Sair de Casa
Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã.
Quando encontro as pessoas elas falam” qualquer dia apareço lá na sua casa” engraçado as pessoas adoram ir passar o fim na casa dos outros né, mais bagunça em suas casas ninguém quer. “Ah mais eu levo a cerveja ou carne” cerveja e carne eu tenho em casa quero ver quem ajuda a limpar a bagunça que fica.
Chamar ninguém chama agora pra se auto convidar tem muitos.
OUTREM
Observando o local onde moro, percebi que não tenho casa,
não tenho paredes para sustentar meus delírios
não tenho chão para deitar minhas mágoas,
não tenho teto para proteger meus problemas,
o que me resta é a bagunça interna.
Sou um verdadeiro mendigo de sentimentos.
Escondo-me atrás de dívidas, essas que nem minha vida paga,
não há ouro na terra para quitar minhas ilusões,
tenho fugido das ameças de agiotas,
esses que me cobram amor.
Sou um rapaz alto, o suficiente para ser notado por uma legião de ignorantes,
sou também franzino, desnutrido de esperanças,
tenho sobrevivido me alimentando apenas de desejos,
disso não tenho o que reclamar,
sou dono de volúpias fartas, de carnes magras e de boas plantações que não dão frutos.
Realmente, não tenho o que reclamar dos meus desejos por tragédias...
Tenho uma rotina preguiçosa, ao acordar entrelaço meus punhos aos calcanhares,
no café da manhã, a refeição mais importante do dia,
recebo chicotadas de meus atos, preciso me alimentar do remorso de minhas decisões,
pra ter forças para me torturar.
Minha única obrigação, é ser vítima de mim mesmo,
fazer o meu próprio drama, ofício que não reconheço.
Para ser sincero, tenho outras obrigações,
mas fujo delas, para que no fim do dia,
eu possa me arrepender por não realiza-las.
Não tomo banho, a conta de água está atrasada,
não vejo necessidade em paga-la,
para quê água se tenho saliva em minha boca?
Os humanos são muito tolos,
só sabem viver e negam a importância da sobrevivência,
são infelizes com seus falsos amores,
refletindo em mim, suas frustrações excessivas,
depressões e problemas mentais.
Não...Eu não me responsabilizo por suas lágrimas derramadas,
desconheço a culpa de tuas tristezas.
Meu único dono é a noite, sentimento lúgubre sinto por tal momento,
nos lugares mais altos da cidade canto em tua louvação.
Solto de minha garganta, toda aflição e agonia
que sinto por está vivo.
Rasgo o descanso das almas cansadas com minha voz aguda,
timbre que recebi da morte.
Me atiram paus e pedras, por seguir o meu instinto,
tenho que me diminuir para caber em espaços vazios,
não desvio dos arremessos, continuo em sua mira,
e mesmo assim, essas pessoas arrogantes,
insistem em errarem minha existência.
Não há leis que me cabem e nem regras que preciso seguir,
brinco com a minha liberdade antes de engoli-la,
nunca estou satisfeito, tenho fome de novos horizontes,
para eu poder me deitar,
independente de onde esteja o caos.
Passa la em casa depois do seu trampo
Que eu juro que eu corrijo o tanto
de besteiras que eu fiz esse ano
Meu coração era cigano
vivendo de pântano em pântano
E depois de causar tanto dano
Eu decedi parar de tocar o Dó do nosso piano
Para mim você nunca passou o pano
Esse e um dos motivos pelo qual eu digo te amo
Eu aprendo somente errando
e sinto que fiz uma faculdade
do seu lado só durante esse ano
ASS: Nilson Neto
Lembre-se: Antes a cura era chamada de doença, o milagre de impossível, uma casa de planta, uma cidade de deserto...
Na casa da dignidade tudo é grande, principalmente as portas, para que ninguém precise entrar rastejando por elas.
