Ruas
VINTE E TANTOS ANOS
Andando pelas ruas,
deparo com um homem,
me chama a atenção, seus passos lentos,
demonstrando tamanho desalento.
Aparência sofrida...Parecendo descrente da vida.
Andar cabisbaixo... Semblante sombrio... esguio.
Aparentando muito sofrimento... Puro abatimento!
Parecendo não ter forças,nem sonhos, nem esperanças,
Penso até que de si já desistiu.
Afinal! Já é um homem velho...
Tem lá, seus vinte e tantos anos!
Versos a Fernando
Já andei por ruas,
Cemitérios, desertos, fazendas,
Já andei por mil e um lugares,
Já pulei janelas,
Já pulei barrancos,
Já nadei até o fim do mar,
Já descobri que não a explicação.
Sonho a cada instante de meu dia,
Sonho com seus olhos,
Seu rosto,
Sonho com seu sorriso, que ilumina minha noite,
Seu amor é a grande cura da dor,
Da dor que existe dentro de mim.
Paro em um instante e olho para trás,
Olho para ver se realmente você sempre será meu,
Você é meu céu,
Meu mar,
Meu chão,
Você é o sol que entra na minha janela de manhã,
Você é a luz que me salva da escuridão de noite,
Você é a paz que está dentro de mim quando penso que não tem,
Você é tudo aquilo que um dia sonhei.
Não sei se vai acabar,
Não sei o que vai acontecer,
Não sei se vou continuar a ser sua,
Não sei o que vai acontecer quando você for,
Não sei o que fazer para tentar esquecer
Pelo menos por um minuto que vou ter que me separar de você,
Não sei quando isso vai acabar,
Só sei que tudo isso é tudo que hoje eu quero para vida toda,
Só sei que é melhor não fazer planos para o futuro,
Vamos deixar Deus escolher,
Vamos deixar acontecer,
Vamos deixar fluir até que Deus decida o que vai
Acontecer.
Não sei da onde tirei inspiração,
Ou melhor, sei,
Tirei de tudo aquilo que sinto por você,
De tudo aquilo que você me faz sentir,
Prometi que nunca iria chorar,
Prometi que não iria mais sofrer,
Prometi que nunca mais iria me envolver tanto,
Mais o que aconteceu?
Como isso foi acontecer?
Não sei, não quero saber,
Eu só sei que hoje sou sua,
Que hoje não sei mais viver sem você,
Acredito que um dia você vai voltar para mim,
Que um dia voltarei a ser sua.
Eu preciso de você,
Só de você para me aquecer nos dias frios,
Para me fazer um carinho na hora de dormir,
Preciso de você para fazer aparecer às flores do dia de primavera,
Preciso de você para fazer calor no verão,
O que será de nós se esse amor morrer?
O que vaia acontecer?
Será que ainda iremos nos lembrar de tudo que um dia
Passamos juntos?
Agora eu vou te contar um segredo,
Um que nunca se quer saiu de dentro de mim,
Vou te contar só uma coisa,
Aquilo que você já sabe, pelo menos penso que sim,
Sou sua flor,
A flor que você sempre sonhou em ter.
Ps: Te amo
(Vieira, Thatianne, Rio de Janeiro, 03-06-2008)
Sai pela rua
não eram
ruas de outono
Apenas ruas
não solitarias
e nem cheias de
casinhas de vovós
com cheiro de
bolinho de chuva
e café saindo
pelas janelas e portas
e nem com aquelas fumacinhas
ficticias ..
Porém
esgoto,bichos e animais
crianças e homens
mulheres e roupas
nos varais,não em
suas casas mais sim ..
sai pela rua.
Caminhando pelas ruas de Venceslau
observo, atentamente, pessoas, animais, pássaros,carros, prédios, casas, ruas, avenidas,estudantes,maritacas...
Mas o que me chama atenção
é um aparelhinho:celular.
Pois os fatos mais banais se tornam urgências "eminentes". Será que o Criador sussurra o décimo primeiro mandamento on line?
chamamento de São Mateus]
Lc 2:29
Via-te em sonhos agora vejo-te em ruas pisadas de um tédio desesperado. Não é figura de. Não. Vejo-te mesmo. Os olhos brilhantes a barba dura de dois dias o andar gingão. E eu sei que és tu porque tu páras e deitas-me um sorriso perdido. Como quando me sentava ao teu lado na cama e te olhava e te via nos olhos o medo a comer-te as entranhas. Depois desistias. O corpo caído na cama fechavas os olhos para eu não te ver. Às vezes escorriam-te da boca sussurros roucos que eu não entendia. Depois viras a cara e então já não és tu. É outro. Tão diferente. Por isso eu sei que és tu. Não é uma miragem. És tu. E sabes. Nesses momentos em que me deitas o teu sorriso perdido. E te vejo de novo nos olhos a dor que te. A sério. Já não estou cá.
entao pintei de azul meus sapatos
por nao poder pintar as ruas
depois vesti meus gestos insensatos
e colori minhas mãos e as tuas
"TENTE VER O MAL QUE SOU
ANDO PELAS RUAS EM TRAJES MORTAIS
SOU O PIOR DOS DEMONIOS
SOU O MONSTRO QUE SE PARECE COM TODOS".......
