Sabedoria Budista
Quando nosso coração está repleto de empatia, um forte desejo de eliminar o sofrimento alheio surge dentro de nós.
Qualquer ser humano deveria tentar compreender este lema budista, que a vida de cada um de nós é composta por estas duas ações: Miséria e ignorância. Se não conseguimos enfrentar estes dois grandes obstáculos jamais poderemos saber qual é o verdadeiro significado da vida, porque em parte eu creio, que os grandes males do mundo venham também daí.
Não acredite em nada, não importa onde você o leia ou quem o diga, a menos que esteja de acordo com sua própria razão
Poucos entre os homens são aqueles que atravessam para a outra margem. O resto, a maior parte, apenas corre para cima e para baixo na margem de cá.
O tolo busca prestígio imerecido, precedência entre os monges, autoridade sobre mosteiros e honra entre chefes de família.
O tolo preocupa-se, pensando: “Eu tenho filhos, eu tenho riqueza”. Na verdade, se nem ele próprio pertence a si próprio, quanto mais os filhos, ou a riqueza?
As pessoas são exatamente aquilo que pensam. Tudo o que são surge com seus pensamentos e com esses pensamentos, fazem o seu mundo. Também ao receberem e darem os seus pensamentos, as pessoas se comunicam entre si como nos beijos e abraços; portanto quem recolhe um pensamento não recebe alguma coisa, mas sim recebe alguém.
Ocioso sem se esforçar quando deve – embora jovem e vigoroso –, tomado pela preguiça e pensamentos inúteis, não encontrará o caminho para a sabedoria.
O Deva então faz sua última pergunta:
– O que é que o fogo não queima, nem a ferrugem consome, nem o vento abate e é capaz de reconstruir o mundo inteiro?
Buda respondeu:
– O benefício das boas ações.
Melhor do que mil palavras insignificantes, é uma palavra com significado. Ao ouvi-la se obtém a paz.
Não se associe com amigos prejudiciais; não se associe com pessoas não virtuosas. Associe-se com amigos admiráveis; associe-se com as pessoas verdadeiras.
Felicidade é ter amigos quando surge a necessidade. Felicidade é o contentamento com pouco. Felicidade é o mérito no fim da vida. Felicidade é o abandono de todo sofrimento.
Esses quatro devem ser entendidos como inimigos disfarçados de amigos: aquele que se apropria das posses de um amigo, aquele que faz falsos elogios, aquele que bajula, aquele que traz a ruína.
Quem não abriga pensamentos de hostilidade como: "Ele me maltratou, ele me golpeou, ele me derrotou, ele me roubou" – para aqueles que não abrigam pensamentos como esses, a raiva será apaziguada.
Não se deixem levar pelos relatos, pelas tradições, pelos rumores, por aquilo que está nas escrituras, pela razão, pela inferência, pela analogia, pela competência (ou confiabilidade) de alguém, por respeito por alguém, ou pelo pensamento, "Este contemplativo é o nosso mestre". Quando vocês souberem por vocês mesmos que "Essas qualidades são inábeis; essas qualidades são culpáveis; essas qualidades são passíveis de crítica pelos sábios; essas qualidades quando postas em prática conduzem ao mal e ao sofrimento" – então vocês devem abandoná-las.
Tendo atravessado todos os quadrantes com a mente,
ele não encontra em nenhum lugar alguém mais querido do que ele mesmo.
Do mesmo modo, toda pessoa considera a si mesma como a mais querida;
por conseguinte quem ama a si mesmo não deveria ferir os outros.
Melhor não praticar uma ação prejudicial, pois uma ação condenável atormentará mais tarde. Melhor praticar uma ação benéfica – que, praticada, não atormenta.
Se pela renúncia a uma felicidade inferior é possível alcançar uma felicidade superior, que o homem sábio abandone a inferior pela superior.