Sabedoria Budista
Não aceites aquilo que ouves relatar, não aceites a tradição, não aceites uma afirmação só porque ela está nos nossos livros, nem porque está de acordo com tua crença ou porque foi dita pelo teu mestre. Sê uma lâmpada para ti mesmo.
A saúde é o maior bem;
o contentamento, o maior tesouro;
o amigo fiel, o melhor parente.
O Nirvana é a suprema felicidade.
Brâmane, assim como uma flor de lótus azul, vermelha ou branca nasce nas águas, cresce e mantém-se sobre as águas intocada por elas; eu também, que nasci no mundo e nele cresci, transcendi o mundo e vivo intocado por este. Lembre-se de mim como aquele que é desperto.
A mente é tudo. O que você pensa, você se torna.
Somos moldados por nossos pensamentos; nós nos tornamos aquilo que pensamos. Quando a mente é pura, a alegria segue como uma sombra que nunca vai embora.
Não habite no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente.
Tal como poeira fina atirada contra o vento, o mal vai para cima do tolo que ofende um homem inofensivo, puro e inocente.
Aqueles que confundem o que não é essencial como sendo essencial e o que é essencial com não sendo essencial, nutrindo pensamentos errados, nunca chegarão ao que é essencial.
Fácil de ver é o defeito nos outros, mas um defeito próprio é difícil detectar. Tal como a palha ao vento uma pessoa apregoa os defeitos dos outros, mas esconde os seus, tal astuto caçador que se esconde por detrás de ramos disfarçados.
Não se apresse em acreditar em nada, mesmo se estiver nas escrituras sagradas.
Não se apresse em acreditar em nada, só porque foi um professor famoso que disse.
Não acredite em nada, apenas porque a maioria concordou que é a verdade.
Não acredite em mim...
Você deveria testar qualquer coisa que as pessoas dizem através de sua própria experiência antes de aceitar ou rejeitar algo.
Se um homem fala ou age com o pensamento puro, a felicidade o acompanha como uma sombra que jamais o deixa.
"Veja o falso como falso, o verdadeiro como verdadeiro. Olhe para o seu coração. Siga a sua natureza."
O eu, porém, é apenas mais uma compreensão equivocada. De modo geral, fabricamos a noção de um eu que parece ser uma entidade sólida. Somos condicionados a considerar essa noção como algo concreto e real. Pensamos, Eu sou esta forma, levantando a mão. Pensamos, Eu tenho forma; este é o meu corpo. Pensamos, a forma sou eu; eu sou alto. Pensamos , Eu habito esta forma, apontando para o peito. Fazemos o mesmo com os sentimentos, percepções e ações. Eu tenho sentimentos; eu sou minhas percepções… Sidarta, porém, deu-se conta de que não existe, em lugar nenhum, uma entidade independente que corresponda ao conceito de eu, dentro do corpo ou fora dele. Como a ilusão de ótica do círculo de fogo, o eu é ilusório. Ele é uma falácia – fundamentalmente um erro e, em última análise, inexistente. No entanto, do mesmo modo que podemos nos iludir com o aro de fogo, todos nós nos iludimos ao imaginar que somos o eu. Quando olhamos para o nosso corpo, sentimentos, percepções, ações e consciência, vemos que são diferentes componentes do que pensamos ser o nosso “eu”, mas, se formos examinar esses componentes, verificaremos que o “eu” não reside em nenhum deles.