Sabor
Ela
Ela me reiventou
Ela me fez sentir sabor inconfundível e jamas provado antes
Ela não é a rima
Ela é canção
Ela não é so corpo
Ela também é coração
Intimida com o olhar
As vezes menina
Mulher quando quer causar
Ela é valente
Ela é meiga, chorona, Estressada
Bonita, linda, safa..
Da pra pensar nela
Sempre que ficar
Debaixo do chuveiro
So lembro do corpo dela a molhar
Moldo-me ao gosto dela
Molde-me ao seu pensar
Foi o meu sonho mais belo
Pena, amanhecer e acordar!
Soneto à Diana
O sabor tão amargo de uma vida,
não me privou desta quimera doce,
uma jarra de crítica ferida
que hoje brinda uma paixão precoce...
Cativo desta saudade regida,
fenecer na clausura achei que fosse,
barganhei com teus seios a saída,
tornei-me mais ainda tua posse...
Tocaste-me, anjo, a carne consentida
na compulsão por ti só requerida,
domaste-me, lasciva, em sedução...
Com suas cifras vivas e fundidas,
maestrina destas notas tão ardidas,
soubeste me tornar composição.
E a tarde tem cheiro de café,
com sabor de pão amanteigado,
e nas noites vazias só resta a fé,
de Lázaro esperançado.
Mas no céu tem estrelas a reluzir,
luzes mossoroenses em promoção,
dá até para comer um açaí,
depois de dois hambúrgueres por um vintão.
E do meu carro se borda o futuro,
pelas vontades de nossas invenções,
Lázaro ascendendo no escuro,
a luz que alumeia nossos corações.
E nas voltas tão esperadas,
nos caminhos mais medonhos,
vai e vem dois psicopatas,
empreitando realizar sonhos.
Me pego pensando em você e, tudo parece ter o teu cheiro e o teu gosto...
Sabor da vida, do tempo em que a gente só sabia sorrir e fazer amor olhando as estrelas.
Ainda lembro a receita do capuccino, da empada... Lembro como se fosse hoje, o sabor do teu beijo de café e canela.
Às vezes, me deparo com frases do tipo "que sabor você tem deixado na vida das pessoas?" e de imediato lembro de você. O sabor que você conseguiu deixar na minha vida apesar de tudo...
Às vezes, lembro de você e sorrio. Lembro das tuas palhaçadas e criancices, feito menina que quer atenção e carinho... Você era uma das melhores coisas do meu dia. Olhar para o céu era o nosso passatempo favorito: o arco-íris, um coração em forma de nuvem ou uma nuvem em forma de coração, paisagens imaginárias...
Tudo era lindo e perfeito e parecia infinito igual àquele céu.
-Tudo se dissipou no ar feito as nuvens...
Livro sabor de vinho
Lago tranquilo refletindo o verde da paisagem,
meus chinelos indo embora navegando com nossas fotos,
uma garrafa de vinho tinto deitada na grama afogada nas lembranças,
logo atrás uma árvore me oferecendo colo com sua cadeira de balanço,
a solidão não venceu, faltam mais duas páginas para terminar o relacionamento sincero entre eu e meu livro.
Amor é semelhante a Deus - não tem cheiro, nem sabor, é assexual, irreligioso, apolítico e incolor.
O sabor das coisas desta vida está no presente. Mas, o sabor das coisas de Deus, está na vida eterna.
Somos luz para ser exposta! Somos sal para dar sabor! Aquele que não te ama,te rejeita,calunia e fala falsamente contra vós, nele não há luz, mas as trevas...
Ouvi todas as orações do mundo. Me baseio em águas densas de sabor árduo, frente minha navegação crônica de fatos repassamos. Me mostrou que sei do valor do sentimento. Vivendo sempre livre. Pensamento que organiza a matéria. Criado da plebeia, referência da alcateia, resumo de uma vida. Só quem sofreu sabe. Relance ao alcance. Me liberto quando crio; vivo sobre meu domínio.
"Sorver da dor,
o sabor do aprendizado,
sem fazer disso um lenitivo,
tampouco um predicado,
exceto,
seu destino,
seu legado."
Quando o sabor amargo começa a se tornar agradável ao paladar é um indício de que a VIDA deixou de ser doce a algum tempo.
Ao Clamor (21/04/2022).
Ó dia! Enobrece minha existência,
Como sabor doce da loucura,
És sublime e bela desventura,
Clamo pela chama da inocência,
Sinto o doce orvalho da paciência.
Observo o descalabro vento frio,
Sussurrando a penitência do caminho,
Intrépido e confuso no úmido sereno,
Vorazes feras surgem como pensamento,
Rogo o equilíbrio para vencer o momento.
Ávido em nebulosa celebrar,
A esperança ressoa ardente no deserto,
Entoa vagado na imensidão do oceano,
Retumba manso no branco-azul do ar,
Aflito e penoso não há mais de ficar.
Iluminada abstenção da voluntária dor,
Ebriedade na cruz eleva-se em vapor,
Suplício orquestrado, flagelo adorado,
Paladino da redenção, serei seguidor,
Primavera cardeal com doce odor.
Nobre lembrança meio ao turbilhão,
Sublime recordação do brotar da vida,
Da infância salutar por tempo perdida,
Ah! Furiosa se torna a recordação,
Nasce a esperança no confuso coração.
Gigante rebuliço diverge em julgamento,
Amargas melodias recitando alucinação,
Sinto a pândega em decadente direção,
Frenesi sem real alinhamento,
Perigoso atrito, cabuloso sentimento.
Tenaz desamparo da certeza,
Obstinada imprudência, abstrata ilusão,
Reminiscência de enferma confusão,
Fidúcia como heroísmo da realeza,
Tateia-se harmonia no equilíbrio da natureza.
Mundo singelo e desconhecido,
Mistérios eternos na alegria e dor,
Transitória desgraça ao infortúnio pudor,
Desassombro heroico, breve bramido,
Estimada sanidade de fogo adormecido,
Tesouro puro, vívido de ardor,
Consagração ao mais puro ser,
Clamo profundo confronto viver,
Sabedoria equitativa, pouco rigor,
Habita no espírito o desatino amor.
Alma voraz, caminha sedenta,
Direcionada com calor do amor,
Desfila pálida pelo mundo de cor,
Busca modéstia de sobriedade alada,
Clama mansidão diante da mulher amada.
Nostalgia
Numa noite fria e morta
Você bateu em minha porta
Em teus olhos, histeria
Sabor de vermelho, sinestesia
Em teus lábios, gosto de vinho
Em tua mente, muito espinho
A cada toque um nascimento
Fez-me viva para matar-me em outro momento
Os teus traços, poesia
Teus sussurros, sinfonia
O teu gosto, nostalgia
Numa noite fria e morta
Você bateu em minha porta
Sugou o que restava
Incendiou enquanto nevava
O corpo vazio
A alma no cio
Num golpe de sorte
Matou-me e afastou-me da morte.
O amor é como uma vela ao sabor do vento. Quanto mais fortes são as brisas, mais desesperada é a vontade da chama agarrar-se ao pavio.