Sair de Casa
Quarentena
Fico em casa em quarentena
Pensando naquela musa que parece a deusa athena.
Teu olhar me inspira
Teu canto me seduz
Ô céus o que eu serei sem vê minha luz?.
Em quaretena estou
Em quaretena eu fico
Sem teus beijos o meu mundo já parece perdido.
Já cansei dessa espera
Quero teu amor de volta
Quero te ver e já estou indo bater na tua porta.
-andreise vitória.2020
Meu corpo ébrio
Todo titubeante.
Meu ser.
Meu interior.
De fato e verdade.
Parece que sou casado com a perfeição.
A sociedade cobra e exige padrão.
Quem falou.
Quem disse.
Quem ostenta essa razão.
Acho que eu sou quem ergueu a bandeira.
Sou eu que preciso proclamar a libertação.
As algemas são livres.
O medo vivo pede a prisão.
Mas meu corpo é ébrio.
Louco desconcertante.
Volúpia delirante.
Oscila entre céu e inferno.
Mas vivo assim.
Que esse destino me aprove sim.
Louco e dono da sanidade.
Giovane Silva Santos
O verdadeiro lar do Homem não é uma casa, mas a estrada, e a vida em si é uma jornada a ser percorrida a pé.
"A verdade é como um pilar de uma casa,
É o alicerce que sustenta a edificação,
São os cabos de aço de uma ponte estaiada,
É a sapata que suporta toda a construção!"
De Rodivaldo Brito em 15.07.2020
“A MORTE DA FELICIDADE”
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A felicidade morre
Tem casais que a matam
A felicidade sofre
Tem casais que a maltratam
A felicidade passa fome
Tem pessoas que não a ajudam
A felicidade fica nua
As maldosas continuam
Não a ajudam, até alguns simulam
Meu Deus!
Ao casarem gastam muito
Querem felicidades, mas estão distante
Preferem equidades e discotem constante
Nestas cidades, cometem Felicídios
Preferem comícios
Niguém se importa
Niguém se comporta
A felicidade é pra considerar
Esse, não é assunto para alterar
Haja corajosos isso é amistoso
Com a felicidade, seríamos bondosos
e apetitosos.
O Homem e o Abismo
Um homem tinha sua casa à beira de um abismo. E, por temer o abismo, um dia pensou em se atirar nele. O homem saiu de sua casa e caminhou serenamente até a beira do abismo, e olhou para dentro do abismo, pretendendo se atirar no abismo, o que ele julgava ser a solução para os seus problemas. E os seus problemas eram, em sua totalidade, o medo do abismo. Após um longo tempo à beira do abismo, olhando para dentro do abismo, pretendendo se atirar no abismo, o homem decidiu não se atirar no abismo, e voltou para sua casa.
A casa, bem construída em terreno firme, tinha uma horta e um cercado para as galinhas, tinha água para a plantação e pasto para o gado; o tipo de lugar onde nada de ruim tinha como acontecer. Mas tinha o abismo. E tinha o medo do abismo. E, desde então, inúmeras vezes, o homem caminhou até a beira do abismo, e olhou para dentro do abismo, pretendendo se atirar no abismo. Todas as vezes, porém, o homem decidiu não se atirar no abismo, e voltou para sua casa. Todas as vezes, ele decidiu, sabiamente, viver. Todas as vezes, menos uma. Uma única vez, o homem se atirou no abismo.
Entre minha casa é a sua há,
Uma ponte de estrelas que eu fico a imaginar,
Se é a via láctea ou se é o mar.
Se é uma flor ou se é a dor de amar.
Entre gritos e suspiros,
O ceifeiro não se cala.
Casa-grande traz o vírus,
Mas quem mais morre é senzala.
POUSA O OLHAR SERENO
Em casa canto
Pousa o olhar sereno
Ergue-o com doçura.
Olha a Vida...
E olha a tua vida!
Teu coração te levará aos teus tesouros.
Vou torcer, pessoa querida,
Para que encontre neles
A razão de seguir serena
Firme e sorridente
Em cada canto
Por toda a vida.
