Ruas
Sobre as bordas da vida
e acima de quaisquer males
que venham a ti,
estará na tua mente
o poder latente da tua força interior!
Exteriorize-a!
Trago em mim a simplicidade,
eu sou aquilo que a vida me ensinou...
sou sentimento, sou do campo, sou do povo,
sou os versos de um caipira sonhador!
Nunca me imaginei estrela,
ser um operário da arte sempre me bastou...
o sucesso é e será na vida uma coisa passageira,
mas nunca será em vão um verso escrito com amor!
A tristeza é enorme quando falta o brilho no olhar...
O corpo se entrega a uma profunda melancolia,
onde a noite traz lembranças em forma de nostalgia,
e o coração fraqueja, sem forças pra recomeçar!
As palavras afloram,
a sensibilidade flui,
os sentidos adoram,
a tensão diminui!
O corpo quer mais,
aumenta a pulsação...
Latejam as entranhas,
comprime o coração!
O corpo se entrega...
está sedento e faminto
fareja o desejo
e segue o instinto!
Razão de uma força que transmite vida
você é fonte que transborda amor
e cicatriza qualquer ferida
e faz de mim um sonhador!
Reencontro-me em você!
E mesmo sem nada entender
não reluto,
me entrego...
As suas vontades dirão por mim!
As vezes não há motivos pra se estar feliz, mas mesmo assim estamos...
Os dias felizes vão e vêm, e nesses dias passam trens carregados de delícias , porque a vida é bonita de mais para desperdiça-la deixando-a passar sem um bocado de alegria, um grande sorriso sincero e uma pitada de loucura...
Ouço o tanger melódico dos meus lúdicos sonhos
e sigo o canto do aboio que em meu peito mora...
sou a bruma leve, sem cortinas para a vida,
Sou o pontear que ondeia as cordas da viola!
O sol me 'alumia' em claves prateadas
e me cerca num mundo que é meu habitat...
Me envolvo em 'causos', frutos da minha cantoria
e ouço o canto do vento leve, só pra mim assoviar!
Levo flores até você
umedecidas de carinho, paz e afeto
cultive-as, mesmo sem motivo ter
me fará feliz sentir você por perto!
Optchá, oh deusa nômade
que transita à esmo num doce mistério...
viagem filosófica é o seu revoar
para outras trilhas e tribos do seu habitat
Acontecência ou acaso: estou pensando em você;
calafrios e lampejos: sinto você em mim!
E aleatòriamente eu cedo... antes que seja tarde!
Alimento-me de emoções desenfreadas...
fluem segredos e me perco um pouco de mim
o coração à deriva... atitudes exacerbadas
ditam o princípio, meio e fim!
Atrás do porto existe uma angústia que fere
um coração atordoado que se entrega sem luta
é o instante voraz de um peito em chamas,
é o ápice da dor que da tristeza emana!