Ruas
A noite me conduz ao silêncio
Embarco numa viagem com destino ao meu interior
Ruas na penumbra
Paisagens desertas
Estações em variáveis
Escalas de cinza.
Prossigo em minha viagem
Vejo a chuva cair
Meu rosto molha,
Lágrima rola.
As ruas somem
A paisagem se funde num azul escuro que se mescla com o violeta
Não presto mais atenção
Somente continuo a viajar
Destino à frente
Começo a desacelerar
Nuvens prateadas correm com o vento
Lua e estrela tentam resplandecer
Luar viajar sonhar e chorar
Somos sempre passageiros solitários quando o destino é o nosso interior
Nas casas, nos lares, nas ruas. A vida segue. O coração pulsa. A mente raciocina. Até quando? Pergunta que não importa. Segue a vida e seguimos até o quando-será. Os dedos digitam. As mãos cogitam. No ritmo frenético da produção há vida. No silêncio da mente há vida. Nos campos. Nas indústrias. No comércio. E somos muitos. E somos vários. E passaremos, quando a cada instante passamos. Convém sorver a vida, quando somos pela vida sorvidos. O relógio fraciona os instantes. Os instantes ignoram nossa cronometragem. E somos otimistas. E somos pessimistas. E somos nada. E somos tudo. Somos imagem no espelho. Somos imagem do tempo. Somos cosmopolitas. Somos rurais. Somos índio. Branco. Negro. Amarelo. Um ser sem cor. Somos palavras que respondem. Palavras que ignoram. Somos o tempo que demora. E passa rápido. Somos a carne no açougue, cortada em fatias. Somos a verdura do corpo que se crê saudável. Legumes e frutas. Queijos e laticínios. Somos a rosa, com ou sem espinhos. Somos tão vários. E somos tão o mesmo. Sumos de cores variadas. Espectros de luz dos mais diferentes primas. Somos a sede. De vida. Para além das rimas. Somos o ser que fizemos, quando nos fizeram. Somos essa manhã de sol que nos lembra que ontem foi noite. Somos cinza, fluorescente. No pulsar de um neurônio que se acende.
Monalisa Ogliari
meus pés tocarão o chão de ruas dobradas em esquinas, iluminada pelo sol adormecido nas água do mar, iluminado pela luz da noite e pelas lágrimas de um tímido luar.
a vida arrisca a sorte no destino das cartas de Tarot e a rebeldia desafia a morte que se faz na arte um mondo novo de horror, a cada rosa que eu despedaço sinto o cheiro de você, amor.
e no silêncio de meus passos, nas palavras caladas que o coração intui, nas esperas pelo sol em frias madrugadas, vou viver o amor, esse esquisito ardor que da vida flui.
As folhas caem, os dias viram noite e meus passos continuam lentos e sem rumo pelas ruas da vida, mostrando a cada instante que tudo a minha volta é surreal sem você. Mas um dia eu ainda te encontro.
Hoje cruzei com várias pessoas pelas ruas dessa cidade, algumas carregavam flores e outras sorrisos, o astral era diferente. O espaço na loja de chocolate estava disputado, não tanto quanto os refinados restaurantes, que esta noite servirão de cenário para pedidos de casamento ou apenas a celebração do dia especial que é o Valentines. E eu? Bom, eu estou aqui sentado numa cafeteria, tomando um chocolate quente e tentando ver o céu através do vidro, procuro encontrar uma estrela para pôr a culpa de hoje eu ser apenas um mero espectador diante do espetáculo que o amor causa nas pessoas.
Amor
palavra falada
nas praças
plenário,
escola,
ruas,
vielas,
favelas
Amor
palavra doce
mas também
amargo quando
se rompe uma perda
no relacionamento
na vida e na morte.
Amor afinal
é amamos sem
pensar no amanhã,
a quem ou que, apenas.
Amemos.... infinito.
É TANTA SOBERBA, ORGULHO E EGOÍSMO NAS RUAS QUE MINHA HUMILDADE ESTÁ COM VERGONHA DE ANDAR POR AÍ SEM ÓCULOS ESCUROS!
Roberto Kuppê
Por partes, amei-te inteira. Enquanto admirava casais nas ruas, sabia que era com você, que a soma de nós dois seria três ou mais. Foi quando descobri que amor não seria amar se não fosse com você. Quando descobri que não queria te ver sem suas roupas, mas queria você vestida de branco de frente para o mundo e então dizíamos. " Até que a morte nos separe ". Amor é o que houve entre nós. Os sorrisos espontâneos em meio aos beijos calmos que arrepiavam nossas almas. Os toques que tomavam vida, e transpiravam em nossa pele. Ao som de um clássico de Caetano Veloso, cantando docemente a nossa história em forma de melodia. Eu te amo, como sempre disse que amaria. E você sumiu para sempre, como disse que nunca faria. Chove forte lá fora, mas as gotas caem dos meus olhos. Talvez nos tornemos uma história digna de um livro. Mas hoje, você não verá mais uma parte do meu coração escrita em papéis. Por partes, amei-te inteira. Por partes, você nunca se manteve inteira como meu amor por você
Sou pessoa deserta em ruas cheias de gente,
Busco entender com calma certos conflitos da mente (...)
Bocas cheias de teorias, mas de como viver a vida,
Isso pouco se entende!
Me diz oq é certo?
Mentir, acreditando que ganha-se o mundo quem se acha esperto?
Tantas pessoas vazias tão cheias de si!