Doce Novembro
Marjorie Estiano
Composição: (Alexandre Castilho/André Aquino)
Nas ruas desprezo quem sorriu pra mim
Não vê que por dentro eu já cheguei ao fim
E aceito a sorte que a vida me deu
Mas pena é pros fracos que o mundo já esqueceu
O seu desespero ilude
Que é sua essa dor
O choro que te cai
Só consola você
Amanhã é cedo pra estar melhor
Amanhã é cedo pra mim
Me agonia o medo de ficar só
Me sinto só enfim
Só vejo lamento no que eu não fiz
Quem sofre não cuida de laços ou verniz
O seu desespero ilude
Que é sua essa dor
O choro que te cai
Só consola você
Amanhã é cedo pra estar melhor
Amanhã é cedo pra mim
Me agonia o medo de ficar só
Me sinto só enfim
Um doce novembro que foge de mim
Assina o passado enquanto eu sinto o fim
As flores da invernia encobrem as ruas em rubro e rosa e nem sequer escuto mais o crepitar das folhas de outono. Eu te amei em ventos de maio, mas te odiei em cores de verão. Em primavera a pele desbotada te vestia tão mais desejável... Hoje é inverno e eu delicio outros doces, dos mais confeitados, aquele tipo que alimentam os olhos, engordam o corpo, mas não matam a sede da boca seca.
Simplicidade
Caminhando só pelas ruas, me alimentando apenas de pensamentos, me deparo com uma cena intrigante!
Nada mais, nada menos de que três garotos que aparentemente tinham de entre 9 e 10 anos, sentados na calçada descansando de suas brincadeiras quando no final da rua surge um Gol (Modelo/ Carro), um daqueles garotos fala: “mulher não gosta de gol”.
Aquela frase fitou o meu pensamento, aquelas palavras, aquelas expressões ditas por crianças que mal sabem o grande valor da vida.
Ás vezes ás respostas dos nossos pensamentos estão ali, na próxima esquina.
Sendo assim vi três garotas, rindo, brincando em volta de um balde.
Será mesmo que a simplicidade não é capaz de atrair uma mulher?
[...] – 12/09/2009
A Vagar
Um dia estava a passear
Pelas ruas a vagar
Te ví de relance
Mas você
Nem por um instante me percebeu.
Em um segundo
Me ví perdida em seus braços
Acorrentada por seus laços
Em voçê meu eu se perdeu.
Que pena, era tudo ilusão
E eu deitada em meu colchão
Perdida em outros braços
Acorrentada por outros laços
E o meu eu
Em outro se perdeu.
"A pior miséria não é aquelas que estamos acostumados a ver nas ruas, embaixo de viadutos...mas a miseria daqueles seres inteligentemente humanos que chegam em seu alge"apse", e caem então na verdadeira miséria por negligência, prepotencia e soberba."
As noites são loucas, do mesmo que não tem tudo, mas tem o nada nas ruas.
Atropelando o próprio pé, batendo em ombros amigos.
Todos nós somos um, do álcool encontramos a diversão.
Encentramos o meio de expressa o escondido que a sociedade não permite
Não nos tornamos julgadores dos nossos próprio ser, para esconder tudo que a de bom em si mesmo.
Encarando a razão sem vergonha de uma sociedade perfeita das suas próprias visões duvidosas.
Quem somos nós para julgar na frente de um espelho?
Agora ando pelas ruas escuras,no calar sombrio da noite.Onde só a lua me vigia...Vou só e sozinha.Meus passos nunca souberam a direção e agora vou seguindo um caminho onde jamais pensei que pudesse ir.Meus olhos parecem atordoados com a névoa que cobre minha cabeça.Estou sozinha no mundo onde voce não existe.Quando partiu pensei que um dia fosse voltar e me dizer que senti muito por ter feito isso comigo,mais agora tanto tempo depois...Vejo que voce nunca se lembrou de mim,e a noite quando o mundo se cala eu escuto a sua voz,o seu cheiro me enlouquece e a sua pele me fascina...E voce não está aqui.Deitada na rua eu apenas sinto sua ausência,minha vida é insignificante agora,sinto um vazio dentro de mim,talvez porque você tenha levado o meu coração com você.Mas isso não importa,pois pra que ter um coração se não for para somente te amar.Talvez um dia voce volte,vou estar esperando.Mais não demore muito antes que eu morra de amores por ti,mais ainda assim não vai ser tarde demais.Pois enquanto você ainda existir meu coração vai estar batendo
Na rua escura a vagar choro só de lembrar
Sua ausencia me faz sofrer
Nas ruas da solidão
Sinto largadas no chão
Suas palavras de amor!
Meu coração a sangrar
Minha boca a calar
Sinto agora que perdi
Agora não consigo mais crer
Que um dia amei voce!
