Ruas
A noite mostra tanta coisa e só basta a gente observar. Hoje dei volta nas ruas, seguindo a luz do luar.
Essa brisa serena no meu rosto e as batidas do meu coração.
Calmaria que sinto sozinho, vou seguindo minha direção.
Se uma igreja está plantada num local onde há muitos menores nas ruas, e não faz nada, o nome disto é omissão.
Sua vida vai passando despercebida pelas ruas do Catete. Diferente de nós, ninguém reza por ele, ninguém chora por ele, nem velas serão acesas para ele... Contudo, graças ao passaporte da bem-aventurança, irá logo logo para o céu, igual a todos nós!
Quando as luzes foram se acendendo, uma a uma, coloquei minha alma para caminhar. Vagueou por ruas, sobrevoou casas. Mas encontrou mesmo abrigo, foi na melodia inspiradora daquele violinista emitindo suas notas de cima do telhado, sob a luz do luar. (Violinista do Telhado - Victor Bhering Drummond
Perturba o meu sono
todo esse silêncio das ruas
todo esse momento vazio
toda essa burrice acadêmica
que chega e me assalta
alta madrugada...”
O que eu fiz de errado?
Comprei uma flor linda pra te dar
Nas ruas tão feliz, sai correndo para te encontrar
No caminho parei pra te ligar
Você não atendeu, acreditei estar ocupada .
E estava, mas não imaginava que assim
Não esperava que você pudesse nem pensar em mim
E eu com uma rosa na mão
Te vejo com outro alguém
Cai flor, ficha e razão, me faz chorar
Pensando no que fiz de errado
Ao ser seu namorado
Já apaguei todos erros do passado
Eu quis é te ter do meu lado
Mesmo sendo um fracasso
Acreditei ser dono desse abraço
Se te fazia "tão bem" por que está sendo assim?
O que é que ele tem? vai diz pra mim
Se é só trair por trair, se queria um fim
Por que que respondeu um sim pra mim?
Nesse namoro de ilusão, você quem sai feliz
E eu saindo aqui sem coração
Mina se era pra ser assim
Bem melhor dizer não
Fica com ele
E eu com a solidão
Pensando no que fiz de errado
Ao ser seu namorado
Já apaguei todos erros do passado
Eu quis é te ter do meu lado
Mesmo sendo um fracasso
Acreditei ser dono desse abraço
Nas ruas: panelaço. Na mídia: desacasos. E é assim que a sociedade se entretém. O cifrão é quem domina. E gerencia calibrado de estamina. Panela?! Pra quê bater se no fim só amassa. Enquanto a massa nem a manga arregaça, e a notícia passa com o seu foco aquém, o tempo abraça, tampa os olhos e deixa tudo a desdém.
E hoje o príncipe transita pelas ruas dessa cidade.
O seu velho chinelo, seu caderninho de poesias e um Facebook, pra sanar a vontade de gritar pro mundo inteiro.
'OUTUBRO'
Há multidões em ruas coloridas,
betumes.
Fogos e tantos fungicidas,
artifícios.
Representa-se 'partidos',
'fatias'.
Céus de esperanças,
exageradas mudanças...
País de adornos,
adereços desabrasileirados.
Ilusão paraense,
paulistano,
nordestino.
Covis Inter-raciais disputando palanques,
qualidades,
personagens,
discursos.
Mistura embaída,
bandeiras coloridas...
Subsiste-se eloquente até a data prevista.
Impetuosos nas pranchas de sonhos,
anseios.
Todavia,
são balões que esvai-se no espaço.
Tácitos desesperados,
agora desalentos,
brasileiros,
utopias...
Escuridão
Se este mundo já existiu a algum dia, agora não existe mais nada. Pelas ruas cheias de poeira e detritos, abandonadas, vagam os espectros, no seu eterno ir e vir, carregando os seus acessórios imaginários, a sua personalidade, agora inútil. As árvores me fitam na escuridão com os seus olhinhos de musgo. Vou caminhando entre os fantasmas, sem saber se estou morto também, se não sou mais uma sombra que procura permanecer quando a muito não temos luz. Por que a Terra desapareceu e deixou esse gemido que ecoa ainda, ainda? Por que eu dormi e deixei que a vida fosse embora, mesmo antes de estar desperto e nada aproveitei do vinho da felicidade? Por que eu morri na praia, e por que lamentar?
A eternidade já passou e nós nem notamos!
