Ruas
Passas pelas ruas e teus “admiradores” não a reconhecem mais. Tento te olhar com os olhos dos que te amam, mas eles não me servem mais. Revejo as fotos, mas hoje vejo que elas se tornaram “antigas demais”. Revejo as lembranças... Nelas eu encontro a paz.
No pensamento dos desconhecidos que passam por nós por essas ruas, seremos eternamente jovens apaixonados.
Sou poeta e sou cristão. Já fui até ateu e um pagão. Quer testemunho? As ruas estão cheias deles todos os dias de nossas ínfimas e grandes vidas. Depende somente de você existir ou não. Coerência e prudência sem afeto não valem de nada perante Deus e seus anjos.
Ei amor, cadê você? andei te procurando por todas as ruas, becos e bares da cidade, mas falaram que você deve estar um pouco longe. Outros ainda disseram que você pegou uma aeronave para outro mundo. Poxa, estou te procurando, já cansou de mim, já cansou de nós?! Eu sei que onde vivemos não é lá essas coisas, mas olha... Eu prometo melhorar, prometo fazer com que as pessoas dê mais valor a vida, quem sabe assim você não volte para nos alegrar com coisas pequenas? Ei amor, estou falando com você, será que não me ouve? Ok, não vou te pertubar, sei que você deve estar num lugar mais próximo do paraiso, onde ser humano é tratado com igualdade e que todos sabe o siginificado do ''eu te amo''.
Ei amor, você voltou! Ouviu minhas orações, que bom! Bem, eu não voltei por você e nem por todos desse mundo idiota, voltei porque essa raça que se acha tão superior não consegue viver sem paixão, sem felicidade, sem carinho, vê se agora vocês dão valor a minha existência e não banalizam o meu amor!
Relatos Indignos
Passando pelas ruas
Vendo destruição
Elas me beijaram
Gerando uma simples ilusão.
Os poetas amam
Os poetas odeiam
Os poetas não sabem medir amor, amam ilimitadamente
Os poetas são medíocres, morrem de amor.
Serão contrariados
Serão desamados
Mas ainda me pergunto: Por quê?
Por quê ser bom é tão árduo?
Me desanimo em ver seres com fome
Desculpe, mas irei me calar.
Vejo-me em terras estrangeiras
Estou só
Sempre só
Ando pelas ruas atrás de algo
como um fantasma arrastando minhas correntes
arrastado pelos meus sonhos
Percorro todos os bares que encontro
enquanto sobrar uma bebida, beberei.
Enquanto respirar negarei este ar com o sopro de um cigarro
E continuarei fumando
Verei meus sonhos queimando
Assim como o tabaco foi feito para queimar
nos breves momentos em que vive?
Na procissão de minha vida
Vago a contar as contas deste rosário
a ladainha de meus fracassos.
Mas o sonho ainda me assombra
Assombra-me como também me assombram
a lembrança que te tenho, e essa é única coisa que me legaste.
Queria…
… mergulhar nas ruas do esquecimento
apagando memórias que doem,
com meu pincel descolorir momentos
desta alma em sofrimento
queria não recordar
porque de tanto o fazer, mesmo que involuntariamente,
foge-me a vontade de voltar a acreditar
Refugio-me no fumo de um cigarro, entre quatro paredes, com ele me intoxico
Queria…
como eu queria…
que uma pequena estrela em minha mão caísse
uma centelha de brilho me desse neste olhar mortiço,
nesta vida que ainda me falta viver.
Nada dizendo, tudo digo,
Não desejo que me entendam, só que me deixem comigo.
(dedicado ao meu irmão que faleceu no dia 12 de março de 2012)
Pessoas andando pelas ruas, com a alma vazia, com o coração colado por um pequeno fio de linha preta.
Sem saber por onde vão, ou aonde irão chegar, rezando para isso tudo acabar.
Sozinhas porém acompanhadas;
O vento bate como um lento sino de igreja, trazendo todas as lembranças de volta.
Lembranças de tormenta, lembranças sangrentas, cujo as quais desejam esquecer.
Para onde vão? A que horas chegarão?
Ninguém sabe, eles apenas buscam um lugar para se refugiar.
FUGAZCIDADE
O tempo parece escasso
Há tanta coisa a fazer
Andando nas ruas do espaço
Não tenho mais vida a perder
E naquela noite escura um labirinto de ruas escuras espalhava-se a minha frente, e a morte esperava-me em cada esquina...
PEDRAS
Ao caminhar pelas ruas, instintivamente, chutas as pedras que te sobrepõe ao caminho.
Fazes isso automaticamente, pois temes serem essas pedras, empecilhos a lhe tolherem as oportunidades da vida.
