Sair de Casa
Eu chego em casa, e reclamo da desorganização as vezes de todo mundo, digo pro meu pai que não vou ir andar de cavalo, quando ele já selou o cavalo, e esqueço que eles estavam esperando eu chegar.
Esqueço de agradecer o bolo gelado de leite ninho que minha mãe disse que estava na geladeira antes mesmo deu descer do carro. Como assim? Antes mesmo deu chegar, ela pensou no que eu mais gostava e fez. Ela penso em mim.
Ontem mesmo na hora do jantar, meu pai ficou zuando minha mãe que ela disse: Di você quer arroz ou macarrão? - Sendo que só tinha macarrão, ai ele fico dizendo: Escolhe o arroz. E rimos disso, apesar deu não demostrado muita graça, por outros motivos, me senti em casa de novo, naquela total desorganização que eu e eles entendem como algo organizado.
Por mais que as vezes não me sinto em casa, por já ter criado uma nova maneira de viver, eles sempre fazem tudo ficar bem. Os conselhos da minha mãe, e as coisas que ela faz pra ver todos nós sorrindo, é insubstituível.
Gosto de estar aqui, com a mesma porcentagem que gosto de reclamar dos que amo. Simplesmente porque me importo.
Seja o problema que for, na dimensão que eu o fizer, o que sempre vai me deixar bem, são eles, minha família.
É muito bom ficar em casa nos dias de chuva, muita água cai, um friozinho de chamar a gente pra de baixo das cobertas, comer delicias e dormir tranquilinha com o barulho da chuva. Mas logo perco toda essa paz, de ter a consciência que existem muitas pessoas em meio a chuva, em casas que não suportam essa parte da natureza por serem tão frágeis, tão improvisadas, desabam com a esperança dessas pessoas de terem um mundo mais justo, mais igual, mais humano, mais de Deus.
Te liguei ontem.
_Eu vi.
Mandei mensagem.
_Eu li.
Te chamei na sua casa.
_Eu ouvi.
Te mandei chocolate.
_Eu recebi.
Não tem nada pra me falar?
_Caramba, finalmente trocamos as falas.
Salmo 121/122
Que alegria quando me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!”
Que alegria quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!”
E agora nossos pés já se detêm,
Jerusalém, em tuas portas.
Para lá sobem as tribos de Israel,
as tribos do Senhor.
Para louvar, segundo a lei de Israel,
o nome do Senhor.
A sede da justiça lá está
e o trono de Davi.
Rogai que viva em paz Jerusalém,
e em segurança os que te amam!
Que a paz habite dentro de teus muros,
tranqüilidade em teus palácios!
Por amor a meus irmãos e meus amigos,
peço: “A paz esteja em ti!”
Pelo amor que tenho à casa do Senhor,
eu te desejo todo bem!
PAI
Como o tempo passa
Quem me confirma é o espelho!
Quando entrei em casa
Olhei os retratos na parede
Fiquei pensando na minha vida ali a tarde na cama sentada
Imaginando uma grande casa de varanda e uma rede. (Nosso sonho lembra?)
Ouvi aquela sua velha canção...
Vi a menina cheia de sonhos indo embora do teu acalento
Senti-me vazia! (Porque fui tão cedo?)
Experimentei o novo, fui senhora da razão.
Aprendi que o destino à gente domina
Das coisas que vivi, de nada me arrependo
Só que agora nem me lembro
O gosto da comida que você fazia,
Ou a última conversa que tivemos,
A cada ano tudo fica tão longe, e teu abraço de pai era tudo que eu queria!!!
Quis provar para o mundo
Que eu era diferente
Mas sabemos que lá no fundo
Só queria te mostrar que seria independente
Agora renovei meus sonhos criei outros ideais
Aqui estou, com mais uma taça de vinho na mão.
A menina querida que fui, já não sou mais.
Tornei-me mulher com sua falta no coração
Sentada vendo fotos antigas...
Imaginando como poderia ter sido
Se não houvesse tantas mágoas
Você demorou de perdoar e essa parte da vida eu não domino
Queria te falar como andam meus dias...