Me diz, tudo que pregas é oq realmente habita em ti ?
Ouço tantos, cheios de razão e o que eu consigo absorver são mais pontos de interrogação!!
Quando o apontar tornou-se sinônimo de amor?
Amar o outro como a ti mesmo, isso deixou o Senhor!
Sou pessoa estrangeira no mundo de pessoas iguais,
Tentando entender com calma,
como atitudes de desamor
se tornaram pra grande parte da sociedade as chamadas "coisas normais".!
Thaís C. Migliorini.
VIVER DA CIDADE
As cidades vivem...
Em seus edifício, suas casas,
ruas ruínas, esquinas, frios e brasas...
Suas mãos entrelaçadas suas tranças
com suas, esperanças e suas sinas
... Olhares tristes e felizes
de suas, adoradas crianças.
As cidades vivem...
Seus dias de glorias
dias de luzes, noite de escuridão!
Com seus barulhos seus entulhos
seus gritos, lixos e seus caprichos
suas caretas, alegrias e suas dores,
seus pânicos, medos e horrores.
Vivem dias de angustia, dia de cão
vivem também... Dias de doutores!
Dias de promessas e dia de oração
... Vive um dia de cada vez!
Uma semana, um ano, um mês...
Tudo aquilo, que carregam em sentimento
um momento, para cada um de vocês...
As cidades vivem acordadas
e acordam dormindo...
Vivem dias de feriados e trabalhos
seus pés descalços, seus sapatos
seus olhar franco... Risos, largos e falsos,
vivem o manhã de planos e sonhos
vida de enfado, pesadelos medonhos
vivem as horas e os dias que vem vindo.
Antonio Montes
Até parece que estamos sozinhos em um mundo que pouca coisa faz sentido...
Vejo pelas ruas marcas de pichações e grafites de grandes artistas de Belo Horizonte. Pichações que gritam, que clamam por justiça, pela liberdade.
Grafites e Grapixos solitários, que exclamam a solidão do cidadão. A mesmo tempo a repressão.
Viver na contemporaneidade é saber que tudo se baseia através de fortunas a todo custo, a arte grita, protesta, pede justiça ao viaduto caído, as barragem de Herculano e Samarco... Dinheiro a todo custo a vida pelo luxo. O Meio Ambiente destruído, a corrupção ativa. Corruptos cumprindo prisão domiciliar em mancões. E mesmo assim, o grito por justiça do pixo, grafites e grapixos clamam por justiça, e são reprimidos. Viva a arte, viva a liberdade de expressão, punição ao sujeito que pratica corrupção.
"vem ver o amor passando
pelas ruas de minas gerais
donzelas suspiram ao ver
passar , o amor passa de
vagar , ele olha é não fica!
arisca um sorriso maroto
sem gosto! sem véu!
caminha , na rua lisa , sem
brisa ... mulheres experientes!
segura é empurram ele se arrasta
se afasta é segue pela rua como
se fosse só dele , nas janelas
mulheres maduras falam! deixe
ele passar... ele passa caminhando
deixando muitas em planto ,nas
ruas lindas de MINAS GERAIS''...
Em prédios, elevadores, casas, lojas, ruas, muros...vivemos cercados de câmeras, escutas, gravadores... e temos que nos habituar à desagradável sensação de sermos vigiados.
A grande maioria dirá "é por segurança"...
Mas que triste constatar que todos, sem exceção, estamos
cada vez mais reféns do que se alastra para a vida em geral...
Em qualquer situação tornou-se um hábito julgar que o outro é
pouco sincero, nada confiável e muito suspeito,
quando o ideal seria julgar apenas ante a constatação
da falha ou do crime.
Cika Parolin
A noite sempre foi mais bela que o dia,
devido o silêncio das ruas vazias.
sussurros trazidos pelo vento,
falam de seres consumidos pelo tempo
com o coração tomado em agonias.
clamando pela extinção da dor,
e na esperança que surja um doutor
que traga a cura da melancolia.
Que o inferno seja feito de ouro, e as ruas onde eu caminho de prata. A onde tem fogo também haverá Fumaça.
Em Busca
Mochila nas costas,
mapa nas mãos.
As ruas são desconhecidas.
O olhar repentino para os lados,
busca conhecer o desconhecido.
As pessoas estão imóveis,
poucos andam pela rua
na manhã de céu nublado.
O café quente da xícara,
esquenta a alma do ser inquieto.
A mente em movimento,
ás vezes, acaba ficando dispersa.
O mapa é complicado,
não diz onde vai parar.
O objetivo fica cada vez mais longe,
e aparenta ficar cada vez mais perto.
Pausa para um café,
observando o casal na outra calçada.
Ela tem cabelos vermelhos,
eles pintam o cinza da manhã.
Por fora, ele é frio como este vento gélido,
e seus olhos demonstram o quando a ama.
Calor no coração...
O casal some, o café acaba, a conta é paga.
Olhos no mapa, rumo ao objetivo.
Pela rua, pela floresta, pela estrada
que aos lados não se vê nada.
A música que toca diz:
"Se começar foi fácil, difícil vai ser parar..."
E move o corpo que vai em busca do novo,
do desconhecido, do belo, do indecifrável.
Do objetivo que está no mapa,
que nos leva ao que aparenta ser impossível,
inconquistável.
Às adventures...
-Chris Reis
Saudade então,
saudade são:
dia sem sol,
as vezes me vejo pela ruas lembrando de você,
tentando fingir, querendo te ver