Ruído
Juntos
Passemos juntos
tu e eu, bem devagarinho
sem ruído nenhum
sem quase nenhuma suspeita
Passemos juntos
tu e eu, tão mansos
feito sombras que acompanham os nossos passos
para que o sol que ilumina os nossos caminhos
não acorde e se vá esconder
nos deixando no escuro e sem poder te ver
Passemos juntos
tu e eu, vagarosamente
para que o tempo não nos fuja
nos deixando para atrás
para que a vida não nos separe
destruindo os nossos corações
machucando as nossas almas
Passemos juntos
tu e eu, felizes com a vida
gritando te amo um ao outro
para que tudo seja feito com amor e carinho
o que a vida tem feito por mim e por mim fará para ti 4
A cultura é um ruido de fundo que não me deixa ver a vida tal como é. A cultura não faz ninguém feliz. Quero ser alguém ignorante, ou um camponês sábio que adivinha quando choverá e se deita e levante com o sol.
Há uma paz infinita no coração do ruído...
silêncio,
inércia,
falta de movimento,
nenhum momento...
e ele só quer dormir,
fugir pra longe,
pra um lugar
onde
seus pensamentos não alcancem
o amor perdido,
não vivido,
desperdiçado...
como era bom tê-la ao seu lado.
As ratazanas se movem
É desespero total
Ouço ruido de ratos de todo lado
Os camundongos fazem barulhos
Os gatos se assustam
É muita sujeira, os gatos não suportam
As ratazanas controlam tudo
Do mais sombrio esconderijo possuem o controle
Os ratos brancos de laboratório também se agitam
Assustam os macacos dopados, que fogem
É muita sujeira no ar, contamina tudo
É preciso força para enfrentar os ratos
Mas os gatos se acovardam e tremem
Os macacos assustados juntam se aos ratos
Um frenesi avassalador, ratos e macacos amestrados
Um SOS e lançado, interceptado por camundongos treinados
Agitam-se as Ratazanas,
A ordem é de barulho dobrado
Gritam humanos desesperados,
E fome e guerra pelo poder
Tudo é controle, e se controlado doma-se o ser
As ratazanas, camundongos e os macacos aliados contemplam a vitoria
Estamos novamente na sujeira, esperança que se acaba
A fome é mascarada
Aumenta -se a cota de pão, vinho e o circo continua seu espetáculo
Humanoides submissos, continuam submissos calados
Eu um simples gato assustado, perseguido por ter ideais
Vivendo num mundo, em quem manda são os RATOS...
Nenê Policia...
Menos barulho e mais ação... Enquanto os ignorantes comemoram com qualquer ruído os sábios usam fones de ouvidos.
SILÊNCIO É...
O ruído do sossego,
O presente ausente,
O recurso da recusa,
O graúdo viés miúdo,
O futuro do passado,
O imaturo divergente,
O indiferente diferente,
O discurso do segredo,
A coragem do covarde,
O mudo mundo do surdo,
A muda do medo em flor,
O humor do ódio no amor!
Guria da Poesia Gaúcha
Queria no lugar do ruído da chuva,
Estar ouvindo teus sussurros, e tua doce voz.
Queria nesse momento, no lugar da brisa fria,
Estar sendo o seu calor.
Queria poder estar ao teu lado, e falar de como é grande o amor que sinto,
Embora tudo pareça tão distante, mais nunca impossível.
Queria poder sentir o perfume da sua pele, e dela lembrar-me todos momentos.
Queria poder carinhos te dar em quanto você repousa sua cabeça no meu ombro e descansa como uma inocente criança.
Queria poder te olhar, para que nossos olhos trocassem raios de luz que somente eles entenderiam.
Mais que nos fariam com certeza entende-los.
Queria poder sentir o pulsar do teu coração,
A tua emoção e poder dizer EU TE AMO
Queria que pudesse sentir,que minha crença no futuro és tão grandes quantos os altos picos de neves eternas.
E tão mais fortes ventos da tempestade.
Queria que soubesses que a alegria de ter você comigo,só encontra equivalente na esperança de que um dia estaremos juntos pra sempre.
Ruído
Ao ouvir o ruído lacrimoso
Da desalegre chuva que chora
Senti-me beijado por todo o lodo
Da angústia que me invade agora.
Não sei como explico,
Só pra mim isso importa,
Neste momento solitário fico
E a chuva traz-me a vida morta.
Cada pingo é uma lágrima,
Cada lágrima uma lembrança,
Há, pudera outra vez criança.
As simples sombras sujas...De uma história contada por uma ou outra, cheia de ruído e de pudor nada significa entre o certo de verdade que e fácil dizer que o esgoto do outro lado do muro é sempre pior do que o debaixo dos próprios pés.
Que a cada sinal eu entenda.
Que a cada decepção eu aprenda.
Que a brisa seja ruído pro meu som.
E que os motivos só aumentem pra crer
Que Ele continua sendo bom!
Entre o ruído das armas e as falas de um ditador, as leis do homem não se conseguem escutar. Nós, a isto, podemos chamar de Tirania.
Mas, quando entre o ruído das leis do homem, nem o próprio é reconhecido, nós, a isto, apelidamos de Democracia.
No primeiro caso, desejamos a Democracia.
No segundo caso, desejamos a Tirania.
© 10 de março de 1984 | Luís Filipe Ribães Monteiro
O que queres de mim essa manhã?
Me acordaste com seu ruído
És tão misteriosa suas vestes,
E teu desconhecido sorriso.
Ó senhor, o que desejas?
O que posso oferecer-te mais uma vez?
Sois tão ambicioso em cada passo,
Que não veis o perigo que há de enfrentar.
Não tires a vida de meu semelhante,
O nosso vínculo hoje vai acabar
Veja em meus olhos a pura inocência
De uma india cheia de amor pelo seu lar
Estarei aqui amanhã de manhã,
Gostaria de poder ajudar,
Mas talvez eu não possa mais abrir meus olhos
Se tudo que é nosso tu decidires tirar.
Em toda a parte onde eu ando, / Ouço este ruído infindo: / São as tristezas entrando / E as alegrias saindo”.
Não é apenas o ruído externo ou o estridente silêncio que nos perturba; a alma, quando desassossegada, ressoa-nos totalmente desafinada.
É silenciosa, mas sua influência é poderosíssima. Apenas produz algum ruído, quando inspirando para uma realização maligna.
BARULHO
no silêncio, e apenas nele
eu ouço um barulho
o ruído suave e contínuo
da vida que não silencia
" Seja poesia em meio a tanto ruído. Seja calmaria em meio à tempestade e se nada disso der certo faça de mim seu verso preferido."