Minha vida, minhas alegrias e tremores...
Queria ser o que eu era; sua filha e amiga.
Queria ouvir suas histórias e as dores...
Quem sabe até ouvindo esta canção... (que você gostava tanto!)
Que fala de amor fraternal e sete filhos
Brindando com um copo nas mãos
Passando á limpo nosso destino
Quem sabe um dia, numa casinha de varanda com uma rede...
Eu recordo o que você disse no dia em que me perdoou...
Você disse que sentia sim orgulho dessa filha que hoje anda tão ferida
E eu disse que sentia tanto, e num abraço a gente se rendeu.
Muito pouco tempo depois a vida te levou...
Mas quem sabe também um dia eu reencontro no espelho aquele olhar de menina
Que perdi em algum lugar daquela fotografia.
O trabalho acabou
Hora de ir para casa
A violência começou
Nenhum pássaro bate asa
Olho de um lado
Olho de outro
Com o passo apertado
Feliz por não ter ouro
Chego em casa
Nada para comer
Com esse meu salário
É difícil sobreviver
Contas e mais contas
Com transporte, educação,
Higiene, alimentação,
Vestuário, saúde e lazer
Com esse meu salário
É difícil viver
Enquanto a morte fico a esperar
Começo a pensar
Morrer deve ser melhor que viver
Pois nessa vida, ganho pouco e pago muito
Mas, fico também a pensar
Como não há dinheiro para pagar a população,
Se há dinheiro para pagar
Político Ladrão.
Nessa época todos se preocupam em enfeitar a casa para o Natal.
Nada contra, mas e se fosse enfeitar o coração também?
Chega em casa só depois que o sol nasce, sente-se inútil. Sente pena de si ao olhar- se no espelho e ver a cara embriagada quase de ressaca. O rímel de ontem ainda nos olhos. O cabelo despenteado. Um corte no pé que não sabe como adquiriu. O pensamento em branco. O raciocínio lento e o ouvido tinindo a música da balada que ainda faz eco. O dinheiro que gastou diluído no álcool que percorre as veias, mente e corpo. Um apelo para si mesmo. Tenta lembrar com exatidão de noite de ontem. Mas, tudo é vago. Não confia na sua memória... Falou com estranhos, sorriu para os falsos tratando- os com igualdade, confessou seus reclames para um surdo e deve ter feito outras coisas assim desprezíveis. Não lembra. Faz um gesto evasivo, apertando os olhos e contraindo as mãos contra a cabeça tentando lembrar com veemência o que lhe ocorrera ontem. Apesar da bondade do gesto a tentativa é em vão. Já não sabe ao certo se foi um dia perdido ou vivido. A consciência acusa. A noite passada gasta por nada, serviu para que? Pra nada! Paranóia. E os olhos vão apertando e fechando. Já não há questionamento. Já não há mais tempo, é hora de dormir.
Me vejo em minhas fotos espalhadas por toda a casa uma pessoa que não sou eu, uma pessoa quem eu gostaria que existisse. Mas não sou eu. É apenas uma ficção.
Ei, senta aqui. Tá vendo como a sala dessa casa é confortável? Eu amo esse fim de tarde aqui... A cortina é verde e deixa um cheiro agradável na sala.
Sente a brisa entrando pela janela.
Engraçado...
Quando eu te vi pela primeira vez saindo daquele carro, com aquele óculos e aquela pasta que te deixava com uma cara de estudante irresistível, eu saí dizendo aos quatro ventos que eu te precisava independentemente se fosse perto ou longe.
Mas agora... Com essa brisa batendo em nosso rosto eu só consigo sussurrar que eu te preciso assim bem perto. Bem perto de mim.
Chega mais perto. Tá vendo meus olhos marejados? Todas as vezes que eu te olho eu penso o quanto vai valer à pena esperar todo esse tempo pra te ter comigo sempre.
Eu sabia, no fundo eu sabia, que continuando por aquele caminho por onde eu vinha eu tropeçaria em algo maravilhoso.
