Sair de Casa
Ela dizia que não estava bem, que queria fugir de casa, que seus pais não lhe compreendia. Eu também não a compreendia, ainda não a compreendo, mas meu coração eu dei a ela, e dele ela fez seu cantinho preferido, seu lugar de descanso, de paz. E hoje ela vive sorrindo
Preste muita atenção em quem você coloca dentro de sua casa; Nem sempre o ladrão precisa arrombar a porta.
O que sempre Maria procurara em sua vida era ser feliz. Durante sua infância em sua casa conturbada vivia como um fantasma. Dizia a si mesma todo o dia que quando casasse e tivesse sua família, faria diferente. Em sua adolescência viveu como deveria. Sem beber, sem desobedecer sua mãe, já então separada de seu pai, viveu em uma jaula sem poder realmente viver. Não fez nada que pudesse dizer: aproveitei minha adolescência de fato. Formou-se em Medicina e logo dedicou sua vida ao trabalho. Casou-se aos vinte e cinco anos de idade com um homem que julgava ser o homem de sua vida. Ele era completamente diferente dela: extrovertido, engraçado, simpático e bem humorado. Ela era fechada, na dela, um pouco antipática e não tinha nenhuma senso de humor. Juntos tiveram Alice, a primeira e única filha do um relacionamento de dez anos que acabou depois da descoberta de uma traição. Maria ficou desolada. Não queria comer, não queria beber e nem sair de casa. Queria ficar em seu quarto, em seu mundo. No lugar onde ela nunca, nunca poderia ser julgada. Após uns meses de terapia, Maria voltou a trabalhar e viver normalmente. Ou melhor, viver não seria a palavra indicada. Ela passou a sobreviver.
Ela era infeliz. Era toda infeliz. Seus olhos, seu nariz, orelhas, suas curvas, seu corpo, era toda infeliz. Tudo que sempre quis na vida ela não conseguiu. Mesmo se formando, trabalhando no que amava e recebendo muito bem, ela era infeliz. Sua casa era triste. A filha mal falava com ela, o ex-marido enviava dinheiro pela conta corrente, havia ficado bem mais velha do que aparentava. O que havia acontecido com Maria? Porque ela vivia naquela tristeza angustiante? Sem amigos, sem família, uma filha que mal falava com ela, um trabalho desgastante, uma vida cheia de decepções emocionais. Dificilmente se divertia ou saia. Todas as quintas ainda saia para tomar um café na cafeteria da esquina que tinha um café barato e de quinta. Pegava algum livro, sua bolsa e jaleco e ia para a cafeteria, sentava sempre no mesmo lugar, pedia sempre a mesma coisa e ficava lá horas até dar sua hora de ir para o trabalho.
Era uma quinta chuvosa quando Maria resolveu que mesmo com a chuva grossa ela iria tomar seu café de quinta, na quinta-feira. Pegou seu livro e saiu de casa ainda com o guarda-chuva e uma capa. Abriu a porta do estabelecimento e quando ia se dirigir para seu local de costume, havia um homem sentado lá. Ela parou, olhou o lugar quase vazio e voltou a olhar para o homem que lá estava sentado. Porque, em meio a tantos lugares bons, ele escolhera logo seu lugar. O mais no canto, o mais escuro, o mais depressivo? Resolveu que pediria a ele para se retirar do lugar. Um absurdo! Ela ia todas as quintas e sentava ali. Se ele quisesse sentar naquele espaço, que fosse outro dia. Decidida a discutir se possível, ela caminhou até à mesa e parou bem em frente. O homem lia um jornal e pareceu demorar para notar a presença de Maria ali. Ele baixou o jornal, levantou o olhar e sorriu:
“Sim?”
“O senhor está em meu lugar!” Disse ela decidida e autoritária. Com aquele jeito bem arrogante e antipática de quando queria alguma coisa.
Ele ainda confuso, olhou para os lados, para baixo da mesa, para as cadeiras e com um sorriso exclamou:
“Não estou vendo nenhum nome na mesa, suponho que ela seja de qualquer cliente que a encontrar vazia primeiro.”
“Todas as quintas eu venho aqui, eu sento nesse lugar, eu leio esse livro e depois de duas horas eu vou trabalhar! Então suponho que o senhor não queira atrapalhar minha vida. Por favor, escolha outra mesa e sente nessa amanhã”
“Mas eu já estou sentado!”
“Fique sentado em outra!”
Ele pareceu suspirar, mas tinha um ar tão arrogante quanto ela:
“A cafeteria está vazia, escolha outro lugar. Eu não vou sair daqui!”
“Não vai? Tem certeza?” Ela falou indignada com a arrogância do homem.
“Não, eu não vou. Se quiser sentar-se comigo tudo bem, mas não vou sair!”
