoas te iludem, você aceita. As pessoas mentem, você perdoa. As pessoas voltam a negligenciar seus sentimentos, você surta. E depois todos continuam dizendo que é apenas um drama seu. Não me venha com essa história de drama, pois eu conheço muito bem essa sua futilidade. E se assim for, vá procurar um drama maior do que a sua existência.
Plante um bosque na alma, decore a vida com inteligência, valorize o que você possui. É uma pena, certos pensamentos devem ser expostos à certas pessoas. Expressar-se não deve ser nenhuma poesia, mas apenas o que você sente. Temos tanto medo de julgamentos, que acabamos esquecendo dos sorrisos que plantamos por ai.
Não seja tão inocente. Também sei fingir que não sinto sua falta, iludir que possui belos olhos e que sempre amei mesmo sem isso possuir significado algum. Sei lançar pedras e desviar o assunto para algo nada a ver, consigo viver no vazio e do vácuo criar uma tempestade para te atormentar. Julgo, bato palmas por sarcasmo, porque aliás, eu não me importo, nunca me importei. Eu sou como a sua hipocrisia.
Nossa vida é como um arquivo, daqueles que possuem gavetas. Nele, possuímos espaços que representam muitas pessoas, algumas que pouco incomodam, outras que ocupam um prédio inteiro. Bagunçadas ou não, parecem ter um valor sentimental significativo. Consideramos isso também como coisas ou objetos, porque aliás, achamos que é nossa propriedade, mas não são. Sabemos que as pessoas vem e vão, e teimamos em pensar que estarão conosco amanhã. Muitos espaços sempre estiveram vazios com teias de aranha aprisionadas no vão da alma. Ah e isso chega a ser até belo, parece não haver maldade, mas chegam pessoas novas e elas passam a ser parte do arquivo e, em algum momento, elas também vão embora. Sentimos-nos tristes, meramente abatidos por isso. Esse lugar já estava vazio antes, por que agora dói tanto olhar para essa gaveta vazia? Pelo simples fato de, antes, não haver vestígio algum dessa presença. Enquanto ela não existia estava tudo bem. A verdade é que você precisa escolher entre permitir que aranhas construam teias na sua alma por causa da solidão, ou fazer uma faxina depois que os entulhos foram arremessados para todos os lados.
Você ama, começa a amar uma pessoa como se não houvesse amanhã. De certa forma como um refém, um pássaro preso numa gaiola. Passa a depender de alguém, um sorriso, um bom dia, a música agradável que chega até si. Passa a ver o mundo de outra forma como se seu pequeno mundinho agora significasse muito. O Sol parece belo, o vento traz vida e os olhos enxergam o que não deveriam ver. Mas em algum momento a pessoa some, e você na inocência, acha que aquilo é passageiro e que a nuvem sairá da frente do Sol, mas não. Tudo continua sombrio, as nuvens são densas e indiferentes. Ótimo. Acabou. Só é preciso de um pouco de tempo, pois você acredita que o Sol irá brilhar novamente. E então o Sol reaparece, talvez depois de alguns dias, semanas, meses ou anos. Os raios são belos e você sabe que ainda está vivo, mas dai olha para si, olha para si mesmo e aprende, aprende que agora você é apenas um pássaro aprisionado que possui suas penas queimadas. Uma dor que não irá passar, nem com o tempo, nem com nada, pois uma cicatriz nunca desaparece, sempre estará ali para relembrá-lo da dor que um dia alguém semeou no seu coração.
À cada curva da vida possuímos medo, medo não sei do que, do desconhecido talvez. E isso é o mais impressionante, temos pavor de coisas que não existem e nunca aconteceram. Duvidamos da nossa sanidade e nos encolhemos num cantinho esperando que tudo fique bem. Um bem que não faria mal, um mal que não faria bem. Um pôr do Sol que você perdeu, um abraço que se foi, aquele eu te amo que tanto esperou. Mas é assim, nessas curvas da vida, cada um encontra seu meio de se perder e ser perdido.
Estar com a pessoa que nunca briga, que nunca sente ciúmes, que concorda com tudo é estranho, pode até existir, mas duvido muito que alguém seja perfeito à nível de ser idêntico em pensamentos e ambições. Continuo acreditando naquela velha história onde dois corpos não ocupam o mesmo espaço no mesmo momento. Existe uma diferença entre amar e gostar, concordar e respeitar, ser o que você deve ser ou aquilo que mais esperam de suas atitudes.
Olhei para o teto, estagnei a esperança, meus desejos, fiz vários nadas. Pensei no medo, no remorso, na perda, em pessoas que achei significar a minha vida e momentos inesquecíveis que nunca existiram. Mas assim é, plantamos sementes, colhemos frutos de ilusões às vezes. Escolhemos parcerias, as certas, as erradas, daquelas que dão dó de tantos erros que embolam e enrolam por ai. Fui enrolado, por uma vida, por cauda de serpentes, abastado pelas minhas críticas, críticas que também pareciam inocentes. Críticas que outros faziam de mim, rumores da minha imaginação, ingratidão, dor, sarcasmo. Acreditar que sabia de tudo, em como amar, amar os outros, à si mesmo, à ninguém. E no fim, tudo que me ensinavam era aplicado com uma boa dose de má vontade. O teto me encarava, me consolava, parecia dizer para eu acordar. Mas ainda assim, não o ouvia, deixava ele no silêncio e por esta razão, perdi pessoas, perdi sonhos, embora acabei percebendo o que era certo ou errado. Ficar calado é bom, é uma virtude da alma, mas não faça isso, não sempre. Negligenciar palavras com pessoas é péssimo, perdê-las é fácil. Palavras ferem, e palavras não ditas ferem muito mais.
Temos aqueles dias onde nossos olhos sentem dificuldade para ver e nossos pensamentos já acordam questionando-nos sobre a existência, e por incrível que pareça, esses são os melhores momentos para se viver. Aquele segundo épico onde seus pés tocam o chão à beirada da sua cama e o mundo parece afirmar: fiquem atentos, pois ele acabou de acordar.
Já deixei pessoas partirem e a cada despedida não dita, fui me sentindo mais leve como se pedras fossem removidas dos meus ombros. Pensei que isso era algo bom, mas descobri que de coração em coração lançados para longe, as pedras que eu tanto presumia como pesos foram me deixando mais leve, até que eu me senti sem chão. O vazio me embalava em seus braços.