E eu não me arrependo de cada palavra, de cada olhar, de cada gesto. E eu nunca vou esquecer de cada momento, de cada encontro.
Eu me apaixono ainda mais cada vez que eu te olho. Acredite, se eu te olhar cem vezes, vou me apaixonar ainda mais cem vezes por você.
Segura a minha mão. Segura como naquele primeiro dia em que a gente sentou nesse mesmo sofá e pela primeira vez eu te olhei nos olhos. Naquele dia foi quando eu senti que amar não tem remédio.
Eu não sinto falta da Mayara que eu fui. Hoje eu só sei sentir falta de você, do seu cheiro, do seu abraço, do seu carinho.
Tá difícil. Pelo menos pra mim. Eu tô olhando tudo aqui agora e tá difícil. Mas quando eu penso em nós, nessa força que subestima tudo ao meu redor, quando eu penso nisso tudo eu penso que o nosso amor pode ser maior que todos esses ventos contrários.
Eu sentei aqui com você porque eu precisava te dizer tanta coisa. Mas agora, olhando os teus olhos marejados e as tuas mãos nas minhas, eu não consigo pensar em mais nada.
Me abraça e diz que você também quer isso, que daqui a pouco a gente vai rir de tudo isso e a gente vai estar feliz, ouvindo jazz e fazendo strogonoff.
Fecha os olhos. Meu avô dizia que quando se ama é mais fácil ver a vida de olhos fechados.
Sabe o que eu vejo quando eu fecho os meus? Você tirando alguma coisa do bolso do seu terno na porta da igreja. Eu só gostaria muito de saber o que é.
Eu amo seu sorriso.
Quer ver como a minha cabeça encaixa perfeitamente no teu ombro?
Amor, Não Existe Se Voce Não Tiver Dinheiro,Casa,Carro
Se For Feio Intão Numca Vai Ter Um Amor _(|)_
. A pessoa que não teve carinho em casa, fica com um buraco pro resto da vida. Não tem cimento que feche.
...Saudades dos velhos tempos! Namoro em casa, filme... Conheciamos a pessoa do nosso lado! Tinhamos convivência, confidencias, fidelidade e respeito. Não importava seu trabalho, o quanto ganhava e o carro era mero, mero detalhe! ...
Ainda te busco pela casa,ainda sinto seu cheiro na madrugada.Saio pelas ruas a te procura na esperança de mais uma vez te encontrar.Numa esquina,numa praça,numa ponte ou numa sacada.
Já faz uns quatro anos, mas eu lembro como se fosse ontem, de um dia que eu chegando em casa depois de quase três semanas fora trabalhando, com as costas pesadas, em parte pela mala gigante e em outra também pela responsabilidade que, até então, era novidade. Cheio de pensamentos no futuro: o que fazer, onde investir o que poderia ganhar, o que estudar, a que me dedicar, como seria minha vida dali pra frente, enfim preocupações cotidianas que todo mundo tem. E quando desci no ponto eu olhei um morador de rua na frente do mercado deitado em um papelão, mas não era qualquer papelão. Era daqueles bem grandes provavelmente de uma máquina de lavar ou algo parecido, idêntica as que eu adorava brincar quando era pequeno, olhando pro céu com os braços cruzados atrás da cabeça e o sorriso largo. Do seu lado um papel amassado de pastel de feira que tinha acabado de devorar. Conseguiu provavelmente jogando uma lábia em alguém, ou fingindo que tomou conta de algum carro. O tempo, um sol de fim de tarde com um céu completamente azul. O vento, uma leve brisa. Pode, e com certeza vai, parecer muito lúdico e uma visão romântica demais da vida, mas a expressão no rosto daquele cara, pelo menos naquele instante, naquele momento, era de absoluta e pura felicidade. Talvez mais um pastel não cairia mal, mas era Como se não precisasse de mais nada. A simplicidade tem esse jeito sutil de dar um tapa na nossa cara. Olhei e Fui embora. Esse ano comprei uma máquina de lavar e sequer deitei na minha caixa de papelão king size... Nem reciclei nem nada, só joguei fora... Que desperdício rs