Sabedoria e Jovens
Ao tomar conhecimento de seus direitos e deveres, o jovem aprende a ter senso crítico; busca argumentar com segurança e objetividade, guiado por uma Luz Interior que só ele sente, valoriza e reconhece.
Saber pedir.
Romualdo era um jovem alto, magro, rosto pontudo feito um dente de alho com umcavanhaque na extremidade do queixo, nariz pontudo, e sua cor ia desde o moreno claro até o indiano, seria o que pode-se chamar de mameluco. Por sua figura física recebera dos amigos de futebol o carinhoso apelido de Espaguete. Apesar de ele e o restante da família serem cortadores de cana, Espaguete ainda jogava no Arsenal de Nova Andradina, time da terceira divisão estadual, que lutava para subir para a segunda divisão, apesar de o nome do time ter sido inspirado no time inglês, toda a região conhecia o time pelo carinhoso nome de “Greminho”, isto por que o time jogava com um uniforme azul e branco, que fora cedido pelo Grêmio de Futebol Porto Alegrense, e pela eminente falta de recursos a única alteração que fora feita nos uniformes foi uma letra “A” enorme pintada com Acrilex, em cima do brasão do Grêmio. Nos treinos os jogadores jogavam com as camisas do lado avesso para não sujar até o jogo oficial.
Domingo era jogo decisivo, o Arsenal de Nova Andradina, iria disputar pontos cruciais contra o Milionários de Catanduvas, time forte, que era bancado pela usina de açúcar e álcool Santa Dulce. Espaguete tinha um motivo a mais para jogar bem este jogo, afinal lá jogava o Rodney, mais conhecido como “Rato” jogador miúdo, ligeiro, danado, escorregadio, e o pior namorava a Marinalva, filha do Zé Preto do Alambique, mulata caderuda, lábios e coxas grossas, cabelos de molinha, dentes brancos e olhos de mel. Marinalva estaria lá na platéia torcendo pelo “Rato”, mas quem sabe não seria o dia do “Gato”.
Foi pensando na partida de domingo, que Romualdo treinou, ensaiou, todas as tardes após o árduo trabalho na colheita da cana, ele ainda encontrava forças para correr por 2 horas, procurava ler tudo o que encontrava sobre futebol, e sobre o seu ídolo, Zidane.
Fazia uma semana que a copa do mundo havia terminado, e o mundo havia conhecido um jogador impar, o argelino naturalizado francês, Zinedini Zidane, que parecia ter elástico nos pés, sua precisão nos passes, seu domínio de bola, sua visão de líder no campo, simplesmente inspiravam Espaguete. Espaguete tinha fotos do recente ídolo até no cabo do facão de cortar cana, um transfer que ganhou do sobrinho que mascava mais de 20 chicletes por dia, somente para achar transfer’s do Ídolo francês e correr para dar para o tio. Espaguete andava cerca de 15 quilômetros para ir e voltar da casa do Nerço baiano, para assistir umas fitas k-7 do ídolo Zidane jogando. E voltava por todo caminho chutando todo o que pudesse ser chutado, imitando os dribles do seu ídolo Zidane.
Foi numa dessas idas e voltas que espaguete ao chutar uma espécie de candeeiro ouviu uma grande explosão seguida de um clarão... Um verdadeiro show pirotécnico, havia fumaça de varias cores por toda a parte, um forte vento, e um barulho ensurdecedor que lembrava uma chaleira fervendo. O vácuo da explosão havia arremessado espaguete contra um barranco, atordoado pela explosão e com a vista infestada de pequenos pontos laminosos, “espectros”, causados pela luminosidade da explosão. De repente espaguete vê uma densa nuvem de fumaça sair da lamparina e tomar forma humana de proporções gigantescas, seu susto só não era maior que sua curiosidade, sua mente mandou os pés correrem, porém tomadas de tremedeira recusavam-se obedecer aos impulsos cerebrais. Aquela figura cuspida pela lamparina era assustadora, porém, tinha os braços cruzados e um olhar de agradecimento, o que tranqüilizava espaguete.
