Nunca o mercador diz: "Meu azeite está rançoso".
Calar-se, quando um tolo nos dirige a palavra, é a melhor forma de responder-lhe.
A prosperidade cria a os amigos: o infortúnio os põe à prova.
É como a peregrinação a Meca:
quem diz que é fácil, blasfema;
quem diz que é trabalhosa, blasfema.
Quem teme o inferno não irá para o inferno.
A chuva é um benefício, mas chateia.
A chuva chateia, mas é um benefício.
"Nora, nora... um dia também serás sogra!"
"Reconcilio-me com a minha mulher,
se ela romper com a vizinhança".
É a mulher que faz ou desfaz a casa.
É no comer que se mostra a afeição (pelo anfitrião).
Se queres arrumar briga, procure,
no final da tarde, quem estiver jejuando.
Qualquer coisa que a mulher louca cozinhe,
o marido cego come.
O nosso inimigo não é aquele que nos odeia, mas aquele que nós odiamos.
Muitas vezes as palavras valem prata e o silêncio vale ouro.
Corro atrás dos sopros de Zéfiro para me distrair.
Mas, meu coração só aspira ao rosto daquele que deu seu perfume aos ventos.
A avareza é a miséria no agora.
Nós o ensinamos a mendigar e agora ele corre às portas antes de nós.
Faze o bem e lança-o ao mar: tu o reencontrarás mesmo que muito tempo depois.
"Corvo, roubar sabão? Para quê?"
"Roubar é da minha natureza".
Os barbeiros aprendem a usar a navalha
na cabeça dos órfãos.