Ruínas
Sei que em alguma cidade deste planeta em ruínas
uma pequena me ama de verdade.
Posso sentir seu bafo no meu cangote
quando saio pra tomar um trago.
Ruínas
Tento eu reconstruir a mim, tento superar a ausência dele sem nem ao menos ele ter partido. Enquanto ele corre atrás de seus sonhos libidinosos, assim dito por ele, eu libidinosamente o desejo ainda, mesmo sendo esse desejo desaconselhável e avassalador. Um turbilhão de palavras chegam aos meus ouvidos, oriundas das bocas que me amam e o escarnecem. A razão me leva a mim e o coração sangrando de tantas feridas abertas por ele me leva, só me leva! E agora? Onde estarei? Pra onde vim? De onde eu saí? Eu saí?
Esse emaranhado de perguntas me fazem lembrar do que eu sempre tive certeza, eu o Amo!
Ele, seco em possuir o mundo, deixa com que o mundo o possua, lembra e sabe, descobre e retorna, ao lar que estranhamente sempre foi seu e volta a mim e não para mim, que ainda, mesmo que não queira, quer e é seu. Sua destruição e seu desejo infringiram a única regra que não se podia quebrar, não viole a fidelidade dos sentimentos.
Seu desejo de ser do mundo , o fez esquecer da fidelidade dos próprios sentimentos, o fez esquecer o que se sente, só a sua putrefação o fez lembrar que um mal ou bom filho à casa torna! Agradeça a seus Deuses e Demônios. E lembre-se tu és mortal, não precisas testar a durabilidade de tua carne!
A'Kawaza
Mesclada é a vida de sonhos, desventuras,
entre amarguras sorrisos de alegria.
Flores, ruínas o tempo descortina,
por entre as trevas a luz que ilumina.
Em mil nuances a vida se retrata,
e em mil espelhos o seu perfil reflete.
Montanha russa com altos e baixos.
No vai e vem a vida se repete...
Atemporal
no fim da linha
o que sobra é a poesia:
construção sobre ruínas
plasmada em palavras
e silêncios.
quem saberá os limites
da beleza e do desespero?
a vida em sua face oculta
sobrevive de engordar serpentes.
o amor em sua loja de ourives
(relume)
a lapidar o inatingível.
no avesso do des/haver
o que resta
é o infinito não ser
em seu azul atemporal.
Grito de guerra
Em meio às ruínas, me calo
E os tempos sombrios
Emitem estrondos ofensores.
Fazem de cada pedaço espatifado,
De algo que antes era sadio,
A se tornarem entulhos inferiores.
E como se locomover
Onde o peso parece me vencer,
Em cada fragmento que se perdura?
Tudo parece estar a um passo de morrer,
E o jeito é ver melancolia distorcer
O final que não há mais cura.
Envolvida no temido escuro
Ouço vozes intactas,
Que insistem em constantes sussurros.
Embora soam abafadas
Aquietam o sentimento de apuro,
Vindo de uma canção que promete seguro.
E com o resto de confiança,
A intensidade começa a ecoar
Me recordo das velhas lembranças,
Da glória que sempre buscava em almejar.
Seus ritmos repetidos
Me fazem querer te escutar cada vez mais,
Meu interior abriga seus gritos
E melodias da essência que me satisfaz.
Então seja bem-vinda,
Ó doce e brava sinfonia!
Abale minhas estruturas como quiser,
Afinal, você sempre foi minha.
Me faça pulsar para o renascer,
Assim fortaleço seus hinos de motivação,
Transformo razões em batidas com emoção,
Pois isso é que me fará sentir viva outra vez.
Composições que soam em tons potentes,
Onde acendem o pavio apagado.
Me recupero em faíscas flamejantes,
Provocando um estouro inacreditável.
Aos poucos, reparo os danos quebrados
Combatendo o que não é mais tão implacável.
Ah, meu grito de guerra adormecido,
Que ressurge em agitos independentes.
Te eternizo em meus tempos destruídos,
Para me refazer com suas trovas confiantes.
ENTRE O CAOS
(Luís Felipe)
Entre o caos deste meu ser,
Nas tempestades e ruínas.
tentando sobreviver,
Me perco em cada esquina.
A solidão me acompanha,
Enquanto o silêncio me toma...
E vou subindo essa montanha,
Pra descobrir o meu sintoma.
E, nada mais faz sentido.
Até que eu compreenda a razão,
De estar nesse caminho,
Que vejo coma mente e sinto com o coração
Nosso país está mudando radicalmente. Devemos construir uma nova sociedade sobre as ruínas da antiga.
Você,
que anda soterrando tantas coisas,
tantos sentimentos
que ainda estão em suas ruínas,
até quando?
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
Ruínas
A poesia se desfaz
Um nó se aperta
Garganta aprisiona
A sentença do sonho
Termina na angústia
Por ter amado a alma
Sereno coração segue
Recolhendo fragmentos
Soltos em suas ruínas
Amarga doces lembranças
O fim é o começo
A tragédia agoniza
Se torna tão comum
Arde em saudade
já não é o que mais dói
Quanto ao arrependimento...
Só o que foi vivido na alma.
Ruínas que um dia já foram belas, que um dia tiveram um propósito, que já foram planejadas por arquitetos (ou não), construções que um dia já foram tão belas que as pessoas paravam para admirar, mas o tempo passou, seu primeiro pedaço começou a cair, logo em seguida outros foram caindo e ela não servia mais para nada além de boas memórias, que ficaram eternizadas na memória das pessoas que por elas passaram. Cada tijolo tem uma história, um relato já vivido naquele local e o que resta para eles é ficar em silêncio. Cada casa, cada prédio, cada castelo, cada construção, um dia tá teve uma bela história, já parou para imagina-la?
Ruínas
Vira ruína nestes olhos
Tão distantes, que se perdia...
Se curvava diante o caos
Que beirava sobre a maresia
contida em sua dócil e gentil alma
Era nítido o grito, a cada vez que via
Despercebia
Eu apenas queria
Mesmo em seu completo abismo
Que me visses, eu apenas lhe queria
Eu percebia o desespero
Sussurravas “permita-me entrar”
Quero lhe salvar
Tu sumia, o olhar permanecia
Eu apenas, morria
O vale era escuro
E tu, jamais me enxergarias.
“Preocupar-se com o que os outros pensam sobre você é como construir ruínas de pedra sobre a sua alma.”
Em ruínas se caem as muralhas da farsas
Em tintas se escondem os covardes
Mas na mentira, se afogam os prisioneiros do mundo.