Rumo ao Farol
O NÁUFRAGO
Navegantes não devem olhar para o farol,
e sim para o caminho que ele ilumina.
Mas, para mim, meu farol era a lembrança
da luz de seus olhos de mar.
Devia ter-me esquecido do brilho deles
e ver o caminho por onde navegava.
Cantinho da Sol
Lá na cidade
Em frente ao farol
Vejo a mocidade
No bar da Sol
Clima de Tanquinho
Faça-me o favor
Uma cerveja
Tá muito calor
Cachaça da boa
Flor de girassol
Tô rindo à toa
Carne-de-sol
Mais um freguês
Chama um torresmo
Quem foi que fez?
Fui eu mesmo
A tarde tá linda
Tem pôr-do-sol
Música boa
Canta o rouxinol
Que vida boa
Doce igual mel
Prá matar fome
Sarapatel
Na TV futebol
Ouvi um grito
Gol do Bahia!
Era Marisol
Saiu o peixe frito
Sua amizade foi como um cobertor nos dias frios e como um farol enquanto eu navegava pelo mar em uma noite sombria
A Lua resolveu dar uma lição no sol
Apagando temporariamente o seu farol.
Quis mostrar como dois seres tão diferentes
pelo menos um dia, poderiam ser equivalentes.
Na sombra umbra que a terra fez
a Lua pode finalmente se mostrar
Penumbral, parcial até que total.
Mas o que realmente a Lua quis nos provar?
Que alguém mesmo sem luz própria
pode um dia também irradiar.
Ou quem sabe mostrar que a beleza não esteja contida apenas na luz
Ela pode existir também no apagar.
Que todo mundo tem uma sombra em algum lugar
Que foi a falta de luz quem fez a Lua reinar.
E que todos um dia, mesmo sem luz,
podem vir a se destacar.
Fui de peito aberto
para fechar contigo
Seu mundo tava escuro,
eu fui o seu farol
Escolhas são escolhas,
você tem seus motivos
Mas quem quer viver na sombra
não espera o sol
Crianças no Farol.
Enquanto vivo meu sonho colorido de amor e realização....
Por fazer parte da vida de pessoas maravilhosas, que tentam mudar o mundo...
O carro anda e a musica toca, a letra diz: "acho que o mundo faz charme"...
O sinal fecha está vermelho agora...
Crianças sem camisas com os pés descalços correm para a frente do carro e colocam a lata de coca-cola no capô.
O maior se agacha para que o menor com não mais de cinco anos suba em suas costas...
Começam a apresentação malabarismo...
"Malabarismo" ou um show da triste realidade?
Onde nossas crianças precisam escalar as costas umas das outras para serem vistas, Ganhar algumas moedas, enquanto o sol queima seus corpos, e olhares sem piedade acorrentam suas almas...
Crianças no farol...
O sinal fica verde e todos continuam...
E as crianças continuam a espera de mais um sinal vermelho para que o "show recomece"....
E existam novas possibilidades...
Acredito que em meu cerebro havia gelo...
Deve estar descongelando?
A agua esta caindo dos meus olhos...
Crianças no farol!
Sem nome, sem camisas, sem perspectivas, sem amor, enfrentam a luta, a dor e a desigualdade....
Crianças no sinal!
Até quando? como mudar o show?
Crianças no sinal meu coração e verde para vocês .
Não procuro nada, pois eu sou a fonte, a essência, o amor, a felicidade, a emoção. Eu sou farol do mar da incerteza.
Luzes
Estou com sorte
A lua me ilumina
O farol me ilumina
Minha sabedoria me ilumina
E Deus está sempre me iluminando
A luz do espirito santo me acompanha...
E não há sombras de duvidas...
O poder espiritual vem de Deus...
O conhecimento com a sabedoria traz o poder
"Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio
No universo que erguerei o mundo..."
A oração com fé é a alavanca que move qualquer coisa...
E traz uma consciência cheia de luzes para iluminar o mundo...
Vou de corpo e alma
pra amar você
Meu mundo tava escuro,
Você foi meu farol....
Escolhas são escolhas,
Eu escolhi amar só você.
