Ruas
Andei pelas ruas mais escuras, pelas avenidas menos movimentadas. Atravessei obstáculos, bati, apanhei, sofri, chorei, sorri. Senti os medos mais profundos, e enfreitei-os. Congelei no frio, fui torturada pelo calor. Machuquei meus pés, cansados de tanto andar. Carreguei minha cruz como nenhuma outra pessoa pode carregar.
A vida não me engana mais, não mais. Desistir não é meu forte, prefiro arriscar a minha sorte.
Quando chove e a chuva transforma em lama a poeira das ruas, o cheiro da terra molhada me traz a impressão de que estou revisitando lugares onde já estive em outros tempos e em outras ocasiões. A chuva que borrifa o chão e que tem o poder de revelar as lembranças de ontem me provoca uma sensação real de que eu já vivi dias melhores.
E por assim amar tanto a chuva que, quando chega, chega como um presente, nestes dias de sequidão e fumaça me recinto do som da garoa batendo no telhado e embaçando a vidraça da janela por onde eu vejo e espero esse tempo seco passar. Quando chover de novo eu quero estar desvestido a caráter e me envolver neste espetáculo como um personagem atuante da cena e não como mero espectador.
É tempo de estiagem no cerrado. É tempo de fogo, frio e calor ao mesmo tempo no planalto central. É tempo de nariz sangrando, de ar rarefeito, de casa empoeirada, de tosse, pigarro e de garganta seca ao Deus dará. É tempo de fuligens de queimada flutuando na brisa fraca como se fossem bruxinhas negras a pousar quase que propositalmente nas poucas superfícies brancas que ainda temos para olhar.
Chove chuva! Chove sem parar. Chove e lava a minha alma repleta de tanta vontade de ver este céu desabando. Caia como gotas prata e faça brilhar a pouca folhagem que ainda vigora. Chove, porque de tanta secura o cerrado padece e por sua falta chora.
Sendo assim, só me resta esperar que em breve o céu se feche, escureça e a chuva se derrame em minhas mãos como uma bênção. Quero provar o sabor das nuvens novamente. Desde agora já estou pronto para ser engolido por qualquer temporal que venha sem aviso. Se a vida é como uma chuva que cai intensamente e logo passa, viver é quando a gente se lança no meio da tempestade e se deixa molhar sem medo.
"RUAS DESERTAS"
Pobre mulher de todas as esquinas que andas a vender? o aspecto do teu amor?
Ninguem o quer. cheira o esqueleto e o suor.
Pobre mulher de todas as ruas que andas a vende? carne de calafrio?
Ninguem a quer. cheira o poço frio.
Pobre mulher de todas as garras que andas a vender? A tua solidão?
Ninguem a quer. trazemos-la no coração.
Pobre mulher de todas as esquinas ja sem carne nova como as outras meninas. . .
Ninguem te quer! cheiras a terra. cheiras o siencio. cheiras a cova.
"Quero tanto esbarrar com você em alguma esquina qualquer das milhares de ruas dessa cidade, te contar o que se passa e como as coisas podem ser. Mas me calo, enquanto o coração manda dizer que eu te amo. Seguro meu coração desesperado, dobro, guardo no bolso, e tento agir com a pouca sanidade que ainda me resta."
Quanto vale uma vida?
Muitos dizem que a vida é o bem maior, mas não é o que vemos nas ruas abandonadas...
Então quanto vale um vida?
Chuva é a água que o Senhor manda para limpar as ruas de sangue derramado dos inocentes, são águas para limpar nossas almas e dar bençãos. Chuva limpa, chuva purifica.
Pela manhã, me vês caminhar pelas ruas, alegre e desajeitado. Pela noite, não me encontras, pois estou escondido dos olhares que me buscam.
