Sair de Casa

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- toc toc
- quem é?
- a decepção.
- entra, você já é de casa.

Aquele de quem a casa é feita de vidro, não pode jogar pedras nas pessoas.

Voltei pra casa e fiquei no meu quarto, deitado do mesmo jeito de sempre, olhando pros mesmos pôsteres de sempre. Não tinha fome, nem sono, nem nada. Mesmo as dores no corpo de antes, já tinham passado. Minha casa tava vazia, tipo eu. Tive a sensação de que se o teto caísse sobre a minha cabeça, as coisas melhorariam.

Passeando no parque
Comecei a notar
O casal de pássaros a cantar
Os peixes no rio a nadar
O casal apaixonado a namorar
E neste momento queria você
Para poder abraçar
Para poder beijar
E para amar

Sai de casa, vai curtir. Bebe todas, pega geral. E volta pra casa mais vazio do que saiu.

Na vida não podemos pular as etapas. Não se começa a construir uma casa pelo telhado... tudo exige uma estrutura... Uma preparação!
Pra tudo tem um tempo determinado... Viva, aproveite o que você pode fazer hoje, entregue a Deus seu amanhã, deixe seus sonhos nas mãos de Senhor, confie nele. e no tempo certo ele vai te surpreender. ;)

O Lar é o coração do organismo social. Em casa começa nossa missão no mundo. Entre as paredes do templo familiar preparamo-nos para a vida com todos; seremos lá fora o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.

Gurias que ficam em casa sábado a noite, tomando mate e ouvindo um vanerão ou uma milonga conforme o coração. Acreditem: São pra casar!

A assembleia dos ratos

Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos mios pelo telhado, fazendo sonetos à lua.
– Acho — disse um deles — que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra, um rato casmurro, que pediu a palavra e disse — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.
Moral da estória: falar é fácil; fazer é que são elas.

A vida é uma casa que construímos com as próprias mãos, criando calos, esfolando os joelhos, respirando poeira. Levantamos alicerces, paredes, aberturas e telhado. Podem ser janelas amplas para enxergar o mundo, ou estreitas para nos isolarmos dele. Pode haver jardins, pátio, por pequenos que sejam, com flores, com balanços, para a alegria;
ou só com lajes frias, para melancolia.
Vendavais e terremotos abalam qualquer estrutura, mas ainda estaremos nela, e ainda poderemos consertar o que se desarrumou.

A outra

Já era noite e enquanto ia para casa, ela viu vocês dois juntos... Mais uma vez.
Mesmo sendo uma cena comum nos últimos dias, ela caminhou entorpecida. Entrou em casa que por sorte estava vazia, se arrastou até seu quarto, largou a mochila em qualquer canto, foi até o banheiro resolvida a tomar um banho e quem sabe lavar a alma. Não precisou muito para se livrar das roupas, elas não eram nem de longe o que mais pesava no seu corpo. Ligou o chuveiro, a água quente fervia-lhe a pele, e ao mesmo tempo parecia que todos os pedaços do seu coração desciam pelo ralo.
Desligou o chuveiro, vestiu um pijama surrado, deitou-se na cama ainda desarrumada, exatamente como deixará pela manhã. Pensou em comer, mas não sentia fome, pensou em fazer algo, mas nada lhe interessava. Talvez chorar seria a solução, mas isso ela não conseguia mais. Era como se de tanto jorrar uma fonte secará.
Não foi culpa dele, de quem o acompanhava, muito menos dela. A verdade é que ela sempre foi a outra.
Apaixonou-se e desmoronou-se, com um amor não correspondido.
Isso talvez não devesse ser dito, nem ao menos tão detalhado, mas você precisa saber...
Que enquanto ele a beijou, os lábios dela puderam sentir. Enquanto ele a abraçou, ela teve aconchego. Foi tão inevitável, tão rápido, que ninguém pode saber. Um dia nos planos de uma, no outro nos braços da outra.
Você pode julgar, pode se lamentar, mas não pode imaginar como ela se sentiu e sente.
Enquanto isso ela continua, passando pelo mesmo lugar, invisível, se afogando nas mesmas magoas e testemunhando o vestido mais lindo, que lhe caía como uma luva, sendo usado, rasgado e sujo por outra.

A tristeza é a casa para os desabrigados de amor.