– Faça um pedido, seu desejo é uma ordem... Sentenciou a figura.
Espaguete trêmulo, assustado, mas curioso, até porque já conhecia a história do gênio da lâmpada, respirou, tomou forças e fitando a figura nos olhos perguntou:
- Como? Um pedido só! Não são três?
A figura fitou espaguete com um olho mais aberto que o outro, e sentenciou:
- Se você fosse europeu ou americano até poderia ser. -Depressa magrelo, tenho uma eternidade para curtir, rápido, antes que eu me arrependa.
Espaguete percebeu que a aparição estava falando sério pensou, matutou e fez o pedido a que tinha direito.
- Quero jogar igualzinho ao Zidane.
O gênio fez semblante de pensativo, colocou o dedo no queixo e num estalar de dedos fez aparecer um monitor de tv, e como se fosse um Google encantado fez aparecer toda a carreira de Zidane, após alguns segundos matutando, o gênio respirou aliviado.
- Hummmmmmmmffff!!!! -Tudo bem, você quer aprender a jogar igual a esse cara, é isso?
Espaguete com um brilho no olhar, responde:- Sim, é o que eu mais quero na minha vida!
O gênio sem perder tempo toma forma humana, fica de frente para espaguete, da-lhe uma cabeçada no peito, quebrando-lhe três costelas e sentencia:
- Pronto! Agora você já aprendeu a jogar igual ao cara.
Texto, roteiro, história, criados por: Luiz Antonio Nunes
quanto vale estar aqui?... o mundo é tão inoscente diante da mistica sabedoria de um jovem.tentem me comprar.só quero ver alguem superar o preço que Deus me deu.
Esforce-se na busca pela Sabedoria enquanto ainda és jovem. Doutra maneira, quais são as garantias de que dela desfrutarás na velhice?
(Fabi Braga, 01/09/2014)
Quero ter...
sabedoria de um ancião,
disposição de um jovem saudável, alegria de um adolescente
e inocência de uma criança.
- Para ser sábio como um ancião,
basta ouvir e praticar o que eles tem a ensinar.
- Para ser disposto como um jovem saudável,
basta evitar excessos, praticar exercícios físicos regularmente, se alimentar e dormir bem.
- Para ser alegre como um adolescente, basta sorrir com eles.
- Para ser inocente como uma criança,...
uhmm...não sei.
Gleison Paiva
Paciência senhora da sabedoria, jovem virtuosa, desejada, difícil de conquistar, sua arte fascina e encanta, doce ou amarga seu fruto de fato e raro e sua essência vem da persistência.
O jovem quer beber álcool, fumar , para poder se sentir mais velho ? eu quero ter sabedoria para poder discutir com um velho !
Quanto mais adulto fico, mais conheço a sabedoria dos pobres e miseráveis; quanto mais fico jovem, mais fico admirado com a burrice alheia, dos que estão do lado de dentro da caverna.
Ser idoso é um jovem que
deu certo, é um privilegiado.
A idade é sinônimo de sabedoria...
É uma das coisas boas que a
velhice nos traz, pense nisso.
Livro: 365 Frases Inéditas Reflexivas & Motivacionais
Ensaiando a sabedoria
Quando jovem, eu acreditava que com o passar dos anos a maturidade me traria todas as "respostas". Que curioso... Descobri que é justamente o contrário.
A cada novo dia que é acrescentado a minha existência, mais "porquês" se acumulam e contrariando boa parte das minhas crenças e espectativas, há muitos deles para os quais eu ainda não tenho as respostas.
Desconheço o autor, mas há uma frase que diz: "envelhecer é obrigatório. Amadurecer é opcional".
Pois é ... a gente questiona. Pergunta. Dá de cara com aquele antigo "porquê"? De novo, de novo e de novo; e a gente aprende que é aí que mora a sabedoria advinda da maturidade. Aquela que outrora achávamos que nos traria todas as respostas.
Ter maturidade, não é ter todas as respostas. Ao contrário. É cada vez ter mais perguntas e estar sempre em busca de aprendizado.
