Ruas
sem tempo
Eu andava pelas ruas da cidade cantarolando cantigas e observando as lojas em que eu tanto sonhava entrar mais eu não tinha tempo.
Comecei então a observar o quando eu era triste e sozinho é tentei encontrar algo para me alegrar mais eu nao tinha tempo.
Então no meu tristonho trabalho me apaixonei pela mulher mais linda que eu ja avia visto,ela puxou assunto com migo e me chamou para tomar um cafe pós trabalho,mais eu não tinha tempo.
É entao na minha correria do dia a dia eu atravesso a rua com muita rapidez pois eu tinha pressa,vejo então uma luz é tudo fica claro então escuto uma voz,mais eu nao prestei atenção,eu nao tinha tempo.
Quando nos vemos presos num baita congestionamento, ou então ilhados em ruas inundadas,
e sem condições de chegar em casa, dá uma baita vontade de mandar tudo pro espaço e fugir da civilização,
procurando um lugar mais tranquilo, onde possamos viver em paz...
Osculos e amplexos,
Marcial
GOSTOSO ESTAR NUM LUGAR TRANQUILO
Marcial Salaverry
Certamente isso é algo que já deve ter acontecido com todos, quando sentimos que o mundo a nossa volta quer desmoronar, ou então parar... E assim, por vezes sentimo-nos enfastiados de tudo e com tudo, e vem aquela vontade de sumir, de procurar um barranco com um gramado bem gostoso, para enfim, morrer encostado, longe de poluição, de congestionamentos, de coronas, enfim, dessas coisas que sempre só servem para atrapalhar a vida...
Isso pode acontecer quando vemos que, se existem pessoas que procuram usar o desenvolvimento tecnológico para salvar vidas, para melhorar a condição de vida de seus semelhantes, existem outros que apenas desejam destruir tudo, e muitas e muitas vidas são perdidas em atentados terroristas, em tiroteios, em gueras, em aglomerações em épocas de pandemias, em revoluções, em tráfico de drogas, ou mesmo nas chamadas "manifestações pacíficas", que são tão pacíficas como o Iraque, então, isso provoca um certo desanimo, e esse desejo de fugir disso tudo, principalmente quando vemos que, de quebra existem muitos politicos safados que só pensam em lesar o povo, usando e abusando do direito de serem corruptos e safados, e quando chegamos à conclusão de que sempre haverá corruptos de maior escalão que são coniventes e os absolvem, e mais triste ainda, é entender que mesmo que sejam punidos, o prejuizo já causado ao povo jamais será ressarcido, dá mais revolta ainda, e mais ainda, quando vemos que as brandas punições recebidas, são simplesmente descartadas por alguma penada de algum ministro, ou algum juiz conivente.
Dessa maneira, essa fuga da civilização, é o que melhor fazemos para nosso coração, e assim, procuramos um canto isolado e ficamos em contato com a Natureza, que só nos oferece seus benefícios... É quando buscamos a melhor de todas as companhias que podemos querer a nosso lado, e nessa companhia, enfim, sentiremos sempre uma doce emoção, pois teremos o céu por testemunha, e miriades de estrelas para contar, e ainda teremos o sol para adorar, desde seu nascer, até o arrebol, e depois vem nossa amiga lua com sua presença benfazeja.
E então, estaremos na melhor de todas as companhias, ou seja, nosso mui querido e amado Amigão, oferecendo-nos seu carinho e sua bondade, proporcionando-nos um espetáculo deslumbrante, o que nos dá vontade de seguir pelo caminho que a luz nos mostra no querido mar...
É para nós que vivemos, e nos agradar sempre devemos, e assim sendo, se lindos nos sentirmos, lindos estaremos, e se em nossa busca encontrarmos quem nos fará feliz, esse alguem que talvez estivesse também nos buscando, sem saber que lá estávamos por seu amor aguardando, como se uma poesia fosse, poesia que levamos no coração, e nos faz sonhar com emoção...
As ondas do mar, em seu vaivem, lembra do amor também..
Certamente a vida nos chega nessa fuga da civilização, propiciando-nos esse contato com a Natureza.
Se não puder ser real, saiba usar sua imaginação... Vale a pena..
E assim, despertando o romantismo que existe no recôndito de nossa alma, certamente teremos UM LINDO DIA, e se pudermos estar em contato com a Natureza, melhor ainda...
EU VEJO...