Crença
Está por ai, pelas ruas uma multidão de seguidores de santos, anjos, deuses diversos e há até quem se diz fervoroso por Jesus e Deus. Observo que na verdade a carência é simplesmente pessoal onde se quer mesmo é se dar bem, ser feliz, curtir a vida como e quando der e vier. Ai muitos não conseguem segurar o estado pessoal seja ele qual for porque se trata de sentimentos e sentimento é algo que ninguém consegue segurar por muito tempo a não ser que junto com ele se arranje algo pra manter.
E observei ainda que esse povo todo é acometido de uma carência afetiva muito grande, onde se adquiriu involuntariamente desde a sua concepção e vai se alimentando durante toda a trajetória onde uns se decepcionam muito, outros pouco, outros mais ou menos. Muitos acham refugio em drogas, outros em igrejas, terapias, trabalho, em baixo de pontes, nas ruas, e segue-se por ai pois a tal ``carencia´´ é grande. O ser humano quer tudo e faz pouco, sonha muito e fica menos com a mente focada no essencial oque realmente nos leva a uma felicidade controlada e moderada sem a loucura da pressa e devaneio de achar que tudo é pra sempre.
Nascemos e vivemos sob as religiões; não que elas não nos trazem a um estado de compensação, que é oque queremos ser compensados por tudo e elogiados. Mas também nos aprisionam entre aspas, nos tornando reles mortais seguidores de algo que nunca saberemos e escravos do medo de encontrar lá na frente mais um inferno e também um meio de ganharmos o tão sonhado céu. Mas isso não significa que as religiões não nos trazem euforia e aprendizados ajudam e muito, mas nos perdemos em suas utopias e devaneios onde só quem é um teólogo consegue discernir sua fundamentação. Ainda creio na moral, decência e dignidade que o ser tem que ter uns com os outros sem essa de se fixar em algo que oprime. Falar de Deus no meu ponto de vista é semelhante a um olhar deslumbrante num dia de sol na relva de um monte, e comtemplar de olhos arregalados toda aquela beleza sem se perguntar qual foi o jardineiro que cuidou de tudo aquilo.
Viver sem o peso da culpa seja lá do que for e não ter que abaixar a cabeça só porque o outro tem ouro, dinheiro, prata ou bens. Ter sempre a consciência de que somos únicos e o criador nos deu sempre tudo; nós é que desperdiçamos com sentimentos e atitudes mesquinhas. Portanto digo pra você oque sigo e faço, onde e quando estou meio down: Abro meus olhos e de minha mente observando pro interior sem julgamentos ou culpa afinal tenho que cuidar de mim sempre pois é comigo que vou viver até a eternidade. Que a paz esteja sempre em sua mente ou coração.
Poeta das ruas
soldado do asfalto
seguindo em busca do meu objetivo deixando meu legado...
Porque no dia em que o poeta morrer, suas palavras em meus versos serão eternizados!!!!
Repare como os rostos nas ruas estão sempre longe de si mesmos.
Repare como o caminho percorrido tem algo a mais do que somente imagens vagas
passando.
Repare que o seu olhar não está focado em nada.
Repare que o botão do automático está ligado.
Repare que a energia está se consumindo de forma errada e inadequada.
Repare naquele ponto que sempre ignorou.
Repare no lixo das gavetas e na poeira dos sótãos.
Repare no que se aproxima e vai embora sem nada causar.
Repare nos sinais pelo caminho.
Repare no cachecol apertado e no peso que sustentas.
Simplesmente, repare!
" O que pensar? "
" não sei mais direito no que pensar, as ruas em que eu ando paresse estar com brisas, e impedem meus olhos de te enchergar, mais não entendo o que esta acontesendo, seu jeito, seu olhar, tudo indica que vamos nos apaixonar, mas como entender, não sei mais no que estou pensando, ou se estou pensando em você, sonhos ou pesadelos orripilantes toda noite vem me atorduar, e a noite paresse ser inacabavel, e me lembro do seu sorrizo, do seu cheiro, do seu jeito que ja disse varias vezes que paresse ser o meu jeito,e quando fecho os olhos logo percebo que ja esta de noite, e mais uma vez eu estou aqui sem você, e penso no como eu queria poder voltar o relógio para contigo de novo poder estar, letras, poemas, frases, nada disso seria o bastante para me expressar, pois até hoje não descobri o porque de tudo isso, a unica coisa que descobri até agora é do quanto é bom com tigo poder ficar...."
