Ruas
GENTE DE FATO
São pessoas que se cruzam
Pelas ruas não se olham
Não se tocam nem se falam
Só se calam...
São pessoas iguais a mim
Iguais a você também
Que sonha com o impossível
Que tentam ser mais livres
Mas continuam a ser
Apenas boas atrizes!
São pessoas de todo tipo
Raça, classes diferentes
Umas moram em mansões
Em edifícios gigantes...
Outras apenas se escondem
Em pequenos horizontes
Com a marca da solidão
Estampadas no coração!
São pessoas que passam
Umas pelas outras num vai
E vem que não tem fim...
Num diálogo quase mudo
No corre-corre da vida
Não tem tempo para pensar
Se dividir, se entregar!
São pessoas que passam
Pela vida sem conhecer
O universo do outro
Preso a um mundo só seu
Do egoísmo que assusta
Muitas pessoas nem tentam
Ser mais gente, ser mais justa...
Morrem em completo anonimato
Sem ter vivido ainda
Sem ter nascido de novo
Sem ter sido apenas
Gente de fato!
Pelas ruas!
Ontem eu a vi passar,
E senti algo me consumir
Senti saudade
Seu rosto em meio a muitos outros.
Só a ti eu via,
E de muitas e muitas faces,
Eu te segui.
Eu te segui para não te perder,
Como a procurar o que eu amava,
Mas ainda não conhecia,
Sentindo viver o que ainda não vivi.
E então eu te perdi,
Te perdi para não mais te esquecer.
Hoje ando em meio a muitos.
Entre muitas faces e faces,
Sentindo a saudade!
Do que nunca conheci,
Do que nunca toquei,
Do que nunca vivi.
José Henrique .
Tempos eleitoral
Comprimentos acalorados nas ruas. Nuas de sentimentos os comprimentos. Não há acalento. Olhar vazio de tios (políticos) que nessa época habita nossas ruas. Promessas vazias. Dissimulados. Calados que um espírito mais sensível no se silêncio capta a real intenção. Em vão muitos vão nos subterfúgios desses...
O mundo corporativo é como um Motoboy nas ruas da cidade de São Paulo, enquanto uns avisam que a sua porta esta aberta, outros chutam o seu retrovisor.
Pelas ruas
fios emaranhados.
Obsoletos.
Metal esticado
carreando o nada
poluindo a visão.
A cidade é como a vida
precisa de faxina
para que haja
evolução...
O VENTO Ele veio com tudo chegando do mar, perambulou pelas ruas, invadiu os quintais, levou o lençól do varal da dna Maria da casa branca da esquina , sacudiu as árvores espalhando folhas pra todo lado, fez zoeira com o silêncio da noite e deu um passa moleke no verão, que estava se exibindo por aqui, fora de hora.
Infância não é um tempo.
É um lugar com ruas de terra, casinhas sem muros, sons, cores, cheiros...
que só visitamos quando envelhecemos.
Vital necessidade
Distancio-me ao calcorrear nas ruas
percorrendo trilhas vagas e inexatas...
Disperso-me no ativo de cada dia,
doando-me aos devaneios das noites
assim estarei seguro aos teus aportes.
Amparo-me no saber de meus pais
e recosto-me no sorrir dos filhos...
Quando, no aluviar das lágrimas,
rogo que me brilhem os olhos teus
assim o amor haverei nos meus!
O lixo se acumulando nas ruas e promessas são jogadas ao vento...
Salários dignos...
Um sentimento abafado no peito...
E apenas mais um jogo do sindicato...
A população sofre pois a falta de respeito é grande.
O lixo alimenta famílias...!
O lixo trás doenças
Imagina no meio da pandemia mundial...
Todos tem direitos. Mas somos humanos...
A madrugada uiva vãs noites,
e as ruas vazias discursam encrespações,
ao longe já se ver os poemas de dois corações,
e o seu dilema que me atira açoites.
Há outros beijos e outros nortes
que na noite turva se cultua
o adeus de minhas mãos nuas
e o alvitre impecável de nossos corpos.
E no infinito já se ver
outros caminhos sem você
um prazer que aos poucos se desfaz,
Meu amor, adeus, pra nunca mais...
Hoje a cidade de São Paulo está fria e molhada.
Há muita gente nas ruas.
Gente que não tem nada.
Há prédios inteiros desocupados.
Há gente usando máscara.
