Poema de sábado: inspirações em versos
Sábado, 21 de março de 2020. Estamos de quarentena. Um vírus que apareceu na China se espalhou rapidamente por todo o mundo. Milhares já morreram e outras centenas de milhares estão infectadas.
Estou na América do Sul, onde o vírus chegou há menos de um mês. No Py , país que eu estudo e moro, já são mais de 22 pessoas infectadas e, infelizmente, 1 morte já perderam a vida. Hj é mas um dia.
Estamos trancados em nossas casas. A capital do Py-assunção cidade está deserta. Parece filme de terror, mas é real. Estamos com medo do vírus que só ouvíamos falar pela tv. Ele está perto!
. A música silenciou nos bares da cidade. As ruas desertas denunciam o medo dos inocentes que estão presos sem nada dever.
O noticiário só informa o aumento de casos. Mais gente infectada. Mais mortes. Mais medo!
Ficar trancado em casa já não é seguro. Dr. vamos pra colônia!
As autoridades apenas recomendam ficar em casa e lavar bem as mãos.
Nas farmácias não tem álcool em gel. As últimas unidades foram vendidas pelo triplo do preço normal. É o capitalismo aproveitando a ocasião.
Se alguma coisa boa trouxe o vírus? Ora, as famílias estão mais unidades, o povo tá orando e acreditando mais em Deus; tem gente lendo mais, falando menos, ouvindo e refletindo o quão frágil é a raça humana.
O silêncio é quebrado pelo barulho da chuva. As estrelas não quiseram aparecer essa noite. A cidade já dorme, sonhando acordar com boas notícias.
Deus, estamos em tuas mãos. Nos guarde!
Assunção Py/ 20/03/2020.
Israel Colim
Tu que nunca serás
Sábado foi caprichoso o beijo dado,
Capricho de varão, audaz e fino
Mas foi doce o capricho masculino
A este meu coração, lobinho alado.
Não é que creia, não creio, se inclinado
sobre minhas mãos te senti divino
E me embriaguei, compreendo que este vinho
Não é para mim, mas jogo e roda o dado...
Eu sou a mulher que vive alerta,
Tu o tremendo varão que se desperta
E é uma torrente que se desvanece no rio
E mais se encrespa enquanto corre e poda.
Ah, resisto, mas me tens toda,
Tu, que nunca serás de todo meu.
Ao seu lado, todo dia é Natal, toda refeição é almoço de domingo, toda segunda é sábado e toda a vida é sem igual.
Sábado Santo -
(... de Aleluias)
Sábado Santo! Dia de silêncio ...
Jesus morreu por nós! Meditemos ...
Tudo está fechado em redor - ao redor
de cada um!
Foi traido pelo mundo.
Negaram-lhe uma estrela.
Mais longe foi seu grito d'infinito ...
Os tumulos estão fechados!
Os mortos em suspenso!
Tudo parado à meia luz ...
E onde está Jesus?! Onde?!
Eu não gosto de Sábados!
Sabem a despedida ...
Porque lhe chamam santo se nele
somos impotentes?!
Já não sei a quem rezar!
Não há gaivotas nem marés ...
Jesus mandou-nos esperar.
A espera é tranquila, porém, triste.
Não lhe vejo ter um fim ...
De que valia dizer-lhe que não fosse,
era seu, o destino de ter que ir ...
Não gosto deste Sábado!
Quero um amanhã mais cheio de poesia
sem morte nem silêncio.
Porque esta é a noite em que a vida gera
Vida!
A morte é decepada ...
O negro cortejo de sombras desvanece ...
Aleluia! Vai-se a noite, virá o dia ...
BENZER UMA CRIANÇA
Num sábado à tarde recebi em casa uma criança para benzer. Estava me sentindo feliz. Eu já tinha benzido sua mãe quando ela tinha a mesma idade.
Fui no quintal e colhi três pequenos galhos de arruda, minhas mãos ficaram cheirosas e realizei o benzimento. Mãe e filho me agradeceram.
Mas uma vez me senti abençoada em poder benzer uma criança.
TOINHA VICENTINA (1911-1998)
O GURIZINHO
Foi num sábado bem cedo
O sol brilhava sozinho
Só se via o cantar
Dos mais lindos passarinhos
Foi aí que eu ouvi
Um pequeno barulhinho
Quem batia em minha porta?