Ser a história lida e bem resolvida.
Ser avenida movimentada, não gosto de ruas paradas!
Ser o curso concluído no meu currículo.
Natal
Está frio lá fora
Não há ninguém nas ruas da cidade
A janela de casa se abre, deixando o vento entrar
E trazendo lembranças que eu tento apagar
Hoje é natal
As luzes brilham mais que as estrelas
Somente para eles
Não há brilho mais forte do que o delas
É natal, e eu quero permanecer aqui
É natal, eu não tenho para onde ir
Eu fico por aqui, junto com essas estrelas
Permaneço com este imenso céu
Feliz estar com todos eles à sua volta
Feliz é esta sobre este gramado observando tudo ao meu redor
Você se parece tão só
Eu não serei o seu melhor,
É natal, você pode ficar por aqui
As luzes da cidade, são como
Lâmpadas apagadas para você
Sempre houve uma luz maior acima de você
Elas sabiam, que tudo um dia iria perder o brilho para você
Você nunca às enxergou,
Elas jamais deixaram de brilhar para você.
Era uma noite escura sem lua, as ruas estreitas fazia que o friu viesse diretamente contra meu corpo, um friu que fazia as ruas transpirarem e assim molhassem sua pedras.No longínquo via-se nitidamente a neblina que dobrava a esquina, que de tão densa parecia gemer ao se aproximar. Derepente encontro-me envolvido por ela, o medo surge no meu consciente,uma sombra parecida com um homem surgue a minha frente com uma capa de chuva preta que lhe cobria as canelas, botas tão negras que lhe confundiam com borracha molhada, suas mãos vestiam-se com luvas de couro, sua cabeça coberta com um capuz como se protegesse da chuva, seu rosto coberto até o nariz por um pano onde dava para notar sua respiração quente saindo pela boca, seus olhos unica parte do corpo descoberta golpeava minha mente com um olhar gelado e aterrorizante.
Quando dei-me conta ele estava ali dois passoa a minha frente. O medo começou a tomar maiores proporções, em sua mão direita um objeto reluzente prata, tento correr mas o medo ja desceu pela espinha e tomou conta das minha pernas.
Sera esse o meu fim? Morto na calada da noite por uma figura medonha que minha mente criou?
Ai amor, andei pelas ruas crivadas de olhos
tropecei em braços, escorreguei nas poeiras do asfalto,
sempre a procurar teu rosto, para sossegar meu corpo.
É você quem anda nas ruas se perguntando se as mentes alheias pensam coisas semelhantes aos seus pensamentos. Sou eu também.
Nas ruas onde passo,
ando triste e solitário...
vagando no mundo sozinho...
com um coração partido em mil pedaços...
Pensei que meus pensamentos eram meus amigos,
mas ate eles me abandonaram...
nesse mundo eu estava sozinho,
nesse mundo eu estava solitário...
Gritei desesperado...
mas ninguem me ouvia...
um corpo escuro e com trevas...
uma alma negra e sombria.
Perto do abismo vi uma luz a brilhar...
tentei saber o que era,mas era muito forte que não pude enxergar...
tentei chegar mais perto...
consegui me aproximar...
e vi que essa luz maravilhosa,
era o brilho do teu olhar.
A vida é um passeio pelas ruas do tempo: uns partem, outros chegam e muitos simplesmente não vão a lugar algum.
" Abilidade, para não perder-me nas ruas da vida, e acima de tudo que eu aprenda a valorizar aquilo que tenho, que tive e que ainda posso ter. "