Ruas
Naquela minha infância não se consumia tantas avarezas, brincávamos naquelas ruas, as brincadeiras eram infantis lembro dos gibis, dos pebolins, do jogo di bóla, dos jogos de pião, as bolinhas de gude, das figurinhas de coleção, do pega-pega e da mãe da rua. Onde anda a infância, perdida nas novas tecnologias...
Com você...
Com você eu quero dançar na chuva
Com você eu quero gritar pelas ruas
Com você eu quero deitar na grama a noite e observar as vezes
Com você eu quero sorrir
Com você eu quero chorar
Com você eu quero brincar
Com você eu quero ser feliz
Com você eu quero viajar
Viajar nos sonhos mais lindos, nos caminhos mais longos, com as paisagens mais exuberantes.
Te quero a todo instante
Com você na minha vida, não preciso de riquezas, não preciso de luxo.
Com você
Só preciso de você.
Bruno R. S.
Não encontrei a justiça andando pelas ruas desse país.
Se alguém a encontrou ela com certeza não tem sido preta para preto ver...
Ela segue branca, perpetuada por famílias que de geração em geração, lêem os casos e peças de acordo a cor e localidade e agora, em tempos atuais, de acordo a religião, que quando se lê pela pele, localidade de longe julgam ser de matiz africana, pesa se o dissabor da leitura branca como: inapto, incapaz e de pouca honra e honestidade, leitura de baixo nivek e baixo calão, onde preto, pobre e favelado sempre são pessoas vulgares, sem escrúpulos e sem direito a ter direito."
Falta ao poeta indignação quando, na sobra de tantos sentimentos, o que vai nas ruas mendiga seu pão.
Eu vou
Eu vou andar por ruas vazias cantando
As melodias dos sentimentos em vão,
Eu vou me refazer todo dia, para canta mais melodias de tudo que é ilusão.
Eu vou flutuar na alegria de te ver todo dia numa nova invenção,
Eu vou acreditar no amanhã e vou fazer minha prece para ter fé nessa história
Que escorre pela minha mão.
Ao olhar para trás vejo rostos marcados pelo tempo, ruas e estradas tortuosas marcadas em cada face, é assustador!Meus amigos envelheceram!
O tempo passou para todos e eu? Eu não o vi passar! Achava-me ainda menina, tantos sonhos, desejos, tudo igual...
Olho-me no espelho e vejo-as ali, curvas formando-se em meu rosto...
Rever velhos amigos nos faz perceber que o tempo passa para todos, inclusive para nós. Rugas...a doce vingança do tempo.
E o vento sopra
Ela mora em ruas solitárias onde ninguém vai
Sozinho
Apenas uma jovem garota
Nascida no lado esquerdo deste mundo destro
No fundo das cores e das ruas
Perdida nas batidas do funk da favela
Prisioneira
Dançando na favela
Segura na baía de Ipanema
Fazemos um brinde em um feriado
É um mundo desequilibrado
Quando você é uma garota
Nascida em um nada
Há muitos escravos livres e muitos livres, escravos. Há muita gente prisioneira nas ruas e muitos libertos, na cadeia. O cristianismo necessita de olhos especiais para percebê-lo como a religião da libertação. Nem todos estão aptos para enxergar a grandeza da proposta de Cristo.
FÔLEGO DE LÁGRIMAS
"Ruas enlatadas em sonhos de valsa, baila a noite no dia que se acaba. O céu se quebrou em cacos de chuvas, quem diria, o Senhor Deus fez nascer flores nas feridas! Nas plumas dos anos, me apego no balanço, logo no colo da paz, em meu lance te lanço. A conjugação conjugou minha ação, e no cabeçalho da dor, um alívio no meu topo brotou. Quero remar! Não só quero remar! [...] Quero, na verdade, nocautear os meus erros, com os levantes dos acertos. Quero navegar na esperança, mesmo quando minhas lágrimas forem meu único ar".
Gleydson Sampaio das Neves
Belo Horizonte, Março, 2019.
Ruas e amores
Cascalhos nas ruas, pedras que muitos por elas passaram.
Ao longo dela caminha-se com certa dificuldade.
Casas antigas em ambos os lados a enfeitam.
Sempre estão de janelas abertas, e têm em seu peitoril
vasos, os portões de madeira em sua maioria carcomidos
pelo tempo, e suas janelas sempre abertas, estão.
Muitas foram as vezes que por esta rua passamos.