Ela, já com raiva e bufando, jogou as coisas na mesa e sentou-se. Ele deu um sorriso pequeno e vitorioso e continuou lendo o seu jornal. Ela fez o seu pedido e enquanto bebia o café, ficava fitando o jornal dele querendo que o jornal queimasse ou que ele saísse logo. Era a única hora que ela tinha para ela. Aquele homem não poderia acabar com isso!
“Então é médica?” Ele soltou ainda enquanto lia o jornal.
“Não te interessa” Respondeu ela durona e com raiva enquanto bebia um pouco do seu café.
“Oras, pare de ser infantil. Só fiz uma pergunta por causa do jaleco” Ele baixou o jornal e pôs-se a beber o seu café com leite que havia sido trazido pela moça simpática que servia sempre com um sorriso no rosto.
“Sim, Hospital Santa Cruz. Que saber minha credencial?”
“Você me lembra minha filha, e ela tem cinco anos.”
“Porque você não se detém a apenas ler seu jornal e tomar seu café rápido?”
“Não se preocupe, tenho bastante tempo de sobra para conversar.”
“Não quero conversar.”
“Qual seu nome?”
“Qual a parte do ‘não quero conversar’ você não entendeu?”
“Tem cara de Sandra, Marisa…”
“Maria. Meu nome é Maria” Ela falou virando os olhos e bebendo o seu café.
“Um belo nome esse: Maria.”
“Você acha?” Ela levantou o cenho e depois deu os ombros “Acho normal, igual demais”
“Não gosta de coisas iguais?”
“Gosto de coisas diferentes.”
“Então porque tem que vim toda quinta com o mesmo livro, na mesma cafeteria e senta na mesma mesa?” Ele olhou para ela que piscava um pouco surpresa com essa afirmação.
“Isso é… É completamente diferente!”
“Não, não é. Sabe, tenho observado você todas as quintas. Já esbarrei com você várias vezes aqui, porém parece que seus olhos estão fechados para o que é novo. Parece que eles estão vendados para a vida. Sempre, sempre a mesma rotina.”
“Você não tem… Não tem absolutamente nada a ver com minha vida!”
“Ricardo!”
“O quê?”
“Meu nome. Ricardo. Prazer em te conhecer Maria.”
Ele levantou e deixou ela sentada ali, perplexa, sem nenhuma palavra. O dia todo ficou pensando naquela conversa. O dia todo, a semana toda. Passou a semana e quando chegou na cafeteria, ele não estava mais lá. Olhou para os lados procurando aquela figura masculina que a havia deixado confusa e não achou. Quando ia caminhar para sua mesa de costume, algo lhe parou. Ela voltou e sentou em outra mesa. Deixou o livro e lado e pegou um jornal. Não pediu o de sempre. Ela havia aberto os olhos para a vida. Chega de rotina, chega de tristeza! Ela iria mudar, e que começasse com as pequenas coisas!
Um telhado para o tolo é apenas para proteger a casa da chuva, para o inteligente uma forma de implantar cisterna e recolher água evitando a retirada dos aquíferos.
Eu já não caibo mais nessa casa.
Tudo gigantesco ficou...
Meu corpo.
Minhas roupas.
Meus sonhos.
Minha alma, está grande em demasia, para um lugar tão pequeno.
Já não tem saída certa.
O relógio me oprime, perguntando: quando sairá daí?
Digo: Irei sair em breve, porque preciso existir.
Existir para mim, e para o mundo em si.
Endereço
Minha casa é um recanto do mundo
a doze passos do coração.
É horta fértil, jardim fecundo,
pelos Campos do Mourão.
Minha casa é colo e cafuné,
é cheiro de mate e pão caseiro,
é força e vida, vigor e fé
que canta o sino de Engenheiro.
Minha casa é abraço apertado
onde a Gralha Azul fez ninho.
É beijo tímido, apaixonado
nos cafezais de Sertãozinho.
Minha casa é floresta que se avista
da janela velha rindo à toa.
É semente nova que o altruísta
acomoda e rega em terra boa.
Minha casa é pinheiro, é cipestre
que penumbra, em trilha oportuna,
os tapetes do ipê roxo, flor silvestre
nas calçadas de Araruna.
Minha casa tem gosto de Carneiro ao Vinho,
Sabor sagrado, segredo sangrado no sul.
É terra rubra que pinta o pé pelo caminho,
é sossego, saudade e sol. É Peabiru.
Vendesse eu as palavras quando não tenho nada a fazer
Vendesse eu a alma quando chego a casa entristecida
Vendesse eu o coração quando me apunhalam pelas costas
Vendesse eu a casa quando a família não esta presente
Vendesse eu o espelho quando me vejo menos bonita
Vendesse eu a consciência quando não disse o que havia a dizer
Só para não ferir o coração d’outrém.
