Ruas
Nada melhor que caminhar pelas ruas vazias, pelos comércios fechados, longe de pessoas, de falatório, de complicações, LONGE DA MULTIDÃO.
Nada melhor que caminhar sem pensar em nada, apenas ao som de uma boa música aos ouvidos; caminhando sem destino, aproveitando a oportunidade de observar detalhes ao qual nunca prestei atenção.
Nada melhor que sentir o vento batendo em meu rosto como sinal de liberdade.
Nada melhor que sentar embaixo de uma bela árvore , e sem pressa relatar cada sensação de um simples momento.
Nada melhor que respirar fundo e se sentir em paz.
Crianças são gigantes futuras estrelas da nação!
Levando papas e milagres entre ruas de reis!
Tentam descobrir os mistérios as certezas!
Carregando suas crenças que lhe fazem seguir!
Eu andava calmamente pelas ruas, era como qualquer outro dia de pensamentos insanos, sempre arranjando um modo de fugir dessa cidade tão mal frequentada, de gente que quer viver mais minha vida, do que eu mesma. Mas aí um velhinho, sentado no banco da praça, desvendou minha expressão de confusa que nem meus amigos mais próximos souberam notar, e me perguntou logo de cara “Tu ta aqui, e coração? Ficou lá?”. Como assim? Como ele soube acertar tão bem o que eu pensava, o que me corrói um pouco a cada semana que passa? Tudo bem que adolescentes normais pensam mais nisso do que em suas notas da escola no final do semestre, mas eu acho que ele notou o peso que eu carregava. Digo, pra quem conseguiu me decifrar fácil, deixando quase me sentir vulnerável a ser descoberta, ele soube me atingir. E ninguém soube fazer isso antes, não com tanta facilidade. Não, eu não sou uma anti-social, que sente revolta, ou que não se importa com a sociedade que critica pra caramba, mas as vezes me sinto ser mais do que até eu mesma penso ser, será que faz sentido isso? Pra ele parecia que sim. Eu fiquei sem reação, ele aparentava ser calmo, nem ligou pro meu susto e não pareceu se importar por eu ignorá-lo e sair dali. Tentei resistir, não pensar em relação ao que ele disse, mas minhas pernas se certificaram de me levar pra casa, me trancar no quarto e fritar os neurônios com o coração na mão. Aí fiquei sentada na cama, com os olhos focados em um lugar qualquer, mas eu estava bem distante.. Será que eu estava “lá” com ele? É que ele nem demonstrou saudades, quem sabe eu estivesse o tempo todo lá.
cansado...
pode ser do silêncio de ruas vazias das manhãs
pode ser dos sussurrares das vassouras batendo ao chão
pode ser deste eu mesmo, incógnito, meândrico, desleixado.
se for, só me resta finar-me
se não o for
me restarão todos os sabores na boca do beijo que nunca foi eternizado.
não tenho a fé dos fervorosos devotos do vai e vem das ruas entupidas da estupidez canina.
não compartilho meu olhar numa noite de lua cheia, sem saber que existe um ser meu... a espera.
não acredito que os homens sejam solidários, exclusivamente na morte!!!
não quero ter a vida do destino reservada, num beijo gélido, incompreensível
não me quero numa rota suave e sem dores que o amor costuma nos presentear.
não tenho tempo de noites breves, pois estou com muita pressa.
roberto auad
Poema do dia da urna
Sai as ruas
Vi Moçambique em luto
Um Moçambique jamais visto
Moçambique em luto
Luto, não de quem perdeu alguém
Não de quem perdeu amor pela vida
Mas sim, de quem perdeu algo de muito valor
De quem perdeu valores morais
Vi lágrimas de Moçambique
Lágrimas jamais vistas
Nem no tempo de colonialismo
Muito menos na guerra dos 16 anos
No dia da urna
Nem parece que o povo esta em casa
Todos nos seus aposentos
Chorando lágrimas de ouro
Que o governo arrecada
Formando suas riquezas
José Jamal Munguambe no dia da urna 2013
Retrato de uma guerra...
Uma cidade sem ruas,
uma rua sem casas,
uma casa sem família,
uma família sem mãe,
uma mãe sem filhos,
sem filhos e sem mãe.
Um corpo caído,
moído... sofrido.
