Ruas
Vento
O frio que hoje percorre as ruas
Chega a congelar meu coração
Penso em nós como ontem
Mas ontem já era
E o futuro não existe
Tenho agora o presente
E nele não está você
Quem dera a sorte
De um verão vindo do Norte
Junto traga seu perfume no ar
Persisto, insisto...
Mas a verdade é que devo desistir
Desistir desse amor
Que hoje se tornou dor
Por sua ausência
Em um coração
Que seu único erro foi amar.
O Sorriso do Sol
Caminhando sozinho pelas ruas
Amei demais o Sol.
Mas Ele não viu.
E não sentiu...
E não viu mesmo...
E eu chorei.
Não nas margens do Rio Piedra,
Mas nas margens do Sol.
Ao redor da luz do Sol.
Só o Sol conhece meu jeito de sentir
Meu jeito de abrir os olhos ao amanhecer
E mesmo se por outra paixão me perder
O amor do Sol continuará sabendo quem sou...
E assim ocorreu.
O sorriso do Sol escureceu.
Seu brilho caiu.
Sua voz desiludiu,
E seu coração padeceu.
Outros caminhos procurei.
Outros sóis visitei.
Terras mais distantes que Passárgada.
E não me acostumei nas terras onde andei...
Chuva! Chuva... Alagou tudo,
fez esquecer sua falta, causou tristeza,
Alagou as ruas, mas segundo a televisão,
nem chegou na represa...
A maior das dores
Eu me lembrei.
Andando pelas ruas.
Na cidade da garoa.
Lembrando de dores
Lembrei da maior.
Dos olhos perdidos de um avô.
Em um final de tarde
E no final da vida
Viu o que ninguém
jamais deveria ver.
Um avozinho e o netinho.
Indo para aula de inglês
decidiu ir de ônibus,
pois não estava enxergando bem.
teve medo de pegar o carro.
Chorava ele o seu erro.
Em uma perseguição policial
os bandidos atiraram
contra um ponto ônibus
No desempeno final.
Fazer a policia parar.
Socorrer os feridos,
acertaram a cabeça
do menino, do netinho.
Que estava deitado e morto
Em uma sala de pronto socorro
Na frente do avozinho
Parado de pé
De lado de fora da porta.
Olhando a criança morta.
Com sua cabeça rota.
Isso tem de acabar.
quantas crianças mais
vão precisar faltar
Quantos morto vivos
Vão precisar sobrar.
As lojas que mais vejo nas ruas são de agências bancárias, farmácias e igrejas evangélicas, o que me leva a concluir que somos, os brasileiros, um povo doente de bolso, corpo e alma.
As antas brancas burras
de manifestações de ruas
pedindo a volta da ditadura
batem suas panelas cruas
para espantar as baratas tortas
que vivem sorridentes nas pontas
dos seus sapatos vermelhos.
As antas brancas burras
não sabem cantar Chico, Caetano e Gil
mas brincam nas universidades
para terem vocabulário obrigatório.
As antas brancas burras
não representam o lamento deste Brasil,
país infeliz rumo à ribanceira.
Eu, de modo algum, não subestimo
nem lamento, nem mesmo neste
triste momento..."
Inocência
Descalços nas ruas andando
A ermo sem direção
Meninos sem pais, sem rumo
Futuro desta nação.
Sem sonhos nem ilusões
Buscam no lixo a comida
Matando a fome do corpo
Antes que a alma desista
Em meio ao caos total
De um país sem parâmetros
Meninas se prostituem
Em nome de todos os santos!
Fake do Coração
.
A mente engana
Assim como prostitutas
Mágicos, palhaços
Ruas sem saída
Burgueses pseudo ideologistas
Espera em sala de dentista
Horário de verão
Já o outro ...
Casado com o amor
Amigo da paixão
Pulsa
Enlouquece em diferentes marchas
Lentas e rápidas
Não vê certos intuitos
Depois
Pra finalizar
Finge que não faz parte de mim
Lembranças
Lembro me dos pés descalços.
Das ruas sem limites,
Onde podiamos se esconder no bairro todo.
Lembro me do pega pega ,rouba bandeira
e de continuar brincando mesmo debaixo de chuva.