A verdade é que se eu vender as palavras não saberei usar a alma
Também vendida por não dar valor à tristeza
Que nos assola quando o coração é traído
Pelos que mais amamos em virtude da sua imagem
Que não vemos quando nos olhamos ao espelho
Traindo o amor que à nossa volta têm por quem somos
Pesando-nos mais tarde a consciência pelo que não fizemos
Pelo que não amamos
Pelo que não dissemos a tempo
Perdendo a única oportunidade que temos numa vida:
A de amar para sempre.
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Faça valer a pena casa minuto ! Faça valer a pena cada momento de sua vida, pois cada minuto é unico. Amor não é aquilo que faz com que o mundo vá em frente, amor é o que faz uma jornada valer a pena!
- Ou qual é a mulher que, tendo
dez dracmas, se perder uma, não
acende a candeia, varre a casa
e a procura diligentemente, até
encontrá-la?
E tendo-a achado, reúne as
amigas e vizinhos dizendo:
Alegrai-vos porque achei a dracma
que eu havia perdido.
Cheguei em casa e já se acabou mais um dia, ao tirar os sapatos agradeço por olhar o relógio e já passarem da 00:00.
A vontade é de apagar todas as luzes, me jogar no sofá, agarrar uma almofada e chorar. E numa súbita raiva eu quero sumir. Esquecer.
Esquece que você existe. Esquecer que um dia já existiu 'nós'.
As mentiras continuam e as desculpas, mesmo verdadeiras, eu já não faço questão de aceitar.
Eu ainda não sei o que se passa dentro de mim, amor e ódio, felicidade e infelicidade, lembranças e indiferença,...
Eu conheci alguém que me fazia feliz, alguém com que eu podia confiar, alguém que me contava tudo e com quem eu podia contar. Hoje é mais provável que eu converse sozinha.
Hoje conheço alguém que não reconhece minhas mudanças, meus desapegos, meus sacrifícios, minhas dores,...
Alguém que me prova de ser eu mesma.
Eu quero acordar e ter coragem para não te ligar e se você fizer o mesmo, ter coragem para seguir minha vida. E daqui a um tempo me auto-reconhecer novamente; brincar e sorrir a toa; sair e me divertir; e no final olhar para o passado e não te enxergar lá. Não, não quero que você esteja nem no passado. Quero que você simplesmente não exista. Quero que não seja real. E finalmente conseguir sorrir, bem longe de você.!
Brasil, rumo pra casa!
Essa vai para Galvao, pra deixar de ser BOCÃO
O Brasil tenta, tenta, mas é só "penta"
Nas copas passadas foi Zidane, nessa foi a "jabulane"
A seleção foi quem perdeu, não fui eu nem ninguem meu!
Perante as Estrelas
Esse luar entra sobre a janela de casa
Pela manhã caminho por esse bosque,
Qual a sua flor preferida?
A noite eu me prendo perante as estrelas
Tão inocente o nascer do sol
Horas depois, esperamos por um céu nublado
Entre o bem e o mal
A nossa mentira prevalece,
Eu me prendo perante as estrelas
Quando houver um brilho maior, você pode me acordar
O meu passado está sendo levado com a água do mar
Por tanto, nada de bom para se lembrar
Momentos especiais não se vão fácil com a água
Procuram ficar sobre está imensa areia,
E você os guardará para sempre
Eu penso sobre o que farei após essa noite
Haverá um amanhã para mim?
Essa noite poderá ser a última,
E tudo o que eu desejo é um novo amanhecer
Eu penso sobre o que farei após essa noite
Haverá um amanhã para mim?
Enquanto a pergunta fica sobre o ar,
Eu me prendo perante as estrelas.
Natal
Está frio lá fora
Não há ninguém nas ruas da cidade
A janela de casa se abre, deixando o vento entrar
E trazendo lembranças que eu tento apagar
Hoje é natal
As luzes brilham mais que as estrelas
Somente para eles
Não há brilho mais forte do que o delas
É natal, e eu quero permanecer aqui
É natal, eu não tenho para onde ir
Eu fico por aqui, junto com essas estrelas
Permaneço com este imenso céu
Feliz estar com todos eles à sua volta
Feliz é esta sobre este gramado observando tudo ao meu redor
Você se parece tão só
Eu não serei o seu melhor,
É natal, você pode ficar por aqui
As luzes da cidade, são como
Lâmpadas apagadas para você
Sempre houve uma luz maior acima de você
Elas sabiam, que tudo um dia iria perder o brilho para você
Você nunca às enxergou,
Elas jamais deixaram de brilhar para você.
[...] Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.
A vassoura limpou a casa,
O banho lavou meu corpo,
A reza libertou o meu espírito,
E eu (...)
(...) fiquei sozinho, tomei o meu Lexotan e fui dormir