Um pequeno gurizinho...
Abri a porta depressa
O que houve menininho?
Cheguei a me assustar
Maltrapilho e magrinho
Com uma cara de fome
Pobre daquele anjinho!
—Me perdoe meu senhor
Lhe peço de coração
Apenas um cafezinho
E um pedacinho de pão
E se não incomodar
Me desculpe a intromissão
Se tiveres um pouco mais
Pra mamãe e meu irmão.
O resto desta história
Não é preciso contar
Alimentei o pequeno
Não é preciso falar
Me encheu os olhos de lágrimas
Não é para se gabar
Ainda sobrou um pouco
Embrulhei "pra" ele levar
Eu fico imaginando
É triste, mas é verdade
Quantas crianças no mundo
Pequenas, de pouca idade
Passam fome, passam frio
Durante a mocidade
Mazelas do ser humano
Terrível realidade!
O que dói no "bicho" homem
E apequena a esperança
Não zela por ninguém
E não cuida das crianças
Briga por qualquer coisa
Casa, dinheiro e herança
Parece que só surgiu
Pra ser o "rei da lambança "...
Aqui vai este versinho
Me perdoem a intromissão
Rogo aos nossos jovens
Que prestem bem atenção
Cuidem do semelhante
Tratem-no como irmão
E antes de ter os filhos
Reflitam com o coração...
É como diz o poeta
Se pondo a criticar
Infelizmente o homem
É triste, mas vou falar
Um "bicho" que só existe
Com intuito de matar
Quem não cuida nem de si mesmo
Dos filhos, não vai cuidar!
De Pai para filho, de filho para O Pai. O sábado é um santuário no tempo para nos reconectarmos com Deus.
Bom dia!
Para o sábado:
Que a fé abra todas as portas. Que a esperança ilumine e guie a vida. E que Deus continue sempre cuidando de tudo. Que Ele abençoe cada momento do seu dia.
Que o seu sábado seja glorioso!
Bom dia!
Para o sábado:
Que você esteja de coração aberto para receber as mais belas bençãos.
Que Deus lhe conceda sabedoria para seguir o caminho da felicidade e da prosperidade.
Que Ele cuide do seu dia.
Um sábado abençoado pra você!
Bom dia!
Para o sábado:
Que hoje todos os segundos sejam de alegrias, tranquilidade, bondade, fé e esperança. Que você espalhe coisas boas.
Que Deus lhe cubra de bençãos e seja sua proteção.
Um abençoado sábado pra você!
Poema num sábado de aleluia
No apagar da quaresma
Qual cinza restou
Ou será a mesma
Se fica ou se vou
Os sinos tocam, sábado de Aleluia
Anuncia a reflexão da traição
Retire suas culpas da cuia
Da omissão. Seja oração...
Perdão
Vamos nos aconchegar
Na misericórdia
E ter braços para ofertar
De que vale negar, ter discórdia
Se somos filhos, iguais, no altar
Da criação Divina. Livres na história
Livres para sonhar
Na fé vitória
Sábios para perdoar
Ao nosso "Judas", executória
A solidariedade atar
A paz e bem, gloria!
É vigília pascal
Trajetória
No amor, o amor incondicional
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26/03/2016, 06'10" – Cerrado goiano
Sábado de Aleluia
Hoje, 23 de Novembro de 2019, Sábado, às 19:30 horas, eu e minha esposa Leonice Santolin, estávamos assistindo a uma missa na nossa Comunidade Santa Rita de Cássia, quando pude notar ao nosso redor, várias senhoras e senhoritas, sem os seus digníssimos maridos, o que me fez escrever estas linhas tão singelas, porém, verdadeiras, cujo título é "VIÚVAS DE MARIDOS VIVOS".
