Sair de Casa

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(...) minha tese é de que tenho mais chances de ler um livro que esteja aqui em casa do que outro que ficou na livraria

A casa onde eu nasci, embora já não seja
minha, permanece intacta em mim como a
escultura de uma caravela em uma garrafa:
uma casa dentro da memória.
Nunca mais foi como aquele o cheiro dos
lençóis limpos nem o aroma das comidas,
a música das vozes amadas e o crepitar
das lareiras, nunca mais a mesma sensação
de acolhimento, nunca mais pertencer a
nada com tamanha certeza.

Ontem desenhei teu rosto nas paredes da minha casa. Esbocei minuciosamente no espelho do meu quarto, teus traços e teu jeito de me fazer bem. Tudo que vi ficou demais exato por ter sido criado por mim, que mal sei desenhar os meus próprios caminhos. Usei meus sonhos como tintas coloridas e enchi de encanto a tela vazia da minha solidão.

Rabisquei teu sorriso olhando crianças brincando nas ruas de terra batida e fiquei feliz com o que vi. Imaginei teus cabelos como se fossem cachos de acácias amarelas balançando ao vento de um outono de cores gris. Teus braços são ramos que perfumam as minhas mãos frias e aflitas de tanto desejo. Busquei o brilho dos teus olhos na luz de um dia de sol constante, que nunca chegamos a viver. A cor da tua pele roubei de uma nuvem branca que passou ligeira pelo céu dos meus pensamentos e desapareceu no horizonte do tempo, onde tudo tem hora certa pra acabar.

Ah! Como você é linda e passageira! Mesmo assim, você me inspira a fazer até o que eu nem sei, inclusive amar com toda verdade! Tudo que desenhei em torno de mim ficou tão perfeito que eu jamais acreditei ser você ali, estampada nos meus braços, refletida nos meus gestos e se escondendo nas sombras do anoitecer. Mas uma ventania inesperada soprou forte e borrou meus olhos que transbordavam as lágrimas da minha vontade. Permutamos esperanças pelo medo escancarado de um futuro escrito sem nós.

Derramaram-se tintas nos meus planos perfeitos de ser feliz contigo. Cores vivas se espalharam pelo chão empoeirado da minha tristeza e escorreram até o final de mim. Naquela tela, antes branca e pura, agora pulsam velhas lembranças de tudo aquilo que jamais seremos outra vez.

Apesar de não ter tido a chance de amar com a medida e a urgência que eu tanto quis para nós dois, desenhei com inspiração e dor a tua vida no vazio da minha vida. Delineei teus traços na escuridão dos meus dias com primor, exatidão e formas das quais jamais ouviremos falar em outra ventania. A minha saudade é um retrato borrado pelas cores da desilusão.

⁠Lá está ele, em uma casa solitária, com luzes acesas. Na estante, fotografias antigas, pessoas importantes, momentos que o fazem lembrar do que passou e se perguntando onde estão aquelas pessoas. Não há ninguém ao seu lado, com exceção de seu fiel animal que o olhava, deitado naquele chão, ele sempre ficava naquele canto da sala quando chegavam, ficava lá até o cair da noite, o qual acontecia minutos depois da chegada deles. Não vejo ninguém ir lá há tempos. Não consigo ver com nitidez o que ele está fazendo por conta da janela embaçada, devido aos pingos de chuva, a tarde estava escura, diferente de seus cabelos. Mas parece que estava sentado, na velha poltrona, de olhos fechados, com seu amigo, o qual recebia carinho. Com a outra mão segurava aquele retrato, como sempre fizera. Depois de alguns instantes, um barulho, seguido de um latido, semelhante a um uivo. -Finalmente as luzes foram apagadas. -

Casa é o lugar no qual, quando você chega, eles têm que acolhê-lo.

Riso de Criança

Fico feliz com teu som
Correndo pela casa, me alcançando na varanda.

Riso de criança faz a gente perder o juízo...
Faz a gente gatinhar,
Gargalha á toa, pro vento.

Riso de criança é tempo pra descansar.

Preciso.

Preciso achar o caminho de volta pra casa
se é que eu sei onde fica.
Preciso encontrar novos rumos.
Aprender a dizer coisas que devem ser ditas
e não pensar em como elas irão doer.
Preciso parar de machucar a mim mesma.
Preciso de ar e de respirar novos ares,
viver intensamente, fazer o que eu quero.
Preciso arrumar as malas e sair por ai.
É disso que eu preciso.

Eu reparto minha alegria, minha música, meus bons momentos, minha casa, minha mesa, meus versos de estimação. Não sei viver sozinho, nem quero - por isto mesmo não falta gente perto de mim. Não entro naquela do italiano que aconselha: "Se estiveres sozinho, serás todo teu". Pra quê? Prefiro me dividir.

