Rua
E agora me faz andar sozinho
Na solitária rua dos sonhos
Sem rumo e sem destino,
Pois o meu olhar está
Direcionado a você.
Ei, você que ensina seu filho a fazer pipi na rua!!
Não venha reclamar quando um marmanjo fizer o mesmo na sua frente!
Arrancaram a cabeça de uma mãe, mulher, trabalhadora e, como adorno da rua, a prenderam friamente em uma estaca. Silêncio total da família e dos transeuntes.
Só isso. Nada mais.
Atiraram em uma personalidade artística. Correeeee! Mídia, passeata, discursos comoventes, repúdio, cobranças, justiças e injustiças, banners, gritos, pavor, compartilhamentos virtuais e muito mais.
E isso. Tudo isso.
Nos Direitos Humanos, está a vida?
Que a defendamos sem excludência.
E que pela vida de TODOS, seja isso; TUDO isso!
O pior de tudo vai ser ter que te encontrar na rua, com outros... Ter que olhar e saber que ja foi minha, mas escapou das minhas mãos...
E se eu não tivesse perdido a chave naquele dia, o queria seria hoje?
Teria te visto na rua? Ao quase trombar em você. Talvez você passasse muito à frente, antes de eu estar no ponto certo de você entrar na minha vida, talvez você passasse atrás de mim, me veria de costas e eu até hoje não saberia a cor dos seus olhos.
Lembro que estava procurando a chave, que fiquei mal-humorado e fiquei xingando alguns santos, se eu soubesse que aquilo era necessário, que era responsável pelo sorriso que dei hoje de manhã ao te beijar e foi tão bom, jamais reclamaria.
Aproveite cada momento, seja ele bom ou ruim, seja ele provocante, ou louco, pois são eles que compõem uma vida, que trazem um amor, um sorriso, que salvam vidas. Talvez se eu tivesse encontrado a chave antes, teria atravessado a rua e, distraído, não estaria aqui, por mais simples que tenha sido, hoje sei que a chave perdida me trouxe dias bons e ruins, me trouxe amor.
Amanheceu
Um dia sem cor, sem tom, sem riso
Pacato por demais
E não é domingo
Na rua ninguém à vista
Em casa até mesmo os ratos e as lagartixas
Esqueceram de aparecer
O relógio parou em plena onze horas
Horário do trem
Será que vem?
Por incrível que pareça
O trem não passou
Amanheceu
Um dia sem cor, sem tom, sem riso
Que dia meu amigo
Ainda bem que tudo terminou bem
O dia acabou
Novamente amanheceu
Dessa vez com sol radiante
Um dia lindo
Graças a Deus
Que ainda posso ver um novo amanhecer
Eu te dei o meu respeito, eu te dei honestidade Por que você tem que tomar essa rua de sentido único?
Um menino. Três tomates. Uma liberdade. Um sorriso.
Um menino.
Caminhando na rua. Em uma de mãos, a liberdade dos dedos, na outra, um saco com alguns tomates. Muito mais o menino trazia na alma.
Três tomates.
O menino e seus tomates. Para que servem os tomates ele nem sabe. Ao chegar em casa seus tomates serviram de alimentos para sua família. Mas antes disso, seus tomates são seus brinquedos. São alimentos que saciam à fome da alegria.
Uma liberdade.
Em uma das mãos próxima ao pescoço ele segura seu saco com três tomates. Na outra, ele brincava com a leveza do ar. Emprestava ao ar a liberdade de seus dedos que voavam na direção de seus pensamentos.
Um sorriso.
O menino, o tomate e a liberdade. O endereço desse encontro é o sorriso. No sorriso a liberdade ganha inocência de menino. No sorriso a imaginação permite que tomates se transformem em brinquedos. No sorriso, um menino será sempre o menino...
Um menino. Três tomates. Uma liberdade. Um sorriso.
Me disseram que a vida é uma rua de mão dupla, só esqueceram de lembrar que em alguns momentos ela fica que nem a Av. Niemeyer de manhã. Sentido único...
E foi pra rua procurar o que não tinha achado por aqui. Talvez só procurasse alguém pra amar ou talvez uma missão pra cumprir. Vaga sem direção, anda com uma só função. Vender, comprar, cheirar, fumar, viver, morrer em vão.
E ela nem se importaria de ter que passar pela rua da feira, com aquele sol todo na sua cabeça, porque ela ia feliz e cheia de vontades. Era domingo, o dia da semana em que as pessoas mais acreditam no amor.
Filho meu, vai andar descalço pela rua, pegar bicho de pé, porque é assim que se vive! Filho meu, vai brincar de pega-pega com os amigos, vai subir em árvore, cair e se ralar todo. Filho meu, vai se lambuzar tomando sorvete a beira mar, vai ser feliz e vai surfar. Filho meu, vai ser honesto, vai ter caráter e vai lutar pelos seus ideais. Filho meu, vai ser orgulho, vai ser saúde, vai ser AMOR!
Não atendo mais pelo meu nome. Me reconheço só por uma palavra feminina. Se gritam-me na rua nem respondo. Tornei outra pessoa. Respirei ares de véu. Todos os homens respiram esse ar. Alguns tem medo de falar, gritar e, se escondem atrás de aparências agressivas e perturbadas. Muitos não sabem que quando amam uma mulher o nome dela vira o seu.
Tirou troncos, galhos e pedras. Com uma pá varreu o centro da rua de tal forma que, ao final, o caminho estava livre para que ela chegasse ou para ele mesmo saísse.
Olha, lá fora esta a rua
Deserta, vazia de ideias,
Sente o cheiro de podre no ar,
È a morte anunciada.
A falência programada,
Em um mundo que não pensa
Pessoas estão fadadas a se escravizar.
Tira esta venda, que insiste em usar,
Luta por novas causas, defende tua mente,
Procure na inteligência, o pensamento, para se libertar.
Quero te encontrar na rua
tomar banho de chuva
jogar conversa fora
quero sorrir por nada
me sentir amada
ser sua namorada.
O Homem do Biju
"O homem do biju
não passa mais na minha rua...
Já não bate mais
sua catraca na calçada...
Nesta minha triste rua,
sem criança,
não sei por que
deixaste de passar... homem do biju...
Não sabias
e nunca saberás
que da minha janela
eu te espiava
e com o olhar
te acompanhava,
até te perderes
num canto escuro da virada...
Penso em ti
homem do biju
dono que foste sem saber
de algumas horas da minha vida..."
“O que você pensa quando vê uma menina bonita andando pela rua?”, a resposta honesta:
“Eu imagino como sua cabeça ficaria em um espeto”.
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