Senão vejamos:
1. No meu dia-a-dia tenho notado que, na maioria das vezes, mocinhas novas, lindas, cheirosas e exuberantes, saem sozinhas para passear ou festejar, sem os digníssimos maridos, os quais sempre têm uma justificativa pra dar, dizendo que não gostam de sair de casa, ou mesmo, que não é chegado a frequentar igrejas ou reuniões religiosas, etc., colocando em risco o seu casamento, com desculpas ou evasivas. quase sempre sem fundamento;
2. Algumas senhoras bonitas e elegantes, vão para a igreja ou para um passeio noturno, e, muitas vezes até nos forrós da terceira idade, sem os seus maridos ou companheiros, porque os mesmos preferiram ir tomar uns goles no boteco da esquina ou estão de ressaca, e assim preferem ficar descansando em um sofá, assistindo uma partida de futebol ou vendo um jornal na televisão, liberando assim suas esposas para fazerem o que bem quiser;
3. Como se não bastasse, esses supostos "dedicados maridos", acham que já conquistaram suas esposas e podem fazer o que quiserem, sem dar nenhuma satisfação em casa, porque pagam as suas contas sem depender das esposas e aí se acham o "dono do pedaço", preferindo ir para os bares tomar uma gelada, enquanto a pobre coitada fica esfregando a barriga no fogão ou num tanque entupido de suas roupas sujas, sem receber um tostão ou um pingo de atenção de seus amados maridos.
Assim sendo, gostaria de deixar esse lembrete para todos nós maridos dedicados e apaixonados pelas esposas caprichosas, de que "quem não dá assistência abre a concorrência", e, que quando menos pensar poderá sofrer grandes decepções ou até perdas irreparáveis de casamentos aparentemente sólidos, por culpa exclusiva dos maridos omissos, negligentes e inconsequentes.
Valorizemos mais nossas esposas enquanto é tempo, pois, do contrário, estaremos fadados ao fracasso no matrimônio e de ser causadores de separações sem nenhum direito à reconciliação.
Sabado ao amanhecer
A brisa leve e calma
Como nuvens no verão
Tendo a visão desse vasto
Oceano com pedaços de algodão
A vegetação inicia sua apresentação
Indo de um lado para o outro
E o fim do sopro encerra a dança das pipas
E com o cansaço do sol
As aves repousam em seu ninho
Tudo é tao mágico que finalmente estamos no domingo
"Chegou o Sábado! Dia de descansar, de se alegrar, de ficar bem juntinho do Criador. Aproveite para estar perto da família e dos amigos... Tire um tempo para apreciar a natureza linda que Deus nos deu, respirar ar puro e desfrutar esse dia maravilhoso."
O Sábado e A Morte
evangelista da silva
Imagine leitor,
todos os sábados!...
Você tem a certeza de Vida e Flor!...
De repente, nem a Vida...
nem a Flor!...
Sem a Vida, o azar!...
Acabou!...
Mas a Flor é a Vida
juntas a caminhar...
Agora,
Com as mortes, resta-me o azul!...
A Flor que se me repousa,
encontra-se além,
no infinito...
Resta-me tão somente lamentar
lembranças sem Vida!...
E ela... a minha Flor!...
matou o meu sábado...
a minha Vida,
e morreu...
Deixou-me sem o seu Amor!...
Sem amar!...
Na cama,
na grama,
no mar...
Ora!...
em qualquer lugar...
Bahia, 08/11/2014, sábado, 14 h 41 min
Tardes de Sábado, Moço
Gente, é inefável explicar-lhe!
Porém, inefavelmente lhe explico:
Samba, cachaça, canção,
Gotículas de lágrimas caem do anil:
É a natureza que chora...
Choros de alegria, tristeza, saudade e dor...
Diante a tudo isto moço,
Lá dentro, bem lá dentro daquele boteco,
Eu e você, moço, gente, podemos ouvir
Rufar de tambores, ou ainda o seresteiro
Matinal que embriagado de álcool e violão,
Confunde-se com a inexplicação das coisas.
É Sábado
evangelista da silva
O mundo explode lá fora, e eu aqui tão só e vazio...
Abandonado pela saudade, tristeza e solidão...
Certamente aguardando à morte aportar...
E todos se foram, e eu aqui...
Aqui, no mesmo lugar de outrora...
Visto ter perdido o trem da morte.
Os raros amigos que tive, o trem levou...
Hoje é sábado e não vou à feira
Sorver a cerveja com xebeu e embriagar-me.
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Que saudades de Julieta!...
Uma explosão de amor e entrega
Que eu não soube viajar...