Loucuras Incabíveis
O início da loucura...
Pessoas unidas numa casa,
Amigos, conhecidos, desconhecidos
Uma dupla, um trio, um quarteto...
alguém só...
mas todos juntos...
Líquidos unem pessoas.
Vontades soltas e contidas ...
definem a consequência dos fatos...
ir ou não ir?!
eis a questão imposta...
Ficando ou não
os líquidos permanecem a unir pessoas....
apenas o círculo aumenta...
cresce e se amplia para a cidade.
Mas junto com este crescimento do espaço unido,
as vontades aumentam...
sem saber alguns que este é apenas um prólogo...
O que esta por vir,
nem os líquidos de uma louca noite anterior conseguiram impedir.
Uma loucura desmedida..
que a aparência do ânimo tentava criar a ilusão...
mostrando um desanimo que não existia.
Segue-se caminho rumo a liberações e desprendimentos de vontades,
vontades imersas em líquidos abundantes...
vai, não entra, volta...
são as convenções...
ninguém quer ser o primeiro a adentrar o cenário,
volta, liquido e vai
agora já esta liberado o cenário...
e tudo começa a acontecer....
o ar começa a incomodar...
o corpo a se movimentar
e a multidão se une...
são tantas loucuras sem cabimento...
sou incapaz de descrevê-las
pois assim me contradiria,
se realmente coubessem aqui...
O tempo começa a enlouquecer ...
começa a correr como um insano...
se esquece das vontades...
das chaves perdidas...
chaves que abrirão e permitirão o abandono do cenário...
Mas há ainda no cenário uma louca perdida...
Líquidos nas mãos em vidro.
A chave faz cessar o choro,
numa casa vizinha...
porque o cenário deixou de existir...
Entram duas....
estranhamente entram dois...
Conhece-se um ...
desconhece-se outro...
mas nada impede a vontade até então...
Liquido, fumaça, corpo, fogo, pensamento...
são os simples elementos que compõem
aquele universo...
Mãos perdidas, dentes soltos....
um problema...
uma explosão...
o sol cega, esquenta e já não dá para ficar parado...
o toque do compromisso mais uma vez adiado insiste em incomodar...
Dois expulsos....
Largados e abandonados ...
Em plena cidade acordada...
um modo de comunicação entregue...
vai e volta ...
e já não mais dois
já não há mais liquido...
só resta a insonia e as lembranças...
loucuras contidas...
e a tentativa de compreender algo que não pode ser compreendido...
só restava saber algo...
que a louca perdida na festa estava agora amarrada...
numa cama de hospital...
sem lenço, sem documento....
sem sapatos
e que um desconhecido...
descia do ônibus,
para um encontro com céu e mar...

Que loucura é essa sensação de voltar pra casa ao te reencontrar.

Em casa de menino de rua, o último a dormir apaga a lua

"Não se turbe o vosso coração
Crede em Deus e também em Mim
Na casa de Meu Pai há muitas moradas" (João 14:1-2)

"Se não fosse assim, eu não teria dito
Vou preparar-vos um lugar"
"Eu virei e vos levarei para Mim mesmo" (João 14:2-3)

"Vós conheceis o caminho para onde Eu vou" (João 14:4)

"Eu sou o caminho, a verdade e a vida
Ninguém vem ao Pai, a não ser por Mim" (João 14:6)

"Em verdade eu vos digo, porque eu vou para o Pai
Mas aquele que crer em mim obras maiores fará" (João 14:12)

Se Me amares verdadeiramente
Guardareis os Meus mandamentos
Eu rogarei ao Pai, Ele vos dará o Consolador
O Espírito da Verdade que o mundo não pode receber
Mas Ele habita em vós
E estará em vós pra sempre

Aquele que tem os meus mandamentos
E os guarda, esse é o que me ama
E se alguém me amar
Será amado do meu Pai
Eu também o amarei
E Me manifestarei a ele...

Quero te amar, mais Senhor (4x)

Eu não imaginava onde eu iria chegar. Não acreditava que arrumar a casa era uma obrigação, estudar era um dever, e ser alguem na vida era um objetivo .

Só quem já teve um dragão em casa pode saber como essa casa parece deserta depois que ele parte.

A minha cama é o chão
o meu cobertor é a lua
o meu travesseiro é a mão
e a minha casa é a rua.

Percorrer muitas estradas, voltar para casa, e olhar tudo como se fosse a primeira vez

Não saia de casa desarmado; leve sempre o seu sorriso.

Sê atento sobre ti mesmo até em tua própria casa. Cuida de nada fazeres mesmo no lugar mais secreto, de que te possa enrubecer.

Se você quebrar o pescoço, se você não tiver nada para comer, se sua casa estiver pegando fogo, ai sim você tem um problema. Qualquer coisa diferente disso é apenas um inconveniente.

Saudade...
Tua presença ainda esta pela casa...
Teu cheiro ainda permanece nos lençóis...
Tua Musica preferida ainda esta tocando ...
Te procuro na cama ...toda noite ...
Mais seu espaço esta vazio
Assim como meu coração ...
Procuro mil maneiras para te esquecer ...
Mais meu coração...
Teima em buscar nas lembranças ...
A tua presença...
Você foi embora digo ...grito ...choro...
E tento entender ....
Onde foi que erramos ...
Será que todo Carinho...Paixão ...desejo ...
Tem começo e fim...
Você foi embora ... frase que digo para não me esquecer....
Caminho por entre a multidão...
Buscando teu rosto ...
Teu sorriso ...
Minha vida parou no momento que você partiu.
Você agi como se eu não tive-se feito parte da sua vida ...
Mais não posso fazer o mesmo ...
Você ainda faz parte da minha vida ....das minhas lembranças...
Do meu coração ...