Ruas
O silêncio das lágrimas e o abandono em meio a chuva de ventos pelas ruas escuras a procura do sol que se esconde na noite.
E o amor vai morrendo silenciosamente em meu coração
Quero caminhar tranquilho pelas ruas
Quero olhar em seus olhos
E encontrar a verdade.
Eu não perdi a esperança
Quando o sol foi embora
Tenho Luz em minha Vida
Mesmo quando a noite Cai.
Eu sei que a história não acaba aqui
Eu sei que esse não é o fim.
(2009)
Além de suas ruas escuras, becos, pessoas vazias e perdidas. Eu rejeito o mundo, eu simplesmente rejeito o mundo. Para viver solitário, para conhecer pessoas vivas de fato, pessoas tão loucas que são capazes de enxergar vidas em cada estrela dessa cintilando, brilhando nessa imensidão de céu escuro, numa noite de luar de frente por mar.
A Peneira do Tempo
Agudas lembranças: cheiros de ruas, praças, marés, brinquedos.
Lembrança de ter sido herói, filho, menino-pai e pai-menino, é o que fica
Pra ter teu passo, pra andar junto e, sendo feliz, não pousar. Fortalecem-se as asas
O tempo não deixa esmaecer o que houve de significância, cravando nos atos
As nossas graças, a nossa infância e a nossa maturidade
Porque na peneira do tempo nem turvo, nem maldade
Revele-se infinitamente, resplandecentemente, felicidade
Sobre Juliana.
Chuva nas ruas renovam os dias, lágrimas nos olhos purifica a alma. Água salgada a torná-la sempre doce.
INVISIVEIS
Pelas ruas, em seus trapos...
Lá vão eles, lá vão eles com sacos nas
costas, rostos no embaço e passos fracos
... Mãos ao se estender, almeja um pão.
Sob o espaço da praça, lá estão!
No peito uma paixão... Alguns...
Apresentam, uma mímica,
uma musica uma poesia, uma expressão,
nunca apresentam uma ludibriação!
A fala, é uma fala com o coração.
Em seus rostos sobre o vento...
Duas lagrimas forma rios, expelindo
pelos fios das suas mãos.
Uma flauta no tempo... Assopra algumas
cordas velhas de um violão.
Uma canção no peito,
sorriso ao vento, choro na escuridão.
Passadas fracas, lá se vão, pelas noites
pelas ruas do frio... Ou um sonho
sob a velha caixa, de papelão.
Ali, sob relento, encontram-se com o abrigo.
Os olhos te olham, mas não te vêem...
Sua fome, ninguém sente!
Quando te olham, fingem não te perceberem.
Ali na rua escura, sob frio sob chuva
estas alheio em meio as suas agruras...
Estas alheios nos enleios das amarguras.
Alheio, a toda essa gente! Não chore,
não chore, siga em frente...
Um dia você irá morrer, eles irão morrer!
Todos irão morrerem, e os seus ossos...
Irão ser, como os ossos de todos eles!
Não chore... Não chore, a noite...
A lua deles, é sua também, de dia, o sol deles...
É seu também, não chore... Esse caminho
de quinquilharias... Roupas furadas
sapatos rasgados, pés descalços...
Ninguém vê! Ninguém vê seu medo tremulo
suas pernas mancando, cambaleando...
Ninguém vê o caos da sua miséria...
Nem a degradação do seu ser.
Sim, sim! São humanos também...
Mas não te ouvem, não te vêem,
não escutam o seu pedido de socorro!
