Sair de Casa
Sou eu, rodado pelo tempo,
Sem casa, sem chão, nem firmamento.
Caminho em estradas que o vento apaga,
Sem saber se sigo ou se volto à saga.
Não há onde pousar meu cansaço,
Nem braços abertos, nenhum abraço.
Sou eu, sem rota, perdido na estrada,
Só o silêncio, minha jornada.
Será que o destino me esqueceu,
Ou fui eu que de mim me perdeu?
Mas sigo, sem rumo, sem me encontrar,
Quem sabe, um dia, eu aprenda a ficar.
Um menino chamado João. Ele era curioso e adorava explorar a natureza ao redor de sua casa. Certo dia, enquanto caminhava pelo bosque, encontrou uma carteira perdida no chão. Ao abrir, viu que estava cheia de dinheiro e documentos de alguém chamado Sr. Miguel.
João sabia que com aquele dinheiro poderia comprar muitos brinquedos, mas, ao mesmo tempo, lembrou-se de uma lição que sua avó sempre lhe ensinava: Faça o que é certo, mesmo que ninguém esteja olhando.Então, ele decidiu procurar o Sr. Miguel para devolver a carteira.
Depois de muito perguntar aos vizinhos, encontrou o Sr. Miguel, um senhor de idade que morava sozinho e estava muito preocupado com a perda da carteira. Quando João entregou a carteira, o senhor Miguel ficou emocionado e agradecido. Ele disse: Você é um menino muito honesto, João. Agradeço muito, porque esse dinheiro é para comprar os remédios de que preciso.
João sentiu uma alegria profunda em seu coração. Ele aprendeu que fazer o bem e agir com honestidade é uma escolha que traz felicidade, não só para quem recebe a boa ação, mas também para quem a pratica.E assim, João voltou para casa feliz, sabendo que, naquele dia, ele fez a diferença na vida de alguém, mostrando que a ética é sobre fazer o certo, mesmo quando é mais difícil.
06/09/2024
Crescente solidão,
terror implantado
em uma casa vazia,
sem saída, perdido
em memórias.
Reside em pesadelos,
dedetizando os
consumos do mal.
Dança pestífera,
junto a uma ópera
de lamentações, numa
valsa visceral.
Epitáfios, ausentes
de vidas, em uma
mutação grotesca,
buscando um sorriso.
Sem pedestal, para
apresentar um novo
trauma, que pecou
em uma diretriz
irônica.
Prescindindo um
sentimento efêmero,
resguardando uma
fé inapta.
Buscando a redenção,
na podridão. Nos corpos
puídos, a comporta se
materializa em uma
singularidade enrugada.
Um agouro consumado, feito
de falácias ásperas.
Apêndices se formam na
destruição, a proposta se
prorroga do breu e prostra
em simulacros.
Ninguém deve edificar uma casa da "justiça" para que outro venha morar, isto por si só seria injustiça, tal construção está no coletivo para todos ou no individual para si, pois neste sentido cada um tem o seu dever de garantir a justiça no seu ambiente e trabalhar nesta construção. (Juliano Assis
Aquele que persegue
Antes do sol nascer você me visita
E caminha comigo pela casa
Pela porta, pela rua, ao longo da manhã
A tarde seca e quente até a noite
Que mesmo com a sua presença se torna fria.
A noite, me perturba o sonho
Invade minha realidade
Destrói o cenário
Pinta e borda em cima do meu.
Como pode ter regado os sentimentos,
E me deixado partir assim?
Ah cabeça por horas pensa, pensa, pensa
Os olhos ardem e umedecem
As pontas dos dedos, as mãos...
O peito rasga a dor da saudade
Que de tão grande, não cabe ali
Ela borda e transborda noites e noites
Sem me deixar dormir.
Quando há de passar?
Ora vento que tudo leva
por que não o leva?
Ora tempo que tudo cuida
Por que não cura?
Ora chuva que tudo molha
Por que não carrega?
Casa de Papelão
Construí uma casinha
Todinha de papelão
A pintei de amarelo
Pra chamar bem atenção.
Minha casa ficou linda
Tinha até televisão
Pendurei alguns quadrinhos
Coloquei tapetes no chão.
Meus pais me ajudaram
Me deram orientação
Construí com tal carinho
Minha casa de papelão.
Prestei bem atenção
Nos detalhes da vivenda
Até janelas ela tinha...
Tinha portas e cadeiras.
Minha casa tava um luxo
Maravilha pode crê
Meus amigos adoraram
Todos correram pra ver.
Tinha fogão, geladeira
Armário e guarda roupa
Até bichinho de estimação
Um gato e uma cachorra.
Minha casinha tinha sofá
Muitos livros infantil
Uma arvore no quintal
Radio e disco de Vinil.
Construí uma casinha
Todinha de papelão
A pintei de amarelo
Pra chamar bem atenção.
