Rua
Simplesmente, poeta!
Sou o poeta no divã do sonho
Pernoitando nos becos da vida.
Sem rua, sem travessa e sem esquina.
Onde não há mapa definido;
Só há papel e tinta.
Sinto nas ondas do sentimento
A inspiração dos poetas mortos.
E, tomado por uma síncope,
Ouço o eco de todos os gritos.
E me realizo e me proponho
A criptografar realidades e ilusões.
E ontem e hoje e sempre,
Decodificando labirintos.
Revelando tristeza e felicidade.
Assim eu sou, um eterno aprendiz.
Simplesmente, poeta!
Prof. Osmar Fernandes em 01/05/2015
Código do texto: T5227089
FULGOR DA VIDA
Na madrugada escura,
de uma rua estreita...
Explode um pau-de-fogo
... E um grito, projeta-se, sobre...
O beco macabro, de um momento fúnebre,
marcando o ultimo tíc, tác de um peito
dilacerado.
Uma bala e duas lagrimas rolam...
E sobre o leito de uma dor finda,
o arrependimento tomba apagando
o ultimo fulgor, de uma triste vida.
Nesse ínterim...
Como se fosse lençol de uma branca
mortalha... Brada o silencio sufocado
sob, o ultimo sopro da estupidez...
E os olhos, se enchem de nevoa branca,
impregnado de frio e de tremor, de uma
alma, que nunca foi aquecida,
pelo fulgor da doce vida.
Antonio Montes
►Rua da Saudade
Sempre evitei passar por aquele lugar
Quando se torna impossível, atravesso por lá
E meus olhos não se aguentam, e me fazem chorar,
Pois eles reconhecem quando ela vinha me abraçar
Meu coração ainda guarda esta lembrança
Aquela passagem passou a ter uma importância
Cada pedra tornou-se pontiaguda, feito uma flecha
Desferindo cortes em meus sentimentos,
Que sangram com muita pressa.
Quando me encontro lá, abaixo minha cabeça,
Para esconder minha total tristeza
Pois as casas que há lá, me fazem lembrar dela
E hoje me vejo aqui, sem ela
Meus amigos agora chamam aquela rua como a da Jéssica
Lágrimas despencam ao reconhecerem aqueles telhados,
Daquele chão tão pouco asfaltado
E meu coração fragilizado, tentando fechar aquele buraco.
Me é tirado as forças quando estou de frente a ela hoje
Dizia para mim que morria de medo de ir no cemitério à noite,
Mas agora estou aqui, lhe dando essas flores
Ajoelhado, sendo torturado pelos momentos que ela me trouxe
Mas que também me levou a vivenciar a felicidade,
Que agora causa-me extrema saudade
Minha vida terminou quando escutei tal fatalidade,
Que perfurou meu peito com tamanha ferocidade,
Que destruiu o mundo que ela construiu, em alta velocidade.
Não me lembro quantos foram os dias que me isolei
Me desconectei de tudo, como se fosse o fim do mundo
Tentei, em vão, criar um muro,
Mas sempre era atacado,
Pela imagem dela com os olhos eternamente fechados.
Resistir nos tempos que se passaram
Jamais jogarei as fotos do nosso passado, que guardei
Os sorrisos dela, em meus pensamentos sempre estarão
Mas as lembranças foram as únicas que sobraram
Que Deus conte a ela o quanto eu chorei,
O quanto desejei o retorno dela,
Que almejei que tudo fosse apenas um engano
Que tudo não se passava de um péssimo sonho
Mas sem ela estou a alguns anos.
Eu não poderia passar o resto da minha vida me mutilando
Aquelas paredes de memórias estavam me sufocando
Não estava mais me aguentando,
Então acabei destrancando a porta do meu sofrimento
Ainda o sinto, mas acabei me juntando com o passar do tempo,
E hoje estou em um novo relacionamento, me recuperando
Mas me sinto em uma reabilitação, para alguém cuidar do meu coração
Ela nunca sairá da minha mente, é algo bem maior, que poucos sentem
Não haverei de encontrar uma substituta, é impossível, ela era única
Só quero que no final, eu sorria, mesmo que a vida tenha se tornado curta.
Decidi criar, naquele lugar, algo que fosse se eternizar
Com alguns tijolos eu construí uma pequena casinha
Que, de lá de cima, ela soubesse o quanto era querida
Dentro há uma foto da família com ela, e outra minha, dando um beijo nela
Logo só tive que esperar o secar do cimento que a fará durar.
