Ruas

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As noites gritam comigo frenéticas e cruéis
Nas ruas desertas da minha memória.★

e atravessei cidades e ruas sem nome, estradas, pontes que ligam uma treva a outra treva.
e vi a vida como um barco à deriva - vi esse barco tentar regressar ao porto - mas os portos são olhos enormes que vigiam os oceanos - servem para levar-nos o corpo até um deles e morrer.
o verdadeiro fugitivo não regressa, não sabe regressar.
reduz os continentes a distâncias mentais.

⁠A noite esta escura e chuvosa, a lua se escondeu, nas ruas não passa ninguém. Mente confusa esta minha: que antes tinha certeza de uma saida pra tudo, ja hoje não ve saida pra nada, quem dera esse tormento parasse, quem dera tudo fosse diferente. Eu acho que o carro do tempo deve ta quebrado, a madrugada ta demorando muito a chegar. As vezes um tornado de pensamentos devasta minha noite rouba a minha paz,pensei que o tempo fosse apagar você de minhas lembranças. Mais nem o tempo nem os acontecimentos, você esta dentro de mim . Boa noite.

De cima vejo os cruzamentos
Das ruas de onde moro
Cada qual vem sem do outro
Saber os pensamentos

Existe anjos sem asas nas ruas procurando o que comer, onde dormir...

Calçadas taradas..
Muros promíscuos..
Ruas sacanas..
A noite é ⁠um prazer...

"Te amo... como se todos os dias fossem sábado...
Como se todas as ruas fossem feitas de flores...
Como se toda poesia virasse outdoor...

Te amo... como se todas as cidades fossem próximas...
Como se todas as doenças fossem somente item de dicionário...
Como se todas as janelas, quando abertas, parissem céus de estrelas...

Te amo ... como se todos os anjos sentissem inveja... como se todos os demônios aplaudissem...
Como se todos os moleskines anotassem somente palavras doces... palavras em formação... poemas e contos...

Te amo... como se todos os versos de Neruda não lhe coubessem... como se teu cheiro de maçã úmida não existisse... e teu riso de ternura fosse só um quadro antigo na parede do sótão...

Te amo como se todos os poemas escritos pra ti não importassem... como se a luz do sol nunca mais nascesse... como se o vinho azedasse... a canção se calasse...

Te amo sem a necessidade do toque... sem a obrigação da fala... sem a imprescindível presença...

Te amo... porque és poesia... em meio à classificados de empregos... te amo porque não me importo mais com outros olhares...

Te amo como se fosses a Revolução Vermelha... derrotando meus medos ditadores...

Te amo sob as asas do meu silêncio... no horizonte infinito... nas pedras que provocam o mar...

Te amo... sobre todas as coisas e pessoas... te amo... de todas as formas...

Te amo em chamas... na brisa ou na escrita...

Te amo... na distância... na ausência... na vontade... na mentira... na ilusão... na verdade...

Te amo... e só te amo... sem explicações ou promessas...

Te amo... todas as noites, um pouco... e mesmo quando se mostras ausente... te amo... porque sei que amanhã... teus olhos de amor me farão o mesmo bem de hoje..."

⁠Ando confuso pelas ruas,que parecem uma vitrine sem fim.
Vejo pessoas lindas bem vestidas desfilando,não sei são manequins,ou apenas corpos vazios.

"De tantas ruas, prefiro a sua, de tantos nomes prefiro o seu, de tantas caras prefiro a sua, de tantos sorrisos prefiro o seu.. Só me esqueço sempre que seu coração não é meu."

Se o povo mostrar a vontade Deus no coração, seu discurso nas ruas será divino!

⁠Ruas vazias cidade deserta, gente peregrina a noite camuflado longe do olhar que tudo vê.

NADA COMO ANTES
Composição: Renê Góis
De 2008

De onde eu vim,
Lembro com muita saudade.
Ruas e quintais não são mais como antes.
Por lá eu cresci, vi muitas flores se abrindo
No raiar das manhãs. Quantas vozes eu ouvi.