Houve tempo em que ao meu lado estavas, passeávamos
pelas calçadas, mãos dadas éramos como os cascalhos, eternos.
No decorrer do tempo deixamos de nos entender, coisa que
com dificuldade o fazíamos.
Renunciamos ao nosso tão antigo amor, e o deixamos ir,
aos poucos.
Nossas almas ficaram vazias, abertas como as janelas das
antigas casas, e os nossos corações, como os portôes foram
corroídos pela ausência de um amor palpável.
Vivemos hoje a dificuldade de encontrar algo que possa nos dar
a certeza, de podermos encontrar ainda juntos, um caminho novo para
um amor viável.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de letras do Brasil
Membro da U B E
Anda pelas ruas é algo que me faz querer viver um pouco mais e, ao mesmo tempo me faz vê uma realidade das ruas que me faz ter muito medo, ver as pessoas fazendo coisas ruins e machucando o outro é algo que me faz ficar desconcertante porque isso jamais poderia acontecer, somos seres humanos e precisamos uns dos outros, pena que isso não é visto dessa forma, precisamos parar e ver o quanto somos forte juntos e não dessa desigualdade, a cidade é linda e cheia de encantos, cheiros e sabores. Vamos nos conectar em uma rede de amor ao próximo.
Imagem antiga do meu interior
Sossego!
Ruas de terra batida, cheiro da poeira fina, barulho de pés pisando o cascalho.
Sombra fresca do caramanchão.
Descanso da lida após almoço farto. Prosa boa ou cochilo. Tanto faz!
Na vendinha da esquina, fumo, cereais, pinga da boa, chapéus…e a caderneta do fiado.
Mães amorosas, pano branco na cabeça, levando os filhos para a escola.
Pracinha coroada pela pequena matriz de São Bernardo.
Janelas e portas sempre abertas, acolhedoras.
Na torre única, ninhos de andorinhas e o toque do sino que me toca.
Repica alegre anunciando uma boa nova?
Ou tange triste no adeus a alguém que sobe para morada final.
Que fica lá no limite da vista.
Entre a terra e o céu.
Como um aviso: É preciso apreciar, sem limites, o que o olho vê ou o coração sente.
A imagem antiga do meu interior, encanta o meu presente.
A Poesia
A poesia caminha pelas ruas
em noites silenciosas:
insone!
Bebe da lua e circula as luzes,
brincando com as mariposas
que não têm nome.
Se senta na calçada e observa
- como um bêbado –
a embriaguês do mundo.
Como a dor e o amor,
a poesia está em tudo.
Basta sentir e olhar para o lado,
basta estar apaixonado.
O Poeta
Caminho pelas ruas
em noites silenciosas:
insone!
Bebo da lua e circulo as luzes
para brincar com as mariposas
que não têm nome.
Me sento na calçada e observo
- um bêbado –
a embriaguês do mundo.
Com toda a dor e amor,
vejo poesia em tudo.
Abro o peito e me reviro,
batizo cada estrela sem cair do telhado:
estou sempre apaixonado.
TUDO ERA LINDO EM PARIS
Essa é a madrugada mais fria
e a ruas estão vazias...
Vazias de mim, de você...
Em nada se parece a primavera
dos nossos porquês, dos porquês
da vida embriagada.
Nem tudo é literal...
O carnaval se arrasta na estradas
vestidos de trapos humanos,
junto às sombras do que fomos
e que nos tornamos
Relâmpagos cortam os céus de Paris
Enquanto penso nas ruas de Scrambuer!
E outono chegou...
A flor -de- liz, solta no ar
o seu matiz, e seus pomos
vê-se em alguns jardins;
Tudo era tão lindo em Paris!
Preferia não saber das ruas
onde posso desfazer-me do desejo.
Ir ao encontro das estátuas
para me refazer do medo.
A noite é pequena e cabe
num gesto atirado ao ar
quando se parte sem olhar para trás,
nem necessidade de confirmar amor algum.
Tirei tudo dos bolsos.
Toquei o rosto para sentir a temperatura.
Não estou morta nem vou morrer.
De regresso a casa, a única certeza:
que a manhã virá para reflectir a palidez,
a habitual dificuldade em existir cedo.
A solidão se desmanchou em chuva
Ensopou as ruas do meu coração
Onde havia buracos de mágoa
Lagos cheios de paixão
A solidão tem dois lados
Pra quem quer
Pra quem pode
É um adeus mal colocado