Em minha volta eu vejo
Doenças, Crenças, famílias nas ruas
Pedindo benças
eu vejo muitas corrupções nacionais
E presidentes com possível
Problemas mentais
Pessoas procurando seus ideais
E também procurando o tal
Dos direitos iguais.
Toque de recolher
Olho de minha janela e vejo o deserto das ruas. Onde até ontem pessoas circulavam com passos frenéticos sem trocar um único olhar, agora posso ver até os buracos das calçadas do alto de minha sacada do décimo andar. Pois não há ninguém para bloquear minha visão. Inacreditável, se alguém me contasse que isso se daria não acreditaria, mas é verdade, está bem debaixo de meus olhos que buscam por uma imagem que se mexa e nada vê.
O mundo parou, silenciou diante de uma criatura que nem ao menos podemos ver, um ser invisível aos olhos, mas nocivo a própria vida.
De uma hora para outra tivemos que mudar a rotina, nos trancafiar em casa em quarentena e refazer nossos hábitos, reinventar a vida. A vida que não tinha tempo para ser vivida e agora está tendo que aprender o que fazer com ele.
De repente a vida chega e diz: pendura a correria ali no cabide e vamos escrever um capitulo novo, uma nova forma.
Mas e depois que a quarentena passar? Será que voltaremos correndo para mesma vida de antes, ou vamos gostar tanto desse novo ritmo que ficara difícil retornar? Um risco que teremos que correr.
O mundo parou e curiosamente as pessoas em seus afastamentos parecem se unir muito mais do que quando as mãos podiam se dar e não sabiam o verdadeiro valor da aproximação.
As sensibilidades afloram, a tolerância parece rever seus limites e as prioridades mudam. A vida vira seu foco para a busca do sobreviver. Os interesses se unificam entre ricos e pobres, religiões, raças, gêneros e orientações sexuais. Todos estão unidos por um único objetivo, o de acordar na manhã que será anunciada que vencemos esse inimigo invisível e que as portas do viver livremente serão reabertas.
Enquanto essa manhã não chega vai se vivendo tentando ferozmente acordar a cada dia identificando as alterações nos valores que vão surgindo como brotos de uma nova arvore.
Descobrimos habilidades até então desconhecidas do mundo da correria e da falta de tempo. Lembramos de pessoas com quem não falávamos há tempos e de repente simplesmente queremos saber se elas estão bem. O afastamento compulsório causa aproximações inesperadas e surpreendentes tão ou mais que as mudanças de hábitos e de prioridades.
Talvez o mundo tenha parado para poder voltar a girar, talvez fosse necessário nos afogarmos no medo para voltarmos a respirar na esperança, talvez tivéssemos que morrer para poder viver. Mas isso é só e simplesmente talvez, o mesmo talvez que estamos vivendo a cada dia sem ter a certeza de nada a não ser de que nunca mais seremos os mesmos e que estamos vivendo um momento histórico da humanidade.
O povo nas ruas,
lágrimas nos olhos,
terço nas mãos,
preces no coração.
A Santa, cheia de flores, emite as graças de ser A escolhida
Nós, os pedidores, andamos rumo à Mãe.
Mãe a qual nos foi dada
Dada por quem?
Por Cristo, Nosso Senhor!
Será que é fé?
Será que é esperança?
Será que é amor?
Sim! É fé, é esperança, é amor!
É o círio de Nazaré! É o círio de Maria, a Mãe da Igreja!
Você já viu amor jogado nas ruas? Eu já, vi também a alegria, o companherísmo inabalável, exemplos de uma vida simples e o fim da solidão. Tudo isso e muito mais embalados em um triste cão abandonado louco pra fazer aquilo que ele mais sabe, fazer alguém feliz.
Andando
Andando pelas ruas na madrugada
Aproveitando o silêncio que vagueia
Em busca de uma alegria que me ampara
Gostaria de acha-lá para desfrutar da mesma.
Passos largos nas ruas
Olhares curvos tão frios
Ansiedade declarada
E estranhos pensamentos constantes
Atordoam minha mente
A cada instante
Que me vejo longe de casa.
A cada olhar retribuído sinto fraqueza
Sinto como se minha estranheza ficasse mais visível
E que os seres que circulam se virassem todos contra mim.
Tênue linha que separa o feio do belo
A loucura do gênio
O amor das dores
A felicidade da inconsciência.