Poeta Fuzzil
Visão do Bairro Pilar
Sentado na escada de casa,
Vendo o tempo passar,
Pessoas, cachorros e gatos
Numa rua do bairro Pilar.
Folhas secas no asfalto,
Casas de um bairro carente,
Requerendo reformas urgentes
Que não dedicamos à gente.
O choro de uma criança
Na vizinha fez-se ouvir,
O choro dos rostos adultos
Quase nunca escuto daqui.
Vasta visão de telhados,
Janelas e muros riscados,
A tinta descascada revela
A camada de baixo mais velha.
Se cada casa é uma vida,
Às vezes uma grande família,
Quanto choro o cimento abriga,
Na maré de amianto infinita.
**Mensagem do Ancião:**
"Ó, servos de minha casa, ouçam as palavras do velho que viu o tempo passar! A vida não é um campo de flores, mas um campo de batalha! Não se deixem seduzir pela ilusão da comodidade, pois a verdade é que cada dia perdido é uma oportunidade que se esvai nas brumas do tempo.
Levantem-se, pois o sol não espera por aqueles que dormem! O mundo é vasto e cheio de desafios, mas dentro de cada um de vocês reside a força para conquistá-lo. Lembrem-se: a vitória sorri para aqueles que se atrevem a lutar! Acordem para a vida, enfrentem seus medos e abracem a luta!
Não se deixem abater pelos fracassos, pois cada queda é uma lição que molda os vencedores! A jornada é longa e árdua, mas a recompensa é gloriosa. Sigam em frente, com coragem e determinação, e façam de cada dia uma nova chance de triunfar. O futuro pertence àqueles que se levantam e lutam por ele!"
Ficar só as vezes é bom, mas passar dias dentro de uma casa sem ninguém pra conversar é solitário.
Por isso que eu não gosto de casas grandes, o vazio é maior e a solitude se torna solidão.
Cuide dos de casa para depois cuidar dos de dos fora! Cuide dos de perto para depois cuidar dos de longe!
O "ide"começa pela própria família.
É inútil ganhar o mundo inteiro e perder os próprios familiares."
Casamento é como construir uma casa. Nunca estará pronto. Sempre haverá algo a se construir, ou, em alguns casos , reformar.
Quando não mais houver o desejo de construção ou reforma, pode ter chegado ao fim.
Eu sinto uma profunda dor silenciosa...
Gosto do som da música, do percurso
da minha casa até o trabalho;
estou sempre ouvindo música.
Em casa e no trabalho, ouço o barulho
dos carros, dos comboios e de toda a gente.
Chego em casa, ligo a televisão e ouço o noticiário:
outra vítima do silêncio se atirou
nos ruidosos trilhos do trem.
No trabalho, ouço o rádio, que toca uma música ridícula, e
minh'alma sofrida dança desolada.
Gosto do som da chuva, lágrimas do céu;
até os homens choram, silenciosamente.
E o choro da terra é abafado
pelos nossos gritos ambiciosos;
ouço o barulho das fábricas, corro para o campo,
e a chuva, tempestuosamente,
em seu suave cair, encharca meu coração ressecado.
Gosto do canto dos pássaros;
da minha cama me levanto,
e nela me deito, ouvindo os tordos ao amanhecer
e os urutaus ao anoitecer que, calmamente,
levam distante meu espírito atormentado.
Gosto de deitar-me e dormir
com o barulho do ventilador;
porque gosto de barulho,
assim silencio os gritos sussurrados
em minha cabeça. E eu, que tenho sido tão quieto,
se os ouço e me falam, descanso resignado.
Não há ninguém em casa, eu desmoronei, chorei, e realmente gritei, não morremos de amor, eu sei, mais chegamos perto, por isso um fim eu dei!
Tem uma árvore muito antiga nos fundos da minha casa, ninguém sabe quem plantou mas ela sempre existiu .
Eu nasci , cresci e envelheci e ela permanece ali igual. firme.
Quando me lembro de desasselerar, deito e fico olhando os altos galhos pela janela,
Me faz lembrar de ti ,
Que você é antes de todas as coisas
Que como o balançar das folhas você pode ser sutil e violento mas também simples
Que és sólido e imutável
Que sustenta tudo, até uma velha árvore .
Que você está em tudo
Que tudo é teu
Que a cada vinte anos eu me reinventarei mas você permanecera arraigado em meu peito
Que é preciso desacelerar e olhar pra janela e te ver .
Que em ti vivemos,existimos e nos movemos e só em ti.
"Amo a casa em a qual não veja nada supérfluo e encontro tudo que preciso" Benjamin Franklin
Orientação importante de Benjamin Franklin; porém difícil de ser cumprida. Sempre há algum supérfluo que nós apegarmos, difícil de descartar.