Rumo
"Comprei um passaporte com suporte e sem volta rumo a felicidade, nem a vaidade vai conseguir me derrubar, se ela então chegar me escondo no último banco"....
A volta.
Na seca ninguém investe
sem planta e sem animais
parti de rumo ao sudeste
onde eu trabalhei demais
hoje voltei pro nordeste
e não tem seca da peste
que me tire dos meus pais.
Se eu não te desse mas amor como costume
minha vida ficaria escura e sem rumo
a tristeza tomaria conta de uma forma que nem se resume
E se desistisse de ser quem sou por medo
faltaria alegria e amor nos meus sentidos
e passaria viver sozinho e em segredo
sem o amor e o sentimento que tenho a ti
minha vida seria como miragem no deserto
imaginando a cada areia ao vento o seu existir
mas caso um dia me deixar
eu não teria gosto pelo viver
e não imaginaria deixa-la de amar
se de repente no deserto aparecesse o mar
com águas levando o meu ser
fazendo do oceano o meu ultimo lar
nas imaginações de uma vida sem ti me derramo
como um pássaro que canta sozinho
na natureza é o seu nome que chamo
só imagino um gênio no deserto e conclamo
tirando da lampada mágica um pedido
dizendo que não quero te perder porque te amo.
Na solidão me perco e me percebo como um cão sem rumo cada dia a dia a mais. Tantos anos contam hoje a minha história páginas de um tempo que o próprio tempo devora...
O andarilho e o nojo:
Muito me incomoda o andarilho,
alguém caminhando fora do trilho, sem rumo, crenças mundanas e descompromissado...
Um ser quase inanimado, transcendente, desinteressado, bi-dimensional...
Animal sem presas sujo e fétido, vestido de carne putrificada.
Esse ser errante é agressão viva, às concepções das minhas moralidades esdrúxulas!!!
Combatido e não vencido, é como um Deus encarnado que escarra, mija e caga na cara do mundo, sobre a face da alma desesperada e disfarçada!
É uma presença tão incômoda que parece dizer: Será que você não vê a verdade à sua frente, idiota?
O andarilho, esse ser errante quase ilusório e transitório existe pra me incomodar, toda a santa vez que os meus caminhos se cruzarem com os dele; derramando sobre mim o meu próprio nojo.
Sabe aquela pessoa que te faz enxergar
Que é aquele rumo da vida que você quer levar?
Aquela pessoa que te faz esquecer
Que a aquela dor não irá mais doer
Que você não sente mais a solidão
Quando ela te pega e toca na sua mão
Você não vê a hora dela chegar
E ao seu lado estar
Essa pessoa é VOCÊ [...]
E farei de tudo para não te perder
Viva como uma folha que da árvore caí... sem rumo, nem destino, somente o doce flutuar do aqui e agora....
Rumo!
Sinto o clima sem mudança
o chão rachado no sertão
o sertanejo faz andança
sem rumo e sem direção
e pela seca que avança
só as águas da esperança
ainda irrigam o coração.
Estava tudo tão confuso, não sabia nem mesmo qual o rumo que minha vida estava tomando. Mas hoje eu entendo que Deus sempre esteve no controle da minha vida.
DE UM TUDO PARA A INDIFERENÇA...
Nova manhã de esperança
nova fome de viver
novo rumo a navegar
na certeza que o alvo existe
novas roupagens para das velhas se despir
novo momento recheado de encanto
renovo de um sentimento que era saudade
e hoje não é quase nada
apenas resíduos do que um dia foi instante adorável
e amanhã...
Após o sol do meio dia
sua lembrança queimará como fogo
e como poeira no vento
se desfaz num só momento...
Sendo assim, voa!
Seguindo o rumo do seu rebanho
Eu sempre soube que era um engano
E nunca quis te iludir.
As quedas são detalhes
De um aconchego verdadeiro
De uma vida sem desfecho
Que não tecla o "decidir".
Eu nunca estou completo
E por isso ando cego
Tentando emudecer.
Pouco se faz tempestade
Se vivo atrás das grades
Buscando um novo alvorecer.
Deus do amor eu te suplico a minha cara-metade o mais breve possível, a flecha do amor caminha rumo ao meu coração e na mesma direção há tempos rumo a prometida cirrose, chega de pinga e esperança!
Ô, cupido, chega, né?
SOMBRA DOS VENTOS
Cansado de ser marinheiro nauseado
De remar à unha rumo a dezembros nublados
Pus-me ao solo encravado
Aqui ando e corro descalço
Meu superego, campo farto de hectares
Da primeira à última porteira
Posse tenho das poças em que tanto afogo
Eu quem afaga a cada seca desse cerrado
Eu quem afaga
Espelho de faca
Plantarei um pássaro
Para asas fazerem sombra em meu quintal
Sujo, eivado, de esgalho (ou da migalha)
O soalho de meu quintal...
Solo, sujo, sol e chão
Farto de folhas de feridas que secaram
No outono que se foi.
Não como a sorte que nasce nos trevos
Nas vielas dos meus dedos...
A minha sorte - eu tenho outras -
Ainda é cedo
Pra mostrar
Quero (mais do que posso); vê lá se posso
Oh, esperança tão teimosa
Quero comprar uma rede
Pra me balançar
E voar em vento
Pra mo'da vida não parar
A minha sorte - eu tenho outras -
Ainda é cedo
Pra mostrar
Mal acostumado…
(Nilo Ribeiro)
Você me deu vida,
mostrou um rumo,
foi a mais bela diva,
deixou mais lindo o mundo
me fez senhor,
com virtude me completou,
me deu amor,
me enfeitiçou
jamais irei te esquecer,
pois é impossível de fazer,
você foi todo meu prazer,
faz tão belo o meu viver
embora tenha ido embora,
desta premissa eu parto agora,
me deixou feliz pro dentro e por fora,
mas meu coração ainda chora
não é um choro arrependido,
mas de incompletude,
melhor eu poderia ter sido,
mas me faltou virtude
fiquei mal acostumado,
você me deu vida honrada,
eu não fui honrado,
decepcionei a amada
agora, é vida que segue,
sem tempo para lamento,
meu amor a você foi entregue,
é todo teu o meu sentimento…