Sair
Tem gente que invade a vida da gente.
Chega, entra, fecha a porta
E não quer mais sair.
Gente que, ama, gosta e não desgosta.
Gente que não costuma desistir.
Gente que acredita na gente
E o erro já não importa.
Porque tentar de novo é o melhor caminho para conseguir.
De que vale os bens,
que esvai,
em que o universo deseja me proporcionar se o que eu quero é sentir seus lábios,
segurar sua mão,
entrelaçar sua mão com a minha e,
sair de mãos dadas por aí gritando todo o nosso amor.
Borracho
Com as chaves nas mãos
Entrei pela porta da frente.
Não!
Entrei pela porta da frente depois de arrombá-la com os pés.
Não!
Meti o pé na porta e ninguém entrou na frente.
Não!
Entrei na ponta dos pés
Pela porta de trás
Depois de a porta da frente não abrir de jeito nenhum.
Malditas cervejas! Malditas chaves! Malditas portas!
E maldita parede, que não para de se mover.
Os relacionamentos as vezes são como um elevador, você tem que parar, abrir a porta e deixar o outro sair.
Sem culpa, nem julgamento
Vou olhar o meu caminho.
Os vales que passei
e que bem sei,
as consequências que me trouxeram.
Tudo escolha minha.
Escolha feita por mim,
escolha para agradar os outros.
Quantas vezes senti perdida
em mim mesma;
Apegada ao sofrimento que
eu mesma me fiz passar...
Quantas e quantas reflexões faço de mim pra poder despertar...
É uma pacificação constante e diária pra entender
que a chave está aqui
pra sair da gaiola que
eu mesma fiz...
As vezes não importa qual a direção você decide escolher
mas, dar o primeiro passo para sair do lugar sim !
Vamos sair
Depois da meia noite
Pra ver como é la fora.
Sentir a brisa da madrugada.
O som assombroso noturno
Que tal bebermos?
Que tal dirigimos pra lugar nenhum?
Sem celulares
Sem hora
Sem rumo
Sem tristeza
Só nós, o mundo.
E a noite.
Um dia eu mudo, um dia eu saio,
E em meio a tristeza minha alegria da contraste, faço disso uma arte
Pra driblar minha natureza,
Se é tão fácil eu nem me acho, eu me perco no escuro, me disparo no espaço,
Alto astral é uma alta e o meu anda bem baixo,
Sou um guerreiro da luz, em meio a escuridão, solto flexas por jesus, mato mostros, vivo em vão,
Vão libertar minha cruz, que carrego em meio ao vento, me puxaram para trás, faço força eu invento,
O destino satisfaz, até um andarilho lento, se destrai pelas estradas, se perde nos juramentos, se divide mas se acha, não vive em meio ao cimento,
Natureza é liberdade, natureza é livramento.
Como Sair?
Improvável destino
Um olhar libertino
Fugaz, voraz
Sucumbi minha alma
Mim enche de calma
Desfigura meus sentimentos
Profundo tormento
Transcende a razão
Aflição do ser meu
Te vejo sorrindo
Sentimentos alheios
Aos meus, aos seus
Busco respostas
Encontro perguntas
Estou perdido
Dentro de mim
E agora como sair?
(Edson Patrick Vasconcelos Pereira)