Hoje estou olhando o lugarzinho que um dia eu fiz
Hoje eu me sentei ali, sozinho, e me senti feliz
Sei que não foi justo Deus a tirar de mim
Mas, mesmo assim, a tristeza jamais me fará esquecer,
De tudo o que senti, vivi e aprendi
Me espere, Jéssica, e me receba quando eu partir.
No que estou pensando?
- Em correr numa estrada e correr até cansar, logo cair na rua, ficar ali por um tempo, olhando para o céu, com o coração batendo tão rápido que parecesse que não está mais batendo..
O homem que não se dar o valor é igual a lixo, na rua está cheio, é preciso amar- se, para amar o outro.
Um dia desses eu te levo pra jantar
Só te libero no outro dia de manhã
Minha vivência de rua te faz pirar
Desde o Orkut eu sou seu fã
- Dou mais valor ao artesão de rua do que ao Picasso!
- Você compra muita arte de rua?
- Quase nunca!
- Você deve odiar o Picasso.
“Informação
Dia, Noite;
Na escola, no trabalho;
Acordado, dormindo;
Em casa, na rua;
Na Tristeza, na Alegria;
No rádio, na Televisão;
No Espaço, Na Terra;
Colorida, Preto e Branco;
De descobertas ou de cópias;
Digitais ou Analógicas;
De Norte a Sul, de Leste a Oeste;
A lápis, ou caneta;
Em livros, ou Revistas;
Na areia ou nas paredes;
Em telas, ou cartazes…
Como fazer um “select” dessas informações? Será Todas são necessárias? Será que está sendo absorvidas toda informação necessária, para o crescimento individual, ou está sendo criado uma caixa preta indecifrável?”
Você não está
Eu tento te procurar
Na rua
Em qualquer lugar
Só pra preencher esse vazio que você deixou
Vó querida
Você se foi pra mim você é a rosa mais linda
Do meu jardim
Que foi arrancada de mim
Vó Deus escolheu te levar
Mas sinto falta do seu cheiro do seu cabelo
Da sua voz a me chamar
Vovó eu não sei onde você está
Não consigo te encontrar
Mas quando fecho os olhos te sinto dentro de mim
Sei que tá aqui vó
Quando eu vejo qur tudo da errado lembro de você
Você sempre me protegeu
Sempre me amou
Vó a morte te levou
De você eu queria cuida
Mas é você quem sempre cuida de mim
Para M.E minha vó
O olho da rua vê
o que não vê o seu.
Você, vendo os outros,
pensa que sou eu?
Ou tudo que teu olho vê
você pensa que é você?
"Saio na rua Eu e o Cão
Vejo você trabalhando
Penso como está seu dia
Penso como deve ser sua vida
E depois mando energias boas para você"
Em um cemitério, vi almas sem corpos. Logo que sai de lá e caminhei para rua, vi inúmeros corpos sem almas.
“Enquanto Vc Reclama Que Seu Xbox Ou Seu PS3 Ta Sem Cd, Muito Moleque Pela Rua Sem Ter O Que Comer, Iae? O Que Vc Vai Fazer? Parar De Reclamar, Ih Vai Agradecer”
Feição de uma caveira naquele animal de rua cujo o estado era realmente triste, sem misericórdia quem abandonaste, sem coração quem não pensa em ajudar.
A alameda
Árvores ao longo plantadas,
rua larga casas antigas,luzes acesas.
Pelas calçadas à noite, tornam-na mais linda,
elegante,iluminada .
Passeios largos limpos, flores nos muros.
Silêncio, vazio da noite apenas o silvo do guarda
noturno, ao longe se ouve.
Passo bem devagar,saboreio o que vejo,parece-me
em outro lugar estar.
Gosto de pelas noites ali passear, vejo em cada janela
teu rosto.
Pelos portões entre as grades costume era, de nos vermos.
A rosa da casa ao lado mais linda era,tu a punhas nos cabelos
e um beijo com as mãos mandavas, eu o guardava em meu peito.
A tudo isso revejo, quando por esta larga rua passo, em cada luz
teu olhar está.
De braços dados, pelo passeio andamos,e é rara a noite,
que pelas grades de todos os portões, te vejo.
(Roldão Aires)
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
No escuro e no silêncio
vejo uma luz lá no final
do túnel, toda rua sem saída
se você olhar para trás encontrará
uma saída......