Sal
Sal, vento, areia e mar.
18 de novembro de 2014 às 01:43
Desejo rever o mar como nunca desejei antes.Sentir a brisa suave, o bater das ondas e a areia contra meus pés, deslisando em um movimento tão natural quanto o respirar.Um querer sentir em minhas raízes a minha verdadeira origem.Encontrar me em cada detalhe das ondas, do vento e do ar.
Misturar me ao sal e perder no azul infinito, bem ao longe, onde meus olhos não poderão mais alcançar.E delimitar com um giz branco invisível a minha visão do paraíso.
"Sempre gostei de te provar, mas a melhor parte é quando eu adoço todo o seu sal, ai você vem lateralmente me sugar um pouquinho. Dando vida e luz aos meus olhos novamente. Seus olhos estão sempre me chamando..." (...)
Não me condene sem ao menos avaliar o Sal que eu como para tomar essa decisão e atitude, se ao avaliar considerar favorável, não me admire, eu demorei uma vida para tomar essa decisão.
Se decidir que o meu pensamento nao reflete no que consideras viável para ti, não me critique...Eu nao vou me importar com o que é relevante para vc, nao mudaria o que penso...Meu sal foi dolorido e passei por ele sorrindo, logo nao mudaria nada, nem mesmo para agradar ninguem!
AMOR DE UM POETA
Leu sentimentos em páginas vazias...
Traduziu vestígios de sal nas lágrimas,
Apagou rasuras de dor,
Traçou arabescos em poesia.
Interpretou os rabiscos da alma...
Reescrevendo o amor em minhas linhas.
MENDIGO
Dorme agasalhado
Um vulto numa saca de sal
Alegria ao espelho, lerdo pano
Salgada doce, carne velha
Aperto a mão ao mar dando-lhe o bom dia
Ele manda as suas ondas de maresia
Palavras que brilham
Adormecem na mentira
De quem tem ou tinha pernas curtas
O silêncio do barracão perturba os ouvidos
Sons adaptados calmos da rua.
Estranha escuridão que permanecia calada.
Caminha entre os passos baralhados
Tenta silenciar os pensamentos que gritam congelados.
É tarde...
Agora é tarde...
Lágrimas cristalizaram
O sal desandou o doce
Os cristais se quebraram.
Agora é tarde...
O vento disseminou o verbo
Entre o certo e o errado
O tempo pediu passagem.
Agora é tarde!
A chuva cessou o canto
O sol não secou o pranto
Seu calor é miragem.
Será que é tarde?
O galho que não floresceu
Só agora entendeu:
Sempre foi paisagem!
Receita
Sal, pimenta e molho de tomate...
Um pouco de mel , salpicado amor.
Mãos mescladas para se produzir misturas,
Ingredientes e corpos
A água fervendo, como o coração quente
daquela paixão.
Mãos tremulas, mente confusa, suor...
O tempero estava perfeito.
O gosto doce e ácido do molho com a apimentada relação.
Tentaram saciar a fome, porém o infinito desejo do comer
fez com que seus lábios tivessem vontade de sempre provar mais...
Devoram um ao outro como prato principal.
Saudade
Saudade, começa com sau..como o sal das lágrimas. .que rolam pelo rosto. .quando ela vem. .sentir saudade é ter a certeza que um dia amou...que vivenciou algo feliz. .mesmo assim..ela nos machuca..causa tristeza..medo. .sofrimento. ..Então, sentir saudades é bom ou ruim? Ela envolve vários sentimentos. .que se fundem dentro do coração e explodem em lágrimas e soluço. impossível defini-la entre o bem e o mal.Sentimento nobre. ..encantador. . existente dentro de todos nós. ..A final....quem nunca sentiu o gostinho de uma saudade?
Amor é como sal, Pouco sal deixa tudo sem graça, muito sal causa hipertensão e que problema, Complicado saber o ponto certo do amor, sal da vida.
"O ciúme, como o sal, dá o tempero, no entanto seu excesso é o passaporte para a morte de uma relação que nasceu para durar, onde a confiabilidade é “conditio “Sine qua non” para uma vida a dois, saudável e produtiva"
Diálogo com Fernando Pessoa.
Mote
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Voltas
Pessoa li o teu versar
Da quantidade de sal
Que há nas águas do mar.
Um pouco era natural
Um pouco era lacrimejar.
Era dor, saudade e tal.
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Porque é preciso lembrar
Do negro a chorar na nau.
Da viúva em pranto a fitar
Seu homem arrancado do local.
Podemos então concordar
Nesta questão crucial
Que nem todo o sal do mar
São lágrimas de Portugal.
Fernando é preciso falar
Do indígena tropical.
Que muito esteve a prantear
Por ser tratado tão mal.
Então se pode afirmar
De modo justo e imparcial
Muito pouco do sal do mar
São lágrimas de Portugal.