Ruínas
Vejo o campo e
a vegetação
e as ruínas
do que foi uma cerca.
Em meio à grama
um osso pelado
pelos cachorros.
Aqui se vê a pobreza
e se sente a fome,
talvez o homem
não se alimentou
e fugiu
talvez não resistiu,
há corvos aqui
não é um bom lugar ― definitivamente não.
Um quadro —
resiste ao tempo
através de ruínas,
mostra-se resistente.
Traz beleza às sobras,
ou permite perceber
que sempre existiu beleza,
apenas não se permitiu sentir.
Voo do perdido
o coração em calamidade, ao longe contemplo seu olhar
ainda a devastar as ruínas que sobraram
a agonia é uma espera do que nunca chega
tento entender a beleza de uma alma que rasgou minhas palavras
e silenciou em ruínas o sonho de um coração
escritos rotos, tropegos e tolos, desprovidos de emoção
frutos das dores inefaveis de uma alma que procrastina sua sentença
desde sempre, quando descobriu o pra sempre nunca
minha alma contemplou o abismo
almas ali aos gritos se lançavam
eu quis voar, enquanto ouvia gritos que pediam terra firme
o bater de minhas asas no vôo por sobre o abismo
eram gemidos assustadores à ouvidos incautos
no solo contemplei versos mentirosos e afáveis
entendi porque tantos gritavam por terra firme
o tenebroso é preferível para quem busca o afago do próprio ego
assim como é espantoso que o voo do perdido ame a ilusão da terra firme
espantei-me novamente por não encontrar palavras
que expressassem o que é o sentir de verdade
a isto resolvi não dizer nada, nada que console
porém, digos-lhe tudo o que consome
nada que lhes afague o ego, mas digo-lhes de graça palavras que lhe cortem a alma
nada que lhes levante a cabeça, ou lhes faça sentir um ser humano melhor
mas lhes ofereço gratuitamente a aflição de espírito
não soube nunca vender a ilusão de lhes dar pronto
aquilo que só você mesmo pode encontrar na divisão de sua alma e espírito
não traço mapas astrais, não arroto horóscopos poéticos
eu não sei vomitar ilusões
apenas sangro palavras em busca de mim mesmo, e não peço que me sigam..
#Amor
#DasHorasEmQueMorri
#
De nossas próprias ruínas podemos extrair o material necessário para a construção de uma bela e nova edificação.
O ser humano obcecado em destruir o próximo finda em ruínas. A obsessão e o ódio leva qualquer um a autodestruição.
Enquanto os organismos se transformavam, Edegar permanecia sentado nas ruínas do velho clube abandonado e elas não o abandonavam.
Edegar despreocupado, permanecia sentado nas ruínas do velho clube abandonado. A maioria pensava que Edegar fosse apenas mais um inativo. Não, ele era notável.
O Último Rei das Ruínas
Seis quarteirões para alguns, um complexo residencial para outros, o labirinto inconcluível de uma insana trajetória para Edegar.
Aquele lugar tinha sido em um momento de sua história passada, quase próspero.
Ali, diversos empreendimentos sobreviveram durante anos, abastecendo a população local em suas mais variadas necessidades; lojas de roupas, sapatos e acessórios, com todos os formatos, cores e tamanhos para os gostos menos exigentes;
Uma barbearia; uma padaria; uma escola; um carrinho de cachorro-quente; um carrinho de churros que também vendia doce de cocada; uma banca de jornais; uma praça arborizada com uma fonte no centro; um clube.
Os habitantes daquela localidade conheciam Edegar, mas ele nunca ocupou uma posição de destaque, na política, no comércio, no esporte, na arte; não ganhou prêmios, concursos, rifas, apostas; Edegar nunca apostou.
Ele gostava de pastel de queijo, jabuticaba, garapa, de vez em quando um trago de pinga, geralmente com vermute, a famosa rabo de galo.
Edegar era um filósofo, apesar de raramente falar algo, ele notava, notava as pessoas, as construções, os veículos, as sarjetas, o mato que nascia por entre o calçamento; notava o céu, conhecia tão bem as nuvens, as revoadas de pássaros próximas do rio que cortava a vila.
Enquanto os organismos se transformavam, Edegar permanecia sentado nas ruínas do velho clube abandonado e elas não o abandonavam.
A arquitetura se modificava, os modismos iam e vinham, tecnologias surgiam a todo vapor virtual, cada qual se ocupava com suas ocupações.
Edegar despreocupado, permanecia sentado nas ruínas do velho clube abandonado. A maioria pensava que Edegar fosse apenas mais um inativo. Não, ele era notável.
No entanto num dia desses, passei como de costume na frente do velho clube, e o ilustre guardião das ruínas não se encontrava mais em sua ocupação. O notório Edegar que por tantos anos aquele local ocupou, não ocupava mais seu lugar.
Emendar as ruinas; engessar os pedaços; recolher os destroços; reconstruir e revitalizar. Essa é a missão de quem ama.
Poema do Abismo
O homem ergue-se, cego, sobre as ruínas do ser,
com a ilusão de tocar o céu, de conquistar a luz.
Mas o céu é vazio, a luz, um reflexo do abismo,
e ele caminha em círculos, perdido, sem fim.
A razão, essa chama fraca, não ilumina mais o caminho,
apenas queima, sem piedade, a carne que se arrasta.
O mundo é uma mentira, um espelho quebrado,
onde os rostos são sombras e a verdade é um grito.
Os poetas, esses destemidos, olham o abismo,
mas o abismo é profundo demais para ser compreendido.
Eles escrevem, mas suas palavras são ecos de desespero,
gritos que se perdem nas cavernas do caos.
O homem luta, mas a luta é fútil,
pois o caos não cede, ele apenas se expande.
A liberdade é uma ilusão, um véu rasgado
que a morte, implacável, rasga sem compaixão.
E assim, o homem cai, sem saber, sem lutar,
afogado em suas próprias mentiras,
enquanto o poeta observa, impotente,
sabendo que não há fuga, que a dor é eterna.
Ruinas do amar
Teu amor és veneno
Lateja em minha alma
Abrasa minha pele
Rasga meu âmago
Me reduz á cinzas
Mas sem ele
Minha vida perde a razão
Meu coração se devasta
E minha mente
Pouco a pouco
Se arruina
Apenas me envenene
Pois, por ti morrei
Mas sem ti
Apenas vaguearei desolado por esta terra
Sem o amor do meu grande amor
Viver é somente um infortúnio
Das ruínas do amor, não sei o que dizer, só sei o que eu não penso, mas desejo aquilo que sinto por alguém, sou empedernido, mas ajo como um homizio.
A cegueira da cidade esconde tatos e olfatos
As ruas possuem velocidade autônoma
São ruínas engolindo sentidos.
Triste não é ver seu castelo cair em ruínas
Triste é saber que você não fez nada para tentar evitar a queda
Em meio a tamanha escuridão e ruínas me via perdido em um abismo de dor e sofrimento, até que certo dia me vejo a olhar seus olhos e descobrir um caminho de alegrias e aventuras, e gostaria de saber se posso estar ao seu lado, aceita namorar comigo? E eu te faria a pessoa mais feliz do mundo
Devemos sempre estar preparados para construir em ruínas, enfrentar vazios, desertos, que podem significar em determinados momentos, a necessidade de uma renovação interior e de vida. "Trecho do Livro Pulsação - Uma viagem rumo ao desconhecido..."
Procura esquecer o passado não edifica nem ensina teus dias tristes, o passado é uma casa em ruínas não a reformas melhor derrubar os escombros para edificar a nova.
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