Sabores
Vivo vagando em pensamentos soltos, como se eu fosse uma folha flutuando aos sabores das ondas do mar. Em pensamentos eu viajo para lugares distantes, lugares em que eu nunca estive antes, mas que, em arrebatamento, eu sei que sempre poderei chegar.
Ao me lançar no plasma imaginário, eu percorro distâncias intransponíveis, visito planetas sem nome, seguro estrelas com as mãos e me liberto de tudo
que possa querer me caucionar.
Em pensamento eu me entrego ao acaso do tempo, não importa a hora e nem momento, sou eu quem demanda o exato instante de partir ou de chegar.
Estive caminhando sob um céu de nuvens cinzentas, nuvens que vertiam água em tormenta, chuva de cores que eu mesmo fiz questão de criar.
Tempestade morna que precipita pesada, mas quando cai sobre mim não molha nada, apenas empresta um brilho novo às belas meninas que dançam diante das lágrimas do meu olhar.
A chuva me alegra bem mais quando ela cai por inteira, mas se lá fora a garoa é tristeza, eu solto o meu pranto, me escondo num canto e me ponho a chorar.
Quero dias de sol e chuva no mesmo céu e no mesmo instante. Quero a visão de um arco-íris radiante se curvando no horizonte improvável do meu olhar.
Existem maravilhas irreais que se escondem atrás do meu ser verdadeiro, não é mentira e não é segredo, não é o que me move e nem o que me faz parar.
Sou um passageiro voluntário do pensamento livre, invento universos que não existem só para me abstrair do tédio do meu mundo que vive permanentemente em vias de se acabar.
Pensando eu me perco no ermo das horas, e ali adormeço até que um sonho qualquer venha sorrateiramente me roubar. É assim que eu enfrento as agruras das minhas jornadas, das profundezas abissais às alturas inominadas, pois qualquer lugar que a minha medíocre realidade não alcance, o meu pensamento incólume sempre haverá de me levar.
Quero as cores certas
Quero os cheiros e os sabores
Está noite quero o que não tive
Quero ser livre, livre pra ser o que eu não fui...
Quero acreditar, sentir, tocar, me jogar, ser o que flui
mas se não for.... espero a minha vez...
Tenho espírito de aventura, gosto de experimentar sabores, conhecer novos lugares, viver coisas novas... Não tenho medo do novo. Pois o novo é mais uma oportunidade de conhecer algo que eu nunca passei. E refletir sobre essa nova coisa após vivê-la, é exatamente o que me faz querer viver mais e mais.
Sou um Sonhador, um amante das palavras, Palavras essas com sabores, Sabores esses que adoçam a vida, Eximem a ausência E criam a paixão, Paixão que aquece Os corações amargurados E ensima o amor aos desacreditados, O amor que nos traz a essência, Essência que cria o sabor, Sabor esse, meio doce, Meio amargo, Sabor simplesmente de amor..
Nem todos os sabores foram bons,
Nem todas as cores me favoreceram,
Nem todos os amores foram reais,
Nem todas as dores abriram feridas,
Nem todas as tentativas foram bem sucedidas,
Nem todos os sonhos foram realizados,
Nem todos os sorrisos foram verdadeiros,
Nem todos os abraços foram sentidos,
Nem todas as vontades foram matadas,
Nem todas as expectativas foram favoráveis,
Mas eu posso dizer: Todas as experiências
foram válidas para o meu amadurecimento
ou simplesmente,
para a frieza de meu olhar...
Suas palavras são
balas tiradas da garganta de
um menino.
Seus sabores são cortados
pelo meu canino.
TEUS SABORES
E me quero em ti e te quer em mim
Vem com odores, perfume de flores
Não sei se de rosas ou jasmins
Talvez o perfume de outros amores
Nada promete e só te quero, assim
Promessas, são lanças que traçam dores
Suposto imaginário...Ilusão, enfim
Cruel corsário; o mestre dos rancores
Mas teu corpo...Ah, poema sem fim
Loucura espelhada dos versos em cores
Enfeitando o meu corpo, como belo jardim
Encantada, abro mão dos valores
Tatuo em minha pele a palavra, sim
Sentindo na boca os teus vários sabores
Doce; Salgado; Sabores; Agridoce; Amargo; Deixado; De; Lado; Em; Frente; Vida; Confuso; Não; Para . . . Parou.
RIO DAS FLÔRES, RIO DE SABORES, de cores, de odores suaves, de amores...
É um lugar de tranquilidade, de amizade, cheio de vida, de esperanças, de alegrias que contagiam a todos: moradores, visitantes e transeuntes.
Local de minha infância descalça na rua, suada de brincadeiras de roda, de corda, de saltos, de gritos de alegria, de abraços e sorrisos.
Lugar privilegiado de clima ameno, de natureza farta, verde e colorida, de casas simples de famílias simples, com alegrias simples, com esperanças e sonhos grandiosos, que inundam os rostos, que acalentam os corações. Onde ainda se pode ver flores nas janelas, cumprimentos de "Bom Dia!" nas ruas, crianças e mães nas calçadas.
Rio das Flôres minha amada, meu refúgio, meu porto seguro, meu chão, minha origem e minha identidades. Que seu futuro seja seu passado e seu presente ampliados em oportunidades e progressos; mas resguardado em sua tranquilidade.
Em Rio das Flôres ainda é possível viver uma vida seguindo a vontade do coração, ouvindo a canção do sabiá ao amanhecer anunciando o dia e contando as brilhantes estrelas do céu, embalados por uma leve brisa que refresca as noites cálidas, calmas, sonolentas e repletas de sonhos, tão coloridos e saborosos, e suaves de amores, como meu RIO DAS FLÕRES.
Abril/2011
Nos olhares,à esperança.
Nos beijos, sabores descobertos.
E nas grandes paixões: Amores não revelados
Certos Carinhos
Por onde anda seus sabores, sons e cheiros?
Me induza a novos delírios como um vampiro
Ponha um profundo olhar nas minhas carências
Pois estou ávida por certos carinhos
E você sabe quais são.
Sinto saudades do seu mágico amor
Onde havia progressivas explorações
E possibilidades de mil fantasias
Meu cálice transbordava e a emoção
Molhada vinha fluindo dos poros
Jamais poderei me esquecer disso
Venha pouco a pouco, sem pressa
E me entregarei sem nenhuma
Barreira ou resistência
Sequiosa, vulcânica, fluida
Sob as cinzas jaz a chama
E nesta vida há coisas
Com as quais não se pode romper
Por mais que se queira.
Não que eu não veja beleza, nos sons, nas formas, nos perfumes, nos sabores, nas cores... Não é bem isso, na verdade é... Ah! Deixa pra lá.
Doçura de viver
Entregai os sabores das cores
nas brincadeiras das poesias
aos vossos desejos reprimidos
das loucuras interditas
pelos laços dos vossos lábios.
Vigiai os olhares dos mares
nas valentias das vossas ausências
aos vossos pecados cometidos
das ternuras alvuras
pelos dias e noites das vossas mãos.
Almejai os odores dos amores
nas aquarelas das vidas
aos vossos corpos entremeados
das capelas adoradas
pelos apelos dos vossos pensamentos!