Há povos desesperados.
Enquanto isso, na ciranda, há um grande reboliço...
Estão todos se perguntando: O que Felipe Neto diria disso?!
O esquizofrênico
Pelas ruas, um destino qualquer.
Doente, chapado e soberbo.
Ecoavam-se vozes que a ele pareciam sobras
Do que sempre quisera ouvir.
Aquele destino antes citado,
No fundo, era apenas um.
Ah, os bordéis da paissandú...
Vulgos e famosos, rompiam classes.
Pobres, ricos ou mulatos.
Em bares, reunia-se com amigos.
Os mais bêbados e desagradáveis possíveis.
Declamavam ideologias, amores ou conquistas.
Discutiam sobre livros, a vida e política.
Por suas falas ou famas, todos sabiam.
Mesmo com defeitos, era um bom moço.
Nunca foi compreendido e,
Por sua vida toda, fora descartado.
Desde lares e amores à sua poesia.
Caminho com olhar
De desprezo
Pisados entre detritos
Ruas demasiadas de sujeiras
Pobre aterro
Atmosfera caótica
Contento com ver natural
A Visibilidade está em ser
Amante da própria alma.
Onde moro?
Nas ruas da nossa casa, construída com nossos beijos e abraços.. Moro na ilusão dos sonhos...
moro na solidão da noite sob o teto das estrelas.
Moro em ti, na tua alma. Moro nos caminhos buscando tuas pegadas.
Poesia
As ruas,foram
tristes para quem
se aprisionava.
Agora vai de encontro a tragédia.
Perdeu-se no vapor do narcótico.
a matemática das ruas
e suas esquinas perpendiculares e calçadas paralelas
com imperfeições imperceptíveis
e quadras em retângulos
que terminam em praças circulares
por onde passam carros a sessenta por hora
e pessoas atarefadas
e onde se sentam pessoas
que jogam o tempo e os silêncios
aos pombos indiferentes
As anomias nos presídios,nas ruas nas drogas também se reflete porém o Estado têm suas responsabilidades desde de antes da proclamação da República e a Nação Brasileira é de liberdade.
Quem sabe nos encontremos de novo
vítimas do acaso
Nessas ruas sem saída
dessa cidade que dormia
Labirinto de pedras e asfalto
Cobertos por tetos frágeis mas nada transparentes
Amanhã ou mês que vem
Procuramos um novo dia
Procuramos uma saída
Sol na palma da mão
E o violão,
desenvolvendo mais uma canção
Juntos só nós e as estrelas
Nós e o universo
tão sozinhos mas tão cheios de mistério
Luzes de calor
Luzes do céu
Nossas asas nos distanciam do aranha-céu
Pessoas nos sugam
E as cidades com suas grades,
ajudam
Fugir daqui é sensação de vento
Vento forte rompendo o cimento
Os estilhaços acenderam a chama que vem do centro
Nos perdemos naquele labirinto
nas ruas desalinhadas
Nos prendemos com cinto,
com ideias amarradas
Nos perdemos nas calçadas,
nos sinais, nos tijolos
Estamos construindo barreiras pelos solos
Nos perdemos no som,
nas faixas e na multidão
Nos perdemos em mais um vagão,
vagamos sem destino sem olhar pro coração
Nos perdemos em portas
Portas que não abrem
Nos perdemos no preto e no cinza,
esquecendo do verde e do azul da brisa
Óculos escuros mesmo sendo de dia,
escondemos o que o coração não via
A roupa de grife nos cobria,
jogando fora nossa carta de alforria
Marchem soldados,
temos cabeças de papel
Nossos olhos foram cobertos,
tampados por um véu
Ninguém parou pra ver o céu
Estamos muito ocupados cumprindo nosso papel
Marchem soldados,
temos o peito de aço
Coração controlado que não lembra do abraço
Corpo linchado
Soldado pau-mandado,
Foi mandado pra vala
sem nem ser notado
Exploração ou o (aproveitador(a)) você o encontra em todo lugar seja nos negócios,nas ruas, todo lugar se você se presta a favorece-lo em troca do minimo que ele te dá torna-se assim vitima e faz do seu bem dele por ingerência melhor guardar seu bem e não deposita-lo nas mãos de um qualquer por minimas coisas,seus bens sejam duráveis ou não presta-te conta a ti mesmo deles e os guarde com segurança.