Ruas
Lacrimejam-se os olhos, chegou o outono
trazendo a fragilidade do encanto das flores
as folhas caem, desprendendo-se em prantos
é hora de transformação e novos amores!
Sutileza e sensibilidade na mais suave cor
que concebe sonhos idealizando o surreal
invade noite adentro nos mais absortos pensamentos
descortinando sentidos , antes pendurados num varal!
E, de repente, você acha que tudo está perdido
que o destino é um desatino a te apunhalar...
que o teu momento herói, passou a ser bandido,
que passou a ser antigo o que ia se realizar!
Que o grande amor, já é dor na tua vida,
que o teu mundo começou a desabar,
que não existe mais a fé, nunca esquecida,
que já é ferida a cicatriz de um estagnar!
É quando surge uma luz...
E acalenta a tua alma te dando forças,
concedendo-te o direito de, novamente, ser feliz!
Sobre as bordas da vida
e acima de quaisquer males
que venham a ti,
estará na tua mente
o poder latente da tua força interior!
Exteriorize-a!
Trago em mim a simplicidade,
eu sou aquilo que a vida me ensinou...
sou sentimento, sou do campo, sou do povo,
sou os versos de um caipira sonhador!
Nunca me imaginei estrela,
ser um operário da arte sempre me bastou...
o sucesso é e será na vida uma coisa passageira,
mas nunca será em vão um verso escrito com amor!
A tristeza é enorme quando falta o brilho no olhar...
O corpo se entrega a uma profunda melancolia,
onde a noite traz lembranças em forma de nostalgia,
e o coração fraqueja, sem forças pra recomeçar!
As palavras afloram,
a sensibilidade flui,
os sentidos adoram,
a tensão diminui!
O corpo quer mais,
aumenta a pulsação...
Latejam as entranhas,
comprime o coração!
O corpo se entrega...
está sedento e faminto
fareja o desejo
e segue o instinto!
Razão de uma força que transmite vida
você é fonte que transborda amor
e cicatriza qualquer ferida
e faz de mim um sonhador!
Reencontro-me em você!
E mesmo sem nada entender
não reluto,
me entrego...
As suas vontades dirão por mim!
Canção para Kal
Quando a luz do coração
Clareia o brilho de um olhar
É hora de sorrir para as estrelas
E sentir o que elas têm para falar...
É hora de viver o amor, é hora de sentir o amar
E juntos sentir o calor, que juntos sabemos dar.
Tão amena quanto a suavidade das flores
É a fragrância exalada de um corpo em calmaria
Até mesmo nas águas revoltas do mar de Maria...
No abraço das ondas desfrutamos segredos
Que só pertencem a nós, sob a meia-luz de um por do sol
Somos juntos o sal, a maresia, o amar de Maria.
O que caracteriza o inepto
não é só a insensatez:
Na fragilidade da derrocada ele aplaude
inconsciente, a sua própria estupidez!
"Sei que não sou escutado, sei que minhas palavras magoam, sei que o meu corpo está no mais cruel temporal, sou como pássaro que não voou, sou como uma alma que o mundo não amparou, sou como a história que os livros não contaram, sou como a morte de todas as vidas, sou como à vida que venceu todas as mortes".
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