Ruas
Andando pelas ruas do Éden te encontrei.
Sorriso largo no rosto eu registrei
No esboço satisfeito sussurrei
Bermuda branca anunciando a paz
Seu semblante tranquilo se faz
Ah! Você está bem.
Entre murmúrios hem
E conversas do bem
Nos despedimos meu bem
Lá no lar do Éden eu te vi
Saudade de você meu bem-te-vi.
Imagine você, voando com os anjos. Imagine você andando pelas ruas. De ouro e de cristal, como nunca viu igual.
O MITO DO NATAL:
Nesta noite de natal
Eu saí por três vezes às ruas...
O que eu queria!?
Era apenas encontrar o precursor desta noite.
E em todas as casas que percorrí
As portas estavam fechadas, havia sim, um clima de festa
O som que se ouvia era festivo.
Mesas fartas, músicas comerciais, deleites e comemorações.
Em um ímpeto de curiosidade
Fixei meu olhar às frestas daquelas portas
E em nenhuma delas vislumbrei o aniversariante.
Sai um pouco desolado.
Me recolhí e fiquei a me perguntar.
Por que tanta euforia se todo dia é dia de natal?
E todos os dias ele nasce em todo o universo.
Mais tarde o sol ainda não chagara, e o som da música já se fazia mais fraco.
Pela quarta vez eu deixava o sono ainda não dormido
E o encontrei!
O Arauto. Cansado, malcheiroso e não parecia ter nascido naquele dia!
Todos já entorpecidos em sua própria festa não o reconheceram.
E fecharam-lhe as portas.
Ao romper da aurora, caia a ribalta, as portas se abriam para um novo dia.
Não era mais natal... E ele ali inerte ao solo onde descansava invisível aos olhos de seus anfitriões.
Sem cheiro, sem alento, sem recordações!
Não era mais natal, não era mais natal.
EU
Está noite eu deixava minha Esperança e embarcava universo a fio.
Corria eu, pelas ruas dos meus sonhos, pelos becos de meus delírios,
E achava eu, na busca do sonho azul que tudo faria jus
Você não disse que era pra tudo ficar azul?
Então venha descolorir o que deixou “negro”!
A noiva que era bela ficou feia e magricela.
O sonho que parecia azul perdeu o norte e o sul.
Quando pensas que sabes estás ficando rude.
E nessa homérica viagem.
Às vezes, eu sinto ser multidão!
Olho pra dentro da criança e vejo o ancião,
O negro, o sábio e o tolo.
A mulher, o louco e o insano.
Logo ergo o olhar para dentro e vejo a escuridão.
Depois da pandemia muita gente esquisita tem jogado os gatos e os cachorros nas ruas. É a mesma coisa de jogar os filhos pequenos pra fora de casa, pois são vulneráveis tanto quanto as crianças; não podem se defender e nem mesmo se virarem dignamente. Mas isso tem troco, não fica por isso mesmo, não, de jeito nenhum, porque há a lei da consequência, que é a lei do retorno, a mesma lei de causa e efeito.
NATAL
A noite iluminada
O presépio armado
Luzes piscando nas ruas
Lembrando do meu passado.
Aquele cheiro de aconchego
Deus nossa maior luz
A ceia era compartilhada
O amor que nos conduz.
A árvore era de galhos secos
Nossa sublime tradição
Antes de abrir os presentes
Fazíamos a oração.
Natal não deveria ser luxo
Jesus viveu na simplicidade
A mensagem que nos deixou
Preservar a felicidade.
Que o Natal seja de abraços
União em todos os lares
Que a família seja a canção
Ecoada pelos ares.
Feliz Natal!
Irá Rodrigues.
Hoje sou uma criança,
embebida de esperança,
neste nosso paraíso...
Vejo as ruas coloridas,
por pessoas divertidas,
com amor e um sorriso...
Vejo até os passarinhos,
entretidos nos seus ninhos,
a fazerem criação...
E os borregos no rebanho,
sem acharem nada estranho,
junto às prendas que lhes dão...
Vejo alegria a rodos,
numa festa para todos,
diversão a toda a hora...
Como os bandos de perdizes,
onde todos são felizes
e ninguém fica de fora...
Na criança que há em mim,
vejo este dia assim,
entre achados e perdidos...
Perguntando ao pensamento:
como será cada rebento,
quando forem mais crescidos?
Será Natal onde não há grandes festas?
Será Natal onde as ruas não estão iluminadas?
Sei que é Natal nessas praças enfeitadas,
e que é mais Natal onde há grandes "orquestras".
Onde uma criança não tem pão, não pode haver consoada;
onde um mendigo passa frio, o Natal é mais escuro!
Tampouco será Natal onde um coração é duro,
nem tampouco terá Fé quem não acredita em nada.
E por vermos andar os outros, fazemos o nosso Natal,
com presépios e estrelas da divina ostentação;
e desta maneira, ninguém quer uma festa igual às dos outros,
que, com garbo, também querem distinção.
Não obstante, com mais de dois mil anos de atraso,
numa modesta manjedoura dos arrabaldes de Belém,
se Jesus Cristo levantar a cabeça, por acaso,
constatará que o seu Natal não é quase de ninguém.
Evite que despejem das ruas entulhos das trevas em seus ouvidos, uma vez que depois da permissão, o diabo use sua boca para derramar todo o lixo em sua casa.
O povo esquece dos seus propósitos e da sua educação quando está nas ruas para fazer baderna e agir por impulso.
Há doentes no espírito nos hospitais, nas ruas, nos lares e nas igrejas, porque seguem o curso do pecado da carne.
Cristãos não promovem impeachment nas ruas, porque as suas orações são ferramentas poderosas para mudar uma nação.
É fácil demais ser cristão dentro do prédio da igreja; o difícil é cada um viver nas ruas da vida, testemunhando o que aprendeu quando disseram: Amém.
Vida cristã sem propósitos é o mesmo que parar nas esquinas de ruas, pedindo o arco dos outros, usando a sua flecha pessoal e mirar ainda os alvos errados do mundo.
Cristãos não vão às ruas para protestar em prol da política ou lutar pelos seus direitos; mas, para buscar almas na era paleolítica das trevas e trazê-la para a luz de Deus.
Líderes de igrejas que saem às ruas para ser promotores da anarquia e da massa ofensiva contra governos e autoridades, agitando protestos contra partidos políticos, são dignos das nossas orações para mudarem suas condutas repreensíveis perante Deus.