Ruínas

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Engana-se, senhor, trago essa máscara risonha, mas sou triste. Sou um arquiteto de ruínas.

Machado de Assis
Quincas Borba (1891).

Vocês arruinaram as ruínas!

Anjos caídos, que voam sem asas nos labirintos, perdidos. Onde antes paraíso agora ruínas, construídas pela constância do indigno, se autocondenando por alicerçar o desequilíbrio.

Anjos caídos, nas esquinas, nos prostíbulos, nas cadeias, no ódio assumido e íntimo.
Anjos caídos feridos, simplesmente caminham, na procura da cura que em outrora esteve suave em vossas mãos, agora sentimos, longe distante, e que algo vem nos aprisionando a alma e selando o coração.

Anjos caídos, na contínua busca de esperança pra reverter um veredito.

Anjos caídos...
Mas ainda vivos.

É preciso passar sobre ruínas,
Como quem vai pisando um chão de flores!

Antero de Quental
Odes Modernas

Ela é assim...
Metade Florescer, metade ruínas.
Metade Céu, metade Inferno.
Metade Construção, metade destruição.
Ela é metade fogo, metade gelo.
Metade esquisitice, metade loucura, metade sã, metade razão...
Metade flor delicada, metade cacto espinhento, metade encanto, metade intuição, metade doçura e metade acidez...
Metade paz, metade guerra. Metade companhia, metade solidão.
Ela é assim: intensidade completa, às vezes coração bobo, as vezes coração cruel...
Ela é assim: chata e sincera, moça simples feita de emoções e de razões, de sensatez e de loucura.
Ela é assim: um rabisco escrito, uma poesia completa, um verso mal traçado, uma prosa romântica...
Ela é assim: cicatriz visível, dor escondida. Detalhe pequeno, um trecho que alguém

Póstumas ruínas de mim mesmo

Outrora senti-me bem,
agora não há conforto,
Emerge uma Ágora dentro de mim,
Uma reunião conflitante,
Caótica
Confusa e anárquica,
Onde o único lesado sou eu.
Ao olhar para trás,
Sinto-me amordaçado,
Sensação de impotência,
Uma corda em meu pescoço?
Ah, não, é apenas a angústia corroendo-me lenta e sadicamente
Enquanto submerjo em prantos falhos que de nada valherá,
Cada segundo me vejo mais distante de mim ou de quem já fui,
perdoe-me pela lamúria
Eu precisava disso

A real miséria na vida é reconstruir o outro em si com as próprias ruínas.

Para reconstruir meus muros precisei enfrentar as minhas ruínas e avaliar o que me trouxe até aqui. Pensar em minhas escolhas de vida sem me punir pelo que poderia ter sido melhor.

"E os falsos construiram uma fortaleza, mais agora não pasa de deatroços e ruinas e seus habitantes estão soterrados nas suas próprias mentiras!

Aquele que lança o mal e deixa pessoas em ruínas,Um dia terá que suportar os escombros e as ruínas que ajudou a construir.

São tantas as ruínas, que cada vez mais perdemos a esperança, mais é aí que devemos ter mais esperança, mais não, desistimos sem nem tentar mania ridícula que nos seres humanos adquirimos ao longo dos anos que se passa. E o que todo mundo apenas sabe falar “ O mundo vai acabar em fogo “. Sim, ele acabará em fogo porque parece que estamos desistindo de ajudar os valores que o dinheiro não compra !
Vamos desistir do nosso mundo ?
Vamos desistir de viver ?
Acorda e cuide do que te faz respirar !
Até quando o dinheiro vai ser PRIORIDADE e não NECESSIDADE ?

Que série de eventos me levou a ficar de pé sobre as ruínas da minha cidade?

Entre as ruínas sempre poderá nascer uma flor. A felicidade cresce e frutifica quando acreditamos no amor.

DECOMPOSIÇÃO

Somos
um
amontoado
de fragmentos
humanos
entre
as ruínas
do existir!

A clarividência
de uma
espécie

em
processo
de decomposição!

Espero um dia, chegar a ser mais que uma nobre fachada de um prédio em ruínas.

Tristes Sinos

Tristes sinos a tanger!
Pelas frias campinas...
Pelas velhas ruínas...
Pelos caminhos de Minas.

Tristes sinos que dobram.,
Por estas romarias,
Pelas pradarias,
Na hora da Ave-Maria.

Dobre de sinos tristonhos.
Nas ermas distâncias...
Por rústicas estâncias,
Por meus sonhos de criança.

Frio repicar de sinos ,
Que espalham segredos...
Que trazem degredos,
Ânsias e medos.

Velhos sinos que segredam ,
Velhas profecias!
Profundas nostalgias...
Tristíssimas monodias!

Entre ruínas e outras, eu aprendi verdadeiramente a erguer uma ponte.

Meu mundo em ruínas


A tristeza invade minhas entranhas
Fecho os olhos e vejo tudo desabar
Meus sonhos escorrem por entre meus dedos
Meu amor... Explode e se desfaz

Andei por estradas perigosas
Correndo riscos desnecessários
Abrindo portas que me lançaram num precipício
Num redemoinho feroz e sem volta...

Respiro com dificuldade...
As lágrimas brotam e me asfixiam
A escuridão suga-me para o inevitável
O frio congela e corta-me em pedaços

Encontro-me sozinha na multidão
Ninguém me vê ou escuta
Grito alto para o mundo
E ouço o eco da minha própria voz

Sigo sem destino, sem direção
A solidão persegue e me alcança
A dor é lancinante e aguda
Destrói o que sobrou de mim...

Dentro de mim existe uma terrível guerra.
Me sinto devastado, destruído, totalmente em ruínas.

Os teus Poemas

São muito mais do que profundos os teus poemas
São imagens na água, nas ruínas
São malditos. São perfeitos.
São feitos por mãos divinas
São cósmicos, são rarefeitos.

São palavras que mordem, que têm efeito
é a falta de palavras nas próprias frases
é o que dizes ou o que fazes
é o olhar quase desfeito