Ruas
vamos raciocinar: A gente tá pondo a culpa nessa molecada de hoje, que vive nas ruas, nao procura um trabalho ou se interessa por um estudo, Mas... a responsabilidade da educação e diretrizes são dos pais.Logo, será que a culpa é mesmo da molecada?
Tem moleque que hoje é igual nós, que corre atraz.
Mas tem moleque que já tá na onda da "ostentação facilitada".
É nessa hora, é sobre esses moleques que os pais tem que se atentar e agir.
Então vamos chegar à um consenso: A culpa não é dessa geração de filhos, e sim dessa "geração de pais"
Consequências do fim
Hoje, eu estou só.
Me sinto só.
Vivo caminhando pelas ruas
sem ninguém para me acompanhar
em meu caminho sem fim,
sem rumo, sem estrada,
sem felicidade e sem amor.
Me sinto tão triste,
preso pela própria liberdade,
infeliz pela minha consciência,
coração partido pelas mágoas.
Estou tão triste e solitário,
sem ninguém para me acompanhar
sem uma mulher com quem dialogar.
Na calada da noite,
muito frio aqui está.
Não tenho cobertor e nem amor.
Não sei onde o amor esta,
mas tenho a esperança
de um dia, sem medo,
poder de novo amar.
Que eu não entre em ruas erradas e becos escuros.
Que eu chegue a tempo.
Pelo menos uma vez na vida, que eu chegue a tempo.
E, Deus.. se eu não chegar..
que você me espere um pouquinho.
Só um pouquinho.
Eu já te esperei tanto...
VIDA EM PLANO
Vida em proa, coisa boa
com a canoa ancorada
ruas cheias gente à-toa
assim como a passarada.
Marinheiro, cadê a venta?
que não venta mais na vela?
cuidado com a água benta
p'ra não descer sua goela.
Olhe as cartas o carteado
para não furar seu bolso
veja a cara do delegado
não lhe cause alvoroço.
Acorde, vamos navegar
de manhã ao rasgar do dia
o peixe bom esta no mar
e o riso lindo é da Maria.
Antonio montes
Desamor
Procurei e não te vi ao meu lado,
Vaguei pelas ruas em vão.
O tempo é longo sem você, sem teu mor.
Sinto a vida esvaecendo aos pouco.
Preparei a melhor roupa,
Vesti-me desse amor todinho por você,
Para me ver em teus olhos,
E ganhar a tua atenção.
Nas ruas da solidão
Eu procurei pelo teu coração.
Só encontrei recordações,
O que foi e já não é mais.
Desfolharam-se as flores,
Adormeceu a sementinha.
Estou perdido nesse amor há tanto tempo
Que já não sei o caminho de volta ao seu desamor.
Edney Valentim Araújo
Ilusão
Te vejo em todo lugar.
Pelas ruas, ao meu lado andas.
Baixinho, ouço-te dizer:
"te quero tanto, só sei te amar".
Luz que ilumina minha vida,
calor que eu necessito para viver.
O teu carinho junto a mim fica,
pena é: eu não poder te ver.
Sem ti, a vida inexiste, a graça
que ela tem se evapora,
o pensamento esquecido e quieto fica.
Os sonhos de amor, do coração vão embora.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Abrindo os olhos, com lentidão além do normal, andava pelas ruas, os pés descalços deixavam leves marcas pelo caminho que passava.
Ela estava molhada, não se sabia de onde tanta água surgia pois ela nunca parava de fluir.
A sua volta, um lugar vazio, nada a vista. Não existia cores por onde ela passava, não existia um alma a sua volta. Não existia nem mesmo uma briza.
Nada a tocava, nada ela sentia, nem mesmo a abalava. Era um mundo a sua volta, carros, pessoas falando em cada parte daquele mundo vazio, algo do qual ela parecia imune.
O caminho não se findava, seus pé já estavam cansados, já era hora, ela precisava descansar.
Foi então que ela viu, o fim da estrada ela havia alcançado, parecia que o mundo havia chegado ao seu fim e tudo o que ela precisava fazer era pular.
Então ela pulou, no inicio era só o vazio, novamente nada a tocava, nada mexia consigo além daquela sensação quase prazerosa da queda.
Finalmente ela pararia de não sentir nada, seria o momento perfeito que ela finalmente sentia alfo dentro de si. Algo incomodo, porém já era algo. Algo que a fazia se sentir calmamente bem.
O aguardo não durou muito, o impacto trouxe ela de volta ao mundo que sempre havia visto, o mundo que conhecia tão bem. As imagens passeavam a sua volta como em um filme pobre e deprimente de cores gastas, mas eram as imagens que a traziam para o momento perfeito. Um afago, o abraço, o colo e o cheiro! Enfim um beijo, um calor, um frio e um vazio. Letras a rodeavam, notas chegavam em seus ouvidos, melodias que ela não se lembrava quando, nem onde, mas sabia que já havia ouvido. Ah... ela conhecia bem aquele mundo, era lá onde ela guardava tudo o que programava para si, mas não expunha ao mundo.