Homem descrente que és, mal percebes que aquelas pedras nenhuma ação conflitante exercem em tua vida.
Aprende a ver nas tuas próprias atitudes, os entraves reais ao teu crescimento e evolução, tanto espiritual como material.
Aprende a decifrar as charadas que colocas em teus caminhos.
Aprende a compreender que as ervas daninhas e as pedras que nele aparecem, foram semeadas por ti mesmo.
Como? perguntar-te-ás. Mas quando a tua consciência repousar à noite, encontrarás as respostas para todos estes questionamentos.
Vive tua vida, paulatinamente.
Compreende que não se pode dar dois passos ao mesmo tempo.
Tudo tem seu tempo certo.
Não há nada que possamos fazer, senão acreditar cegamente na Inteligência Divina que rege nossas vidas.
Aprende a aceitar que há uma força maior que a tua, que tudo rege com perfeita justiça e sabedoria.
Portanto, aprende agora a tirar as pedras que já colocaste em teus caminhos. E cuida, para que outras não venham depois destas.
Abre teu ser ao Criador!
Vai em busca da tua paz.
Fragmentos 22/04/2012
Eu tive esperando por você o tempo todo
E pelas ruas da cidade, que eu sempre caminhava
Eu via seu reflexo entre as paredes e os muros pixados
Eu não sei, talvez eu esteja ficando louco
Mas eu vejo você em tudo e em todo mundo...
Dia após dia, dormir? Isso seria uma brincadeira pra mim
Eu me vejo a ponto de chorar só de pensar em sua face triste
Mudando de forma e de lugares, algo distante, mas, não de pensar
E nesses contos que vão longe, eu fecho meus olhos e reflito
"-Ela não é apenas uma miragem, ela realmente está aqui e
eu sinto seu calor."
Eu estive a esperando o tempo todo
O que eu digo, as vezes, pode representar uma loucura
Mas, eu realmente ouvia sua voz nas doces canções de flash-back
Eu a estive espiando, não sei se você percebeu
Mas eu estava caminhando com você, junto a sua sombra.
Vago pelas ruas em minha solitária ronda e vejo os semblantes tristes das pessoas, qual dor as aflinge? Será o amor perdido ou talvez perdas materiais,não sei porém a minha sina conheço, andar por aí sem nunca encontrar, minha luz,meu refúgio,meu lugar,
alguém que traga uma razão para existir...
Minha alma busca incessantemente um amor,uma saída
pois possuo a solidão como companheira de meu aflito coração.....
O Outro Bicho
Sem destino certo, caminhava pelas ruas como um cão farejando alimento. Eu estava faminto.
Se batia à porta das pessoas, a hostilidade das donas e seus maridos causava-me medo. Minha presença provocava-lhes repugnância.
Sequer podia transitar nas calçadas frente a restaurantes sem ser vigiado ou humilhado por seguranças. Mendigos prejudicam a reputação do comércio, diziam.
Minha esperança era revirar o lixo nas lixeiras de restaurantes e, quando encontrava algo comestível, lançava-o goela abaixo sem me importar com o cheiro e o gosto desagradável.
Aquela manhã tornei-me objeto de curiosidade de um garoto, provavelmente em seus seis anos de idade. Enquanto investigava o lixo de um restaurante ao lado da escola, pelo pátio, um menino olhava-me fixamente. Estava atônito pelo espanto de perceber um homem sujo e tão magro se misturando ao lixo e dele comendo voraz.
O garoto não dizia palavra alguma. Apenas encarava-me com seus olhos insistentes que, por um momento pareceu-me gritar: “não coma isso. É lixo!” Senti-me envergonhado.
O sinal da escola tocou anunciando o término do recreio.
Lacrimaram meus olhos em ver aquele menino, meu Deus, livre de qualquer preconceito, na inocência de sua vida, com as mãozinhas trêmulas me oferecer da sua lancheira para comer.
O Cristo que caminhou pelas ruas poeirentas da Galiléia era o Deus que havia passado pelas trilhas das galáxias. O Cristo que ascendeu o fogo à beira do lago para preparar o café da manhã para os seus discípulos
cansados e famintos, havia ascendido bilhares de estrelas, pendurando-as pelo céu da meia-noite. Ele que pediu de beber à mulher excluída, havia enchido de água cada rio, lago e oceano. Cristo se fez a própria
revelação de Deus. Em Jesus, Deus adentrou à humanidade. A
eternidade invadiu o tempo.
Ainda te busco pela casa,ainda sinto seu cheiro na madrugada.Saio pelas ruas a te procura na esperança de mais uma vez te encontrar.Numa esquina,numa praça,numa ponte ou numa sacada.