Assim como não escutam o seu soluço
desesperançosos, ou sua fé descendo
o morro. Não chore, não chore... Você não
tem partida, não tem bom dia, não tem
boa tarde, boa noite... Eles também não
tem bandeiras, nem percebem que a vida
por aqui, é passageira. Sabe... Eles estão
esquecendo suas vidas, junto a sua alma
Não sabem que sua alma grita por amor
por coerência, não sabem, que suas noites
são desprovidas de sorrisos, de asas e de
sonhos... Não sabem que sua alma grita pela,
incompetência humana, nem que você vaga
por ai como se fosse fantasma em plena luz
do dia! Não sabem que seus dias soluçam
de medo de desespero, Não sabem que
sobre seus braços o futuro vem a óbito, a
todo momento dos seus dias... Não chore,
não chore eles te olham, mas não te vêem
te ver, é apenas mais uma faceta da agonia,
mundana.
Antonio Montes
Nas ruas encolhia-se
Do frio escondia-se
Ao vê-lo. Comoção.
Banho, comida, toalhas...
A cada dormida seus olhos sumiam
Sua pele rajada em tons de preto e marrom
A cara feia da morte
Mas, eu, só via um filhote
Esperança estupida em ajudar;
Ele que estava a própria sorte;
Há terra por cima
E em volta dele
Sua dor o sufocou
Mal viveu, mal nasceu...
No fim recebeu amor;
Sou pessoa deserta em ruas cheias de gente,
Busco entender com calma certos conflitos da mente (...)
Bocas cheias de teorias, mas de como viver a vida,
Isso pouco se entende!
Me diz oq é certo?
Mentir, acreditando que ganha-se o mundo quem se acha esperto?
Tantas pessoas vazias tão cheias de si!
Me diz, tudo que pregas é oq realmente habita em ti ?
Ouço tantos, cheios de razão e o que eu consigo absorver são mais pontos de interrogação!!
Quando o apontar tornou-se sinônimo de amor?
Amar o outro como a ti mesmo, isso deixou o Senhor!
Sou pessoa estrangeira no mundo de pessoas iguais,
Tentando entender com calma,
como atitudes de desamor
se tornaram pra grande parte da sociedade as chamadas "coisas normais".!
Thaís C. Migliorini.
VIVER DA CIDADE
As cidades vivem...
Em seus edifício, suas casas,
ruas ruínas, esquinas, frios e brasas...
Suas mãos entrelaçadas suas tranças
com suas, esperanças e suas sinas
... Olhares tristes e felizes
de suas, adoradas crianças.
As cidades vivem...
Seus dias de glorias
dias de luzes, noite de escuridão!
Com seus barulhos seus entulhos
seus gritos, lixos e seus caprichos
suas caretas, alegrias e suas dores,
seus pânicos, medos e horrores.
Vivem dias de angustia, dia de cão
vivem também... Dias de doutores!
Dias de promessas e dia de oração
... Vive um dia de cada vez!
Uma semana, um ano, um mês...
Tudo aquilo, que carregam em sentimento
um momento, para cada um de vocês...
As cidades vivem acordadas
e acordam dormindo...
Vivem dias de feriados e trabalhos
seus pés descalços, seus sapatos
seus olhar franco... Risos, largos e falsos,
vivem o manhã de planos e sonhos
vida de enfado, pesadelos medonhos
vivem as horas e os dias que vem vindo.
Antonio Montes
Até parece que estamos sozinhos em um mundo que pouca coisa faz sentido...
Vejo pelas ruas marcas de pichações e grafites de grandes artistas de Belo Horizonte. Pichações que gritam, que clamam por justiça, pela liberdade.
Grafites e Grapixos solitários, que exclamam a solidão do cidadão. A mesmo tempo a repressão.
Viver na contemporaneidade é saber que tudo se baseia através de fortunas a todo custo, a arte grita, protesta, pede justiça ao viaduto caído, as barragem de Herculano e Samarco... Dinheiro a todo custo a vida pelo luxo. O Meio Ambiente destruído, a corrupção ativa. Corruptos cumprindo prisão domiciliar em mancões. E mesmo assim, o grito por justiça do pixo, grafites e grapixos clamam por justiça, e são reprimidos. Viva a arte, viva a liberdade de expressão, punição ao sujeito que pratica corrupção.