Ali, diante de tudo ela voltou a cair, o chão se abria para ela e novamente ela se deixava levar pela sensação da queda. Porém agora a sensação se esvaia, como a água que sai das mãos de alguém em um ato desesperador para matar uma longa sede. Então, acordando mais uma vez ela viu-se novamente do lugar que nem parecia ter saído. Todos a olhavam como se esperassem algo a ser dito, ela sabia daquilo, estava acostumada. Era fácil enganá-los. Com um gesto robótico, ela sorriu, suas bochechas se elevaram levemente, seus olhos se tornaram tão pequenos que mal parecia que ela enxergava algo. Ela sabia que só assim eles parariam de olhar para ela daquela forma... e quando lhe perguntava a tipica pergunta que a perturbava a cada letra dita, ela simplesmente respondia:
I'M FINE
A cegueira da cidade esconde tatos e olfatos
As ruas possuem velocidade autônoma
São ruínas engolindo sentidos.
Sonhos na gaveta
Escondidos
Guardados em fotografias
Em ruas, dias...
Sonhos desfeitos
Pisados
Trancafiados, roubados...
Sonhos no abandono
Sem risos
Sem rosas, sem flores...
Sonhos,
Machucados em mim!
Por tantas ruas já andei procurando encontrar
O que tanto já sonhei, por quantas vezes imaginei
E por ventura me deparei um dia com teu olhar
Teu jeito de ser você, a essência do seu ser, eu sei
Foi amor desde o princípio
Só precisei te notar para saber
Que vou viver te amando feito vício
Repara em meus olhos, eles vão te dizer
Eu sou os rios, a mata e o mar
Sou o Sol que te ilumina
Sou a lua e as estrelas no céu a brilhar
Sou passarinho fazendo cantiga
Eu sou moda antiga, sou flor a brotar
Eu sou a alma gêmea perdida
Que você procurou nas ruas encontrar
Me deixa se aproximar, me deixa cantar pra você
Me deixa te amar e ser quem você quer ter
Me deixa realizar, mas por favor não me deixa se não gostar
Pode me moldar, me desfazer, me reinventar
Talvez eu tenha tanto amor trancado em mim que já não cabe mais falar
Poemas eu já fiz para recitar
Canções eu já compus para cantar
Nunca me conformei...
Quero tudo poder lhe dar
Tudo que nada possa comprar
Meu amor já lhe entreguei
E ninguém pode tomar
Quantas vezes tentei, mas fracassei
O corpo congela, o coração dispara
Tua foto na tela, meu sorriso na cara
Escrevo e apago sentimentos
Lanço a fumaça nos ventos...
...Que ecoando meu coração
disparado por essa emoção
balbucia pelo espaço-tempo
no compasso da vida e de cada momento...
Amor Genuíno e Incondicional é o que sinto por você...
( Tainah Amaral )
Queria
Queria pelas ruas,junto a ti andar,
de mãos dadas, pelas calçadas
caminhar.
Olhar o céu, as estrelas contar.
Em frestas de portões espiar,
ser criança, pois criança sabe amar,
sem se preocupar com o que os outros
possam vir a falar.
Abraçar-te em plena luz da lua,
voltar no tempo,lembrar a infância
sentir que a vida sempre se renova,
como o viver, o amar e a esperança.
Em tua cintura firme segurar,
e beijar tua boca, em plena rua.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Caminho tranquilamente
até altas horas da noite,
desarmado e despreocupado,
pelas ruas do pensamento.
Eu encontrei ela ontem, vagando vagarosamente pelas ruas. E ela estava linda. Mas não para mim, para outro homem. Enquanto eu falsamente esbanjava um sorriso de felicidade ao vê-la, meu coração fervia todos os meus nervos em ódio ao saber que nunca teria-a para mim. Ela continuou andando, sem saber de nada, indo de encontro ao homem que eu mais invejo neste mundo. E eu, continuei andando, com o maior desgosto pela vida, sabendo que a mulher que amo, ama outro, que não eu.
Ruas
Ruas da vida sendo percorridas
no dia a dia que temos.
Ruas das dores sofridas,
ruas das falsas verdades,
ruas de alegrias já tidas
em momentos que deixaram saudades.
Ruas dos amores vividos,
de momentos que nunca serão
esquecidos.
Ruas, ainda tantas existem.
Será que ainda andaremos todas?
Sei que por elas passando,certezas
tenho, dentro de mim,
quem sabe ainda caminharemos
e certo o faremos, passar por ruas
que nos conduzam ao fim.
Roldão Aires
Membro da Academia de Letras Cabista de Letras Ciências e Artes
Membro da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Me pego perambulando pelas ruas do passado, como se ainda houvesse algo de essencial para minha vida.