Filho aos 17 criado com avó era uma criança...
Não sabia matar a ânsia de amar Julieta
Saciando a sua fúria de amar e sexo...
Hoje, neste sábado frustrado de lembranças,
Saudades, amor e recordações, não mais vou à feira...
Fixo-me na estação aguardando o trem da morte...
E nesta espera de merda e desespero...
Aguardo que todos desembarquem
Para a vida recomeçar...
Santo Antônio de Jesus, 09/01/2016, (12 h 46 min)
O PASSAGEIRO DA AGONIA
Nunca gostei de carnaval. E depois dessa paradinha... Num sábado de Zé Pereira resolvi pagar uma fatura do IPTU, tinha esquecido, podia ter deixado para quarta-feira, mas, muito certinho, pontual em meus compromissos, com medo de pagar juros, fui no sábado mesmo, quase carnaval, mas no Brasil tem isso não, de depender é carnaval o ano inteiro. Resolvi ir, fui no guarda roupa e peguei a primeira camisa que me veio a mão, casualmente uma camisa do Náutico, time pelo qual nutro alguma simpatia, torcedor muito sem graça que eu sou, nem de pé de rádio, não sei nem quando o time joga, as vezes por acaso, é que eu confiro no outro dia no Esporte Espetacular, o resultado. Essa camisa dez reais me custou, da marca peba mesmo, pus uma bermuda jeans e chinelas havaianas, tava arrumado. Chegando ao terminal de ônibus, embarquei no coletivo, coletivo de arruaceiros, todo mundo vestido de galo, com chapéu de galo, camisa de galo, e eu o estranho do ninho , naquele bloco em movimento, a caminjo do desfile do Galo da Madrugada, sentei-me na ultima cadeira, maior algazarra, gente pulando e gritando, feito uns selvagens enlouquecidos. Logo que a condução saiu, um fortão trajando uma camiseta do Sport, desses bombadões, exibidos, de academia plantou-se no degrau da porta trazeria com uma lata de cerveja na mão a ameaçar o motorista: - Motorista, filho de alguma coisa... Vá direto viu, se parar, vai ver! Oxi já não ia descer mais onde eu queria. E aquele expresso da agonia chegando nas imediações de Água fria, um moreno disse pro fortão: - Ei cara! Tu não pode fazer isso não. Impedir que os outros desçam. Boa Moreno! O fortão gritou: - Vai me impedir? - Vou, vou descer agora! Eita, fechou o tempo! Dá-lhe moreno! Mas... Ahhhhh.... Era brincadeira! Muito engradados, morri de rir. Mais adiante uma mocinha desse grupo, disse manhosa: - Ai fortão, tão mexendo comigo, um cara do Santa Cruz na rua, ai o fortão esbravejou: - Se eu pega um torcedor do Santa Cruz ou do Náutico, eu rasgo a camisa e deixo ele nu! Eita, lembrei que eu tava vestido com a camisa do náutico bem na cadeira ao lado dele, rapidamente, a fiz desliza, num movimento contrario a lei da gravidade, devagar por fortão não perceber, a fiz deslizar, subir minha cabeça, feito uma cobra coral rodeando meu corpo. Cala boca, cobra coral é o mascote do Santa Cruz, que desceu e se escondeu entre mim é um rapaz do lado que não sei de que time era e fiquei sem camisa. Na rua, em hipótese alguma, ficaria assim, mas dada a circunstâncias , vale tudo, é carnaval, sou folião desde que nasci. Que agonia! Queria que chegasse logo a hora de desembarcar e rir disso tudo, mas na ocasião tava tenso mesmo, torcendo que acabasse logo aquele pesadelo, correndo risco de morte, e o motorista nem ai, parar nem tava doido, Galo da Madrugada direto, expresso. Chegando finamente no centro da cidade, desceu todo mundo, só ficou eu, o cobrado e o motorista, ai que me encorajei de vesti a camisa. Quando o ônibus saiu, desci na agencia bancaria que ia anteriormente no meio do caminho, aconselhado por um senhor, do lado de fora, que saísse logo por causa de arrastões. Por isso, na semana de carnaval, eu hiberno na sexta feira e só saio prana quinta, e olhe lá.