Rua
Não existe homem fiel, ele pode ter a mulher mais linda do mundo em casa, mais sai pra rua e pega uma pior
Sem você nada faz sentido e agora eu te espero por toda minha vida, conto cada segundo ando na rua sem rumo em busca de um dia te encontrar e quando eu me tornar incompleto junte todos meus pedaços.
Tsuname
Estou em casa de toca e de bobeira
Não vejo a cara da rua trancado desde quarta-feira
Procurando uma coisa profunda
Talvez esteja ali, talvez esteja aqui
Será o fim do mundo
Um tsunami passando
Será a Babilônia ou a torre de Babel
No final dos tempos todo mundo olha pro céu
ENTÃO ME SALVE ME SALVE
POIS EU NÃO QUERO FAZER PARTE DISSO NÃO
Me salve desse mundo
Pois não é nada natural
Doenças aparecendo desmatamento florestal
Tenho dinheiro no banco, só espero ele render
Preservar a tal camada de ozônio?PRA QUE?
Não preciso mais correr (tenho carro),
Ver alguém pessoalmente não (tenho o PC)
Praias limpas? Deve ter algumas ainda (mais minha
piscina é aquecida... vem ver! A moleque
...Cada coisa, que eu tenho que escutar
Toda essa degradação seus filhos irão herdar
Em alguns anos o petróleo vai cair, a água vai subir
então me salve o Brasil vão atacar.
Simplesmente
"Hoje, mesmo que chova, vou sair sem guarda-chuva.
Andar sem rumo na rua.
Vou pular nas poças d´água.
Hoje, quero distância das calçadas.
Vou despreocupar-me de tudo.
E que a chuva derube todos os muros.
Vou tirar todos os agasalhos.
Só quero aquilo que é necessário.
E hoje, só necessito de chuva."
Em relação ao decreto que proibe a circulação de jovens à noite na rua feita pelo o juiz é aplaudível.Na realidade,a família deveria exercer o poder de controle social dos seus filhos,ensinando os padrões a serem seguidos,regras.Todavia,isso não acontece,ficando assim o Estado com todo o direito de controlar o padrão cultural dos menores.Várias pessoas acham essa medida extrema,dizendo basearem no Estatuto da Criança e do Adolescente,onde no Art. 15. afirma : A criança e o adolescente têm direito à liberdade [...].Devemos entender o que significa LIBERDADE, a essência da palavra. Referindo-se aos adolescentes e crianças,liberdade não é está de madrugada tomando cervejas em um bar.
O Final do que nem começou
Sou uma rua
Esquecida pelos governos
Sem árvores , sem asfalto , sem luz , sem nada
Sou um barco, abandonado ao léu
Sem amarras, sem âncora nem proa
Nem velas a serem içadas
Sou um espelho embolorado
Úmido e velho, quebrado
Ninguém, nem nada reflete em mim
Sou uma casa vazia
Sem tapete peludo e vermelho
Sem vaso de flôr na porta entrada
Sem familia dentro dando risada
Sou um livro velho , antigo... Empoeirado , sem capa, largado
Desordenado, páginas rasgadas
Sem marcador a despencar na estante...
Abra-me e você vai ler uma história que não começou
E brutalmente se acabou...
"Sempre me diziam para não jogar lixo na rua,
só entendi o mal que aquilo fazia quando em um dia chuvoso liguei a Tv para assistir o meu programa preferido e vi que ele tinha sido cancelado e substituido para que pudessem mostrar o estrago que o lixo acumulado na rua fazia ... senti raiva de mim mesma"
Se algum dia me vires na rua, por mais infeliz que esteja, diz-me "Olá" . Eu terei todo o gosto em sorrir para um novo amigo .
Caixinha de Música
Ele passava por aquela rua todos os dias
Conhecia todas aquelas vitrines e nada mudara
Até o dia em que algo na loja de relíquias lhe chamou a atenção
Estava uma caixinha dessas de música aberta, parecia nova
E sua linda melodia acompanhava a encantadora bailarina
Ela rodopiava levemente vestida de branco
Encantado, perguntou ao dono quanto custava
O velho atento ao deslumbramento do rapaz resolveu presenteá-lo
Surpreso, o rapaz agradeceu e imediatamente levou o objeto pra casa
Chegando em seu quarto, deu corda na caixinha e pôs de pé a bailarina
Ficou durante minutos observando e escutando
Encontrou então uma imensa paz, que a muito não sentia
Ele a deixou em cima da estante para tê-la sempre perto de si
Bastava abrir sua caixinha para assistir um espetáculo particular
Foi assim durante muito tempo, até achar que tudo aquilo era sempre igual
A mesma coreografia, a mesma música, que sempre levara ao sono
Resolveu deixá-la ali mesmo, na estante, lhe servia como mera decoração
Antes de dormir olhava o relógio e ao lado, a caixinha permanecia fechada
Ele sabia que a bailarina ficaria la, só não sabia em que ela podia se transformar
Certo dia, ao sentir-se triste resolveu abrir a caixinha de música
Ela estava empoeirada, a bailarina totalmente sem brilho, sem cor
Após dar corda, ouviu uma música rouca, quase silenciosa
Pode então perceber como aquele velho objeto que nada lhe custara tinha valor
Já era tarde e nada podia fazer, toda a beleza esvaiu-se
Logo que amanheceu, voltou à loja de relíquias
Implorou ao velho que restaurasse o presente que lhe dera meses atrás
O dono da loja encheu-se de melancolia ao ver a bailarina
Em seguida disse que o objeto havia sofridos sérios danos
Tentaria concerte-lo, mas, demoraria certo tempo
Além de tudo, não podia garantir que ela voltaria ao seu estado de antes
Talvez não recuperasse as cores, a melodia, o brilho, os movimentos
Ao retornar à casa, encontrou pousando sobre a estante, a culpa, a saudade
Desde então ele segue pelas mesmas ruas e sempre pára em frente a loja de relíquias
Na esperança de um dia encontrar novamente sua bailarina, rodopiando como na primeira vez que a viu.