"vem ver o amor passando
pelas ruas de minas gerais
donzelas suspiram ao ver
passar , o amor passa de
vagar , ele olha é não fica!
arisca um sorriso maroto
sem gosto! sem véu!
caminha , na rua lisa , sem
brisa ... mulheres experientes!
segura é empurram ele se arrasta
se afasta é segue pela rua como
se fosse só dele , nas janelas
mulheres maduras falam! deixe
ele passar... ele passa caminhando
deixando muitas em planto ,nas
ruas lindas de MINAS GERAIS''...
Final de tarde
Ruas
Carros sobem
Descem
Meu olhar gela
A poucos metros de mim
Passa...
Quem sabe de onde vem !
Atravesso calçadas
Sigo
Já nem ligo mais...
Não esqueci teu número
Não deletei !
Só perdi a coragem
Ouvir tua voz
Fria, distante...
Me fez por fim entender
É como se diz;
Quem ama dá um jeito
Arranja tempo
Se mostra, se joga...
Como eu sempre fiz !
Se não tentou
Se não se deu
Não se mostrou
Não se jogou
É que nuca quis.
Sozinha comigo
Perdida
Jogada...
Rabiscando sonhos
Lembranças
Só
Eu e a saudade
Lembrando nós !
26/04/2017
AÇOITE DE UMA NOITE
Em dia de feriado
e em fim de semana
zanza gente pelas ruas
dando uma de bacana...
Embrenham-se em suas hipnose
com seu cheiros, agulhas e dose
e como foguetes pelas ruas
descontrolam-se na velocidade
demarcando com as peles suas
os asfaltos das cidades.
Veículos se tornam ameaças...
Pelas mãos das suas burrices
em momento, todas alegrias
em segundos... Mundo triste,
o choro agora é tardio
o descuido é só um pavio
para a vida que não existe.
Se vai o custo de alguns anos
no preço poker de uma noite
se vai o viver de muitos planos
no cachê do plano torpe.
agora, cadê fulano...
Tornou o piscar em foice
a saúde ficou na lembrança
do seu tempo de açoite.
O futura agora é lagrima
vestindo suas vestes branca
a confiança esta nas farmácias
poupança, da sua herança.
Antonio Montes
As pessoas andam cheias de vazios e razões, buscando abrigo nas ruas, da solidão que as perseguem de casa.
A vida me leva pelas as ruas, vagando no acaso, não sei que sou, qual é o sentido de tudo que me resta. O que me falta, um dia foi motivo de sobra
Aqui neste lugar distante a noite cobriu com seu manto escuro as ruas da cidade.
E eu, no desejo de encontrar o lugar onde todos sofrem, percorri ruas, vielas e alamedas para te levar algum conforto.
Seus dias e os meus deslumbravam-se em meus pensamentos.
Sorrisos, prazeres e até aquela sensação gostosa de saber que você gostava de mim foram aos poucos tomando-me até brotarem as lágrimas pela proximidade da despedida.
Que sua alma seja confortada no além, aqui fica alguém que sempre te quis bem e sempre te amou.
Ofereço a minha tia Margarida.
Ruas
Caminhos por onde passei
Lugares
Tristes e alegres lugares
Onde eu vivi
Momentos iguais
Ruas por onde passei
Locais
Onde sei que não sei voltar
Mas sei
Sei que não verei nunca mais
Aquelas ruas
Não me lembro de todas
Alguma esqueci
Uma ou duas, quem sabe
Não me cabe
Sentir tamanha saudade
Nem sei por quê choro
Melhor seria voltar pra casa
Anoitece, talvez esse Céu desabe
E então eu me lembro
Que já faz alguns dezembros
Que moro na rua.
Edson Ricardo Paiva
Aos assobios que ouço ao caminhar pelas ruas, aos dias em que deixo de usar certas roupas, aos momentos de medo que vivi, mando-lhes um súplica de compaixão.