Sair da Casa da Mae

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O romance é a chave dos quartos secretos da nossa casa.

A paz e a força são duas mulheres ciumentas que recusam-se sempre a ficar na mesma casa.

Telha de vidro

Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...

A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...

Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.

Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!

Se se construísse a casa da felicidade, a maior divisão seria a sala de espera.

Se cada um varresse a calçada da sua casa, no fim do dia a rua toda estaria limpa.

Uma casa sem mulher não tem tormentos nem glória.

O ser humano casa-se muitas vezes devido a um brusco desespero e depois lamenta isso toda a vida.

Vazia é a casa sem uma criança.

entre velhas páginas
uma folha ainda verde
da casa antiga

Sinto-me em casa em qualquer sítio; e é sempre o desejo que me manda embora.

Um homem nunca esta completo até que se casa. A partir dai, esta acabado.

A casa de um homem é o seu castelo.

a aranha prepara
a sua casa - mosca vem
para o jantar.

Lá, bem sobre a estrada,
a casa entre flores onde
não entrarei nunca.

saio de casa
esquecendo a razão
perfume de lilás

A maior parte das mulheres são incapazes tanto de fazer o seu marido feliz dentro de casa, como de permitir que ele seja feliz com outra fora de casa.

Recife. Ponte Buarque de Macedo.
Eu, indo em direção à casa do Agra,
Assombrado com a minha sombra magra,
Pensava no Destino, e tinha medo!

Na austera abóbada alta o fósforo alvo
Das estrelas luzia... O calçamento
Sáxeo, de asfalto rijo, atro e vidrento,
Copiava a polidez de um crânio calvo.

Lembro-me bem. A ponte era comprida,
E a minha sombra enorme enchia a ponte,
Como uma pele de rinoceronte
Estendida por toda a minha vida!

A noite fecundava o ovo dos vícios
Animais. Do carvão da treva imensa
Caía um ar danado de doença
Sobre a cara geral dos edifícios!

Tal uma horda feroz de cães famintos,
Atravessando uma estação deserta,
Uivava dentro do eu, com a boca aberta,
A matilha espantada dos instintos!

Era como se, na alma da cidade,
Profundamente lúbrica e revolta,
Mostrando as carnes, uma besta solta
Soltasse o berro da animalidade.

E aprofundando o raciocínio obscuro,
Eu vi, então, à luz de áureos reflexos,
O trabalho genésico dos sexos,
Fazendo à noite os homens do Futuro.

Augusto dos Anjos

Nota: Trecho de "As Cismas do Destino": Link

Os funcionários públicos são os melhores maridos: Não apenas voltam cedo e descansados para casa como já leram o jornal.

Claro que estes maridos / são grandes desgraçados. / O pão de casa nunca lhes basta.

O erro de todo plano é achar que tudo vai dar certo!