Na rua escura a vagar choro só de lembrar
Sua ausencia me faz sofrer
Nas ruas da solidão
Sinto largadas no chão
Suas palavras de amor!
Meu coração a sangrar
Minha boca a calar
Sinto agora que perdi
Agora não consigo mais crer
Que um dia amei voce!
De onde venho?
De hoje eu sei e nem mudo.
Correndo no intento,nos traços do sol,
Na beira da rua, no canto do mar.
Quem me dera, voltar ao sonho!
Desvenda meus medos, me torna me traça.
Se quero, teus versos, me finjo de anjo.
Se ouço teus "murgios", me isolo, me canso.
Havia uma árvore naquela rua branca de ladrilhos avermelhados. Ela era bem alta, vigorosa e tinha umas florzinhas brancas, menores que flores de laranjeiras, bem menores. Elas tinham um cheiro forte, porém adocicado. Tão doce que causava tontura se você inalasse seu cheiro bem de perto. Não importava. Ela tinha cheiro de infância, lembranças da adolescência. Ela era pura saudade.
Sou
Sou
Sou alguém que fala o que sente
Que não tem medo de amar
Que ama os cahorros da rua, os mendigos
Ama os velhos nos asilos
E seus restos de sonhos
Sorrio por tudo e por nada
Dou a mão a quem me ofende
E choro por aquele que me odeia
Não tenho inimigos, e nem os quero
Na terra, tesouros não guardo
Os quero no céu me aguardando
Apanhei muito na vida, de mãe, de irmão
Mas os amo incondicionalmente
Não sei direito quem sou até hoje...
Tenho dois nomes, um de sangue , um de cidadão
De criança adotada, virei a filha mais amada
A irmã mais requisitada
A Tia mais concorrida
E a mãe mais engraçada
Só sei chorar á toa
E rir á toa também
Prefiro sorrir, pra conservar a juventude
Mas quando choro é sempre por amor
Nos mais variados sentidos
Sou assim, com um pedaço de Deus na alma
E um coração sincero e encharcado de amor pra dar
Ivani 2009
Existem momentos que eu me considero um poeta, um filofoso de rua, porem existem momentos que o meu coracao fala e ditamina, o espiritu escuta, o corpo treme e a mao escreve, e o sentimento abstracto concretando-se em palavras.
...Olha o olho olhando o olho que olha o olho da rua.
Mas o olho só olha o olho quando olhado for.
Se olhado o olho refletirá o olhar de olho da vida.
O olho que olha a vida olha a vida do olho da rua!...
De volta.
Peço ao motorista para ir mais devagar, quero matar a saudade de cada rua, cada ponte, tento abraçar tudo com os olhos, quero absorver, observar.
Não tenho mais certeza quanto ao endereço, ainda bem que achei ao acaso escrito num pedaço borrado de papel, dentro de uma edição velha do meu livro favorito.
Agora não olho mais pra rua, tento disfarçar o nervosismo, tento acreditar na mentira de que o tempo não passou, que tudo ainda está no mesmo lugar.
O carro para, deixo de lado meus pensamentos mais íntimos, dou uma nota e digo que não preciso de troco, saio com as malas, o táxi parte e eu fico, parado.
O mundo girou e eu nem percebi, procuro as chaves no bolso, deixo as malas na porta e entro.
Não sei se é a saudade ou se é de verdade mas sinto aquele cheiro de café forte sendo coado, saio abrindo portas e janelas deixando a luz entrar, vou até a cozinha com a esperança de que ela esteja lá, não tem ninguém, o cheiro de café era fruto da saudade, ela foi embora dois anos antes, levou o cachorro e a velha TV.
Sento no balcão, ainda posso ouvir seus passos, continuo andando pela casa lembrando cenas antigas de um passado qualquer, vou ao quintal, o jardim continua florido e bem cuidado, corro para o portão sorrindo, tenho certeza que ela vai voltar.