O melhor de tudo isso é que você escolheu o mesmo.
O sol, farol do mundo,
o ilumina sem cessar,
forte, imponente e distante,
mas basta uma pequena nuvem
para ocultá-lo...
O trem vem vindo; de longe o avisto seu forte farol, trem, tão pequeno, mas carregando multidões.
Eis o trem lotado de gente, logo, lotado de sonhos, necessidades, medos, tristezas, felicidades, conquistas, derrotas, amor, rancores e cansaços, mas com muita esperança dentro de cada um para continuar a batalhar.
Eis a vida, que se dispõe em infinitas possibilidades; não seja mais um, busque mais, seja mais, faça a diferença!
Meu farol
Entardecer, Anoitecer
Acordar, Ver você
Faz-me feliz, Ao amanhecer
Saudade... Trabalhar
Longe, De você
Corro, pra te ver
Ao por do sol
Você é tudo
Meu farol
Ao anoitecer
Farol do Paraíso
Numa ilhota, bem longe da civilização, nascera Carlos, uma saudável criança de olhos verdes e cabelos cor de mel o qual crescia alegre e feliz, nos idos de antanho. Era uma ilha paradisíaca onde o seu velho pai fora o faroleiro do local por toda a sua vida, e por onde navegaram milhares de navios e caravelas. A torre e o velho farol datam de séculos passados. O velho Euzébio, pai de Carlos, nascera no local, e jamais conhecera outras plagas. Carlos contava histórias do tataravô paterno com tanta autenticidade que vinham confirmar a estada daquela família ali na ilha por muito tempo. Muitos navegantes paravam na ilha para seus pernoites, desde a época dos famigerados piratas. Num belo dia atracou um pequeno veleiro na ilha e como era de costume, Euzébio foi fazer a sua inocente cortesia ao senhor que ali chegara com seus marinheiros. Rinaldi, um italiano que por ali passava pela primeira vez. Carlos estava com 13 anos de idade, portanto, no auge de sua vida de infanto-juvenil. Muitos visitantes do longínquo local já ouviram falar do Farol do Paraíso. Sabe como são essas coisas, um conta um conto, outro acrescenta um ponto, e torna-se uma lenda desmesurada. Rinaldi trazia com ele uma garota de 11 anos, da qual dizia ser o genitor. Em uma conversa particular com Euzébio, Rinaldi conseguiu um favor inestimável concedido a um pai que ama profundamente a sua filha. Disse-lhe o visitante que, não estava muito à vontade com seus marujos e que eram jovens estranhos os quais ele se obrigara a contratar para aquela viagem de quase 800 km, e que infelizmente a sua esposa naufragara naquela mesma viagem, e que a sua amargura transpusera os limites de suas forças etc. Explicou também que estava perdido por aquelas bandas. O combinado era que a menina ficasse por apenas uma semana no local e, que voltaria para pegá-la. Muito bem, partira Rinaldi, enquanto a menina ficara muito triste com a partida do velho italiano. Aqui começa a felicidade de Carlos, ao conviver com a menina dos olhos negros e cabelos lisos e de tez bronzeada e reluzente. Chegou o triste dia da despedida da garota Minalda, este era o seu nome. Fizeram preparativos para festejar a chegada de Rinaldi, enquanto, Carlos encontrava-se amuado, o seu coração estava vivendo a paixão de sua inexperiência. Os preparativos para aquela chegada estavam completos, mas a expectativa era cruel, as horas passavam vagarosamente para aumentar mais ainda ansiedade de Carlos. O pai já tinha percebido tudo, e sofria pelo filho, posto que passasse pelo devastador processo, tempos atrás. Às 22h de uma noite estrelada avistaram uma luz no horizonte, e acharam ser o velho lobo do mar, Rinaldi, mas que nada... Aquela embarcação passou ao largo e, Minalda ficou entristecida sobremaneira, pois, já estava machucada com morte de sua mãe. Os dias se passaram e, eles deram por encerrada a esperança de o italiano voltar. Afinal, o que acontecera com Rinaldi? Carlos era filho único. Agora tinha uma “irmã” pela qual se enamoraria alucinadamente.
Do livro: Impostor da rua larga