Saudade em silêncio
Surge devagar, nas ruas e lugares
Momentos que nem posso contar
Tempo de entrega, devoção
Tempo de intensidade
Ventre, Coração
Não poderia durar
Anos, nossa paixão
Estranheza é não te ouvir mais falar
Um luto forçado
Igual o silêncio que insisti em quebrar
O tempo apaga a realidade
Não apaga o que insisto lembrar
No fundinho, ali naquele cantinho
Somos nós, no confessionário da vida
Conversando coisas que ninguém imaginaria
Juro que para ninguém vou contar
Nem deixei ainda de sentir
Ainda está longe de não te amar
Coisas que preciso não falar
Mas sigo, noutro lugar, outro alguém
O tempo passou, as intensidades também
Ficou somente o silêncio
O silêncio da saudade
As vezes encontramos o que se é perdido no mar,
na leitura, no caminhar das ruas, nas gravuras.
Encontramos o perdido na canção,
no toque do piano, no suor que escorre da alma,
à medida que bate o coração.
As vezes encontramos o que se é perdido em alguém,
no encontro de dois corpos, num beijo incompetente,
no luar do olhar de quem tasse bem.
Encontramos o perdido num drama,
num romance vermelho, na personagem vulgar,
na ousadia de quem se ousa a mudar.
Encontramos o nosso perdido em tanto lugar...
No entanto, não nos damos conta nessa busca hostil entre âmago e dracma,
Que o que sempre está perdido, quase sempre está em casa.
RUAS TÊM CORAÇÃO DE PEDRA
Não espere nada do seu amor por elas
A não ser cimento, asfalto
E uma família nova
Na casa de um velho conhecido
Quando menos se espera
Uma RUA muda de SENTIDO.
Quando atravessamos a porta, o fraco ruído noturno das ruas desapareceu e tudo que restou foi um silêncio tão profundo que fazia meus ouvidos zumbirem. Era como entrar em um túmulo.
Pensando sobre o tempo
Ruas escuras, praças vazias, diminutos veículos circulando nas vias e pessoas mascaradas perambulando em busca da distração, rugas e cicatrizes, o tempo nos engana e eu aqui girando o pedal emocionado, ciente de que o tempo não voltará.
Fábio Alves Borges
CONTINUAR OU RENOVAR?
Faça a sua escolha
Enquanto ficamos em casa, o AMOR permanece nas ruas, nos templos, e em todos os lugares que encontrar as portas 🚪 abertas.
Ele se reinventa, não se limita a dar continuidade, mas, vai em busca da renovação diária, assim como faz uma águia.
Continuar do jeito que está (estava) é uma opção, uma escolha, mas almejar e se permitir ao novo e aceitar a profecia citada abaixo é para quem se compromete com o
Amor.
Isaías 40,31... mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar.
Se abrir ao novo, renovar as forças, as ideias 💡, e os projetos alinhados ao propósito de Deus para cada um de nós, deve ser o combustível ⛽️ e novos comportamentos para o novo que vai chegar.
...Oportunidades sempre!
Oportunismo nunca.
Reinvente-se, mas nunca deixe sua essência de ser quem você é.
Viva alinhado ao seu propósito maior, não desista dele por nada.
Ratifique seus valores, cumpra as metas que traçou no início deste ano, não desista de acreditar, fique com o que vale a pena, aceite tudo o que lhe acinte e com alegria, te fará crescer e superar, acredite, pratique e melhore!
Em tudo isso dependa da graça de Deus.
Denis Ferreira
Eu tenho andado pelas ruas
Muitos dia e noites sozinha
Eu virei minha face para o que sei que é errado
Tenho fingido não ver a fome, o frio, o velho
Mas nada me assustou mais
Do que ver a mim mesma em frente ao amor
Pode cair a chuva forte
Eu não vou me mover
Eu não recuo frente ao amor
Pode ventar forte
Minha chama mora no coração
Mesmo se eu sofrer
Eu não recuo frente ao amor
Podem transbordar os oceanos
Ou secar toda água em mim
Eu não recuo frente ao amor
E quando eu partir dos braços da realidade
Eu olharei a última vez para o céu
E não temerei,
Pois vivi pelo amor e morri pelo amor.
O Virus do Vazio -
(Covid-19)
Vou sozinho p'la cidade ...
Nao há nada!
As ruas estão vazias tal qual os corações
dos homens ...
Não sinto nada! Nada se ouve, nada se escuta,
só o vento que anuncia o vazio das ruas e
dos corações dos Homens ...
As janelas estão fechadas, as portas também!
Não se ouve nada! Só há gestos partidos
cheios de noite e escuridão!
Passa a solidão ... lenta e absorta.
Évora está deserta!
Deus fechou as Portas!
Os Homens estão despidos!
Não há nada! Não sinto nada! Não vejo nada!
Um só desejo me veste o corpo neste instante,
abraçar-te novamente, óh Évora Encantada!
(O Poeta, caminhando sozinho, por Évora vazia, na solidão das ruas desertas ...)