Amadurecer nem sempre é fácil e por vezes, é doloroso. No entanto, envelhecer é uma dádiva! Contudo, a maturidade não está necessariamente ligada à quantidade de aniversários que você já comemorou, e esta verdade é uma pílula amarga de se engolir que só é superada por àqueles que, de forma inteligente escolhem viver este processo e aprendendo com suas experiências.
Então, à estes, a longevidade entrega um bem inestimável: a sabedoria.
Eu ainda não encontrei o baú mágico. Ainda não descobri o endereço deste tesouro incomparável. Mas de uma coisa estou certa, eu chegarei lá. E neste dia, olharei para trás e direi de todo meu coração: valeu a pena!
Certa vez havia um jovem aprendiz que buscava avidamente a sabedoria. Ele seguia seu mestre, um homem de cabelos grisalhos e olhos profundos, que carregava consigo a serenidade de quem havia vivido muitas estações. Um dia, enquanto caminhavam por um jardim repleto de flores murchas e outras em pleno desabrochar, o jovem, curioso e inquieto, fez uma pergunta que ecoou como um sino no silêncio da tarde:
— Mestre, se você tivesse que pedir perdão a alguém antes de morrer, quem escolheria?
O mestre, surpreso pela pergunta, fechou os olhos. Por um momento, parecia ter se perdido em um labirinto de memórias e reflexões. Respirou fundo, como quem mergulha nas águas profundas de um lago, e ao abrir os olhos, estavam marejados. Com um olhar pensativo, respondeu:
— Eu pediria perdão à única pessoa que nunca me abandonou, mesmo eu, por inúmeras vezes, ter errado com ela. Busquei a perfeição e a aceitação de tudo e de todos, mas fui falho com ela.
O jovem, confuso, inclinou a cabeça e perguntou:
— Mestre, quem é essa pessoa com quem você, em toda a sua sabedoria, foi falho?
O mestre fitou o discípulo com um olhar que parecia atravessar o tempo e respondeu:
— Essa pessoa sou eu mesmo. Fui o único que nunca me abandonou, mas, por ego e vaidade, errei comigo inúmeras vezes. Busquei algo que, no fim, não faria falta.
O jovem, ainda perplexo, sentou-se sob uma árvore frondosa, enquanto o mestre continuou:
— A vida, meu jovem, é como este jardim. Algumas flores desabrocham, outras murcham. O tempo é o jardineiro que cuida de tudo, mas nós, em nossa soberba, muitas vezes tentamos controlar o que não nos pertence. O ego nos cega, a vaidade nos engana, e a soberba nos afasta de nós mesmos. Buscamos a perfeição nos olhos dos outros, mas esquecemos de olhar para dentro.
O mestre ergueu uma flor murcha e mostrou-a ao discípulo:
— Veja esta flor. Ela já foi bela, mas seu tempo passou. No entanto, ela não se lamenta por não ser mais como antes. Ela simplesmente existiu, cumpriu seu propósito e agora descansa. Nós, porém, carregamos o peso de nossas falhas, de nossos erros, como se fôssemos eternos. Mas a verdadeira sabedoria está em entender que o tempo é nosso mestre, e a humildade, nossa maior aliada.
O jovem, agora com os olhos brilhando de compreensão, perguntou:
— E como posso evitar cair nas armadilhas do ego e da vaidade, mestre?
O sábio sorriu e respondeu:
— Olhe para dentro de si todos os dias. Reconheça suas falhas, mas não se puna por elas. Aprenda com o tempo, mas não tente dominá-lo. E, acima de tudo, lembre-se de que a verdadeira sabedoria não está em ser perfeito, mas em ser verdadeiro consigo mesmo. Pois, no fim, é a nós mesmos que devemos prestar contas.
E assim, o jovem aprendeu que a vida é uma jornada de erros e acertos, de flores que desabrocham e murcham, e que a verdadeira sabedoria está em aceitar a si mesmo, com todas as imperfeições, e em viver em harmonia com o tempo, sem deixar que o ego e a vaidade obscureçam o caminho.