Ja fui atraída pela beleza, levei o perfume pra casa e quis botar na minha prateleira. Ficava ao admirar ninguém podia tocar.Nao tinha nunca sentido a fragrância. Só o formato já me fez apaixonar.
Até que muitos queria me alerta que o perfume não era original, mais não quis acreditar.
Até que um dia eu olhei de uma forma diferente , coloquei no meu corpo, não fixo.Fiquei desapontada , chorei , gritei.Mais crescir , aprendir e superei .
E o sol é quente, como todos os dias
e isso me faz tão em casa
O tempo se passa pela janela
e a cada metro um novo mundo
Talvez não te reconheça em uma outra outra vez
mas não há como te esquecer
Um novo caminho, andado vacilante
com novos olhares, jeito e sorrisos
Não há como não ser marcante
Conversa frívolas entre desconhecidos
que um olhar desatento acredita serem irmãos
As malas um pouco mais cheias
O coração um pouco mais preenchido
Voltamos pra casa
mas não somos os mesmos que foram
Ninguém vem ao mundo pra ter um carro, comprar uma casa, adquirir roupas, embrulhar-se em joias. A gente vem ao mundo pra ser feliz e todas essas coisas, só atrapalham quem não as obtém e enganam quem vive por elas.
O Paulo, pra quem ele olhou? Pra dentro, pra mãe, pra origem dele, pra casa dele. E falando dessa coisa mais íntima, ele se comunicou com o mundo inteiro.
(Pedro Bial)
É verdade que há muito tempo atrás
que aquela casa foi construída.
E pelo tempo se encontra demolida,
porque mudanças o tempo faz.
Nenhuma alma alí reside mais,
só os fantasmas da recordação...
Obsevando aquela destruição,
eu ví o velho batente alí jogado...
Pelo tempo já muito desgastado
o batente de pau do casarão.
Asa Quebrada -
Sou um pássaro ferido
num voo de asa quebrada
sou um filho esquecido
numa casa abandonada.
Sou andorinha sem ninho
que se perdeu da Primavera
passageiro sem destino
que da Vida nada espera.
Ai de mim que estendo a mão
numa agonia profunda
ao embalar a solidão
num barco que se inunda.
E o que fica não sou eu
nem tampouco o que escrevi
fica a dor que Deus me deu
do que sonhei e não vivi.
Em minha casa -
Procuro em minha casa
encontrar alguém que me oiça
pois minh'Alma não fala
mas pensa tanto, tanta coisa ...
E o que fala ninguém ouve
o que sente também não
entre uns pratos de couve
só há copos de mão em mão.
Tantos segredos sobre a mesa
nas cadeiras lado a lado
e o que dizer da sobremesa
só há medo em cada prato.
Não se fala! Não se entende!
Foi azar ou foi engano ...
É tão diferente da gente
que nem parece um Ser Humano.
Detalhes -
Naquela casa ao fundo
vim à vida como sou
e lá morreu o meu avô
num silencio profundo.
Alta noite em solidão
passa a vida em sopro lento
passo eu e passa o tempo
só não passa o coração.
Faz doer lembrar que a morte
nos deixa secos e tão sós
naquela casa , por sorte,
sempre lembro os meus avós.
E quando um dia eu partir
não me chorem por favor
já me basta toda a dor
de ter vivido sem sorrir.
POESIA " DEIXE MAMÃE EU ME SUJAR "
Sem pressa de chegar em casa
Sem preocupações da vida adulta,
Sou criança sem culpa, na inocência
da infância curta que na memória eterna
Me orgulha das brincadeiras na rua
Sou criança e tenho esperança;
Mamãe, por favor não destrua a minha infância;
Deixa eu brincar na chuva e me sujar
Na lama, a infância passa curta
Só se fica lembranças...
Um dia tudo isso vai passar,
Vou crescer, vou chorar de saudades
Dessa idade tão mágica da
Infância onde não estarão mais
Aqui as crianças, só vagas lembranças...
Nilo Deyson Monteiro Pessanha