Sabedoria Budista
Ao sermos bondosos com o outro, podemos aprender a ser menos egoístas: ao compartilharmos o sofrimento alheio, desenvolvemos maior preocupação pelo
bem-estar de todas as criatura. Esse é o ensinamento Básico.
Quer estejamos vivenciando um grande sofrimento ou já o tenhamos experimentado, não há razão para alimentarmos o sentimento de infelicidade.
Na sociedade materialista de hoje, se você tem dinheiro e poder, você parece ter muitos amigos. Mas, eles não são seus amigos; eles são amigos de seu dinheiro e de seu poder. Quando perder sua prosperidade e influência, você verá como será difícil encontrar estas pessoas.
Vocês pode treinar a mente analisando os defeitos da raiva e as experiências das outras pessoas. Também é útil dar uma olhada na história. Quando examino a tragédia humana, descubro que, na maioria dos casos, ela é resultado do comportamento humano, de emoções negativas como raiva, ódio, inveja e ganancia extrema. Todas as coisas boas e construtivas, as experiências humanas mais felizes, são, em sua maioria, motivadas pelo respeito pelo direito dos outros e pelo interesse pelo bem-estar dos outros — compaixão, amor e bondade.
(Amor, Verdade e Felicidade)
Se houvesse algo que não tivesse partes, esse algo poderia ser independente; mas não há nada que careça de partes.
A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância. Se você é capaz de manter sua mente constantemente rica através da arte de escutar, não tem o que temer. Este tipo de riqueza jamais lhe será tomado. Essa é a maior das riquezas.
(O Livro de Dias)
Nós nos acostumamos com facilidade à preguiça da mente, sobretudo porque muitas vezes essa preguiça se esconde sob a aparência de atividade: corremos de um lado para outro, fazemos cálculos e damos telefonemas. No entanto, tudo isso ocupa apenas os níveis mais toscos e elementares da mente. E oculta o que existe de essencial em nós.
O exílio, de alguma forma, serviu-me de ajuda. Quando, em determinado momento de nossas vidas, passamos por uma tragédia de verdade – o que pode acontecer com todos nós – podemos reagir de duas maneiras diferentes. Evidentemente, uma delas é perdermos as esperanças ou nos entregarmos ao álcool, às drogas ou a uma tristeza interminável. A outra alternativa é o despertar de nós mesmos, é descobrir uma energia que estava escondida e passar a agir com mais lucidez e mais força.
A paciência é cultivada através do processo racional de análise. É essencial começar nosso treinamento da paciência quando estamos calmos, e não quando sentimos raiva.
Às vezes alguém cria uma grande impressão por ter dito alguma coisa, e às vezes alguém cria uma impressão igualmente grande ficando calado.
Parece complicado, porém é simples: Não há nada que não seja reflexo, consequência ou dependência daquilo que, querendo ou não, você fez ou deixou de fazer, sentiu ou não sentiu, esqueceu ou não conseguiu esquecer, mastigou ou não mastigou, imitou ou criou.
O emocionalismo é um subproduto da esperança e do medo, do apego e da aversão. Temos esperança porque estamos apegados a alguma coisa que queremos. Temos medo porque temos aversão a alguma coisa que não queremos. Precisamos interromper as oscilações extremadas do pêndulo emocional para podermos encontrar um eixo de equilíbrio.
Quando começamos pela primeira vez nosso trabalho com as emoções, aplicamos o princípio de que o ferro corta o ferro, o diamante corta o diamante. Usamos o pensamento para transformar o pensamento. Um pensamento raivoso pode ter como antídoto um outro que seja compassivo ao passo que o desejo pode ter seu antídoto na contemplação da impermanência.
Acredito que cada ser humano possui um desejo inato de felicidade e que não ambiciona sofrer. Acredito que o sentido da vida consiste na experiência desta felicidade.
Meditação traz sabedoria; a falta de meditação deixa-o na ignorância. Saiba bem o que o conduz para a frente e o que o prende atrás, e escolha o caminho que o guie à sabedoria.
Os humanos imploram a misericórdia divina, mas não têm misericórdia dos animais, para os quais são divinos.