Loucos somos nós
Jogados para os cantos do mundo
Nascidos dos infernos e cada
Vez mais moribundos
Somos assim, estranhos, gênios, podres e largados
Mas sabemos viver, sabemos o instante da vida que o valor
Se investe
Sabemos que bebida e sexo podem ser a salvação de muitos
Problemas que nos são diariamente dados.
Reprimo mais essa dor
Para descarregá-la em tragos noturnos
E sentir um pingo de álcool de felicidade.
O novo Normal
Ruas vazias, silêncio
Onde anda a correria?
Ruas desertas sem vida
Sem gritaria
Ninguém nos bancos das praças
Dar até para ouvir o canto dos pássaros
Canto antes escondidos pela a ambição
Onde anda aquela gente com pressa?
É triste e real, e não ha nada a fazer
A não ser esperar pelo novo normal
Talvez a gente volte diferente
E perceba que vale a pena seguir em frente
E depois de tudo, e de tantas perdas
E tanto luto e lamento, que a vida nos ensine
A respeitar o tempo, e quem sabe sem pressa
Possamos aproveitar o tempo que nos resta.
(Alécio Nunes) 27/05/2020
NO BAR
Deixei de frequentar bares bebo em casa
As ruas são muito empoeiradas e impiedosa
Das cidades por onde passo
A solidão passou a ser minha melhor companheira
Quieta e sem argumentos
Às vezes
Nem eu a entendo
Mas ela me compreende, muitas vezes somos parceiros
De um caminho de um só destino
Conversas sobre destino
Não levam a nada muitas vezes
Mas muitas vezes conversas, nós levam a bares
Eu tinha medo do escuro, agora que se ele esconde entre as lamparinas das ruas, eu o procuro, sob a luz da lua e o brilho das estrelas.
Blackouts🖤🖤🖤
GENTE DE FATO
São pessoas que se cruzam
Pelas ruas não se olham
Não se tocam nem se falam
Só se calam...
São pessoas iguais a mim
Iguais a você também
Que sonha com o impossível
Que tentam ser mais livres
Mas continuam a ser
Apenas boas atrizes!
São pessoas de todo tipo
Raça, classes diferentes
Umas moram em mansões
Em edifícios gigantes...
Outras apenas se escondem
Em pequenos horizontes
Com a marca da solidão
Estampadas no coração!
São pessoas que passam
Umas pelas outras num vai
E vem que não tem fim...
Num diálogo quase mudo
No corre-corre da vida
Não tem tempo para pensar
Se dividir, se entregar!
São pessoas que passam
Pela vida sem conhecer
O universo do outro
Preso a um mundo só seu
Do egoísmo que assusta
Muitas pessoas nem tentam
Ser mais gente, ser mais justa...
Morrem em completo anonimato
Sem ter vivido ainda
Sem ter nascido de novo
Sem ter sido apenas
Gente de fato!
Pelas ruas!
Ontem eu a vi passar,
E senti algo me consumir
Senti saudade
Seu rosto em meio a muitos outros.
Só a ti eu via,
E de muitas e muitas faces,
Eu te segui.
Eu te segui para não te perder,
Como a procurar o que eu amava,
Mas ainda não conhecia,
Sentindo viver o que ainda não vivi.
E então eu te perdi,
Te perdi para não mais te esquecer.
Hoje ando em meio a muitos.
Entre muitas faces e faces,
Sentindo a saudade!
Do que nunca conheci,
Do que nunca toquei,
Do que nunca vivi.
José Henrique .
Tempos eleitoral
Comprimentos acalorados nas ruas. Nuas de sentimentos os comprimentos. Não há acalento. Olhar vazio de tios (políticos) que nessa época habita nossas ruas. Promessas vazias. Dissimulados. Calados que um espírito mais sensível no se silêncio capta a real intenção. Em vão muitos vão nos subterfúgios desses...
O mundo corporativo é como um Motoboy nas ruas da cidade de São Paulo, enquanto uns avisam que a sua porta esta aberta, outros chutam o seu retrovisor.
Pelas ruas
fios emaranhados.
Obsoletos.
Metal esticado
carreando o nada
poluindo a visão.
A cidade é como a vida
precisa de faxina
para que haja
evolução...
O VENTO Ele veio com tudo chegando do mar, perambulou pelas ruas, invadiu os quintais, levou o lençól do varal da dna Maria da casa branca da esquina , sacudiu as árvores espalhando folhas pra todo lado, fez zoeira com o silêncio da noite e deu um passa moleke no verão, que estava se exibindo por aqui, fora de hora.