Sabedoria Budista

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O eu, porém, é apenas mais uma compreensão equivocada. De modo geral, fabricamos a noção de um eu que parece ser uma entidade sólida. Somos condicionados a considerar essa noção como algo concreto e real. Pensamos, Eu sou esta forma, levantando a mão. Pensamos, Eu tenho forma; este é o meu corpo. Pensamos, a forma sou eu; eu sou alto. Pensamos , Eu habito esta forma, apontando para o peito. Fazemos o mesmo com os sentimentos, percepções e ações. Eu tenho sentimentos; eu sou minhas percepções… Sidarta, porém, deu-se conta de que não existe, em lugar nenhum, uma entidade independente que corresponda ao conceito de eu, dentro do corpo ou fora dele. Como a ilusão de ótica do círculo de fogo, o eu é ilusório. Ele é uma falácia – fundamentalmente um erro e, em última análise, inexistente. No entanto, do mesmo modo que podemos nos iludir com o aro de fogo, todos nós nos iludimos ao imaginar que somos o eu. Quando olhamos para o nosso corpo, sentimentos, percepções, ações e consciência, vemos que são diferentes componentes do que pensamos ser o nosso “eu”, mas, se formos examinar esses componentes, verificaremos que o “eu” não reside em nenhum deles.

Nós nos tornarmos o que pensamos.

Não acrediteis numa coisa, apenas por ouvir dizer. Não acrediteis na fé das tradições, só porque foram transmitidas por longas gerações. Não acrediteis numa coisa só porque é dita e repetida por muita gente. Não acrediteis numa coisa só pelo testemunho de um sábio antigo. Não acrediteis numa coisa só porque as probabilidades a favorecem ou porque um longo hábito vos leva a tê-la por verdadeira. Não acrediteis no que imaginastes, pensando que um ser superior a revelou. Não acredite em coisa alguma apenas pela autoridade dos mais velhos ou dos vossos instrutores. Mas, aquilo que vós mesmos experimentastes, provastes e reconhecestes verdadeiro, aquilo que corresponde ao vosso bem e ao bem dos outros. Isso deveis aceitar, e por isso moldar a vossa conduta.

O sentimento de raiva deve ser evitado como se fosse fogo, pois ele é perturbador e devemos mudar nossa mente, nosso modo de falar e pensar a fim de evitá-lo.

Quando se fala e age com pensamentos puros, a felicidade nos acompanha como se fosse uma sombra, jamais nos deixa!

Buda
Dhammapada, verso 2.

- O que é que vocês acham? Estas poucas folhas serão as mais numerosas ou todas as folhas de todas as árvores do bosque? - Pouco numerosas as folhas que o Senhor tem na mão; muito mais numerosas são todas as folhas de todas as árvores do bosque. - Da mesma forma , ó monges, muita coisa é aquilo que aprendi, pouco, muito pouco é o que ensinei. No entanto, não fiz como fazem os mestres que fecham o punho e guardam ciosamente os seus segredos. Pois eu lhes ensinei tudo o que lhes era de utilidade, eu lhes ensinei as quatro verdades. Nada lhes ensinei porém que não fosse útil.

"O apego é a raiz do sofrimento."

Fáceis de serem vistos são os defeitos dos outros, difíceis mesmo de ver são os nossos. Os defeitos dos outros são revelados como no ato de separar a casca do grão. Mas os seus próprios defeitos você esconde como o trapaceiro esconde a jogada perdida.

Buda
Dhammapada, verso 252.

Pare de ser rosa e tente ser violeta. Tente ter paz e não desigualdade.

Onde houver uma imagem, haverá uma ilusão.

Buda
Sutra do diamante.

Nota: Também pode ser interpretado como "Tudo o que tem forma e aparência é falso".

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Todas as ações são comandadas pela mente. A mente é o senhor delas, a mente é quem as fabrica.

Buda
Dhammapada, início dos versos 1 e 2.

Seja o seu próprio protetor, seja o seu próprio refúgio. Assim controle a si mesmo tal como um mercador a sua preciosa montaria.

Buda
Dhammapada, verso 380.

Não imagino uma única coisa que, quando desprotegida, cause um dano tão grande quanto a mente. A mente, quando desprotegida, causa grandes danos.

Buda
Anguttara Nikaya 1.33.

Os sábios, sempre meditativos e firmemente perseverantes, experimentam sozinhos o Nibbāna, a incomparável liberdade da escravidão.

Buda
Dhammapada, verso 23.

"...Na família, as mentes fazem contrato entre si. Se existe amor entre elas o lar vai ser lindo como um jardim. Mas e não houver harmonia entre elas é como uma tempestade que destrói o jardim...!"

No contexto do sutra do coração, entendemos o nirvana como a natureza absoluta da mente no estágio em que ela se tornou totalmente limpa de todas as aflições mentais.
É pelo fato de a mente ser inteiramente pura que se diz que tem a natureza do buda.
A vacuidade da mente é entendida como a base do nirvana, seu nirvana natural.
A base do nirvana é a experiência do estado fundamental da mente como uma presença estável.

Aqueles que dão importância àquilo que não é importante e que não dão importância àquilo que é importante, sustentando pensamentos errôneos, eles nunca alcançarão aquilo que é importante.

Buda
Dhammapada, verso 11.

Abandone o passado, abandone o futuro, abandone o presente, cruze para a outra margem. Com a mente liberta de tudo, não regresse ao nascimento e decrepitude.

Buda
Dhammapada, verso 348.

Devemos investigar e aceitar o resultados. Se não resistem a estes testes, até as palavras de Buda devem ser rejeitadas.

A única forma de desenvolvimento é um esforço constante através da meditação. É claro que, no início, isso não é fácil. Encontram-se dificuldades inesperadas, às vezes há perda de entusiasmo. Ou talvez o entusiasmo inicial seja excessivo e diminua progressivamente com o passar das semanas ou meses. É preciso elaborar uma abordagem persistente, constante, baseada em um compromisso de longo prazo.