Um corpo sem braço,
um braço sem mão.
Falta de espaço,
falta de ar,
um tiro no coração.
Uma cidade,
uma rua,
um homem,
sem sol, sem lua...
apático...
sobreviveu porque foi prático.
Você quer o quê?
Quer se iludir?
Achas que há brilho nas ruas?
A rua é cinza.
Fosco como uma esfera de chumbo,
Chumbo que invade a carne
E tinge a estrada de rubro
Trilha de um caminho de alguém que esteve lá
E por alguma força
Não chegará,
Nem voltará.
Caminho interrompido,
Escolha ou destino.
Apaixonado pela vida
É assim que sou
Caminhando pelas ruas
A procura de um grande amor
Amor que eu possa ter
Sempre ao meu lado
Uma pessoa para qm eu possa dzr
Que eu estou apaixonado.
É o que eu chamo de masoquismo, talvez... Ver seu nome em postes, em ônibus e ruas sem saídas. Imaginar seu sorriso falecendo na margem dos lábios de uma estátua de pedra que guarda a ponte que mais me faz lembrar você. Ou então, só por um momento olhar para o céu e, em uma piscada, ver seus olhos refletindo a negrura das nuvens no seu mais lindo dia nublado.
Então mais uma vez,
Rodeou por toda a cidade,
Se perdeu pelas ruas,
E viu uma bela paisagem,
Admirou o grande muro cinza,
Imaginando o que se encondia,
Pensou em milhares de teorias,
Mas não enxergou a maldade,
Pensou em pular,
Teve outra ideia geniosa,
E correu ao bar que havia na esquina,
Serviu-se com doses de bebedeira,
Mentiras ditas e verdades omitida,
São os assunstos que os bares oferecem
Notou estar rodeado por miseráveis,
Se sentindo igual,
Pagou uma cerveja,
Permitindo assim que o papo continuasse,
Contou aos sugas suas dores,
Mas ele estavam interessados em outra parte,
Decepcionado e extasiado,
Falou sobre o tal muro que havia na cidade,
Disseram-lhe que como o tal muro,
Existem milhares.
Mas não há.
Levantou-se da cadeira em que se assentava,
Deu um soco na mesa derrubando a cerveja,
Todos se assustaram e se afastaram,
O homem agora estivera como começará,
E como deveria continuar,
Só.
Seguiu em direção da sua peça de arte,
Encarou o muro,
Talvez por instinto,
Ou por efeito do que se bebe,
Abriu o zíper e empoçou o dito muro,
Agora todos que por ali passam,
Sentem seu odor,
Até que o lavem.
No passado havia os fariseus que oravam gritando no meio das ruas para mostrar o quanto eram consagrados.
Hoje há os crentes do Facebook, que publicam orações e impõem condições: “se você é de fé, compartilhe”.
Ora, Satanás impôs as mesmas condições a Jesus no deserto: “se tu és o Cristo, faça das pedras, pães; se és o Cristo, pula daqui de cima”...
Por que não podem simplesmente fazer o que Jesus recomendou: ENTRAR NO QUARTO E ORAR EM SECRETO?!
Quando te vejo pelas ruas da CIDADE,
Sinto SAUDADE, E a solidão me DOMINA,
Vejo ao teu lado o homem com quem CASOU,
E CONQUISTOU, Teu amor puro de MENINA,
E a tristeza eu não consigo ESCONDER,
Me faz SOFRER, A situação que eu CRIEI,
Te ABANDONEI, Por uma mulher CASADA,
Uma vida ARRISCADA, E mesmo assim eu CONTINUEI...
Estrada Da Saudade
Eu vou cortando as ruas,
as ruas vão cortando minhas lembranças
e misturando tudo que eu
há tempos deixei esquecido.
Cidade, rodoviária, espera.
Banco, solidão, desespera.
Não tem como fingir não sentir.
Não tem como partir e sorrir.
Não me permita ir
e deixar meus pensamentos
mais uma vez por aqui,
bem distante por onde sigo.
Sai, sai depressa por essa estrada
disfarçada de caminho da mudança,
que hoje mais parece
uma trilha de saudade.
Jogue o lixo no lixo e não nas calçadas, ruas, jardins, praças, rodovias, estradas, rios e riachos. Salvem o Planeta Terra!