Ode à Campo Grande
Quando estou triste
Fico à caminhar pelas ruas da cidade
Oh! Majestosa morena.
Entre tantas outras é a mais bela.
Quando estou alegre
Vou até a praça
Tomar tereré com os amigos.
Belíssimas praças só encontramos aqui
Oh! Inigualável cidade.
Quando estou ansiosa
Meu refúgio é caminhar pela Via Morena.
Oh! Sublime cidade.
Pretendo nunca afastar-me dela.
Quando estou nervosa
Acalmo-me vendo o pôr-do-sol
No parque das nações indígenas
Oh! Lugar repleto de maravilhosas paisagens
Essa terra é abençoada.
Quando estou triste ou alegre
Ansiosa ou nervosa
Somente essa ‘‘morena” tem a solução.
Oh! Campo Grande
O melhor lugar para viver.
E então sai pelas ruas sem rumo, ouvindo uma canção, na esperança de o encontrar, por um momento imaginei que virias ao meu encontro, continuei a passar pelas ruas... e então eis que ele surge a minha frente, nos abraçamos nos beijamos sem nada dizer, sem nada pensar... apenas deixei me sonhar
NOVA XAVANTINA
Andar pelas ruas de Nova Xavantina é interessante, pois podemos observar coisas que já não vemos mais nos grandes centros.
A terra ainda úmida pela chuva que caía a noite passada, as flores de um vermelho carmim, fortes e eretas mostrando sua imponente fragilidade. As mangueiras verdes pintadas com o amarelo e vermelho das mangas maduras.
É Dezembro e o Natal se aproxima.
Roupas penduradas nas cercas de arames das casinhas que povoam as ruas.
Numa casa o som de uma música no rádio tira o silêncio e o gato ouvindo o som, se lava com lambidas demoradas, sentado na soleira da porta.
Mais uns passos e o barulho de moscas tira novamente o silêncio do ar. Uma rã esmagada por algum carro, parece mais uma folha de papel pintada com moscas alvoroçadas, brigando por um lugar. Alguns metros a frente pode se ouvir as moscas novamente, outra rã? Não! Uma manga esmagada pintada de moscas alvoroçadas que também brigam por um lugar. Até as moscas têm preferências, carnívoras ou frugívoras.
A casa do São Paulino está para alugar. Quantos sonhos encheram aquelas paredes, quanto amor! Hoje, uma casa vazia procurando alguém para morar.
Quantas vidas nas quantas casas! Quanta dor; luta; amor! Certa vez pensei que queria ser um gigante e poder olhar nas janelas das casas para curiosamente ver como viviam as pessoas. Agora, ainda penso no que elas vivem e como resolvem seus problemas.
Se eu fosse um gigante poderia ajudá-las; era assim que eu pensava. Hoje, penso que talvez se eu fosse eu mesma com coragem de bater naquelas portas e oferecer ajuda e dar um bom dia do coração eu pudesse ajudar de verdade.
Não preciso mais ser um gigante só preciso ser eu mesma.
Quando a gente se sente incapaz de fazer alguma coisa pensa em coisas impossíveis que é para deixar para mais tarde o que não pode fazer hoje.
As casinhas de Nova Xavantina estão cheias de gente, gente como eu e você, gente que ama, que passa em cima da rã, que chupa a manga, que estende roupa em varais improvisados, que faz de um pé de acerola uma linda árvore de natal.
Quem vive nesta cidade não teme a vida e nem a morte. Quem vive nesta cidade ama a poesia e acredita na sorte.
Aqueles que amam Xavantina amam de verdade. São ricos ou pobres, mas dela não roubam nada, apenas pegam emprestado o açúcar da vizinha até o dia do pagamento, se este sair, senão fica para o mês seguinte. Senta na calçada, conta estórias inventadas, conta histórias reais, o povo desta cidade.
A cidade mágica do Centro Oeste é pequena em tamanho e em população, mas grande de coração.
05/06/10
SONETO XXVII
Nestas ruas vazias
Passei a procurar
Durante noite e dia
Teantando desesperadamente achar
Algo que um dia perdi
E nao sei como vou achar
Algo que possuia em mim
Que perdi e me fez chorar
E agora nao ha mais nada
Nas esquinas vejo olhares
Que desviam meus olhos da estrada
Sem ver as pessoas pasarem
Tornado-me no mundo ninguem
Querendo achar alguem
Repare como os rostos nas ruas estão sempre longe de si mesmos.
Repare como o caminho percorrido tem algo a mais do que somente imagens vagas
passando.
Repare que o seu olhar não está focado em nada.
Repare que o botão do automático está ligado.
Repare que a energia está se consumindo de forma errada e inadequada.
Repare naquele ponto que sempre ignorou.
Repare no lixo das gavetas e na poeira dos sótãos.
Repare no que se aproxima e vai embora sem nada causar.
Repare nos sinais pelo caminho.
Repare no cachecol apertado e no peso que sustentas.
Simplesmente, repare!