Saia da Rotina
Acordei, levantei, lembrei de você
Me arrumei, saí, pensei em você
Cheguei, embarquei, orei por você
Viajei, desembarquei, quis estar
[com você
Voltei, deitei, sonhei com você
Acordei, estudei, liguei pra você
Me alegrei, me perdi, me imaginei
[com você
Estudei, me banhei, me arrumei
[pra estar com você
Encontrei, abracei, te beijei
Agarrei, comi, as mãos lhe estendi
Te levei, te alegrei, novamente te
[beijei
Liguei, cumpri, me separei de ti
Voltei, me troquei, refleti
Escovei, desarrumei, caí
Pensei, pensei, senti
Minha rotina sem você é a
[mesma sem mim
Não aguento
Um dia vou sair daqui... esse é o pensamento mais recorrente na minha mente. É que quando se chega não tem muito mais o que fazer, se chega mesmo sem querer nos lugares, somente porque a gente precisa ficar, na maioria das vezes, justamente para um dia poder sair. Não só dali, mas da vida que leva, da miséria que todo dia seus sonhos serra ou da monotonia que a abundancia traz.
Um dia eu vou sair... Desafiar o mundo? Não, não mesmo. O mundo eu já desafio o dia inteiro, dá para vencê-lo, mas e daí? O que eu tento mesmo é desafiar a mim. Quero me desafiar a dar aquele grito de não aguento mais, a pegar logo o nojo da rotina e sair por aí fazendo o que não se faz.
Não quero o lanche que me dão, não quero a prometida promoção, nem o luxo, nem uma mansão. Tudo isso fica e não atende minha satisfação. Um dia eu vou embora, explorar minha natureza ficar onde quer que esteja pelo tempo que durar. Só precisar do que eu tiver.
Estou tendo muita dificuldade em me acostumar com o fato de que o verão acabou e tenho que sair da cama todas as manhãs para ir à escola.
Correr e não sair do lugar, avança eliminando as etapas diárias na convicção que entregou tudo, performando a sua melhor versão
Tá osso!
Chegamos ao fundo do poço!
Atolados até o pescoço.
Sem conseguir sair do sufoco!
Dinheiro!
Esse nosso companheiro!
Chega logo no dia primeiro
E deixa a gente, ligeiro.
Amigo!
Se for bom, não tem desabrigo.
Nos segue até o jazigo.
Se for ruim é um castigo
E é pior que inimigo.
Trabalho!
Se for bom, quebra o galho.
E sustenta nosso pirralho.
Mas, ao contrário, se for falho
Só deixa o sujeito grisalho.
Amor!
Ah, que encantador!
Pode ser sedutor
Pode ser cortejador
Pode ser adorador.
Se existir com fervor
Podemos sentir seu sabor.
Mas, se for dominador
Aí, vira um horror.
Prazer!
Não é querer, é poder.
Se ele te envolver
Prometendo te entreter
Vai até o alvorecer
só para satisfazer.
Enfim, a vida!
O que é senão a lida?
Algumas horas está na subida,
Em outras horas está na descida.
Nunca está na medida.
Sempre na mesma pedida.
Mas nunca acaba a torcida
Até que termina a corrida.
Vivo em um círculo sem fim
sempre girando
não importa o que eu faça
sinto que não saiu do lugar
não conquistei nada
fico cada dia mais velho
mais perto de morrer
me pergunto todo dia
vale mesmo a pena viver
essa vida vazia
sem graça e sem propósito algum
mesmo assim aqui estou
seguindo em frente
como um navio no breu
sem saber para onde vou e se chego em algum lugar
vou levando a minha vida
girando e girando sem parar.
Planejar é essencial em varios aspectos da vida, mais se permita improvisar de vez em quando, sai da rotina, faz um passeio ou viagem inesperada, surpreenda quem você ama com presente sem data comemorativa, sorria sem motivo e aventure sem razão. Tem coisas simples que te revigora e te proporciona momento memorável de pura emoção!
@elidajeronimo
Ao mesmo tempo em que sair da rotina é sadio e de fato necessário, fugir da rotina tem um contexto oposto que pode ser nocivo, e até fatal, na essência de um relacionamento a dois. No primeiro caso, pontuamos a rotina com expedientes ou programas que aliviam nossas tensões diárias e o tédio que perpetra os nossos dias. Depois, é imperativo que retornemos à chamada realidade, que nada mais é do que a própria vida, e convenhamos, urge viver. Sair da rotina tem que ser viagem de ida e volta.
Já no segundo caso, a fuga institui uma agonia sem fim, por fugirmos dessa realidade que nos persegue; jamais nos deixa. É fato inerente aos nossos passos. Essa fuga nos torna semelhantes a foragidos da lei. Autenticamos por meio dela o pânico e a infelicidade, ao estabelecermos outra rotina, muito pior que a detestada por nós. Trata-se de uma rotina de fuga da rotina. Uma busca insaciável. Um vício que tende a estabelecer o caos na vida a dois, resultando a fuga definitiva. Separação.