Saber

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A verdadeira integridade é fazer a coisa certa, sabendo que ninguém vai saber se você fez isso ou não.

É muito mais fácil não saber das coisas de vez em quando.

saber é pouco
como é que a água do mar
entra dentro do coco?

'Quer saber se eu quero outra vida? não não.'

"Bom é não saber o quanto a vida dura, ou se estarei aqui na primavera futura. Posso brincar de eternidade agora, sem culpa nenhuma."

Ser fiel é saber respeitar quem
você ama de verdade, não enganar não trair,
saber dar valor à pessoa que confia em você

Não-coisa

O que o poeta quer dizer
no discurso não cabe
e se o diz é pra saber
o que ainda não sabe.

Uma fruta uma flor
um odor que relume...
Como dizer o sabor,
seu clarão seu perfume?

Como enfim traduzir
na lógica do ouvido
o que na coisa é coisa
e que não tem sentido?

A linguagem dispõe
de conceitos, de nomes
mas o gosto da fruta
só o sabes se a comes

só o sabes no corpo
o sabor que assimilas
e que na boca é festa
de saliva e papilas

invadindo-te inteiro
tal do mar o marulho
e que a fala submerge
e reduz a um barulho,

um tumulto de vozes
de gozos, de espasmos,
vertiginoso e pleno
como são os orgasmos

No entanto, o poeta
desafia o impossível
e tenta no poema
dizer o indizível:

subverte a sintaxe
implode a fala, ousa
incutir na linguagem
densidade de coisa

sem permitir, porém,
que perca a transparência
já que a coisa é fechada
à humana consciência.

O que o poeta faz
mais do que mencioná-la
é torná-la aparência
pura — e iluminá-la.

Toda coisa tem peso:
uma noite em seu centro.
O poema é uma coisa
que não tem nada dentro,

a não ser o ressoar
de uma imprecisa voz
que não quer se apagar
— essa voz somos nós.

Ferreira Gullar

Nota: Poema extraído dos “Cadernos de Literatura Brasileira”, editados pelo Instituto Moreira Salles — São Paulo, n.º 6, setembro de 1998, pág. 77.

...Mais

quero saber se meu gosto ainda resiste
em viver na sua língua
enquanto você tenta
me esquecer beijando outros.

É importante saber os sinais quando alguém com quem se importa precisa de ajuda.

Ser mulher é saber jogar com todas as situações. É saber driblar os problemas, defender, ser juíza da própria vida e saber que não existem impedimentos para ser feliz.

– Você tomou tudo de mim.
– Nem sei quem você é.
– Você vai saber.
(Diálogo entre Thanos e Feiticeira Escarlate)

⁠Querem saber? Existe o inferno e existe um lugar pior que o inferno. E eu vou me lembrar de tudo. Não vou esquecer nada.

Eu prefiro não saber. Eu sempre prefiro não saber.
Assim, não importa o que aconteça, não fui eu quem
deixou vazar. (Robert Jordan - For Whom The Bell Tolls)

Apenas amar

Quem escreve que o amor
é fogo que arde sem doer,
não pode saber de amar
sabe apenas de escrever.

Para não viver amor platônico
idealizado e sem afeto,
se é para não doer este amor
terá apenas que ser completo.

Porém mesmo assim dói o amor
e muito o amor faz sofrer,
porque senão não é amar
é apenas uma miragem do ser.

O amor não pode ser singular
terá que concordar e ser conjugado,
ele passará a ser plural o amar
apenas quando por nós dois for amado.

Já sei que você tem medo de me decepcionar, mas espero que te console saber que minhas expectativas sobre você são muito baixas.

Eu não sou distraído. É a presença de espírito que me deixa sem saber de tudo o resto.

Nunca deixe teu inimigo saber o que te ofendeu, pois ele usará as mesmas armas para te derrubar novamente.

Os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.

Rubem Alves
A arte de ensinar. São Paulo: ARS Poética Editora, 1994.

Um dos benefícios de ter filhos é saber que a juventude não morre ou desaparece, ela só é passada para uma nova geração.
Dizem que quando um pai morre, o filho sente sua própria mortalidade, mas quando um filho morre é a imortalidade que os pais perdem.

[Até o século XIX,] o idiota era apenas o idiota e como tal se comportava. E o primeiro a saber-se idiota era o próprio idiota. Não tinha ilusões. Julgando-se um inepto nato e hereditário, jamais se atreveu a mover uma palha, ou tirar uma cadeira do lugar. Em 50, 100 ou 200 mil anos, nunca um idiota ousou questionar os valores da vida. Simplesmente, não pensava. Os ‘melhores’ pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele. Deve-se a Marx o formidável despertar dos idiotas. Estes descobriram que são em maior número e sentiram a embriaguez da onipotência numérica. E, então, aquele sujeito que, há 500 mil anos, limitava-se a babar na gravata, passou a existir socialmente, economicamente, politicamente, culturalmente etc. Houve, em toda parte, a explosão triunfal dos idiotas.

(Nelson Rodrigeus, O reacionário [1], pág. 456)