Ruas
Eu te vejo nas ruas,
mas te trato como um estranho
O que é que nos separou,
se o nosso amor era tamanho?
Será que foi o orgulho ou só a dor que nos calou?
Eu ainda guardo as lembranças, mas você já se foi...
Vagueio como um errante pelas ruas ermas e orvalhadas, nada escuto além do sussurro do vento, me sinto tão bem. Pergunto-me por quê? Mas o silêncio é a única resposta que ouço. Talvez a madrugada seja mesmo para pensar. Que a vontade de ser feliz seja maior que os nossos cansaços que a força do amor seja verdadeira em minha vida, que haja humildade e compaixão em meu coração. Um homem pode ser forte, e se fazer de forte para passar confiança, mas na calada da noite quando ele conversa com Deus suas lagrimas rolam para acalmar coração.
Nas ruas vejo que este mundo esta cheio de adulto feliz, passam por mim alegres e sorridentes tão despreocupados que nos arrastam sem perceber que estamos ali se não dermos passagem. Vez ou outra vejo uma criança chorando e tristonha. Na minha humilde visão, ou os adultos estão mais felizes ou as nossas crianças estão mais tristes.
Outono
Os raios já esmaecidos do sol dão um tom de poesia, as ruas e vielas sombrias repletas de folhas secas.
Certas memórias são sagradas, gosto de revisitá-las. Mas, ando por suas ruas em silêncio, pra não acordar o passado.
Depois da pandemia muita gente esquisita tem jogado os gatos e os cachorros nas ruas. É a mesma coisa de jogar os filhos pequenos pra fora de casa, pois são vulneráveis tanto quanto as crianças; não podem se defender e nem mesmo se virarem dignamente. Mas isso tem troco, não fica por isso mesmo, não, de jeito nenhum, porque há a lei da consequência, que é a lei do retorno, a mesma lei de causa e efeito.
Noite
Nas ruas abafadas de uma cidade esquecida, um garoto carrega no silêncio sua dor e solidão. Ele caminha apressado, envolto pela escuridão, tentando resistir, mas sente que está afundando em algo que não pode controlar.
A escuridão parece viva, abraça as vielas sem nome, onde ele se torna o rei de uma noite sangrenta, o princípio de uma história que ninguém ousa contar.
Seu nome é um mistério, como as ruas onde ninguém pertence. Mas seus olhos verdes revelam um segredo: uma tristeza que nenhum outro olhar consegue esconder. A vida para ele é uma batalha solitária, uma jornada interminável, uma dança cruel onde apenas os solitários sobrevivem.
Todos fogem da chuva— mas ele caminha em meio à tempestade, rezando por um fim que nunca chega. Pois a noite não é amiga; ela é impiedosa, pronta para devorar. Cruel, ela joga você em um abismo sem volta, em um caminho que você nunca quis trilhar.
Entre quatro paredes, há histórias que nunca deveriam ser contadas. Histórias sobre mentiras, dinheiro e fama. Esse é o preço que você paga pelos sonhos e pelos pesadelos que escolheu.
A noite impõe sua escolha: viver para enfrentá-la ou se perder em seu toque mortal. Sobreviva. Fique vivo. Ou fique em casa, protegido do caos que a escuridão traz consigo.
Cuide do Planeta Terra: pare de fumar, de queimar matas e de jogar lixo nas ruas e nos rios para que vivamos meses, anos e décadas sem murmurações e sem doenças.
Por entre becos e ruas sem saída sempre existirão janelas com a chama ardente reluzindo o clarão do alvorecer
As pessoas andam cheias de vazios e razões, buscando abrigo nas ruas, da solidão que as perseguem de casa.
Olhe bem para os dois lados,ruas paralelas,transversais,podem ser mais interessantes que a rotatória.
Bom seria se a mesma multidão que toma as ruas no Carnaval se juntasse com a mesma força para lutar por um país melhor, pois a verdadeira festa acontece quando a justiça e a dignidade desfilam lado a lado com o povo.
As melhores memórias passeiam pelas ruas da saudade, fazendo reviver certas histórias, amores, amizades, verdades de hoje e de outrora, passando lugares importantes, reencontrando pessoas queridas, algumas delas continuam fisicamente presente, outras são ricas lembranças, a dádiva de se viver verdadeiramente, construindo cada memória, seja sozinho ou acompanhado, mas sempre que possível por caminhos de sabedoria, de singularidades, nascentes de euforias, iluminados por um amor grandioso, sabores de felicidades, uma poesia vivida com signinificados que tenham sentidos para serem memoráveis, ainda que estejam nas entrelinhas, que não sejam facilmente notados, pois a mente não merece ser mal habitada por banalidades que deixam o coração amargurado e sim por um valoroso memorial que ao ser acessado, leve de bom grado até um dia especial.
Eu andei por todas as ruas em que eu poderia te encontrar, procurei em outras pessoas encontrar alguém parecido com você, fiz muito para você se lembrar de mim todos os dias. Mas hoje eu percebo que não adianta mais, é difícil admitir, mas nossa história teve um fim. Mas sabe o que é, em um mundo com bilhões de pessoas, você foi a que mais me fez feliz. Sua presença era agradável e tudo se tornava mais fácil quando você estava aqui. Sempre lembro de um tempo bom quando penso em você, um passado um pouco mais tranquilo, diferente dos problemas que estou vivendo agora, sem você. Só me resta seguir em frente, partir. Mas quer saber? Apesar de todos os momentos bons que vivi ao seu lado, eu escolhi não ficar, não por você. Pois fiquei aqui por tanto tempo e você já não me notava mais, então porque deixar de viver tudo o que tenho para viver por alguém que não me tem mais em sua vida? Os dias passam e o que sinto por você também vai passar.
Há doentes no espírito nos hospitais, nas ruas, nos lares e nas igrejas, porque seguem o curso do pecado da carne.