NOSSO CORACAO É UMA CASA

Nosso Coração é Uma Casa onde ninguém entra e sai, com ou sem nossa permissão, sem deixar marcas nas paredes. Muitos deixam marcas profundas de felicidade; outros deixam cicatrizes que marcarão nossa vida para sempre. Os amigos deixam marcas fortes, mas suaves. E cada vez que tocamos nossa alma com nossas recordações lá estão os traços, invisíveis, mas legíveis, como as escrituras em Braile. É suficiente fechar os olhos para ver toda uma história gravada nas paredes do nosso ser. Nesses momentos nosso rosto sorri sozinho. Os amores perdidos deixam marcas irrecuperáveis: eles deixam um gosto doce e amargo ao mesmo tempo. Amargo na maioria das vezes. Sim, eles têm mais gosto que qualquer outra coisa e sempre sobem a nossa garganta quando as lembranças nos assaltam. Tristes são as marcas das dores que deixaram os que nos fizeram mal. São as cicatrizes que deformam nossas vidas se não aprendemos a conviver com elas. Mesmo se queremos ir adiante, de vez em quando nosso olhar se volta para esses rabiscos mal traçados e sentimos a dor tal e qual no primeiro dia. Quantas vezes não impedimos que alguém entre por causa de preconceitos ou idéias pré-concebidas, ou medo de tentar de novo uma nova relação. Ao primeiro olhar, nos trancamos. Outras vezes, sem muita consciência, deixamos entrar quem não valia muito a pena. Somos maus juízes porque confiamos demais nos nossos olhos e de menos no nosso coração. Devemos pedir a Deus que nos dê um pouco mais de dicernimento, pois agindo por nós mesmos, podemos estar nos trancando a maravilhosos encontros. De vez em quando, é preciso fazer uma boa faxina nessa casinha tão preciosa. É preciso polir carinhosamente, realçar as marcas bonitas e passar tinta nova e clara nas paredes; de vez em quando é bom abrir as janelas e deixar que o sol entre e ilumine todos os cômodos. E enfeitar com as janelas com flores de cores vivas e alegres. De vez em quando é mesmo muito importante achar o cantinho mais gostoso dessa casa e sentar-se nele. E rir do nada. E jogar os ressentimentos para bem longe. Sentir-se bem consigo. Se nosso coração é uma casa, faça do seu a casa dos seus sonhos. Lembre-se que não importa quantos entram e saem, você é o dono, só você é responsável. Faça mudanças necessárias. Jogue o inútil no lixo. Só não se esqueça, nessa mudança, de colocar de volta nas paredes essas marcas benditas que deixaram esses que foram bênçãos na sua vida. Dê a mão aos doces momentos, os momentos felizes. Tudo o mais é inútil, tudo o mais deve ficar pra trás.

Felicidade é saber que existe pessoas maravilhosas em minha vida, no trabalho, em minha casa, em todos os lugares sempre encontro alguem que faz a diferença. Devemos sempre fazer novas amizades, mas preservando e fortalecendo as antigas...
Não devemos menospresar ninguem, trate as pessoas da maneira que você espera ser tratado, é muito ruim se sentir ignorado, rejeitado, só. Precisamos proteger as pessoas, ama-las, mostrar o que é o amor e como é possivel ser feliz...
A covardia é irresponsabilidade ; e´esquecer a missão de lutar pelo bem das pessoas...
Devemos renovar nossa disposição, não apenas uma vez em nossa vida, mas a cada momento de nossa existencia, para sempre estarmos disposto a ajudar o proximo, com ânimo e sabedoria...
Aquele que considera a sua vida e a dos outros sem sentido, é fundamentavelmete infeliz, pois não tem motivo algum para viver...
Amo minha vida , e sou grata aos meus pais e a todas as pessoas que fazem parte do meu dia a dia, agradeço por todos momentos vividos....

Faça da poesia a constante inquilina de sua casa

Não cobre dela nada
Aluguel
Taxa de luz ou água

Apenas a deixe avontade

Acordo com o telefone tocando. Desculpe, foi engano. Não faz mal, hoje eu também não estou em casa.

Bem, ‘porverdidos’ são porcos verdes que perderam o caminho de casa.

A morte para muitos é o fim, mas para nós cristãos, e a volta para casa.

Casa é um canto onde eu canto tão feliz quanto um pássaro liberto. Na minha casa eu não me acanho se eu desafino em meu canto que exprime a alegria de ter a presença incondicional dos que me amam sempre por perto.

Em casa eu me dispo de todo constrangimento e me livro das roupas sujas que escondem a minha vergonha. Minha casa me pacifica e me acolhe. Minha casa é o reduto sagrado de gente que trabalha, acredita e que sonha.

Casa é a fonte de tudo que há de melhor em mim. Ela é o paradeiro perfeito que me conforta no final de todas as estradas. Casa é o abrigo onde eu reúno forças para lutar minhas guerras diárias. É o refúgio de paz que restaura minha alma no exato instante da minha chegada.

E por mais que eu queira singrar por oceanos que de perto eu nunca vi um dia, minha casa será sempre um porto seguro, banhado pelo mar sereno da calmaria. Casa é um barco que navega nos meus sonhos sem, sequer, sair do lugar. Casa é praia de areia macia, cenário perfeito pra se descansar.

Hoje, e a qualquer hora, reafirmo o meu grande amor pelo humilde espaço que tão bem me guarda. Na minha casa eu dispenso as aflições dos meus anseios, dos meus medos e das minhas asas. Casa é o templo onde eu me refaço das angústias de outras viagens para depois voar pelo céu da vida, tudo de novo. Casa é ninho. Casa é pouso. Casa é ovo.

Não existe nada que nos provenha de mais carinho do que um cantinho de amor feito só pra gente. É nas noites mais frias do inverno que a gente percebe que a nossa casa será sempre o lugar mais quente.

E ainda que a casa onde eu more me mantenha distante de tudo que eu possa encontrar lá fora; ainda que caia um grande dilúvio que venha inundar o mundo inteiro agora, nunca haverá tempo tão ruim a ponto de me impedir de agradecer e louvar: a minha casa é o meu mundo, é a minha história, é o meu lugar.

Presença


Entra-me em casa o murmúrio do mar
e ao fim da tarde assoma na janela
uma gaivota que me vem deixar
a mensagem mais simples, mais singela,
que podia na vida desejar:
esta certeza de que estás comigo
mesmo quando te ausentas e eu invento
mil e uma formas de escutar no vento
o eco das palavras que te digo.