ENTRE SEM FAZER BARULHO
( Poeticamente vidas )
Entre paredes frias de uma casa isolada,
ficar calado no silêncio da angústia é deliciosamente amargo no processo do progresso que acontece dentro do propósito
da existência que se faz necessário.
O mundo é indiferente, não me chama em
nada a atenção, me isolo em meu imenso universo, me divirto na solidão do vazio.
Com as paredes frias faço minhas confidências, canto, danço, e nessas andanças dos pensamentos, meu mundo está fechado para visitação, sou só eu e meu universo.
Coisas que eu sei, são apenas coisas...
Entre paredes frias ouço um grito, um eco forte, nada além daquilo que eu sei, são gemidos...
Dentro dessas paredes não há desabafos, apenas um silêncio ensurdecedor de um universo numa inquietação que se mantém em controle mesmo dentro do furacão das emoções, ainda que exista dualidade entre a fraqueza e a força, entre paredes frias, enfim, sabe como é, o universo há de mover-se em direção do próprio propósito destinado à essa e aquela existência.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Preste Atenção:
Minha casa tem quatro janelas
Sopram ares de toda natureza
Primavera,
Verão,
Outono,
Inverno.
Minha casa tem três portas
Por onde ventam
Saúde,
Paz,
Prosperidade.
A casa tem quintal
Onde circundam muros centenários
Dentro deles,
Histórias ancestrais.
Nela tudo tem vida
Em cada canto e recanto.
ENTRE:
A cada tábua que range
Ao seu pisar
Preste atenção: a casa FALA.
Em cada prato dependurado na parede
Que se curva a sua passagem
Preste atenção: a casa te OBSERVA.
Em cada cortina que balança
Preste atenção: a casa RESPIRA.
E se o café perfumar e cheirar seus ares:
Preste atenção: ela é VAIDOSA.
Minha casa
"Encantada"
Espelho da minha intenção
É muito bom te receber.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
A verdade é o ninho do amor,
Casa se torna de felicidade por ser iluminada pela verdade. Que benção!
Não sou daquelas que amam de perto,
Que vai visitar a casa.
Sou daquelas que ama de longe verdadeiramente e que visita em oração a Deus.
"Quando Santa Teresa de Calcutá, a pedido do Cardeal Avelar Brandão, abriu uma casa de sua Congregação em Salvador (Bahia), ela disse: 'Eu levo (minhas religiosas), Eminência. Mas eu só lhe peço uma coisa: 'Bote para cuidar da gente um padre que não venha falar de Teologia da Libertação, nem questão social... Bote um padre que venha rezar com a gente. Ou seja, bote um 'padre-padre'"
Exílio
Dez e vinte e nove da noite, um homem assenta-se a varanda de casa
Diz para si mesmo que virá um novo dia, um amanhã tranquilo e sereno...
bonançoso e inalterado, plácido e manso como caminhar envolto de cerejeiras
Céu azul e um canto único, pássaros e uma melodia benévola de se atentar... “Bem-te-vi”
As dez e vinte e nove da noite, um único pensar, momentos delicados de sonhar...
meu próprio exílio retrai o meu imaginar, árduo e custoso de se focar
Meu peito anuncia, os sinais, a melodia, de que amanhã virá um belo e novo dia
Assombroso, será?
Quem sabe esplêndido, fascinante... radiante perante meu caminhar
Mágoas e incertezas dentro de meu olhar, direcionado ao amoroso e doce luar
Naquela noite, as dez e vinte e nove... na varanda de meu lar
Incontáveis e cintilantes estrelas consigo contemplar, sem mesmo sair de meu lugar
Lágrimas demandam permissão para demonstrar, manifestar e transbordar, um sentimento intenso...
no qual em vivência e comoção de vida eu pude enxergar, em meu peito, coração infirme e sujeito
De que naquele findado dia, subitânea noite e incertezas de vida
Um homem como eu, as dez e vinte e nove da noite, poderia sim
Sujeitar-me, reter-me, sustentar em si próprio a perfeição de sentir e suportar
inúmeros desejos, intuição e agravados pensamentos
E no mesmo recinto, período, pulsação e deleito
Poder vivenciar tal envolvimento, afinidade em sentimentos...
dentro de um único espaço de tempo
Sem ao menos fazer um ínfimo movimento.