Atrelado ao ar do lugar, Timbó está incravado em mim.
Suas praças me recordam bem, profundas lembranças
Que o tempo marcou.

Não posso esquecer dos amigos que um dia
Comigo sorriram. Aqueles que foram,
Os que me disseram, os que propuseram, os que se fecharam,
Os que se abriram e aqueles que nunca mais vi.

"O povo que não vai às ruas,que não tem na bandeira uma parte sua,beira o caos da bestialidade. É encabrestado feito jumento,compactua a todo momento com o fracasso da sociedade!".
(Rodrigo Juquinha)

⁠Ruas vazias, lojas fechadas
Sociedade substituindo sorrisos por máscaras
Pessoas assustadas, presas em suas casas
As drogarias lucrando como nunca
Os hospitais lotados e sem estrutura
Atenção... se tu quer sobreviver não saía na rua

⁠TEMPOS DE PANDEMIA
Ruas vazias
Crise na economia
Respostas sem sentido
Choro reprimido;
Ruas vazias
Crise na educação
Casa cheia
Barriga vazia
No rosto a preocupação,
Na mesa a falta do pão;
A falta do abraço
Aquele bem apertado
Enche a casa de solidão.

⁠Desabafo de um orelhão
Tudo começou quando fui criado e instalados nas ruas da cidade
Há foi muito lindo eu era útil e todos me procuravam, também eu era jovem e bonito e um excelente ouvinte.
Fui portador de notícias, diminui as distancias, espalhei a voz ao mundo.
Transmiti notícias boas e outras nem tão boas assim.
Foram, milhares de vezes “Mamãe nasceu, nós ganhamos, deu tudo certo e assim vai” porem teve também as notícias tristes nos quais chorei junto “sou muito sentimental”
Foi um tempo feliz e eu era alimentado por moedinhas que todos chamavam de fichas, e assim podiam conversar por três minutos e era sempre uma emoção.
Os tempos foram mudando e começaram a colocar papel ao invés de moedinhas, mas tudo ainda era maravilhoso, mas o tempo sempre cruel, continuou passando e eu fui ficando velho e obsoleto.
Hoje já quase não me encontram nas ruas, perdi meu glamour, perdi minha utilidade.
Meu tempo está acabando só tenho noventa segundos, queria muito me despedir de você,
Queria falar adeus e dizer o quanto eu... TU,TU,TU,TU,TU,TU,TU,TU...

As ruas vazias e o ar morbido...
fazem solidão paira sob o a liberdade...
o amor e afeto e se retrucam na voz do medo...
o ambiente sombrio denota o verbo.
a dor do vazio torna se mais obscuro,
na transição do amor paira a paz da solidao.
murmuro uma música que afringe o sentimento na crua estrada da vida.

⁠Noite escura e abafada, ruas desertas o silêncio é assustador . Entre o sonho e o real, aqui estou eu, me encontro folheando páginas de minha memória, não passo de mais um ser perdido em si mesmo. Os sonhos fazem parte da vida e impulsionam o ser humano a alçar novos vôos, mais muitas vezes a vida nos vende ilusões, rouba nossos sonhos e nos joga no chão. Em certos momentos da vida, andando pelas ruas desertas e pensando o que fazer no próximo dia . Imagino fazer tudo de novo só que de uma forma diferente

Enquanto as ruas pegam fogo, é difícil escrever sobre o amor.

Natal Defronte

As ruas corridas, muito estresse
No dia lotado de apressado rumor
E o meu pensamento desvanece
No muito fragor e no pouco amor

Já é Natal, cheio de luz de fulgor
O brilho da fé, opacou-se, afinal
De aparência o hoje é o mentor
Nestes tempos, de só fútil ritual

Valeu-me o olhar dum pedinte
Que brilhava mais que tudo isto
Era príncipe e farto de requinte
A face que lembrou a de Cristo

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 12 de dezembro, 2019