Ruído
As ratazanas se movem
É desespero total
Ouço ruido de ratos de todo lado
Os camundongos fazem barulhos
Os gatos se assustam
É muita sujeira, os gatos não suportam
As ratazanas controlam tudo
Do mais sombrio esconderijo possuem o controle
Os ratos brancos de laboratório também se agitam
Assustam os macacos dopados, que fogem
É muita sujeira no ar, contamina tudo
É preciso força para enfrentar os ratos
Mas os gatos se acovardam e tremem
Os macacos assustados juntam se aos ratos
Um frenesi avassalador, ratos e macacos amestrados
Um SOS e lançado, interceptado por camundongos treinados
Agitam-se as Ratazanas,
A ordem é de barulho dobrado
Gritam humanos desesperados,
E fome e guerra pelo poder
Tudo é controle, e se controlado doma-se o ser
As ratazanas, camundongos e os macacos aliados contemplam a vitoria
Estamos novamente na sujeira, esperança que se acaba
A fome é mascarada
Aumenta -se a cota de pão, vinho e o circo continua seu espetáculo
Humanoides submissos, continuam submissos calados
Eu um simples gato assustado, perseguido por ter ideais
Vivendo num mundo, em quem manda são os RATOS...
Nenê Policia...
Ouço cântaros a darem gargalhadas enquanto anéis
em ruído fincam-se nos violinos calados. Nada
real acentuará ser isto, lógico que a poeira que
piso desamarrará tal malha com isco. A
civilização é clandestinamente isto.
Que a cada sinal eu entenda.
Que a cada decepção eu aprenda.
Que a brisa seja ruído pro meu som.
E que os motivos só aumentem pra crer
Que Ele continua sendo bom!
" Ouvia-se um ruido, antes da luz chegar,
era a fumaça do candelabro já desgastado pelo tempo
erguendo-se feito nuvem disparando o olhar
tantos apocalipses prenunciaram essa estrada
amanheceu e não consigo partir
preso a uma imagem que a mente não decifra
no que pensar se não em saudade
o que viver caso não necessidade
te olhar mais uma vez
quando ainda és melodia
antes da luz acabar
passo sorrindo
é só o que me resta fazer...
No som do silêncio
Eu ouço o ruído
das coisas que penso
Muita coisa faz sentido
Outras apenas se sente
E tanto se sente
Que o corpo fica dormente
O som do silêncio
Se torna um zunido
Uma coisa constante
Como as coisas que penso
E se penso tanto agora
Talvez seja porque não pensei
Quando era hora
A hora voa
Flutua no som do silêncio
Talvez a vida não seja boa
O mente atordoa e se esquece
Talvez de cansaço
Talvez seja entrega
Tarde demais pra pensar na vida
Ouvindo cada vez mais longe
O ruído das coisas distantes
Que mereciam ter sido esquecidas
Adormeço ao som do silêncio.
Edson Ricardo Paiva.
Silêncio
Difícil manter-se,
constantemente o inconstante tenta ser quebrado
Do ruído, a falta, o vão, inação
Mistério, intriga, suspense, inquietação, tudo pela ausência
Efeitos colaterais acima do esperado.
Momentos, dias, estações, vidas
Continuar ou parar
Segredo esse desvendado a cada expectativa de som
Uma pausa no comum, no esperado, no questionável
Silêncio absoluto, tortura, medo, doramor
Intrigante para ambos: silencioso e o silenciado
Fatal para todos, silêncio mortal.
O que queres de mim essa manhã?
Me acordaste com seu ruído
És tão misteriosa suas vestes,
E teu desconhecido sorriso.
Ó senhor, o que desejas?
O que posso oferecer-te mais uma vez?
Sois tão ambicioso em cada passo,
Que não veis o perigo que há de enfrentar.
Não tires a vida de meu semelhante,
O nosso vínculo hoje vai acabar
Veja em meus olhos a pura inocência
De uma india cheia de amor pelo seu lar
Estarei aqui amanhã de manhã,
Gostaria de poder ajudar,
Mas talvez eu não possa mais abrir meus olhos
Se tudo que é nosso tu decidires tirar.
Em toda a parte onde eu ando, / Ouço este ruído infindo: / São as tristezas entrando / E as alegrias saindo”.
O outono reina sobre os homens. Até nos momentos de grande paz podemos ouvir o ruído dos corpos abandonando a árvore... Quando mergulhamos no sono da treva, e as lâmpadas acendem nosso rosto, principiamos a pisar as pedras, para que a lua nos pise, e nossos corpos feridos iluminem as almas do Outono. Ventos frios e sóis estranhamente luminosos amadurecem os frutos que serão alimento da terra dadivosa... O Outono reina sobre os homens. Na vida mora o convite do sono... E, no entanto, há flores e estrelas brincando de ciranda nos parques da noite.
Sorria e não verão seu sangue escorrer. Suas lágrimas serão um ruído surdo no meio do vazio que é viver.
"E, por forte que seja a estridência do ruido externo, ela não perturbará a serena fidelidade a estes nossos traços identitários"
SILÊNCIO É...
O ruído do sossego,
O presente ausente,
O recurso da recusa,
O graúdo viés miúdo,
O futuro do passado,
O imaturo divergente,
O indiferente diferente,
O discurso do segredo,
A coragem do covarde,
O mudo mundo do surdo,
A muda do medo em flor,
O humor do ódio no amor!
Guria da Poesia Gaúcha
Queria no lugar do ruído da chuva,
Estar ouvindo teus sussurros, e tua doce voz.
Queria nesse momento, no lugar da brisa fria,
Estar sendo o seu calor.
Queria poder estar ao teu lado, e falar de como é grande o amor que sinto,
Embora tudo pareça tão distante, mais nunca impossível.
Queria poder sentir o perfume da sua pele, e dela lembrar-me todos momentos.
Queria poder carinhos te dar em quanto você repousa sua cabeça no meu ombro e descansa como uma inocente criança.
Queria poder te olhar, para que nossos olhos trocassem raios de luz que somente eles entenderiam.
Mais que nos fariam com certeza entende-los.
Queria poder sentir o pulsar do teu coração,
A tua emoção e poder dizer EU TE AMO
Queria que pudesse sentir,que minha crença no futuro és tão grandes quantos os altos picos de neves eternas.
E tão mais fortes ventos da tempestade.
Queria que soubesses que a alegria de ter você comigo,só encontra equivalente na esperança de que um dia estaremos juntos pra sempre.
Tem muito ruído, achando que é orquestra! Tem muito barulho, pensando que é canção! Tem muito silêncio, achando que ainda presta! Tem muito vazio, pensando que é chão.
Ontem despedaçado
Sinta o ruído de espanto
Entrando e matando sua curiosidade
Os meus olhos mentem
Meu olhar reflete sua fragilidade
O fim não está em cada fio de cabelo branco!
Quando digo que meus olhos mentem, eles mentem e mentem tanto
Sou a garota que se esconde
Enquanto a primavera grita
Que se perdeu completamente
De toda a beleza da vida
Eu sou a fria lágrima
que se esconde atraz de seu sorriso
Eu sou aquele tempo perdido
O ontem despedaçado
Ó musa do meu aposento porque te foste
Era por do sol de um dia lindo
Até se ouvia o ruído suave da brisa
roçando esses caracóis
Ó musa de tacto com sabor
E paladar de maciez
Teu olfacto sentia o cheiro do nosso amor
Guardado no cofre do pensamento
Deixaste a ferida moral sem sarar
Pingando sangue sem gotas visíveis
Que secaram com quentura do amar
Ó musa…