Das músicas que davam asas a imaginação
Vinucius de Morais,Trem da alegria,Bozo,Bambalalão.
Lembro me da variedades de brinquedos
E de não precisar tê-los todos.
De jurar a bandeira e inventar brincadeiras.
Dos almoços de domingo das quermesses com bingo.
Dos papéis de carta e o pula pirata.
Da cama de gato,pular corda e elástico.
Da prova mimiografada ,a bagunça no corredor e a lousa rabiscada.
Ah! A escola era uma segunda casa.
Lembro me da alegria ao chegar meu pai com o pão de cada dia.
Lembro me que para ser feliz era nescessário ser apenas criança!
Musicas a tocar........luzes a piscar...
Nas ruas, lojas e shopings
Uma figura importante........com um visual deslumbrante
E como “magia” faz este mês emocionante...
È gente...
Não è sò de papel......
È o papai noel
Afinal... està chegando o Natal...
Num momento de reflexão
Penso como deve doer o coração daquela criança
Que passa toda a infância
Com o papai noel a sonhar...
Criança que nele aprendeu a acreditar
E quando vai crescendo...a esperança...
Dentro de si vai morrendo e para de sonhar...
Dela , o bom velhinho não vai se lembrar...
Que bom seria tudo mudar ...
E para “ todos “ Papai noel chegar ...
Com presentes e mesa farta
Sentindo no ar o verdadeiro “ amar “ ...
E nesta noite de “igualdade “ ...
Poderiamos comemorar com realidade...
Esta luz que nos conduz
No aniversàrio de “ JESUS “
Nos caminhos da Ilha
Da janela vejo ruas sem nome
casas coloridas abrigadas em montanhas,
da janela sinto a brisa e cheiro dos eucaliptos,
o cheiro das ruas sem nome
onde vento balança verdes folhas
e nascem flores em pedras.
Estas ruas tem silêncios mágicos
como poemas ainda imaginados,
acabam no pé da montanha
mas seguem a caminho do mar...
Ruas de casas pequeninas e pequenos jardins.
Ruas sem nomes, sem números
que da janela vejo encantada
enquanto as flores crescem
agarradas às saliências das duras pedras.
O verão pinta o quadro
e eu aqui, vejo
pela janela emoldurado...
Olinda no coração
Como poderia esquecer
tuas ruas rumo ao céu,
tua brisa em carrossel,
patrimônio em cordel.
Fostes caminho para holandeses,
abrigo para os portugueses,
e para todos, muitas vezes,
lugar de belos prazeres.
Com palavras te lembrar:
praia, orla, sol e mar,
praças, casas, se hospedar,
ladeiras, igrejas, passear.
Bonecos gigantes de montão
no carnaval de tradição,
Olinda tu és o meu pendão,
também estás no meu coração.
Tudo muda a todo segundo.
Pessoas andam nas ruas e somente andam. Outras procuram um motivo diferente para esta de pé.
Eles se comunicam e nascem novos pensamentos e novas ideias. A cada batida, a onda torna-se mais vibratória e cada história vai sendo progredida. O livro é aberto e é feixado, e atravez de cada movimento, tudo vai se modificando e codificando também.
Ele não sabe andar de bicicleta, não joga videogame e nunca amou ninguém.
Ela já quebrou a perna jogando bola, já bebeu, já se drogou e já se apaixonou.
Ele hoje chora por nunca ter tido coragem, nem ninguém.
Hoje ela conta para os netos que prefere se arrempender do que já viveu, do que daquilo que nunca tentou conquistar por medo de cair e se machucar.
Hoje ele apaga a luz e se deita, enquanto ela corre na chuva pra não se atrasar.
Nosso povo já não vai as ruas para protestar contra o governo/parlamentares corruptos, ou suplicar por melhorias sociais. “Nós” só saímos de casa se o motivo for mesmo relevante, exemplo: A Parada Gay.
"O povo que não vai às ruas,que não tem na bandeira uma parte sua,beira o caos da bestialidade. É encabrestado feito jumento,compactua a todo momento com o fracasso da sociedade!".
(Rodrigo Juquinha)