Sair de Casa
Viúva de marido vivo
Triste e desolada, uma mulher vivia,
Pois morava numa casa, onde amor não existia
Ela era casada, mas vivia sempre sozinha,
O marido, apesar da ausência, ainda bebia
De bar em bar, de gole em gole, noite e dia,
Deixando ela sempre vazia,
E quando chegava, nada dizia,
Nem beijo, nem amor ele fazia,
Comia e bebia e no mesmo prato, cuspia,
Amor e felicidade, essa mulher não conhecia,
Se o seu marido era vivo,
Pra ela, um morto é o que parecia,
Sumia o dia todo e a noite só dormia,
Se essa mulher, ainda não era viúva,
Porém, todos os sintomas ela já sentia.
Eu tenho que parar de apalpar meus bolsos do casaco como se tivesse esquecido as chaves de casa, a carteira em cima da mesa, a luz acesa. Eu tenho que parar de olhar para trás como se tivesse deixado cair algo pelo caminho que por um momento relapso, deixei escapulir por entre os dedos e se perdeu nessa trilha. Não devo, nem quero continuar com essa sensação de que perdi você.
Cheguei em casa e todos tinham ido embora...
me dei conta de que estava totalmente sozinha...
O vazio preenchia todos os lados da casa...
e o silêncio era meu abrigo...
Em minhas indecisões me perdi...
Tudo aqui é vazio...e o vazio me corrói me maltrata.
Nada me resta a não ser as lembranças...
Agora só tenho que cuidar de mim...
Os sonhos que contruimos um dia...
Estão manchados...nada me resta
Odeio-te por você ter-me deixado só. Hoje mesmo, eu estava voltando para casa, em uma rua escura, no frio e sozinha. No frio, com os olhos cheios de lágrimas, com o coração devastado de saudades, medos e arrependimentos.
Chego em casa sempre vazia, mas tão murcha que você não é capaz de imaginar, e me jogo embaixo do chuveiro pra abafar meu choro, meu vômito, meu porre. Deixo a água tentar lavar minha alma, fecho os olhos, tampo os ouvidos e adivinha o que vejo na minha mente-perturbada? Essa tua expressão de eterno contente, rindo da minha cara de tola. Choro mais um pouco, sinto frio, raiva, remorso e enfio um pijama qualquer. Lacro as janelas na esperança de perder o ar. Fecho as cortinas na cara do Sol. Entrego-me nos braços de Morfeu e durmo feito um anjo enlouquecido.No outro dia levanto e penso logo que poderia continuar dormindo, com quinhentos quilos na minha cabeça. 250 quilos são de ressaca moral e os outros 250 são meu do meu fígado que rouba água do meu cérebro pra não definhar e morrer de cirrose. Saio da cama zonza, não olho pro espelho - evito minha cara de panda-borrada-pós-balada. Encontro minha mãe no corredor, lá pelas cindo da tarde, que me olha com misericórdia e pergunta: ‘Está bem minha filha? Como foi a noite?’. Eu simplesmente respondo: ‘Hm…Foi legal. To enjoada, só.
Um Sonho.
Lugar revisitado com sensação de ter voltado à casa de um bem distante.
Coisas a fazer lá com importância distribuída entre rostos familiares não conhecidos.
Se vestir, comer e dividir as notícias das vésperas de onde se vem.
O tempo acontece numa parte de noite e tudo brilha ardente e suave como felicidade de reencontros saudosos.
Sorrisos que abraçam e desejam um amor tão próximo que ensinam ao seu próprio.
Conforto de ser guiado para fins simples que vão servindo pra sempre.
Despertar com o esforço de trazer aquela consciência junto comigo. Mas não resta muito além de sensações, vultos em fade out e a certeza de que tudo aconteceu.
Eu acordo,
abro a janela
e o sol ilumina o meu quarto.
Eu viajo até sua casa
em pensamento
e busco no seu rosto
um sorriso.
Eu te beijo, te abraço
e você nem me nota.
Eu te chamo, grito seu nome
e acabo me dando conta de que é somente uma ilusão.
Eu volto pro meu quarto,
olho pro seu
e vejo que o dia passou,
e eu passei o dia todo pensando em você.
De um sermão de Rebbe em 1958
Uma menininha chegou em casa com um desenho que tinha feito na sala de aula. Foi dançando até a cozinha, onde sua mãe preparava o jantar.
-Mãe, adivinha só! - gritou, balançando o desenho.
A mãe não levantou a cabeça.
-O que foi? - perguntou, cuidando das panelas.
-Adivinha só! - repetiu a menina, balançando o desenho.
-O quê? - perguntou a mãe, cuidando dos pratos.
-Mãe, você não esta escutando.
-Estou, sim, querida.
-Mãe - disse a menina - você não está escutando com os olhos.
É sempre bom sonhar. Sonhamos com um emprego melhor pra ganhar mais. Uma casa maior, com mais conforto. Um amor melhor, que nos ame e nos deixe amar por completo. Queremos sempre mais. segundo Freud, o sonho é a satisfação de que o desejo se realize. Significa que sonhar é bom. Vamos sonhar em conhecer pessoas melhores que nós, com um amor de verdade. Conhecer pessoas iguais a você, é a certeza que meu sonho está se realizando.
Quero estar no lugar onde de manhã o sol nasce,
Quero estar na praia,
Quero estar na casa de uma família feliz,
Quero estar no passado,
No presente,
No futuro,
Quero estar na estrada,
Na montanha,
Ou nas alturas,
Mas, momentaneamente, permaneço em meus pensamentos,
Onde posso estar onde quiser!
A festa
Hoje a alegria bateu na porta da minha casa...
E juto dela trouxe o amor e o carinho
Sentou em minha mesa, tomou do meu chá,
Riu dos meus enfeites, a alegria começou a falar e explicar...
Disse que eu estava certo
E que ela veio para ficar
O amor disse que nunca mais vai embora
E o carinho vai voltar sempre que der saudade
A saudade ficou de fora, mandou postal lá de longe
Disse que um dia volta... Mas sem data ou hoje ou mais adiante
Disse que foi visitar a irmã
Uma tal discórdia
E a festa se instalou na minha casa
Foi alegria, amor, euforia
As sensações logo chegaram para me avisar
Que minha convidada de honra, estava para chegar com sua companhia
Era a felicidade, acompanhada da sabedoria
Estava feita a festa, e foi ai que veio a surpresa
E quem poderia imaginar que uma ilustre convidada como a beleza, pudesse assim do nada vir a ficar?
Até os anjos se ajuntaram para abençoar divina reunião
Foi um dia pra se guardar em todos os corações
Foi um dia em que entendi
Que eu não preciso correr atrás de nenhum desses meus doces amigos
É só abrir meu coração e alma
Enfeitá-los com bons sentimentos
Que todos se reúnem de maneira natural
Para fazer da minha vida uma festa sem fim
Bem vindo à festa
Nossa política é como uma casa de vidro; temos as pedras, e a chance de atirá-las, mas as pessoas tem medo de se cortar com os cacos!
Você já sabe que não me basta um canto da tua vida. Quero toda a casa, te quero na sala, na varanda, no chão, no chuveiro.
Não quero ser a moça do cinema, nem a bailarina, nem a dona da casa... Não quero ser Marieta, nem Geni, nem Tereza. Mas quero ser uma musa do Chiquinho.